Deputado
estadual Feliciano Filho quer evitar novos casos de mortes por métodos
torturantes no Estado de São Paulo
Quem consome carne regularmente provavelmente não sabe, mas para o prato
chegar à mesa, animais passam por processos cruéis que raramente ganham alguma
divulgação, a não ser em casos de descumprimento de regras sanitárias.
Pensando nisso, o deputado estadual Feliciano Filho (PSC-SP) desenvolveu
um projeto de lei que fala sobre o abate em termos bastante realistas.
“Queremos instalar câmeras em toda a linha de produção, desde o recinto onde os
animais aguardam para serem abatidos, passando pelos corredores que levam os
animais para o abate e o ponto exato onde ocorre a insensibilização, até o
golpe fatal, a retirada de sangue e a separação das partes, ou seja, mostrando
realmente todas as fases do abate”, pontua o parlamentar.
Uma das primeira medidas após protocolar o projeto na Assembleia
Legislativa do Estado foi colocar no ar uma petição pública que pede que o
mesmo seja aprovado.
O Brasil é hoje o quinto país que mais consome carne bovina, por exemplo
no mundo. Mesmo com toda a evolução tecnológica, no entanto, a forma como aves,
suínos e bovinos morrem nos abatedouros é desesperadora até para o mais
convicto dos carnívoros.
Já no transporte, os animais sofrem com as intempéries climáticas e
sequer bebem água ou são alimentados. Não raro, no inverno, partes deles
congelam dolorosamente. Também é comum alguns sofrerem o choque do embarque,
doença que aparece quando a viagem dura muitas horas e eles ficam exaustos.
No caso dos bovinos, o gado entra no local de abate um a um. Aí os
métodos variam: nos abatedouros mais modernas, uma pistola pneumática é
utilizada para deixar o animal inconsciente. Já em matadouros menores (muitas
vezes ilegais), é comum o animal tomar marretadas ou ter a garganta cortada
ainda consciente, causando um sofrimento enorme.
“Em Israel, um abatedouro foi fechado por maus-tratos, fato que motivou
o Ministro da Agricultura daquele país a tornar obrigatória a instalação de
câmeras em todos os abatedouros para que os veterinários do governo pudessem
fiscalizar”, conta Feliciano, que se inspirou no modelo israelense para fazer a
proposta. Para o deputado, é dever do Estado promover a educação e informação
aos consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria das
relações de consumo. E é direito do consumidor receber informações corretas,
claras, precisas e ostensivas sobre as características dos produtos que
adquire, dentre elas a origem e o método de produção. Daí a necessidade de
permitir que o público veja como são abatidos os animais que chegam às panelas.
A petição que apoia o projeto de lei que pede câmeras em abatedouros
pode ser encontrada no site do deputado Feliciano Filho no link: http://felicianofilho.com.br/peticoes/cameras-nos-abatedouros-ja-2/
Mais
informações a respeito do projeto do deputado podem ser encontradas no site do
parlamentar: http://felicianofilho.com.br.
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