Entrada no mercado de trabalho, independência financeira, direito político, liberdade sexual. Essas são algumas conquistas da mulher moderna. Mas será que isso basta? Acho que não, pois essas vitórias e os obstáculos do dia a dia parecem andar juntinhos, como por exemplo, conciliar a vida profissional com a familiar e ainda priorizar as atividades profissionais; desempenhar plenamente os papéis, como o de mãe, profissional, dona de casa e ainda ser uma esposa exemplar; e etc.
Vale dizer que tudo começou
no dia 28 de fevereiro de 1909, nos Estados Unidos, quando mulheres foram para
as ruas para reivindicar por seus direitos. Já naquela época, havia muitas
denúncias de más condições de trabalho em fábricas formadas essencialmente pelo
sexo feminino. Era nítido, que os privilegiados que tinham melhores condições,
eram os homens, com cargo de chefia.
Com as reivindicações do
Movimento Feminista, especialmente a partir da década de sessenta do século XX,
as mulheres conseguiram inúmeras conquistas, ou seja, mesmo não evitando a
desigualdade entre os sexos, diminuíram consideravelmente as diferenças.
As profissões importantes e
de prestígio, à época, eram muito menos associadas a nomes femininos do que são
atualmente. Com acesso negado aos estudos e ambientes intelectuais durante
séculos, a primeira mulher a alcançar um diploma de ensino superior o
conquistou estudando sozinha, e não dentro das salas de aula. A heroína foi a
filósofa italiana Elena Lucrezia Piscopia Cornaro, que reclamou este direito
acredite, apenas em 1678.
Foi apenas no início do
Século XX que as mulheres de classe média começaram a atuar nas empresas,
preenchendo funções de auxiliar, como secretárias. Aos poucos, elas foram
ganhando espaço no mercado de trabalho, bem como sua inserção na política. Além
disso, as mudanças na economia, a globalização e o capitalismo, trouxeram como
consequência a busca pelo aumento da renda familiar, favorecendo o crescimento
das mulheres dentro das empresas.
Diante do atual cenário,
mediante o surgimento da pandemia em decorrência do novo coronavírus, a vida de
muitas mulheres virou pelo avesso. De acordo com a pesquisa Mulheres na
pandemia, realizada pela Gênero e Número, 50%
das mulheres no Brasil passaram a ser cuidadoras de alguma pessoa, sendo
que 16% delas foram prejudicadas em suas finanças por conta desse fato.
Mas no Dia Internacional da
Mulher, que se comemora no dia 8 de março, temos também que destacar as coisas
boas: direito de expressão, direito ao voto, direito de escolher ter ou não
filho, direito de tomar as próprias decisões. O resultado desse mix positivo
foram as transformações ideológicas e psicológicas nas novas gerações.
A mulher tem a capacidade de
sempre encontrar equilíbrio entre a sua carreira e a vida familiar. Ela sabe
dividir e diferenciar o que é trabalho e o que é lazer encontrando uma nova
forma de viver bem na sociedade. Que assim seja!
Emília de Castro Belo - administradora de empresa, sócia- Fundadora da Aspen Investimentos
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