A
violência entre os jovens e adolescentes tornou-se um desafio para as
instituições de ensino, com prejuízos para os diversos envolvidos: agressor e agredido,
professores, pais e, porque não dizer, toda a sociedade. A falta de estrutura
para combater a violência e tomar medidas preventivas tem como consequência o
comprometimento físico, emocional e social de todos.
Para
ajudar na busca de soluções, tanto a curto quanto a longo prazo, o Estado e as
instituições de ensino precisam compreender as adversidades da violência, que
ultrapassam os limites do muro da escola. Assim, se faz necessária uma
investigação das concepções de mundo no século 21.
A
comunicação de massa e o avanço dos meios tecnológicos, por exemplo, provocam
sérias alterações nos comportamentos, serviços e produtos. Há um
comprometimento da ordem social e uma dissolução da identidade do ser humano.
Os
discursos cinematográficos – das telenovelas, telejornais e desenhos animados
–, provocam a banalização dos sentidos. Diante do global, objetos,
acontecimentos e pessoas locais tornam-se insignificantes.
A
sociedade desvela uma multiplicidade de desejos, prazeres e personagens
raramente acessíveis à maioria da população brasileira. Nesse entusiasmo
delirante que a economia neoliberal proporciona, em busca da felicidade via
posse de bens, os jovens são os mais afetados.
O
mundo globalizado e o capitalismo impactam todos os atores que participam do
processo educativo e da sociedade em geral. Logo, é preciso estabelecer, junto
às instituições de ensino e de gestão, um novo paradigma. Para isso, é
necessário conhecer os aspectos que levam cada vez mais jovens a se envolverem
em práticas violentas ou perigosas, resultantes dos processos históricos e da
expressão política.
Com
isso, é possível construir a base material para uma revolução epistemológica e
uma nova concepção de educação. Não apenas considerando a
interdisciplinaridade, o pensamento complexo e as diversidades culturais, mas
compreendendo também o espaço que a violência ocupa nas práticas educativas.
Diante
de tal situação, é preciso buscar respostas para a violência. Fazer uma análise
sobre os fatos, encontrar soluções convincentes para as atitudes contestadoras
desses alunos, que se mostram como um dos maiores desafios a serem enfrentados
pelos educadores.
Genoveva Ribas Claro
- coordenadora do curso de Psicopedagogia do Centro Universitário Internacional
Uninter.
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