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quinta-feira, 11 de março de 2021

Dieta baixa em níquel melhora sintomas de endometriose, revela estudo

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Estima-se que de 5% a 15% das mulheres no Brasil entre 15 a 45 anos sofrem com endometriose, doença que consiste da presença de endométrio (camada interna do útero que se renova mensalmente através da menstruação) em locais fora do útero. Pode crescer nos ovários, intestino e tecidos que revestem a pélvis, e se espalhar além da região pélvica. As mudanças hormonais do ciclo menstrual da mulher afetam o tecido endometrial, fazendo com que a área fique inflamada e dolorida, caracterizando-se então como uma inflamação crônica influenciada por hormônios. 

Segundo pesquisa publicada em 2020 pelo Jornal Nutrients, há uma melhora significativa nos sintomas de endometriose como dores e fluxo intenso a partir da redução de alimentos que contém níquel na dieta. 

O estudo ainda revela que o metal também interfere na atividade estrogênica, afetando a mucosa intestinal, o que contribui para piorar o quadro de disbiose (desequilíbrio da flora bacteriana intestinal, que reduz a capacidade de absorção dos nutrientes e causa carência de vitaminas, desencadeando sintomas de náuseas, gases, diarreia ou prisão de ventre). 

A principal fonte de níquel para seres humanos está nos alimentos, entre eles, destacam-se  tomate, cacau, alcaçuz, feijão, cogumelos, trigo integral, farinha soja, cebola, alho marisco, nozes, conservas. Além disso, outros alimentos podem ter contaminação do metal por conta dos fertilizantes. 

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De acordo com a  Dra. Luanna Caramalac, adotar uma alimentação saudável e equilibrada ajuda a combater a inflamação no organismo, processo diretamente ligado ao agravamento da endometriose.

“O tratamento da endometriose se beneficia de cuidados na mucosa intestinal. Uma vez que essa encontra-se saudável e impermeável, diminui a passagem de substâncias mal digeridas e de toxinas à corrente sanguínea, contribuindo para diminuir a inflamação crônica,” informa a nutricionista com foco em prevenção e tratamentos de doenças crônicas degenerativas e emagrecimento saudável. 

Durante o estudo, 84 mulheres com endometriose sintomáticas para distúrbios gastrointestinais foram submetidas a uma dieta baixa em níquel por um período de três meses. Como resposta, após a administração da dieta, as pacientes obtiveram uma melhora significativa de todos os sintomas intestinais, extra-intestinais e ginecológicos, incluindo os típicos da endometriose (dor pélvica crônica, dismenorreia e dispareunia).

Fonte do estudo: Departamento de Medicina Translacional e de Precisão e Departamento de Ginecologia, Obstetrícia e Urologia da Sapienza University, Roma, Itália.

 


Dra. Luanna Caramalac Munaro – CRN - 3 49383 – Nutricionista, atua na área da saúde integrativa com o foco em prevenção e tratamentos de doenças crônicas não transmissíveis, como: doenças autoimunes, depressão, infertilidade, câncer, diabetes, HAS, compulsão alimentar e emagrecimento.   Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional- VP, em Adequação Nutricional e Manutenção da Homeostase, Pós- graduanda em Nutrição Comportamental- IPGS, formação em modulação intestinal.

 

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