Estudo de fase III IMmotion151 mostrou que a
combinação dos medicamentos atezolizumabe e bevacizumabe, mais quimioterapia,
reduziram em 26% o risco de agravamento da doença ou morte em pessoas com um
tipo de câncer de rim na fase avançada
A Roche, líder mundial em biotecnologia, divulgou
no Congresso Genitourinary Cancers Symposium os resultados do estudo inédito de
fase III IMmotion151, como uma nova perspectiva para o tratamento de primeira
linha para carcinoma de células renais avançado ou metastático. Os dados
demonstraram que os pacientes que apresentam a proteína PD-L1 e receberam a
combinação dos medicamentos Tecentriq® (atezolizumabe), um imunoterápico, e
Avastin® (bevacizumabe), anticorpo monoclonal humanizado, obtiveram redução do
risco de agravamento ou morte (PFS) de 26%, em comparação com pessoas tratadas
com sunitinib, atual terapia disponível para este tipo de tumor.
O câncer de rim representa, anualmente, mais de
140.000 mortes em todo o mundo¹, sendo que o carcinoma de células renais
representa aproximadamente 90% de todos os casos. Mais de 300.000 pessoas são
diagnosticadas com este tipo de tumor todos os anos e, atualmente,
cerca de uma em cada 10 permanecem vivas cinco anos após o diagnóstico. Apesar do progresso
recente no combate ao câncer, as opções de tratamento para pacientes com o
tumor neste órgão permanecem limitadas.
Os dados do IMmotion151 demonstraram resultado
positivo de que a união da imunoterapia e o anticorpo monoclonal apresentaram
aumento na mediana de sobrevida livre de progressão de 11,2 meses contra 7,7
meses com o tratamento atual. Este dado de eficácia representa melhor qualidade
de vida aos pacientes tratados com a combinação.
“Este é o segundo estudo positivo de Fase III que
inclui Tecentriq® e Avastin® como um tratamento e fornece evidências adicionais
para apoiar o potencial dessa combinação única", disse Sandra Horning,
MDD, Diretora Médica e Chefe de Desenvolvimento Global de Produto.
"Estamos otimistas de que o tratamento inicial com a combinação
terapêutica reduzirá significativamente o risco de agravamento ou morte em
pessoas com câncer de rim avançado, além de proporcionar mais tempo antes que
os sintomas da doença interfiram no dia a dia, em comparação com o sunitinib,
fármaco atualmente utilizado. Estamos ansiosos para discutir esses resultados
com autoridades reguladoras em todo o mundo."
Os sintomas mais comuns, como sangramento na urina
e dores na parte lateral da barriga, aparecem apenas na fase mais avançada ou
metastática da doença, diminuindo a qualidade de vida e a chance de controle da
patologia.
Combinação de imunoterapia e
anticorpo monoclonal
O atezolizumabe foi a primeira droga aprovada pela
agência reguladora americana, a Food and Drugs Administration (FDA),
como imunoterapia anti-PD-L1, em outubro de 2016, e foi aprovada no Brasil no
segundo semestre de 2017.
A droga impede que o tumor inative as células T, que
são responsáveis por detectar e atacar efetivamente as células tumorais. Com
este bloqueio, o sistema imune ganha força contra a metástase, fase avançada da
doença, dando mais sobrevida aos pacientes. Já o anticorpo bevacizumabe é
consagrado no tratamento de câncer ao longo das últimas décadas. Seu mecanismo
bloqueia a ação do VEGF (vascular endothelial growth factor), ou
seja, impede o crescimento de vasos sanguíneos que alimentam tumores malignos.
A combinação terapêutica das moléculas
atezolizumabe e bevacizumabe pode aumentar o potencial do sistema imunológico
de combater diversos tipos de câncer, incluindo o câncer renal avançado ou
metastático. O Avastin® pode aumentar ainda mais a capacidade do Tecentriq® de
ativar as respostas de células T, presentes no sistema imunológico, contra o tumor.
O perfil de segurança da combinação desses
medicamentos foi consistente com os perfis de segurança dos medicamentos
individualmente, e não foram identificados novos sinais de alerta de segurança.
O estudo será submetido às autoridades regulatórias de todo mundo.
Roche
Referência
- World Health Organization. GLOBOCAN 2012: Estimated cancer incidence, mortality and prevalence worldwide. Available at: http://globocan.iarc.fr/Pages/fact_sheets_population.aspx Last accessed November 2017
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