Enfim chegou novembro, mês
selecionado para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce
do câncer de próstata. Ultimamente tenho notado que a simbologia do mês vem
ultrapassando esse único significado e tornando-se cada vez mais um mês de
conscientização para os diversos problemas de saúde físicos e mentais que podem
afetar os homens.
Acho que já é de senso comum
saber que eles, no Brasil, vivem menos. Segundo o portal do Ministério da
Saúde, em média, homens vivem sete anos a menos do que as mulheres. Um dos
fatores é a exposição a situações de risco, como violência e acidentes de
trânsito e de trabalho, consumo de álcool e outras drogas com maior frequência
e por último, mas não menos importante, a falta de atenção à saúde. Eles são
mais propensos a terem doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e
pressão arterial mais elevada. E mais do que um fator genético, a consequência
disso tudo se dá por uma falta responsabilidade com seu bem-estar, pois muitas
doenças podem ser evitadas se existe prevenção, consulta de rotina e diagnóstico
precoce.
Consigo notar dentro do meu
próprio consultório que homens não costumam buscar ajuda médica por fatores
culturais, já que infelizmente está enraizado na nossa cultura que é da
natureza masculina um certo descaso com a saúde. A essência da masculinidade
atual é baseada em provar para que ser “macho” a todo mundo é necessário um
fechamento emocional, não cuidar de si e sempre liderar as relações de poder. O
que torna a vivência deles extremamente tóxica, pois a qualquer ponto fora da
curva é indicação que ele não está prestando seu papel na sociedade. Um
pensamento totalmente errado.
Nesse sentido, fazer
acompanhamento médico e procurar formas de prevenção de doenças é essencial
para homens e mulheres. A Microfisioterapia, por exemplo, consegue
detectar fragilidades causadas pelo estresse, excesso de sobrecargas, de
cobranças, fatos comuns de se encontrar na figura masculina, agindo não só nos
sintomas, mas de forma preventiva. Dentro da Fisioterapia Integrativa o foco
principal seria o gerenciamento de estresse e educar a responsabilidade do
autocuidado com a saúde, priorizar um momento para si é de suma importância
para todo ser vivo.
É importante superar esses
paradigmas, o nosso subconsciente pode tentar nos sabotar muitas vezes em respostas
padrões que aprendemos ao longo da vida, mas é preciso sempre lembrar como é
importante cuidar de si. Quando entendemos que somos responsáveis por
exatamente tudo que vivemos: o que atraímos; nossas reações perante as atitudes
dos outros; nossos sentimentos e nossas atitudes, tudo fica mais fácil. E
lembre-se ninguém causa nada a nós, a não ser nós mesmos através daquilo que
permitimos.
Juliana Denardi -
fisioterapeuta formada pela PUC-PR, especialista em Integratividade e
Microfisioterapia pelo Instituto Salgado Filho. CREFITO 129393-F.
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