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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Como a musicoterapia favorece a preservação das funções neurológicas dos idosos


Atividades com música auxiliam a ressignificação de histórias, momentos e sentimentos, e a socialização de alguns pacientes que têm algum sentimento ou comportamento de isolamento



Quem nunca ouviu a frase motivacional “quem canta os males espanta”? A citação de quatro séculos em Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, é uma afirmação tão corriqueira quanto verdadeira. A música é uma poderosa ferramenta quando associada a atividades terapêuticas direcionadas aos idosos, como a musicoterapia.

“Fazer música é em geral prazeroso, nos ajuda a lidar melhor com nossos sentimentos, e facilita a comunicação e a socialização”, observa o musicoterapeuta Lucas Viveiros Gabriele, profissional responsável pelas sessões de musicoterapia do Residencial Santa Cruz.

A musicoterapia é uma terapia complementar em que se utiliza música e seus elementos (ritmo, melodia e harmonia), sons e até expressões não-verbais (movimentos, expressões corporais, gestos) para criar um canal de comunicação com o paciente. Através dela, se dá o processo terapêutico que pode ter diversos objetivos, como estimular a memória, coordenação motora, atenção, percepção ou até facilitar o autoconhecimento do paciente para lidar melhor com seus sentimentos e emoções.

No Residencial Santa Cruz, moradia para pessoas com mais de 60 anos, em pouco mais de um ano desde o início dos atendimentos da musicoterapia, já se observa uma evolução comportamental e funcional de seus moradores. “Pacientes com dificuldades na fala soltam a voz durante as sessões, aumentando sua capacidade de dicção das palavras. E também observamos ganhos principalmente na coordenação motora, atenção, memória e humor dos residentes”, avalia Lucas Viveiros Gabriele.

Com atendimento semanal e sessões com uma hora de duração, a musicoterapia é uma das atividades mais esperadas pelos moradores do Residencial, que se divertem muito. “O foco terapêutico é favorecer a qualidade de vida dos residentes, o que envolve preservar as funções mentais desses idosos, e a música é a atividade humana que mais estimula o Sistema Nervoso Central, auxiliando na prevenção de algumas patologias típicas dessa fase da vida e como terapia complementar de reabilitação nos casos de patologias demenciais”, observa Gabriele.




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