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quinta-feira, 4 de março de 2021

Pandemia acelera negociação de dívidas pela internet, mas é preciso cuidados para evitar fraudes

Waldir de Santis, sócio-diretor da Crediativos, da MGC Holding, dá dicas sobre como proteger dados pessoais nas negociações


Os recursos digitais ganharam espaço durante a pandemia, permitindo ao consumidor negociar débitos em atraso e reorganizar sua vida financeira sem sair de casa. Mas são necessários alguns cuidados, principalmente com relação aos dados pessoais fornecidos durante as negociações online, para evitar golpes e fraudes.

Segundo Waldir de Santis, sócio-diretor da Crediativos, empresa especializada em gestão e recuperação de créditos inadimplidos da MGC Holding, ao ser contatado por uma empresa de cobrança o consumidor deve se certificar de que ela é parceira do credor da dívida.

"Geralmente, as empresas de cobrança divulgam seus parceiros em seus canais oficiais (site e portais)", explica De Santis.

Nas negociações via web, os boletos devem ser baixados diretamente dos canais oficiais da empresa de cobrança. Caso o boleto seja enviado por email ou WhatsApp, é preciso conferir a originalidade do título, como a indicação do beneficiário (empresa para quem o consumidor deve), razão social e o CNPJ da empresa credora.

"Sempre que possível, o consumidor deve solicitar arquivos de boletos em PDF, que são mais difíceis de ser adulterados. Também deve confirmar, antes de pagar o boleto, se há alguma informação sobre o pagamento ser facultativo, prática comum nos boletos falsos, que os criminosos incluem para se livrar de acusações", destaca o diretor.

Outro cuidado a ser tomado é verificar a segurança do site por meio do qual está sendo feita a negociação. Os sites protegidos possuem certificado SSL (Secure Sockets Layer), representado pelo símbolo de um cadeado na barra de endereços do browser, antes da inscrição HTTPS.

"O SSL é uma tecnologia que cria um canal criptografado entre um servidor web e um navegador (browser), garantindo que todos os dados transmitidos sejam sigilosos e seguros. Importante ressaltar que, pelo Código de Defesa do Consumidor, é dever do prestador de serviços proporcionar um ambiente de segurança e confiança ao consumidor", reassalta o executivo.

Vale lembrar que a negociação de dívidas em atraso é uma oportunidade ao consumidor para que volte a ter acesso ao crédito e ao mercado de consumo, uma oportunidade que se mostra ainda mais importante nesse contexto da pandemia de Covid-19.

A Crediativos possui em suas carteiras créditos inadimplidos de varejo de empresas como Banco ABN Amro, Banco Santander, Carrefour, Ativos, Citibank, Banco Votorantim e Cetelem, adquiridos da Credigy Brasil, filial da subsidiária de crédito "distressed" do National Bank of Canada, que foi comprada pela MGC Holding em novembro deste ano.


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