O nome pode parecer complexo,
mas a mononucleose é bastante familiar para quem já sofreu por ter
beijado alguém que tinha o vírus Epstein-Barr e acabou contraindo a infecção.
Muita gente não sabe que
depois que adquire a doença do beijo, nunca mais se livra completamente do
vírus. Ele fica ‘morando’ na garganta ou nas amígdalas do indivíduo que,
periodicamente, o elimina na saliva.
Especialistas da Clínica
Made Me A, do Grupo Ateliê Oral, alertam que a doença é comum em
adolescentes e adultos e, quando infectada, a pessoa pode sentir febre alta,
dificuldade para engolir, inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço e axilas
(ínguas), dor de cabeça e erupções cutâneas. Esses sintomas podem durar de duas
a três semanas.
Mas
não é só por meio do beijo que a doença se espalha. Como a propagação ocorre a
partir da saliva - descartando a possibilidade de contrair o vírus a partir de
um simples beijo social -, ao compartilhar objetos pessoais, como talheres,
telefone ou tossir muito próximo a alguém, é possível que haja contaminação.
Até mesmo uma criança pequena pode pegar a doença se entrar em contato com uma
gotícula da saliva do adulto ou outra criança que esteja em fase de transmissão
do vírus. A contaminação pode acontecer através de brinquedos, objetos e
alimentos levados à boca.
“Além
disso, o beijo pode transmitir cárie e te colocar em contato com bactérias mais
agressivas que podem contribuir para uma tendência à periodontia,
principalmente se a pessoa tiver gengivite e acontecer um sangramento
espontâneo”, explica Luis Calicchio, cirurgião dentista e sócio-diretor da
clínica Made Me A.
Pesquisas apontam
que um único beijo de dez segundos pode transferir até 80 milhões de
bactérias. E quanto mais vezes, mais probabilidades de bactérias presentes
na saliva.
Diante de tantas novas descobertas, fique atento: "O beijo é
um ótimo meio de exposição a um número gigantesco de bactérias em um tempo
curto. E pode transmitir a cárie, assim como o compartilhamento de talheres,
copos, etc. Por isso, temos que estar muito atentos ao risco de cárie e à qualidade
da saúde de quem estamos nos relacionando”, diz Calicchio.
Baixa
imunidade aumenta risco de “doença do beijo”
A baixa
resistência imunológica, proporcionada por poucas horas de sono, e o cansaço proveniente de
uma rotina agitada, podem facilitar o contágio
por doenças oportunistas. Além da mononucleose infecciosa, ou “doença do beijo”, estão:
herpes labial e ainda todas as doenças transmitidas por gotículas.
Atitudes
simples no dia a dia podem evitar complicações:
- usar fio dental
e fazer uma boa higiene bucal diariamente
- evitar beijar
muitas pessoas em um curto espaço de tempo
- evitar contato
íntimo com pessoas com feridas nos lábios e na boca
Nenhum comentário:
Postar um comentário