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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

A medicina ocupacional é protagonista na detecção do câncer de próstata


O cuidado com o trabalhador promove a prevenção da doença que já é a segunda causa de morte com mais de 14 mil vítimas


            A campanha de prevenção ao câncer de próstata promovida pelo Ministério da Saúde faz da doença tema de discussão nas famílias e no meio laboral. E, cada vez mais a saúde ocupacional se torna imperativa na prevenção, detecção, monitoramento e tratamento da doença, que vitima uma infinidade de trabalhadores, que se diagnosticados precocemente poderiam ser salvos.

            O câncer de próstata é um tumor que afeta a glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. É o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto. E, nesse sentido, a empresa tem um papel fundamental, trazendo o assunto para discussão e integrando os trabalhadores em campanhas de conscientização e exames rotineiros.

            De acordo com estimativas do Ministério da Saúde foram contabilizados 68.220 novos casos em 2018. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens, além de ser a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos. 

            De acordo com Dr. Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde e diretor da MGP Saúde (que operacionaliza o Dona Saúde, plano suplementar de baixo custo e alta eficiência), na presença de sinais e sintomas, recomenda-se a realização de exames, que podem ser solicitados pelo médico do trabalho. “A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal, que somente são prescritos a partir da suspeita de um caso, facilmente detectado na medicina ocupacional”, afirma o também presidente da Associação Brasileira de Empresa de Saúde e Segurança no Trabalho (ABRESST)

            O médico lembra que as células são as menores partes do corpo humano. “Durante toda a vida, as células se multiplicam, substituindo as mais antigas por novas. Mas, em alguns casos, pode acontecer um crescimento descontrolado de células, formando tumores que podem ser benignos ou malignos. O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida. Por isso a realização de exames periódicos são sempre indicados, pois pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos (metástase) e causar a morte”, alerta Pacheco. 



Alerta aos fatores que podem aumentar as chances de um trabalhador desenvolver câncer de próstata

            O médico e gestor em saúde destaca que a idade, hereditariedade e obesidade são fatores que aumentam a probabilidade do desenvolvimento da doença. “O risco aumenta com o avançar da idade. Basta dizer que no Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. O histórico de câncer na família também é preponderante, assim, homens cujo pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco. Há que se ter atenção também ao sobrepeso e obesidade, já que estudos recentes mostraram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado”, elenca Ricardo Pacheco, diretor da MGP Saúde que também preside a ABRESST.


A medicina ocupacional salva vidas

            O médico do trabalho tem papel determinante na prevenção de doenças de seus trabalhadores, como o câncer de próstata. É esse profissional que conhece cada indivíduo, acompanha a sua saúde e pode indicar a realização de exames necessários para avaliar os riscos aos quais cada um está exposto, diagnosticando as doenças, encaminhando a outros especialistas, promovendo tratamento e acompanhamento.

            A empresa que está atenta a saúde de seus trabalhadores, com acompanhamento médico e oferecendo uma saúde suplementar, mais do que promover o bem-estar de cada indivíduo, amplia essa proteção às famílias, aumentando o contingente de pessoas saudáveis; além de resguardar o seu bem mais precioso: o capital humano.


Campanhas conscientizam a população, mas aumentam a sinistralidade no sistema de saúde

            Para o médico Ricardo Pacheco as campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde são de fundamental importância para a conscientização da população, todavia, aumentam a sinistralidade do sistema de saúde. “O governo faz a parte dele, alertando a população que naquele período é preciso dar mais atenção a determinada doença. Mas, em contrapartida, toda a operação do sistema fica voltada para atender aquela campanha, e muitos outros atendimentos deixam de ser prioritários. Por isso é fundamental que se promova uma adequação racional do sistema de saúde, de forma que se atenda a demanda proveniente das campanhas, sem deixar de olhar para o cidadão que busca outro tipo de atendimento”, afirma o gestor.


Operadoras de planos de saúde propõem mudanças

            Dentre as mudanças propostas defendidas pelas operadoras de planos de saúde e criticadas por diversas entidades jurídicas, médicas e de defesa do consumidor estão a criação de planos de saúde 'customizados'; o fim da regulamentação do reajuste de planos individuais e familiares; e mais tempo para que seja atualizado o rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
            Um dos pontos mais polêmicos é o novo formato de plano, em que o consumidor escolheria parte da cobertura. Um manifesto conjunto de 25 entidades, incluindo o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), afirma que esses modelos "deixam de fora os atendimentos mais caros e doenças frequentes como câncer, problemas cardíacos e tantos outros".
            Mas é preciso considerar que entre 2015 e 2016 1,3 milhões de pessoas perderam seus planos de saúde em virtude do desemprego. O trabalhador, com registro em carteira, de empresa que oferecia esse benefício estava seguro. A partir do momento que é desligado, para não engrossar o número de brasileiros que busca o SUS, um plano de saúde customizado pode ser uma solução viável, e pagável. A exemplo do Dona Saúde, que promove medicina integral e integrada, e que atende a diversas necessidades.

            De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em três anos, houve redução de 3,1 milhões de usuários dos planos de saúde. Dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), dão conta que os convênios figuram com menos de 47 milhões de beneficiários pela primeira vez desde março de 2012. O levantamento aponta que mais de 93 mil vínculos foram rompidos com os planos de saúde somente entre os meses de abril de julho deste ano. Na avaliação dos últimos 12 meses finalizados em julho, a perda de clientes alcança os 133 mil.

            Ricardo Pacheco destaca que o desemprego e o baixo fluxo de caixa das empresas são os grandes vilões desse movimento. “No primeiro caso, com a exclusão do demitido do benefício e, no segundo, com a migração forçada para contratos mais baratos, visando a redução dos custos. A média de custo do plano de saúde corporativo para a empresa, por trabalhador, é de aproximadamente 12,54 % da folha de pagamento. Esses fatores tiram do brasileiro a possibilidade te ter melhores condições de saúde”, afirma o médico, gestor, diretor da MGP Saúde e do plano Dona Saúde e que também preside a ABRESST.





MGP Saúde e Dona Saúde


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