Principal forma
de transmissão da doença são as relações sexuais sem proteção
As
doenças sexualmente transmissíveis causam, desde sempre, transtornos na saúde
pública e na vida das pessoas. Além das mais conhecidas, como o HIV, a herpes
genital e a gonorreia, por exemplo, outras têm surgido ou evoluído com o passar
do tempo.
No
Brasil, uma das DSTs que mais tem avançado é a sífilis. Segundo um relatório do
Ministério da Saúde, entre 2010 e 2018 a doença teve um aumento de 4.157% nos
casos. De acordo com o estudo, só durante o ano de 2018, mais de 246 mil
pessoas adquiriram a doença no Brasil.
A
sífilis tem como principal forma de transmissão as relações sexuais
desprotegidas, ou seja, sem o uso de preservativo. A doença é considerada uma
infecção sistêmica crônica, de transmissão sexual e vertical (quando é
transmitido da mãe para o bebê), provocada pela bactéria espiroqueta Treponema
pallidum. ‘‘A sífilis é caracterizada por quatro etapas:
primária - quando ocorre de 10 a 90 dias após o contato sexual, formando-se uma
úlcera indolor com base endurecida, rica em treponemas (um gênero de bactéria);
secundária, quando surge de seis semanas a seis meses após o contágio,
formando-se lesões doloridas na pele e mucosas em forma de roséola; sífilis
latente, período no qual não há sinais clínicos da doença, mas há reatividade
nos testes imunológicos que detectam os anticorpos, e sífilis terciária,
ocorrendo cerca de 2 a 40 anos após o contágio, com lesões nodulares que podem
provocar degenerações ósseas, cardiovasculares e neurológicas’’, diz o
professor dos cursos de pós-graduação da Área da Saúde do Centro Universitário
Internacional Uninter, Willian Barbosa Sales.
A
sífilis preocupa as autoridades por ser uma doença de fácil propagação e pelo
aumento de contaminação nos últimos anos. Para evitar uma maior propagação, o
Ministério da Saúde tem feito campanhas de prevenção e de alerta para a
população. Para Sales, há uma forma de prevenção muito eficaz contra sífilis e
outras doenças sexualmente transmissíveis. ‘‘A melhor maneira é o sexo seguro,
com o uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina’’, conclui.
Aos
casos já confirmados, há esperança. A doença pode ser tratada e tem cura, mas,
de acordo com o professor, é preciso que o tratamento seja iniciado o mais
rápido possível.
Para
identificar a doença, existem alguns sintomas que podem ser observados, por
exemplo:
Sífilis primária
· Ferida, geralmente única, no
local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca,
ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa
lesão é rica em bactérias; normalmente não dói, não coça, não arde e não tem
pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Sífilis secundária
· Os sinais e sintomas aparecem
entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida
inicial.
· Manchas no corpo, que geralmente
não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são ricas
em bactérias;
· Febre, mal-estar, dor de cabeça
e ínguas pelo corpo.
Sífilis latente – fase
assintomática
· Não aparecem sinais ou sintomas;
· É dividida em sífilis latente
recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois
anos de infecção);
· A duração é variável, podendo
ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou
terciária.
Sífilis terciária
· Pode surgir de 2 a 40 anos após
o início da infecção;
· Costuma apresentar sinais e
sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e
neurológicas, podendo levar à morte.
Grupo Uninter
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