Segundo nutricionista,
alimentação adequada é fundamental para ajudar a melhorar os sintomas
A
gastrite nada mais é que uma inflamação da mucosa do estômago e ser causada por
alguns fatores: a bactéria H. Pylori, o aumento da secreção gástrica pelo
estresse e ansiedade (gastrite nervosa), ou ainda pelo consumo e intolerância
(individual) de alguns alimentos. Já o refluxo é aquela sensação de que o
alimento fica o tempo todo “voltando” pelo esôfago. Suas causas são variadas,
mas está relacionado a um problema causado pela válvula que separa o esôfago do
estômago, permitindo que o conteúdo gástrico volte pelo esôfago.
Segundo
a nutricionista e pesquisadora Aline Quissak, em ambos os casos o desconforto e
as dores podem ser grandes e causam inúmeras queixas. “A alimentação nesses
casos é fundamental para ajudar a melhorar os sintomas, mas é importante
procurar um médico (gastroenterologista) para avaliar a situação e propor um
tratamento paralelo”, avalia.
Porém,
existem alguns cuidados com a alimentação que podem ajudar quem sofre com essas
doenças. Tanto quem sofre com a gastrite, como quem tem problemas com refluxo,
deve dar preferência a alimentos que tenham efeitos calmantes e
anti-inflamatórios, como couve, gengibre, hortelã, alecrim e chás (sem cafeína).
Consumir também vegetais e legumes cozidos, além de frutas, sempre
evitando as cítricas (limão, abacaxi, laranja).
Tomar
bastante água durante os intervalos das refeições além de dar preferência aos
temperos naturais, como coentro, manjericão, erva-doce, alho e salsa. Evitar o
consumo de leite e derivados. Se for consumi-los, dar preferência aos
desnatados. “O leite é um alimento alcalino, e o nosso estômago ácido. Quanto
mais o ingerimos, mais ácido é produzido pelo nosso estômago, agravando os sintomas”,
explica a nutricionista.
Evite
a cafeína! Ela está presente em chás, cafés e outras bebidas, que quando
consumidas em grandes quantidades, acabam prejudicando ainda mais o sistema
digestivo que está debilitado. “Você pode substituir o café pela versão
descafeinada e os chás pelos de camomila, hortelã, erva-doce, melissa e
erva-cidreira”, complementa. E não para por aí, o chocolate também tem que ser
evitado, já que também possui cafeína, o que estimula a produção de ácido pelo
estômago.
Adicionar
cúrcuma e gengibre nas refeições, pois ambos possuem ações anti-inflamatórias e
fortalecem o sistema imunológico, ajudando no tratamento desses
problemas. Quanto a carne, consuma as mais magras como o frango
(grelhado, assado), peixes com menos gordura, como pescada e merluza (ao forno,
grelhado) e algumas carnes vermelhas com teor de gordura menor (coxão mole e
patinho).
Álcool,
temperos muito fortes (molho shoyo, pimenta, catchup, mostarda, canela,
maionese), refrigerantes, bebidas energéticas, frituras, gorduras, embutidos,
berinjela (digestão difícil), pimentão, tomate e molho de tomate, alimentos
prontos congelados e industrializados, não devem ser consumidos pelo menos
enquanto a pessoa estiver em tratamento. Fumar pode piorar ainda mais os
sintomas para quem tem gastrite, pois aumenta a produção de ácido no estômago,
causando irritação local e alterando a mucosa da boca e os dentes, prejudicando
a digestão, que começa na boca.
Goma
de mascar e as balas influenciam na produção de ácido no estômago, já que ele
entende que algum alimento irá ser deglutido, mas como nada irá para o
estômago, ele produz ácidos que causam mais desconforto. “Coma sem medo
qualquer alimento que não esteja na lista dos que precisam ser evitados.
Lembre-se de mastigar muito bem os alimentos. Evite fazer jejuns prolongados,
preste atenção no que está comendo, escute seu corpo. Pode parecer complicado,
mas são atitudes simples que ajudam, e muito, a melhorar tanto a gastrite
quanto o refluxo”, finaliza Aline Quissak.
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