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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Mulheres já representam 40% dos pacientes de tratamento para calvície

 Estresse, ansiedade e hereditariedade são as principais causas. Com o cenário social imposto pela pandemia do Novo Coronavírus, especialistas preveem que este número possa triplicar, enquanto tratamentos mais eficientes são propostos.


Para quem pensa que a calvície atinge apenas aos homens, é importante a informação de que doenças emocionais como o estresse e a ansiedade, além da hereditariedade estão entre as principais causas da calvície feminina. O problema fisiológico atinge mulheres a partir de 15 anos e tornou-se uma das maiores queixas de pacientes em consultórios dermatológicos e clínicas especializadas – 40% dos pacientes são do sexo feminino – com um crescimento de 10% nos últimos 3 anos, de acordo com um levantamento da ISHRS (Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar). Com o cenário social imposto pela pandemia do Novo Coronavírus, especialistas preveem que este número possa triplicar. Tratamentos mais eficientes são propostos para atender a esse público.  

O tricologista Osório Lara, da Clínica Speranzini em São Paulo, alerta sobre o aumento de pacientes do sexo feminino em busca de tratamentos para a queda de cabelos causada pelo estresse, ansiedade e até depressão durante a pandemia.  Esse movimento já vinha numa crescente, entretanto, percebemos um aumento bem fora da curva do “antigo normal”, esclarece Lara. Um estudo realizado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e publicado pela revista The Lancet, mostra que os casos de depressão aumentaram 90% e o número de pessoas que relataram sintomas como crise de ansiedade e estresse agudo mais que dobrou entre os meses de março e abril deste ano.

Lara explica que a queda dos fios é normal dentro do ciclo de vida do cabelo, mas quando em excesso, pode se tratar de motivo para se preocupar, já que ela pode levar à temida calvície feminina, ou alopecia androgenética, como é conhecida cientificamente. “É comum perder entre 100 e 120 fios de cabelo por dia. No entanto, quando a queda ocorre de forma abrupta e em maior quantidade, com cerca de 200 a 300 perdidos diariamente, pode trazer preocupação às mulheres e é um sinal de alerta para investigar as causas”, orienta o médico.

Entre os principais motivos da queda de cabelos em mulheres estão relacionados ao estresse e a ansiedade que, atualmente, tem se agravado em decorrência dos fatores sociais da pandemia de Covid-19, além da hereditariedade. De acordo com o tricologista, geralmente a calvície hereditária se manifesta de forma progressiva, podendo ter início logo após a puberdade, quando os hormônios sexuais começam a ser produzidos.  Já as questões emocionais, são pontuais, desencadeadas por situações específicas. “No cenário social atual, por exemplo, tem impactado diretamente a saúde emocional das pessoas, causando estresse, ansiedade e, consequentemente, queda de cabelo”, explica o Dr. Lara.   O médico acrescenta ainda sobre a importância de tratar, primeiro a causa e depois o problema.

A alopecia pode ainda ser causada por alterações hormonais, inflamações no couro cabeludo, uso inadequado tinturas ou alisamentos químicos e secador ou chapinha, bem como o uso contínuo de medicamentos ou a interrupção destes, a exemplo de anticoncepcionais e dietas com baixa proteína.  “Independente de causa, é muito importante que as pacientes busquem o quanto antes por tratamento, principalmente, para evitar que o problema se agrave”, orienta o médico.  Ele ressalta que mesmo nos casos de hereditariedade há métodos de cura eficazes, capazes de combater a calvície, desde que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.


Tratamentos

Via oral: Suplementos nutricionais especiais para os a base de sais minerais e cofatores que entram na composição do cabelo, como vitamina B, ferro e zinco dentre outros.

Uso Tópico: Medicamentos aplicados diretamente no couro cabeludo, como o Minoxidil.

Microagulhamento e Intradermoterapia Capilar: Trata-se de uma técnica que utiliza micro agulhas vibratórias que perfuram o couro cabeludo, causando mínimos ferimentos que estimulam a circulação sanguínea, ao mesmo tempo em que injeta substâncias (vitaminas e medicamentos) para estímulo do crescimento de novos fios de cabelo e engrossamento dos fios existentes.

Fototerapia e Laser:  De uso domiciliar, estimula o crescimento dos fios através da luz de led irradiada pelo boné, capacete, faixa ou escova. O tratamento acelera o crescimento dos fios e diminui a queda dos cabelos.

Micropigmentação Capilar: Esta técnica aplica pigmentos no couro cabeludo para diminuir o contraste entre o cabelo e o couro cabeludo nas regiões onde há rarefação. O pigmento é introduzido na camada mais superficial da pele com um dermógrafo, agulha e tintas específicas para a pigmentação do couro cabeludo.

Transplante capilar: Para calvícies femininas menores e casos específicos, a cirurgia é capaz de trazer bons resultados. Há duas técnicas possíveis, a FUT, que implica na retirada de uma faixa de pele na região da nuca, o que deixa uma cicatriz linear ou a FUE, através da qual são obtidas unidades foliculares uma a uma, porém muitas vezes é necessária a raspagem da denominada área doadora, devendo ser avaliada a questão estética em cada caso.


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