Waldir de Santis, sócio-diretor da Crediativos, da MGC Holding, dá dicas sobre como proteger dados pessoais nas negociações
Os recursos digitais ganharam espaço
durante a pandemia, permitindo ao consumidor negociar débitos em atraso e
reorganizar sua vida financeira sem sair de casa. Mas são necessários alguns
cuidados, principalmente com relação aos dados pessoais fornecidos durante as
negociações online, para evitar golpes e fraudes.
Segundo Waldir de Santis, sócio-diretor da Crediativos, empresa especializada
em gestão e recuperação de créditos inadimplidos da MGC Holding, ao ser
contatado por uma empresa de cobrança o consumidor deve se certificar de que
ela é parceira do credor da dívida.
"Geralmente, as empresas de cobrança divulgam seus parceiros em seus
canais oficiais (site e portais)", explica De Santis.
Nas negociações via web, os boletos devem ser baixados diretamente dos canais
oficiais da empresa de cobrança. Caso o boleto seja enviado por email ou
WhatsApp, é preciso conferir a originalidade do título, como a indicação do
beneficiário (empresa para quem o consumidor deve), razão social e o CNPJ da
empresa credora.
"Sempre que possível, o consumidor deve solicitar arquivos de boletos em
PDF, que são mais difíceis de ser adulterados. Também deve confirmar, antes de
pagar o boleto, se há alguma informação sobre o pagamento ser facultativo,
prática comum nos boletos falsos, que os criminosos incluem para se livrar de
acusações", destaca o diretor.
Outro cuidado a ser tomado é verificar a segurança do site por meio do qual
está sendo feita a negociação. Os sites protegidos possuem certificado SSL
(Secure Sockets Layer), representado pelo símbolo de um cadeado na barra de
endereços do browser, antes da inscrição HTTPS.
"O SSL é uma tecnologia que cria um canal criptografado entre um servidor
web e um navegador (browser), garantindo que todos os dados transmitidos sejam
sigilosos e seguros. Importante ressaltar que, pelo Código de Defesa do
Consumidor, é dever do prestador de serviços proporcionar um ambiente de
segurança e confiança ao consumidor", reassalta o executivo.
Vale lembrar que a negociação de dívidas em atraso é uma oportunidade ao
consumidor para que volte a ter acesso ao crédito e ao mercado de consumo, uma
oportunidade que se mostra ainda mais importante nesse contexto da pandemia de
Covid-19.
A Crediativos possui em suas carteiras créditos inadimplidos de varejo de
empresas como Banco ABN Amro, Banco Santander, Carrefour, Ativos, Citibank,
Banco Votorantim e Cetelem, adquiridos da Credigy Brasil, filial da subsidiária
de crédito "distressed" do National Bank of Canada, que foi comprada
pela MGC Holding em novembro deste ano.
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