- Dia Mundial da Incontinência Urinária marca período de conscientização da população sobre sintomas e tratamentos da disfunção
O Dia Mundial da Incontinência Urinária, 14 de
março, foi criado para ajudar na disseminação dos sinais e as consequências.
"O Brasil ainda está engatinhando na divulgação da data, mas podemos dizer
que ela representa um acréscimo para quem tem e passa a ter consciência
disso", explica o Dr. Sebastião Westphal, presidente da Sociedade
Brasileira de Urologia (SBU). "O importante é mostrar que as pessoas podem
e devem ser curadas", complementa.
Caracterizada pela perda involuntária de urina, ela
está entre as doenças do trato urinário mais comuns no Brasil. Os índices de
incontinência urinária chegam a 15% em homens e 45% em mulheres[i].
É importante frisar que essa patologia não é apenas natural do envelhecimento.
"Existe o estigma que a disfunção é coisa de idoso e isso leva a não
procura de tratamentos adequados", comenta Westphal.
São três os tipos de incontinência urinária. A de
esforço é caracterizada pela perda de urina ao realizar algum tipo de estímulo
físico, como tossir, rir, fazer exercícios entre outros. Já a de urgência é
quando ocorre a vontade súbita de urinar em meio as atividades diárias e
acontece um escape antes de chegar ao banheiro. Por fim, a mista é a junção dos
dois tipos sendo que o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar
a micção pela uretra[ii].
"Os impactos na vida da pessoa que convive com
esse tipo de distúrbios são indiscutíveis, principalmente por afetar, em sua
maioria, mulheres jovens na faixa dos 40 e 50 anos. E isso é preocupante",
acrescenta o especialista. É sabido que os que sofrem com problemas do trato
urinário podem ter que fazer mudanças nos comportamentos e hábitos sociais,
além da perda de produtividade.
A qualidade de vida é afetada por diversos fatores,
como físicos (limitações ou interrupções de atividades físicas), psicológicos
(baixa autoestima, depressão, medo do odor da urina), sociais (redução da
interação social, necessidade de planejar viagens e limitação no deslocamento
distante de banheiros), domésticos (roupas íntimas especializadas, precauções
com roupas), sexuais (fuga do contato sexual e intimidade) e ocupacionais
(absenteísmo e redução de produtividade).
Por isso é muito importante que a doença seja
investigada corretamente e tratada. Para o diagnóstico correto, é necessário
que o paciente tenha um histórico da característica e da frequência da perda
urinária, como um diário. Os tratamentos variam de acordo com o tipo e cada
caso.
[i] Estudo epidemiológico sobre prevalência dos sintomas urinários na população brasileira (Astellas Farma Brasil). Pesquisa conduzida pela Astellas Farma Brasil, com o apoio de cinco investigadores externos, com a participação de mais de 5 mil pessoas, entre homens e mulheres com 40 anos no mínimo, representantes de todas as regiões do país.
[ii] Portal da Sociedade Brasileira de Urologia.
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