Especialista da
NAVA Technology for business aponta as cinco mudanças sociais que o meio de
pagamento deve trazer
O PIX, meio de pagamento lançado em outubro, já
está funcionando integralmente desde 16 de novembro em todo o território
nacional. Com isso, suas funcionalidades e praticidades começam a ser
operacionalizadas e utilizadas pelos clientes e estabelecimentos. Mas, além dessas
facilidades, outra parcela da população também deve ser amplamente beneficiada:
os desbancarizados.
A NAVA Technology for business aponta as
cinco mudanças sociais que o PIX deve trazer para os desbancarizados que, antes
da pandemia, somavam aproximadamente 45 milhões de brasileiros. Confira:
1 - A dependência do dinheiro “físico” vai diminuir
Para Emanuela Ramos, VP de business
development da NAVA, a dependência do dinheiro “físico” deve diminuir
exponencialmente nos próximos anos. “Segundo
o World Payments Report, o Brasil é o quarto maior mercado a realizar
transações sem dinheiro em espécie: ficamos atrás dos EUA, da Europa continental
e da China. Ainda sim, 47% das transações de pagamento no país são feitas em
dinheiro. Outra pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva mostra que 71%
dos entrevistados usam dinheiro como principal meio de pagamento e, dessa
parcela, 45 milhões não eram bancarizados antes da pandemia. Com a chegada do
PIX e os celulares sendo hoje o centro das principais transformações,
essas pessoas, que não têm um banco como parceiro, começarão a utilizar o
sistema como principal meio de pagamento, tornando a dependência do dinheiro
‘físico’ e cartões desnecessária ao longo do tempo”, comenta Emanuela.
2 - Diversas classes sociais terão acesso a crédito
nos meios de pagamento
Parte da população é desbancarizada e nunca teve
acesso a produtos bancários. Agora, ao se cadastrarem no PIX, muitas pessoas
terão acesso a carteiras digitais ou mesmo um banco, dando espaço para novas
oportunidades e formas de interações. “Essas pessoas, que até então eram
desconhecidas para bancos e normalmente não conseguiam utilizar crédito e
outros itens como financiamento, poderão ter de forma mais simples acesso a
esses benefícios e produtos bancários inclusive, ainda que timidamente no
começo. O cadastro e utilização do PIX abre espaço para novos modelos de
negócios bancários e, ainda que seja prematuro dizer, poderá ser um grande
impulsionador para a democratização do sistema financeiro do país, uma vez que
os bancos e as carteiras digitais começam a popular mais sua base de “clientes”
e a conhecerem melhor esse público, tangibilizando novos desenhos de produtos
ou créditos específicos para essa parte da população. A chegada do novo meio de
pagamento possibilita que esses clientes se estabeleçam socialmente com os
produtos oferecidos. Além disso, eles podem movimentar a economia local e
nacional”, comenta Emanuela.
3 - As pessoas que vivem mais afastadas
geograficamente não precisam mais se locomover até os grandes centros
Longe dos grandes centros e das cidades maiores,
existem comunidades que precisam ir com frequência às capitais para resolver
assuntos financeiros. O PIX, ao longo do tempo, vai democratizar a utilização e
a movimentação dos meios de pagamento em todo o território nacional. “O PIX
deve facilitar a vida das pessoas que moram afastadas dos grandes centros. Em alguns
casos, é comum precisar se locomover até as capitais apenas para uma rápida
consulta bancária. Agora, os moradores de locais mais remotos podem resolver
pendências na sua própria região, por mais afastada que seja dos centros. Com
isso, o PIX eliminará a necessidade e o risco de se locomover com dinheiro em
espécie nas mãos”, comenta Emanuela.
4 - O PIX ajudará a democratizar a internet no País
A utilização do PIX necessita de acesso à internet.
Por isso, é natural que o número de pessoas on-line aumente cada vez mais, com
incentivo e investimento não só do governo, mas também das grandes empresas
interessadas em promover o PIX. “Deverá ser mais comum ver bancos, fintechs
e empresas de carteiras digitais investindo em projetos sociais de acesso à internet
em regiões mais remotas do País. Devemos lembrar que o Brasil, além de ter
aspectos sociais distintos, também tem tamanho continental, com
particularidades regionais e dificuldades de implementar a democratização do
acesso universal à internet. Agora, com o PIX, empresas privadas devem passar a
investir nesse aspecto, esperando o aumento de sua carteira de clientes”,
completa Emanuela.
5 - Autônomos e negócios regionais ganham força
O PIX também deve facilitar a abertura de novos
negócios e de autônomos no País. “A chegada do PIX é uma oportunidade de
facilitar as transações financeiras de uma parcela da população, mas também é
uma chance de desenvolvimento dos pequenos negócios locais. Muitos comerciantes
e pequenos estabelecimentos enfrentam empecilhos e diversas restrições por não
contarem com a participação de um banco para transacionar em função das taxas
estabelecidas. Agora, com o PIX e menor custo nas transações e a permissão das
autoridades locais, eles poderão se estabelecer e também operacionalizar seus
negócios e movimentar a economia local. O ganho será exponencial em todas as
regiões do País a médio e longo prazo”, conclui Emanuela.
NAVA
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