No Brasil, os homens vivem em média 7 anos a menos
do que as mulheres... E, ainda assim, eles não têm o hábito de ir ao médico
regularmente. Dados do Ministério da Saúde mostram que um terço dos brasileiros
não se cuida como deveria. Por isso, durante o Novembro Azul, vale o alerta
para uma das doenças que mais acomete a população masculina: o câncer de
próstata. A taxa de incidência é alta e a de mortalidade também. Segundo a
Organização Mundial da Saúde, até 2030 serão 27 milhões de novos casos, 17
milhões de mortes e 75 milhões de pessoas vivendo com a enfermidade. Os lugares
mais afetados serão os países em desenvolvimento. Se alguns tipos de câncer vêm
registrando queda, como o de estômago e fígado, outros só aumentam... É o que
acontece com o de próstata. No Brasil, trata-se do segundo com maior
incidência. Por isso, o Dr. Adagmar Andriolo, patologista clínico da Unifesp,
esclarece algumas dúvidas frequentes sobre a doença.
O TAMANHO DO DEDO INDICADOR
REVELA O RISCO DE CÂNCER DE PRÓSTATA.
VERDADE. O dedo indicador mais longo do que o anelar indica que o homem tem 33%
a menos de chance de desenvolver a doença. Isso porque o tamanho do dedo
indicador está inversamente relacionado à exposição de testosterona
intra-útero. E níveis mais baixos de testosterona antes do nascimento protegem,
segundo estudos, contra o câncer de próstata.
A INCIDÊNCIA DA DOENÇA AUMENTA
APÓS OS 50 ANOS DE IDADE.
VERDADE. Como regra geral, podemos dizer que a incidência do câncer de próstata
guarda certa relação com a idade. Ou seja, é de 50% na faixa dos 50 anos de
idade, cerca de 70% aos 70 anos, e assim por diante.
CÂNCER DE MAMA É O DE MAIOR
INCIDÊNCIA NO BRASIL.
MITO. O tipo de câncer mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional
de Câncer (Inca), é o de pele, seguido do de próstata. Em terceiro lugar é que
aparece o de mama, seguido de cólon e reto. E, depois, pulmão e brônquios.
JÁ EXISTE EXAME QUE ELIMINA A
NECESSIDADE DO TOQUE RETAL.
MITO. O toque retal não só no Brasil, mas também no mundo todo, ainda é considerado
fundamental na detecção da doença. Ele deve ser realizado anualmente a partir
dos 50 anos. Já quem tem histórico na família deve procurar um urologista um
pouco antes, aos 45 anos.
PSA ALTERADO INDICA CÂNCER DE
PRÓSTATA.
MITO. No Brasil, além do toque retal, o exame comumente usado para detectar a
doença é a dosagem do PSA, antígeno prostático específico, enzima naturalmente
produzida pela glândula. No entanto, alterações na concentração desse antígeno
podem estar associadas a outras enfermidades, como inflamação e infecção da
próstata. Por isso, muitos homens acabam submetidos, inclusive, a biópsias sem
necessidade. Uma esperança para evitar isso é a chegada ao Brasil do phi, índice
de saúde da próstata. O exame faz uma relação entre o PSA livre, o PSA total e
uma isoforma do PSA, o p2PSA, garantindo uma maior precisão sobre a condição do
paciente e evitando até 30% de biópsias desnecessárias.
ANDAR DE MOTO, BICICLETA OU
ATÉ ATIVIDADES SEXUAIS DEVEM SER EVITADAS ANTES DE COLHER SANGUE PARA FAZER A
DOSAGEM DO PSA.
VERDADE. Essas atividades podem elevar a concentração do PSA total no sangue,
produzindo resultados alterados, comprometendo a interpretação dos mesmos. Por
isso, devem ser evitadas no período de 72 a 48 horas que precedem a realização
do exame.
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