O cuidado com o trabalhador promove a prevenção da doença
que já é a segunda causa de morte com mais de 14 mil vítimas
A campanha de prevenção ao câncer de próstata promovida pelo Ministério da
Saúde faz da doença tema de discussão nas famílias e no meio laboral. E, cada
vez mais a saúde ocupacional se torna imperativa na prevenção, detecção,
monitoramento e tratamento da doença, que vitima uma infinidade de
trabalhadores, que se diagnosticados precocemente poderiam ser salvos.
O câncer
de próstata é um tumor que afeta a glândula localizada abaixo
da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo
do pênis. É o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Embora
seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos
homens preferem não conversar sobre esse assunto. E, nesse sentido, a
empresa tem um papel fundamental, trazendo o assunto para discussão e
integrando os trabalhadores em campanhas de conscientização e exames
rotineiros.
De acordo com estimativas do Ministério da Saúde foram contabilizados 68.220 novos casos
em 2018. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a
cada 100 mil homens,
além de ser a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil,
com mais de 14 mil óbitos.
De acordo com Dr. Ricardo
Pacheco, médico, gestor em saúde e diretor da MGP Saúde (que operacionaliza o
Dona Saúde, plano suplementar de baixo custo e alta eficiência), na presença de sinais e sintomas, recomenda-se a
realização de exames, que podem ser solicitados pelo médico do trabalho. “A
doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma
alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal, que somente são
prescritos a partir da suspeita de um caso, facilmente detectado na medicina ocupacional”,
afirma o também presidente da Associação
Brasileira de Empresa de Saúde e Segurança no Trabalho (ABRESST)
O médico lembra que as células são as menores partes do corpo humano.
“Durante toda a vida, as células se multiplicam, substituindo as
mais antigas por novas. Mas, em alguns casos, pode acontecer um
crescimento descontrolado de células, formando tumores que podem ser
benignos ou malignos. O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce
de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida. Por isso a
realização de exames periódicos são sempre indicados, pois pode crescer
rapidamente, se espalhar para outros órgãos (metástase) e causar a morte”,
alerta Pacheco.
Alerta aos fatores
que podem aumentar as chances de um trabalhador desenvolver câncer de próstata
O médico e gestor em saúde destaca que a idade, hereditariedade e
obesidade são fatores que aumentam a probabilidade do desenvolvimento da
doença. “O risco aumenta com o avançar da idade. Basta dizer que no Brasil, a
cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55
anos. O histórico de câncer na família também é preponderante, assim, homens
cujo pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem
parte do grupo de risco. Há que se ter atenção também ao sobrepeso e obesidade,
já que estudos recentes mostraram maior risco de câncer de próstata em homens
com peso corporal mais elevado”, elenca Ricardo Pacheco, diretor da MGP Saúde
que também preside a ABRESST.
A medicina
ocupacional salva vidas
O médico do trabalho tem papel determinante na prevenção de doenças de seus
trabalhadores, como o câncer de próstata. É esse profissional que conhece cada
indivíduo, acompanha a sua saúde e pode indicar a realização de exames necessários para avaliar os riscos aos
quais cada um está exposto, diagnosticando as doenças, encaminhando a outros
especialistas, promovendo tratamento e acompanhamento.
Campanhas conscientizam a população, mas aumentam a sinistralidade no sistema de saúde
Para o médico Ricardo Pacheco as campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde são de fundamental importância para a conscientização da população, todavia, aumentam a sinistralidade do sistema de saúde. “O governo faz a parte dele, alertando a população que naquele período é preciso dar mais atenção a determinada doença. Mas, em contrapartida, toda a operação do sistema fica voltada para atender aquela campanha, e muitos outros atendimentos deixam de ser prioritários. Por isso é fundamental que se promova uma adequação racional do sistema de saúde, de forma que se atenda a demanda proveniente das campanhas, sem deixar de olhar para o cidadão que busca outro tipo de atendimento”, afirma o gestor.
Operadoras de planos de saúde propõem mudanças
Dentre as mudanças propostas defendidas pelas operadoras de planos de saúde e
criticadas por diversas entidades jurídicas, médicas e de defesa do consumidor
estão a criação de planos de saúde 'customizados'; o fim da regulamentação do
reajuste de planos individuais e familiares; e mais tempo para que seja
atualizado o rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar).
Um dos pontos mais polêmicos é o novo formato de plano, em que o consumidor
escolheria parte da cobertura. Um manifesto conjunto de 25 entidades, incluindo
o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e a OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil), afirma que esses modelos "deixam de fora os
atendimentos mais caros e doenças frequentes como câncer, problemas cardíacos e
tantos outros".
Mas é preciso considerar que entre 2015 e 2016 1,3 milhões de pessoas perderam
seus planos de saúde em virtude do desemprego. O trabalhador, com registro em
carteira, de empresa que oferecia esse benefício estava seguro. A partir do
momento que é desligado, para não engrossar o número de brasileiros que busca o
SUS, um plano de saúde customizado pode ser uma solução viável, e pagável. A
exemplo do Dona Saúde, que promove medicina integral e integrada, e que atende
a diversas necessidades.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em três anos,
houve redução de 3,1 milhões de usuários dos planos de saúde. Dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), dão
conta que os convênios figuram com menos de 47 milhões de beneficiários
pela primeira vez desde março de 2012. O levantamento aponta que mais de 93 mil
vínculos foram rompidos com os planos de saúde somente entre os meses de abril
de julho deste ano. Na avaliação dos últimos 12 meses finalizados em julho, a
perda de clientes alcança os 133 mil.
Ricardo Pacheco destaca que o desemprego e o baixo fluxo de caixa das empresas
são os grandes vilões desse movimento. “No primeiro caso, com a exclusão do
demitido do benefício e, no segundo, com a migração forçada para contratos mais
baratos, visando a redução dos custos. A média de custo do plano de saúde
corporativo para a empresa, por trabalhador, é de aproximadamente 12,54 % da
folha de pagamento. Esses fatores tiram do brasileiro a possibilidade te ter
melhores condições de saúde”, afirma o médico, gestor, diretor da MGP Saúde e
do plano Dona Saúde e que também preside a ABRESST.
MGP Saúde e
Dona Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário