Segundo especialistas, quanto mais
a criança desenvolver o cérebro durante a gestação, mais potencial terá para se
desenvolver depois do nascimento
Ao descobrir uma gravidez, a mulher muda rapidamente a maior parte de
seus hábitos a fim de proporcionar qualidade de vida ao pequeno bebê que cresce
em seu útero. Deste modo, os cuidados com a alimentação durante a gestação são
extremamente necessários, assim como acompanhamento de um especialista para
recomendações do que é melhor e, claro, também de alimentos que não são
permitidos nesta fase da vida.
As escolhas alimentares da nova mamãe podem ser o diferencial para o
desenvolvimento mental do feto, já que há substâncias que são essenciais para a
formação do cérebro e dos neurônios da criança durante a gravidez, como explica
Guilherme Loureiro, chefe de medicina fetal da Pro Matre Paulista. "A
substância mais comentada atualmente é o ômega 3. Estudos comparativos mostram
que se utilizar a partir do segundo trimestre da gravidez até o final da amamentação
há do ponto de vista de inteligência, um aumento em torno de 30 % em relação
aos bebês cujas mães não o utilizaram".
O ômega 3 está presente em peixes como salmão, truta, sardinha, atum e
bacalhau, e é responsável pela "limpeza corporal", e também tem grande
impacto na produção dos neurônios, responsáveis por emitirem os impulsos do
cérebro para todo o corpo.
Mas não são apenas legumes e verduras que ajudam durante a gravidez; os
exercícios físicos feitos na gestação também são de extrema importância para
fortalecer o cérebro do bebê por conta dos níveis de cortisol, que promovem o
crescimento e o desenvolvimento do cérebro do feto. “Desde que o estado materno
permita a atividade física, os benefícios são muito claros, pois melhora a
capacidade cardiorrespiratória da gestante e isso faz com que haja um aumento
do volume sanguíneo, o que é importante para o crescimento do bebê e também
para facilitar o momento do parto”, explica o obstetra.
Os níveis moderados de cortisol, hormônio expelido quando uma pessoa se
exercita, também ajudam amadurecer o sistema imunológico do bebê e, assim,
diminuem as chances do surgimento de alergias após o nascimento. E é importante
não esquecer que a gravidez é um momento extremamente delicado, por isso é
melhor não exagerar e fazer apenas cerca de 30 minutos de exercícios físicos
por dia.
De acordo com pesquisas feitas no Canadá, mães que consumiram, no
mínimo, 340 gramas de frutos do mar por semana obtiveram maior QI e mais
habilidades de comunicação. Entretanto, é preciso tomar cuidado no momento de
consumir esses alimentos, pois a alta concentração de mercúrio que eles possuem
podem causar problemas neurológicos e musculares graves, já que acabam sendo
armazenados em órgãos como fígado, rins e pâncreas.
Para o doutor Loureiro, é importante delimitar as porções de alimentos
que a gestante ingere durante o dia para que não falte nenhuma vitamina ou
nutriente. “Tanto mãe quanto feto necessitam de suplemento vitamínico durante a
gestação. Por isso, tudo é importante, então é preciso ficar atento com o que
se consome. E juntamente com as proteínas, um elemento fundamental é o ferro,
principal fonte de crescimento fetal junto com as proteínas”, explica o médico.
Apesar de conter baixo teor de gordura, os peixes e frutos do mar ainda
apresentam certos perigos, assim o ideal é consumir frutos do mar bem
preparados, como cozidos, por exemplo, e evitar os crus por conta da maior
tendência de infecções. Isso porque se a grávida pega qualquer tipo de infecção
é necessário tratar com medicamentos potentes que, muitas vezes, podem
prejudicar o feto.
Hospital e Maternidade
Santa Joana
Nenhum comentário:
Postar um comentário