Quando falamos em fatores de risco, nos referimos a algumas características na paciente (modificáveis ou não) que aumentam a chance de um abortamento espontâneo.
O abortamento espontâneo é definido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) como a interrupção da gravidez no início da
gestação, antes da vida do feto ser viável fora do útero, ou seja, quando não
há nada a ser feito pela medicina para que o bebê sobreviva.
Acontece antes de 22 semanas completas (154 dias)
de gestação, quando o peso ao nascer é normalmente de 500g. Pode ser
classificado como precoce, quando ocorre antes de 13 semanas da gravidez, e
como tardio, quando acontece entre as 13 e 22 semanas.
Estima-se que duas a cada dez gestantes sofrerão um
abortamento espontâneo, sendo que a maioria ocorre até 12 semanas de gestação.
E, vale ressaltar: a cada semana que a gravidez avança, menor a chance de um
aborto.
Quais os fatores de risco para um abortamento
espontâneo?
Quando falamos em fatores de risco, nos referimos a
algumas características na paciente que podem ou não serem modificáveis, e que
aumentam a chance de abortamento espontâneo. É importante entender, no entanto,
que ter algum fator de risco não significa que a mulher necessariamente irá
abortar.
Os seis principais fatores de risco:
Vícios: Cigarros, álcool e drogas.
Fumar mais de dez cigarros por dia aumenta em cerca de 1,5 a 3 vezes a chance
de um abortamento espontâneo. E se apenas o pai fuma, o hábito também constitui
fator de risco. Ambos devem ser incentivados a cessar tabagismo.
Idade: quanto maior a idade da mãe,
maior o risco de abortamento.
Paridade: o número de partos também
influencia. Uma mulher gestante pela primeira vez tem menor risco de abortar do
que uma gestante com partos prévios.
Antecedente de aborto espontâneo: ter tido
duas ou mais perdas significa risco maior de ter uma terceira perda. Atenção:
apenas uma perda não aumenta a chance de ter a segunda!
Casal com alguma doença genética.
Extremos de peso: pacientes
com Índice de Massa Corporal (IMC) menor que 18,5 ou maior que 25 têm risco
aumentado para abortamento (calcule seu IMC dividindo seu peso pela sua altura
ao quadrado).
O mais importante, sempre, é fazer um bom pré-natal
e ter a gestação acompanhada por um obstetra. Se possível, ainda, quando a
gravidez é planejada, recomenda-se passar pela chamada consulta
pré-concepcional, na qual o médico pedirá exames, dará instruções e recomendará
vitaminas que contribuirão para uma gestação mais tranquila. Ainda, é
fundamental saber que às vezes o aborto acontece e a mulher não deve se sentir
culpada, mas sim buscar averiguar possíveis causas.
Dr.
Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São
Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em
ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em
cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias;
(cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato
genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling,
ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência
urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação,
pílulas, Diu...). Mais informações podem ser obtidas pelo perfil
@dr.rodrigoferrarese ou pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/
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