Especialistas falam sobre a doença, o
que é e como tratar. Confira também alimentos que ajudam a amenizar os sintomas
da doença
O mês de março simboliza a campanha de
conscientização da endometriose, doença que ocorre quando o endométrio, mucosa
que reveste o útero, cresce em outras regiões do corpo. O Março Amarelo luta
pela disseminação de informações sobre o problema, que afeta pacientes em idade
reprodutiva e está presente em até 15% da população. E apesar de ser uma
enfermidade crônica, isto é, que não tem cura, é possível tratar a
endometriose, como explica José Gomes Moura, médico ginecologista e obstetra do
Hospital Anchieta de Brasília.
"Tudo vai depender do grau de sintomatologia da paciente, pois existem
algumas mulheres que apresentam sintomas leves e que podem ser corrigidos
utilizando anticoncepcionais orais ou injetáveis ou até mesmo os dius
hormonais", pontua o médico. "Nos graus mais acentuados, quando
houver comprometimento de outros órgãos, como intestino ou bexiga, nós podemos
fazer uma intervenção cirúrgica, por meio da laparoscopia", acrescenta.
Segundo o especialista, existem alguns sintomas clássicos que caracterizam a
endometriose, como dor fora do período menstrual, dor no período menstrual que
piora com o passar do tempo, dor nas relações sexuais, além de alterações nos
hábitos urinários, intestinais e infertilidade. "O diagnóstico ocorre de
acordo com a história clínica da paciente e existem também alguns exames que
permitem identificar a doença, como uma ultrassonografia transvaginal com
preparo intestinal e até ressonância de pelve", destaca.
Alimentação ajuda no controle da doença
Você sabia que existem alimentos que podem auxiliar no tratamento da
endometriose? Segundo Camila Lima, professora de nutrição do Ceub, as pacientes
que sofrem com essa enfermidade podem apostar nos alimentos ricos em ácidos
graxos poli-insaturados, seguido pelas vitaminas B, C, D, E, cálcio e magnésio.
"Dentre os ácidos graxos poli-insaturados, destaca-se o ômega-3, que é
encontrado principalmente em nozes, sementes, peixes (principalmente savelha,
salmão, atum e anchova)", explica.
"Em relação às vitaminas, seu papel antioxidante reduz a dor pélvica
crônica, dismenorreia (dor menstrual) e, dispareunia (dor no ato sexual) em
43%, 37% e 24%, respectivamente, sendo recomendado principalmente o consumo de
alimentos ricos em Vitamina C, como as frutas cítricas, acerola, caju, goiaba,
brócolis e couve, por exemplo", conclui.
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