Fisioterapeuta que
atua na empresa Mercur dá dicas de como iniciar a prática respeitando os
limites do corpo
A literatura especializada recomenda que ao iniciar a atividade, o praticante intercale momentos entre caminhada e corrida. Dessa forma, o corpo vai se acostumando com o esforço exigido pelo exercício, aumentando de modo gradual a resistência. Depois disso, o objetivo, aos poucos, pode ser intensificar o tempo de corrida, além de aumentar as distâncias percorridas. Correr pode ser ótimo para quem quer reduzir a gordura corporal, é uma atividade que melhora a capacidade cardiorrespiratória, equilibra os níveis de colesterol, ajuda a prevenir a osteoporose e aumenta a resistência física. Além disso, correr também é recomendado a quem precisar tratar ansiedade, reduzir a tensão corporal e melhorar a qualidade do sono.
De acordo com Regis Severo, fisioterapeuta que atua em pesquisa e desenvolvimento de produtos na empresa Mercur, as lesões nesta modalidade normalmente são causadas por fatores como falta de orientação profissional, tênis inadequado e até problemas na superfície de corrida. Mas, segundo ele, fatores relacionados ao preparo do atleta como déficit de flexibilidade, desalinhamento de membros inferiores, fatores antropométricos como altura, peso e biotipo, podem favorecer a incidência de lesões.
Prevenir sempre é melhor que remediar
O fisioterapeuta explica que para reduzir as chances de lesão ao iniciar a prática da corrida, o ideal é realizar uma avaliação detalhada das condições físicas, através de uma avaliação biomecânica (avaliação do movimento), para identificar se algumas regiões precisam ser melhor preparadas para a prática.
Isto pode incluir a necessidade de fortalecer alguns grupos musculares, reeducar o movimento, melhorar a flexibilidade, entre outros. Não adianta investir no melhor calçado e correr nas melhores condições de terreno se o corpo não está minimamente preparado para receber as cargas impostas pela corrida, independente da intensidade em que se vai praticar.
Se durante a prática a dor surgir, é importante avaliar o que está acontecendo e tratar. Muitas pessoas deixam que os sintomas evoluam para procurar um profissional de saúde, o que pode prejudicar o tratamento e levar a um tempo maior de recuperação. Na fase final de tratamento, especialmente no retorno gradual à atividade física, o uso de órteses ajuda na melhor estabilização articular, dando maior segurança para o praticante, prevenindo novas lesões, as chamadas de lesões reincidentes. É importante que as órteses sejam complementares ao tratamento fisioterapêutico e aos exercícios de fortalecimento muscular, e nunca sejam utilizadas isoladamente como forma de prevenção ou tratamento.
8 dicas para quem quer começar:
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Faça uma avaliação física com um profissional de
saúde: médico, fisioterapeuta ou educador físico, especialistas em biomecânica.
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Mantenha uma rotina de exercícios de fortalecimento
e alongamento muscular, especialmente para a região abdominal, quadris, joelhos
e tornozelos.
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Escute o seu corpo. A dor é um sinal de que algo
não vai bem.
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Prefira alimentos saudáveis e ricos em carboidratos
antes dos treinos.
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Use roupas leves e um calçado adequado.
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Treine a respiração.
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Mantenha-se hidratado.
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Evolua a intensidade, distância e tempo de corrida
conforme sua condição física for melhorando e de preferência a partir das
orientações de um profissional.
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