A vacina da gripe
quadrivalente disponível em clínicas de todo o país é capaz de proteger contra
as 2 cepas B existentes, que podem causar doença grave, como a Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG)
Após as primeiras semanas do anúncio do
Coronavirus na China, diversos casos de suspeita de contaminação da doença
foram relatados também no Brasil. Com as análises, porém, alguns dos pacientes
foram diagnosticados com Influenza do tipo B. A confusão pode ocorrer, pois os
sintomas do Coronavírus são muito parecidos com o de uma gripe, que podem
causar casos graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Entre
as precauções que devem ser tomadas para evitar a gripe, a vacinação é a mais
eficiente. Atualmente o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério
da Saúde, realiza uma campanha de vacinação pública contra gripe que utiliza a
vacina trivalente. O produto imuniza contra três tipos do vírus influenza, duas
cepas do tipo A e uma do tipo B, deixando a segunda cepa B de fora da
cobertura, o que pode levar ao contágio no caso desta cepa estar circulando.
Já
a vacina quadrivalente (duas cepas A e duas B), oferece uma proteção ampliada,
pois contém uma cepa B adicional, imunizando contra quatro tipos de vírus. A
definição dos vírus que farão parte da vacina é feita a partir de uma indicação
da Organização Mundial da Saúde (OMS). A circulação dos vírus da gripe pode
mudar a cada ano. Por isso, uma vez ao ano, a OMS atualiza as recomendações
sobre a composição da vacina contra os quatro tipos mais representativos em
circulação.
“Além
da proteção individual, a prevenção por meio da vacina é importante para evitar
a transmissão do vírus da gripe entre as pessoas. No caso da Síndrome
Respiratória Aguda Grave, falamos de uma situação grave, que pode ocorrer com a
infecção de qualquer um dos vírus influenza, independente da cepa, portanto
proteger-se é fundamental”, afirma Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi
Pasteur.
Conhecida
por seu potencial de gerar epidemias e pandemias, a gripe é uma infecção aguda
causada pelo vírus influenza, que afeta o sistema respiratório e pode provocar
complicações graves. Os anos com mais registros de gripe B foram 2013 e 2015, o
primeiro com mais casos de SRAG nos últimos 10 anos, e os grupos mais afetados
foram mulheres e jovens adultos, sem diferença entre os grupos étnicos,
independentemente da sua condição de risco2.
É importante lembrar que a
vacina demora em torno de duas semanas para proteger quem foi imunizado e que,
caso não seja tratada a tempo, a gripe pode, inclusive, levar à morte, principalmente
populações consideradas de risco para as complicações dessa infecção.
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