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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Partos prematuros atingem quatro a cada dez crianças no Brasil


A pediatra Renata Scatena fala sobre as complicações do nascimento prematuro e os cuidados que os pais devem ter com os recém-nascidos


O estudo com números nacionais foi realizado por duas universidades de Pelotas, no Rio Grande do Sul, as Universidades Católica e Federal, e mostrou que 40% dos bebês avaliados nasceram com menos de 39 semanas de gestação, tempo que não é considerado ideal para o nascimento. Os bebês prematuros têm maior risco de morte e de adoecimento nos primeiros períodos de vida e podem contrair problemas cognitivos posteriormente.

 Os bebês que nascem antes do tempo ideal, 39 semanas, apresentam também dificuldades em manter o calor do corpo e podem apresentar outras complicações, como por exemplo as doenças respiratórias, reflexos de sucção e deglutição deficiente. Alguns bebês podem apresentar ainda retinopatia, problemas neurológicos e autismo. Porém, essas características variam de acordo com o grau de prematuridade da criança. 

Uma outra pesquisa, publicada na revista científica “JAMA Pediatrics”, evidenciou que crianças que nasceram de parto prematuro apresentaram mais sintomas de Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) do que as nascidas no tempo considerado adequado. Ainda assim o estudo afirma que, no momento, não é possível dizer que a idade gestacional cause o transtorno.

“O acompanhamento do bebê prematuro deve ser feito por médicos e uma equipe multidisciplinar desde o nascimento, permitindo o diagnóstico e a intervenção precoces para que se possa aproveitar a neuroplasticidade (capacidade do cérebro fazer novas conexões), minimizando os problemas inerentes à prematuridade”, informa a pediatra Renata Scatena, responsável pelo projeto da Casa Crescer, uma clínica que adota os conceitos mais modernos na abordagem da criança e faz o atendimento multidisciplinar por meio de ações e práticas integradas para prevenir e tratar doenças e promover uma qualidade vida saudável e integral. 

Segundo a Dra. Renata Scatena outro ponto fundamental para melhorar a qualidade de vida do bebê prematuro é o aleitamento materno. "A amamentação é importantíssima para fortalecer o sistema imunológico do bebê. Ele deve ser alimentado com o leite materno assim que passar pela avaliação médica”, conclui a pediatra.





Dra. Renata Scatena - médica graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, com residência em Pediatria e especialização em Terapia Intensiva Pediátrica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tem o título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB e atualmente, é diretora clínica da Casa Crescer, um espaço novo em São Paulo que tem o objetivo de cuidar da saúde das crianças de forma integrada, sendo ela orgânica, social, cultural, psíquica e emocional. 

Casa Crescer - www.casacrescer.com



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