Gerada a partir de uma lesão nervosa periférica ocorrida pelas alterações vasculares e danos metabólicos da hiperglicemia, característica do Diabetes Melito, a dor neuropática atinge de 10 a 30% dos portadores da doença e surge, mais frequentemente, a partir de 10 anos de atividade desta.
O problema interfere diretamente na rotina diária e
nos relacionamentos dos seus pacientes. "A dor neuropática diabética causa
desconforto e limitações provocadas pela dor, por forte queimação nos pés e
também nas mãos, além de pontadas ou choques nas extremidades dos membros,
especialmente os inferiores. Em algumas situações, pode apresentar dormência.
Em geral, a crise pode ser desencadeada por estímulos simples como contato com
a água e roupas", conta o mestre e doutor
em neurocirurgia pela UNIFESP, com especialização no tratamento da dor pela Associação
Médica Brasileira (AMB), Dr. Claudio Corrêa .
Embora a neuropatia diabética esteja presente no
processo evolutivo do diabetes, ela pode ser evitada ou ter seu aparecimento
adiado com algumas medidas simples. "Podem ser adotados o controle rígido da
glicemia, o uso de calçados adequados - com palmilhas especiais -, a ingestão
de vitaminas que regeneram a membrana responsável por envolver o nervo e também
de antiagregantes plaquetários que previnem a obstrução dos pequenos vasos que
irrigam os nervos", explica o especialista.
Em relação ao tratamento para os casos já em
andamento, são indicados medicamentos que atuam no sistema supressor da dor,
reduzindo significativamente essas manifestações dolorosas.
Para além dos medicamentos, são indicadas técnicas
cirúrgicas de neuroestimulação. "Nestes casos, são implantados eletrodos
para a emulação da medula espinal, que atuam tanto na melhora da condição
dolorosa como da microcirculação periférica, em casos de diabéticos
crônicos", pontua Dr. Claudio.
Embora a técnica não seja ainda desenvolvida pelo
SUS, está presente no rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde)
para cumprimento das operadoras de planos de saúde.
Dr. Claudio Corrêa - Com mais de 30 anos de atuação profissional, Dr. Claudio Fernandes
Corrêa possui mestrado e doutorado em neurocirurgia pela Escola Paulista de
Medicina/UNIFESP. Especializou-se no tratamento da dor aliado a neurocirurgia
funcional – do qual se tornou referência no Brasil e no exterior. É também o
idealizador e coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do
Hospital 9 de Julho, serviço que reúne especialistas de diversas especialidades
para o tratamento multidisciplinar e integrado aos seus pacientes.
https://www.instagram.com/dr.claudiocorrea/
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