O
ano de 2019 começou com tudo, repleto de expectativas, e como sempre com muitas
contas para pagar. Além dos tradicionais gastos de final de ano, no mês de
janeiro os impostos aparecem sem piedade. Para quem tem filhos, a compra do
material escolar também traz gastos extras que precisam ser muito bem
analisados para que o consumidor não passe sufoco neste período.
Para
o professor de finanças do ISAE Escola de Negócios, Pedro Salanek, nos últimos
anos a dificuldade de acesso ao crédito e o desemprego aumentaram
consideravelmente. Além disso, o novo governo ainda gera muitas incertezas na
economia, o que faz com que as famílias passem por uma readequação em seu
planejamento financeiro. “Deve-se buscar uma reavaliação daquilo que é
suficiente para aquisição, tanto de bens de consumo como também dos bens
duráveis. Um controle antecipado daquilo que poderá ser gasto é obrigatório de
tornar-se realidade neste período, isso envolve inclusive uma mudança de
cultura e disciplina financeira do brasileiro. A questão não é quanto ganha,
mas sim quanto gasta”, afirma o professor.
Neste
mês de janeiro, há uma série de tributações e despesas: IPTU, IPVA, material
escolar e o cartão de crédito utilizado no mês anterior são os principais
vilões, por isso, Salanek alerta que é preciso ter uma visão dos gastos futuros
e segurar no freio quando o assunto é gastar. “Poderíamos até imaginar como se
fosse uma despesa antecipada e já guardar dinheiro pra ela agora. O
planejamento financeiro deve ser de médio prazo, ou seja, não podemos nos
programar apenas com os valores gastos no momento e sim com aquilo que
gastaremos nos próximos meses. Se não tiver previsão suficiente de recebimento
de recursos no futuro, não terá como honrar esta previsão do pagamento das
despesas”, coloca.
O
planejamento é a saída para não ser surpreendido nestes períodos de maior
consumo. Por isso, criar uma planilha com os gastos é necessário para ter tudo
sob controle. Ter uma reserva para equilibrar as finanças, pode sim ser uma
saída, pois reter uma pequena fonte por mês, não pesa no bolso e ajuda em
situações críticas. “Quando você recebe o dinheiro, automaticamente um
percentual deve ser separado dos gastos diários como reserva mesmo. Deve ser
guardado em uma conta que você não movimenta rotineiramente (poupança, por
exemplo) e considerar como se fosse um pagamento efetuado. Comece a fazer isso
com 3%, 5% daquilo que você ganha, e quem sabe no futuro você estará aumentando
essa alíquota”, completa Salanek.
Nenhum comentário:
Postar um comentário