O
Japão é considerado o país com a maior proporção de idosos do mundo,
correspondendo a aproximadamente 40% de toda população. Até 2050, mais de 60
países estarão na mesma situação, entre eles está o Brasil. De acordo com o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a partir da década de
2030, a população acima dos 60 anos representará o dobro do contingente de
crianças e adolescentes com menos de 14 anos.
Os
dados apresentam o primeiro alerta para o fenômeno de envelhecimento do país.
Os idosos do futuro podem se deparar com a falta de acesso a saúde, já que isso
impacta diretamente nos custos com a saúde suplementar e, principalmente, com a
saúde pública. Hoje, estima-se que os gastos com o bem-estar dos idosos é, em
média, oito vezes maior quando comparados aos gastos com menores de 18 anos.
Essas
informações confirmam o grande déficit do sistema. Neste cenário, o mercado de healthcare se depara com
alguns desafios para sensibilizar positivamente as condições de saúde e a
qualidade de vida. É necessário, acima de tudo, conhecer a população e suas
necessidades para promover o envelhecimento ativo. Soluções de tecnologia devem
ser a resposta para estes desafios.
Os
pacientes a partir de 2030 terão em seu cotidiano muito mais presente os wearables, a Internet das
Coisas e o blockchain.
Soluções como essas, a serem aprimoradas ou, até mesmo, desenvolvidas, devem
pensar na descentralização das informações; na conexão entre pacientes e
médicos; além de monitorar o dia a dia dos indivíduos.
A
adoção dessas práticas deve reduzir o gap
da falta de acesso à saúde que a nova geração de idosos enfrentará. As
transformações com uso de tecnologia trazem a médicos e pacientes mais
qualidade no atendimento.
A
novidade que deve revolucionar o atendimento é a telemedicina. A tendência é
que assuntos de baixa gravidade sejam resolvidos por uma consulta médica à
distância, analisando o prontuário eletrônico do paciente (PEP). Ainda que no
Brasil esta prática esteja distante, em países como o Reino Unido a iniciativa
tem sido cada vez mais comum.
As mudanças que a tecnologia da informação pode garantir
aos processos de saúde não devem ser vistas como uma barreira no relacionamento
entre médicos e pacientes, mas sim como uma ponte nesta relação, que aproxima e
aumenta a confiança.
Iomani Engelmann - diretor Comercial e de
Marketing da Pixeon
Nenhum comentário:
Postar um comentário