Responsáveis por filtrar o sangue e retirar substâncias nocivas do organismo, os rins necessitam de cuidados e atenção aos primeiros sinais de distúrbios
Os rins são pequenos órgãos (de 10 a 13 cm em um
adulto) localizados um de cada lado da coluna vertebral, abaixo das últimas
costelas. Apesar de pequenos, eles são essenciais para a saúde do organismo.
Dentre as muitas funções que exercem no corpo, os rins são responsáveis por
eliminar as toxinas filtradas do sangue; pelo equilíbrio essencial do pH para
que as enzimas e proteínas sejam processadas corretamente; pelo controle da
água corporal, não permitindo acúmulo ou perda desnecessária; e pela produção
de dois hormônios muito importantes: a vitamina D na forma ativa, que auxilia
na saúde dos ossos, e a eritropoietina, que evita a anemia.
Sendo tão importantes para o organismo, é
fundamental saber como cuidar bem e prevenir doenças nos rins, cujo dia mundial
é comemorado hoje, 11 de março. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de
Nefrologia, um em cada dez brasileiros sofre de doenças renais e, por isso,
evitar ou tratar os fatores que as desencadeiam são as únicas formas de
prevenção. “O ideal é realizar exames de sangue (creatinina e ureia) e urina de
maneira regular, pois os sintomas podem demorar muito para aparecer e só irão
se manifestar quando a função renal já está muito reduzida”, afirma Tereza
Bellincanta Fakhouri, nefrologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Além de manter os exames em dia, a especialista
alerta para outras medidas que podem ser adotadas para prevenir problemas
renais. “Beber bastante água ajuda os rins a realizar o trabalho, assim como
evitar alimentos ricos em sódio (sal). Os rins geralmente refletem a condição
de saúde da pessoa e, portanto, controlar bem doenças crônicas como diabetes e
hipertensão arterial faz parte do cuidado com esses órgãos. A atenção com a
alimentação e a prática de exercícios físicos regulares são ótimas medidas para
quem quer cuidar bem dos rins”, reforça Tereza.
A idade também provoca uma perda de função renal,
esperada com o envelhecimento. Com isso, mais exames podem ser requeridos para
avaliar o estado dos rins, bem como o monitoramento dos fatores de riscos
associados. “Se há pessoas com problema renais na família, o acompanhamento
deve ser iniciado antes do previsto, mas o mais importante é observar outras
condições de saúde da pessoa como outras doenças que podem levar a um quadro de
desequilíbrio renal. Eventualmente, um problema no coração pode alterar a
recomendação de ingestão de água ou o diabetes pode exigir uma dieta diferente
para a pessoa com problemas nos rins. Por isso o cuidado é muito
individualizado e o acompanhamento médico, essencial”, destaca a nefrologista.
Além dos fatores de prevenção como dieta e controle de
comorbidades, é importante estar alerta aos sintomas, que podem ser discretos e
variar, dependendo da causa do problema renal. “De maneira geral, inchaço
(edema), cansaço, fraqueza, falta de apetite e sonolência podem ser sintomas de
que algo de errado está acontecendo com os rins. Algumas pessoas podem também
notar a urina espumosa. Por isso é importante estar atento, pois com o
diagnóstico tardio a função renal já deverá estar bastante comprometida, sendo
nestes casos necessário um tratamento dialítico ou até mesmo transplante renal.
Desta forma, a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças renais são essenciais
para um tratamento eficaz e maior preservação das funções deles, que são órgãos
tão importantes para a saúde”, conclui a médica da BP.
Fonte: BP –Beneficência
Portuguesa de São Paulo
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