Uma
invasão de hacker pode prejudicar as instituições de saúde, provocando a parada
de sistemas críticos que impossibilitariam o dia a dia do hospital e resultando
em prejuízos financeiros
Atualmente, computadores e smartphones
são os alvos preferidos de criminosos cibernéticos. Aparelhos hospitalares,
prontuários eletrônicos, histórico de consumo de medicamentos e doenças,
relatórios financeiros, entre outras informações, viraram alvo dos hackers. E
não é de hoje que os criminosos digitais são atraídos pelo setor da saúde.
A pesquisa divulgada pela Cyber View
2019 revela que o setor da saúde é o mais vulnerável a ataques cibernéticos,
mostrando que 27% das empresas já sofreram algum tipo de ataque cibernético.
São buscados desde dados pessoais e sensíveis, que individualizam uma pessoa,
como informações de renda, débitos ou enfermidades, que acabam sendo visados
pelos criminosos digitais para possíveis extorsões, criação de débitos em nome
da pessoa e outros meios maliciosos.
Para o especialista em segurança da
informação da Indyxa, empresa especializada em soluções e serviços de
tecnologia, Tiago Brack Miranda, uma invasão de um hacker pode prejudicar o
sistema hospitalar e trazer prejuízos diretamente e indiretamente financeiros
para a instituição, como a parada de sistemas críticos que impossibilitem o dia
a dia do hospital. “Além disso, pode ocasionar problemas no próprio atendimento
ou consulta do prontuário do paciente, gerando prejuízos de receita ou
cobrança, e indiretamente na imagem do hospital que poderá perder credibilidade
e até mesmo clientes pelo descuido na proteção dos dados pessoais e sensíveis
de seus pacientes”, diz.
Miranda destaca que para proteger os
dados e informações de possíveis ataques cibernéticos é fundamental possuir
equipamentos e ferramentas que ofereçam uma proteção tanto no perímetro, meios
de acesso, quanto nos servidores, estações de trabalho e dispositivos móveis.
“Com o avanço das tecnologias avançaram também os malwares e os criminosos
digitais. Soluções de proteção contra malwares, vazamento de dados e ataques
cibernéticos elevam a segurança da informação criando uma camada de proteção
constantemente atualizada pelos próprios fabricantes de forma global”, comenta
o especialista.
Além disso, é imprescindível
existirem processos recorrentes para revisar a segurança da informação da
instituição hospitalar. A auditoria constante sobre os controles existentes
reduz eventuais riscos inerentes ao mundo conectado de hoje. “Também é
importante os colaboradores possuírem consciência do tema da segurança da
informação, evitando assim incidentes não intencionais, que podem ocorrer pelos
próprios colaboradores ao acessarem conteúdos indevidos, por exemplo”, revela.
O que fazer
quando um ataque acontecer?
Miranda revela que a resposta
imediata ao incidente de segurança da informação é fundamental para evitar
maiores transtornos. “É necessário identificar a origem do incidente e
isolá-lo, essa ação rápida mitigará eventuais perdas e demais prejuízos. A
trilha de como o evento ocorreu, identificando brechas existentes e elaborando
o plano de correção ajudará o hospital ou unidade de saúde a identificar outras
brechas que porventura possam existir”, expõe.
O especialista ainda revela que de
acordo com a nova Lei Geral de Proteção de dados (LGPD), todo incidente de
segurança da informação que gere o vazamento de dados pessoais e sensíveis, se
torna obrigatória a comunicação para a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
“Ou seja, além de toda a tratativa interna que deve ser efetuada, a comunicação
para a ANPD do incidente é um passo adicional para as instituições seguirem a
partir de agosto de 2020”, conclui.
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