Hoje, já são 10,5 mil agentes autônomos de investimento (AAIs) certificados, sendo que 8,2 mil estão atuando de fato no mercado, vinculados às instituições financeiras, de acordo com a Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias).
Em 2021, uma série de fatores continuarão
transformando e impulsionando as atividades dos assessores de
investimentos, que nós da Smartbrain chamamos de agentes
geradores de riqueza.
Os principais drivers do
crescimento da assessoria de investimentos no país:
- Taxa
de juros baixa e a diminuição do retorno da renda fixa
Apesar de os economistas ouvidos no Boletim Focus
do Banco Central preverem elevação da taxa Selic este ano, é consenso de que
ela continuará em patamar histórico mais baixo.
Ou seja, os investidores precisarão continuar
correndo mais riscos para conseguir retornos acima da renda fixa e, para isso,
o suporte dos assessores é fundamental no esclarecimento sobre a dinâmica de
outros tipos de ativos.
- Fluxo
crescente de investidores para a Bolsa
Em linha com o item anterior, a Bolsa atrai cada
vez mais investidores e eles precisam de orientações.
Em 2020, houve um grande fluxo para a B3, chegando
a 3,2 milhões de investidores em ações, um crescimento de 88,8%, além de
1,1 milhão de investidores em fundos imobiliários, um salto de 76,1% em relação
ao ano anterior. O que é interessante é que esse movimento aconteceu em um ano
complexo, diante crise do coronavírus e da alta volatilidade no mercado
financeiro.
Para 2021, os analistas projetam avanço do Ibovespa
e há muitas empresas com registros nas filas de IPOs.
- Momento
de se organizar e diversificar os investimentos
Com a disseminação de mais informações pelas
plataformas de investimentos, imprensa e até influencers, os investidores têm
se conscientizado sobre a importância de organizar o orçamento
e diversificar a carteira – e para isso, procuram profissionais
especializados.
A crise do coronavírus também deixou uma lição para
muita gente que não tinha reserva de emergência e, que a partir desse evento,
passou a repensar e planejar as finanças e investir seu dinheiro. Inclusive,
os assessores de investimentos desempenharam papel importante de
apoio aos clientes nesse cenário desafiador.
- Saldo
aplicado está aumentando
Cerca de 44% dos brasileiros têm algum saldo
aplicado, segundo levantamento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades
dos Mercados Financeiro e de Capitais). Entre os investimentos realizados, por
ordem de valores, aparecem poupança, fundos de investimentos, previdência
privada, títulos de renda fixa privados, títulos públicos, ações e moedas
estrangeiras. Há cerca de dois anos, a parcela de investidores representava 42%
da população.
Portanto, ainda há muito espaço
para diversificação das carteiras – uma vez que a participação da poupança
é grande, assim como do aumento do número de investidores.
- Novos
fundos e ativos no mercado
A cada dia os investidores contam com mais opções
de ativos e produtos disponíveis no mercado nacional – isso sem contar as
inúmeras possibilidades no exterior.
Por exemplo, existem quase 22 mil fundos de
investimentos no país, um crescimento de 12% em 2020, com um patrimônio total
da indústria de R$ 5,8 trilhões, um avanço de 7%. O fato é que se há
crescimento da oferta, é porque existe demanda.
Entre as alternativas que ganham força estão também
as BDRs -Brazilian Depositary Receipts, títulos emitidos no Brasil
que representam papéis de companhias listadas em bolsas internacionais, que
segundo nova regra da CVM instituída no ano passado, passaram ser compradas por
investidores do varejo – e não apenas por investidores qualificados, com mais
de R$ 1 milhão em aplicações financeiras.
- Tecnologias
acessíveis para assessorias
A adoção de novas tecnologias tem se traduzido em
grandes ganhos de produtividade nas atividades dos agentes de investimentos.
Isso porque as tarefas de back office, manuais e burocráticas
estão sendo automatizadas.
As inovações como o Advisor PRO, nossa
plataforma de controle agregado de carteiras de investimentos, tem facilitado o
trabalho dos profissionais que precisam gerenciar seus clientes e seus
negócios.
Portanto, a tecnologia significa mais eficiência,
inteligência e transparência em
relação aos serviços prestados.
- Novos
serviços: mais possibilidades
Uma nova tendência: as plataformas e assessorias
podem crescer ainda mais com a oferta de novos serviços.
Entre as novas soluções estão a consolidação
de investimentos, relatórios de casas de research independentes,
planejamento financeiro envolvendo o orçamento pessoal e das famílias, cursos,
assessoria em seguros e de crédito, robôs que montam carteiras ou que oferecem
informações financeiras e de investimentos.
- Disputa
entre corretoras e bancos
A disputa entre corretoras e bancos pela custódia
de ativos das pessoas físicas nos segmentos de varejo, alta renda e private é
saudável para o mercado como um todo e para os assessores de
investimentos.
Segundo pesquisa da consultoria AAWZ, que presta
serviços de tecnologia para grandes escritórios de AAIs, as projeções indicam
que em 2022 as seis maiores plataformas de investimentos do país -
XP, BTG, Genial, Guide, Easynvest e Modalmais - vão ter 46,1% do mercado, em
comparação a 40,8% dos grandes bancos, que são Banco do Brasil, Itaú Unibanco,
Bradesco, Caixa e Santander. Já em 2025, a distribuição no top 5 do setor
bancário tradicional terá só 33,5% de participação, com uma fatia de 55,8% nas
mãos das corretoras.
Nesse cenário, é certo que os bancos e as
corretoras aumentarão ainda mais a sua capilaridade de distribuição com a
atuação dos assessores.
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