O professor Mario Sergio Cortella, em
seu livro “Qual é a tua obra?”, diz que a obra está ‘naquilo em que me
reconheço’.
Assim, todas as vezes que estou
executando algo no trabalho e lá me vejo por inteira, plena e satisfeita,
possivelmente terei meu próprio reconhecimento – e o dos outros – de que lá
está a minha obra, o meu propósito.
Quando escolhi a minha profissão,
quando escolho as atividades que desenvolverei a partir das inúmeras
oportunidades dentro da minha profissão, quando escolho a empresa na qual vou
trabalhar, estou determinando meu plano de vida e carreira, além dos horizontes
futuros que desejo descortinar.
Só que, muitas vezes, por mais que eu
tenha preparado meu intelecto e o meu coração – aliás, dizem que a ‘felicidade
está onde mora o nosso coração’ – algo muda tudo de lugar (ou eu ou os outros
mudamos!) e não me reconheço mais naquela profissão, naquela empresa ou naquela
vida que levo.
Faz-se necessário, então, não a
vergonha de admitir que o caminho está errado, mas a coragem de lembrar do meu
propósito, da obra que quero construir, e desistir do caminho no qual estou.
Desistir para ir além, desistir para
construir um novo caminho, desistir para criar uma nova realidade, desistir
para desenvolver um valor novo em minha carreira e vida.
Desistir significa ter a coragem para
fazer diferente, modificar-me, ajustar-me a novos objetivos, causas, interesses
e motivações. Significa ter a coragem de crescer além de quem sou, de entender
que posso mais, de lutar para ir ao encontro de um caminho (assustador,
talvez!), que será, certamente, gratificante para mim.
E será gratificante, pois tive a
ousadia de não parar em mim; de não limitar-me além do necessário; de tomar
riscos, mesmo que calculados; de enfrentar, como meu pai dizia, a máxima que
‘não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe’.
Não desista de desistir. Não se
acomode pelo medo da incapacidade que pode julgar ter. Não deixe de tentar
fazer o caminho em busca da sua obra, do seu propósito.
Desistir, na carreira ou na vida,
pressupõe a sabedoria de entender que um novo caminho era necessário e que eu
não merecia ficar aqui por pouco. Todos merecemos muito.
Mario Sergio Cortella termina seu
livro com a frase: ‘Se a gente pode e a gente quer, a gente deve’. Que todos
nós possamos buscar a verdade, a obra, o propósito e desistir para continuar.
Boa jornada!
Marcia
Vazquez - tem MBA em Gestão de Pessoas
pela Universidade Anhanguera, é certificada em Hogan pela Hogan Brasil,
certificada em coaching pela International Coaching Community (ICC),
pós-graduada em Gestão de RH pela Universidade São Marcos, especializada em
Análise Transacional pelo IBAT, graduada em psicologia pela FMU e é Gestora do
Capital Humano da Thomas Case & Associados, consultoria com mais de 40 anos
de atuação na gestão de carreiras e RH.
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