Uso da tecnologia possui efeitos positivos
nas funções cognitivas e auxilia em tarefas funcionais
Com
o crescimento considerável de grupos populacionais em envelhecimento em todo o
mundo, o estilo de vida dos idosos vem se transformando. Hoje em dia, a rotina
sedentária está longe da realidade destas pessoas. Para elas, se manter ativas
é sinônimo de independência e uma grande aliada nesta tarefa é a tecnologia.
Engana-se
quem pensa que computadores, tablets e celulares modernos são exclusividade dos
jovens e permanecem inacessíveis para quem já ultrapassou a casa dos 60 anos.
Estudos recentes, como um realizado pela Universidade do Texas, afirmam que o
uso da tecnologia por idosos possui efeitos positivos na preservação e na
ampliação das funções cognitivas, melhoria da memória, velocidade de resposta,
raciocínio, resolução de problemas, atenção, aperfeiçoamento de habilidades
visuais-espaciais, entre outros benefícios.
'O
uso de novas tecnologias pelos idosos está associado positivamente a hábitos
mais saudáveis e ao envelhecimento ativo, além de trazer benefícios de
aprendizagem, funcionais e cognitivos e auxiliá-los nas relações sociais e nas
habilidades funcionais. Esse contato digital facilita o acesso a serviços de
saúde, aumenta o contato com familiares e amigos, reforça sua participação em
atividades de lazer e auxilia em atividades diárias', explica Gláucia Martins,
mestre em gerontologia pela USP.
Aos
68 anos, Meire Rimkus é o retrato perfeito da 'nova geração' de idosos
conectados. Há dez anos faz uso de smartphones e, aos poucos, foi encaixando os
aplicativos no dia a dia. Facebook e WhatsApp são os mais utilizados pela
professora aposentada, mas ferramentas com funções específicas de simplificar
sua rotina também fazem parte de sua coleção. Um deles é o Chama, aplicativo
que conecta revendedores de botijões de gás a clientes, que surgiu em sua vida
pela indicação de amigos.
"Alguém
falou que usava, então também decidi experimentar. Para mim foi muito bom,
porque com esse problema de aumento de gás, que foi considerável, descobri
quais eram os preços mais baratos da minha região", conta ela, que antes
comprava na rua pelo valor que encontrava.
Para
ela, além de descobrir o melhor preço, a grande vantagem do app está no
controle da entrega e na avaliação feita depois. "Por causa do Chama as
próprias revendedoras estão querendo fazer um serviço com mais qualidade, com
entregas mais rápidas. Teve uma que ligou para avisar que atrasaria e pediu
desculpas pelo ocorrido. Fiquei muito satisfeita", conta Meire.
Outro
idoso que também faz uso dos aplicativos como facilitadores de sua rotina é o
pedreiro José Francisco Nascimento, de 62 anos. Cadastrado no Chama há pouco
mais de um ano, ele descobriu a ferramenta por conta própria e, depois da
instalação, deixou de ficar à mercê do posto do bairro. "Antes eu comprava
pelo preço que o vendedor pedia mesmo que eu achasse alto. Agora basta abrir o
Chama que, além de poder verificar qual fornecedor oferece o preço mais baixo
na região, em 15 minutos o botijão já está em casa", conta.
Sobre
pertencerem à terceira idade, nem seu José Francisco, nem dona Meire se
consideram idosos quando questionados sobre a adaptação ao uso de aplicativos.
"Que negócio é esse de idosa? Aí eu não gostei", respondeu a
professora bem humorada, mostrando que não existe limite de idade para aprender
a lidar com tecnologia e se adaptar a inovações, principalmente quando a
economia para a casa é o que está em pauta.
Fonte: Chama
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