95%
dos indivíduos com disfunção erétil demoram até 3,5 anos para buscar ajuda
médica
Disfunção
erétil é um tabu para os homens! O silêncio que vem quando se toca neste
assunto pode ser atribuído basicamente a quatro fatores: medo, vergonha,
desinformação e erro de percepção. Individualmente ou somados, eles são uma
barreira que, não raro, impedem o homem de buscar logo no aparecimento dos
primeiros sintomas, o tratamento adequado para conhecer a existência, a causa e
a extensão do problema e, da mesma forma, saber das suas possíveis
soluções.
É
um equívoco pensar que a disfunção erétil é apenas uma questão psicológica ou
que afeta somente os homens em idade avançada. O problema pode ter um
componente físico e também atingir os jovens. As causas vão muito além das
psicológicas. “São diversas as causas que levam à disfunção erétil e cada uma
delas pode determinar um tipo específico de tratamento", explica o
urologista Dr. Fernando
Tardelli, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia.
"O tratamento contra a disfunção erétil progrediu muito nos últimos anos,
não apenas por conta dos novos medicamentos, mas, especialmente, com o surgimento
de novas tecnologias", acrescenta.
O
médico usa dados da Sociedade Brasileira de Urologia para enfatizar as
dificuldades dos homens em lidar com o problema. Segundo ele, 95% dos
indivíduos com disfunção erétil demoram até 3,5 anos para buscar ajuda médica.
"Veja que na grande parte dos casos os anos de sofrimento são
desnecessários, pois hoje existe tratamento médico para a maioria dos
casos", afirma. "Quanto mais cedo o homem detectar o problema e
buscar ajuda médica especializada, mais rápido vai encontrar a solução",
assegura.
Além
da origem psicológica, a disfunção erétil pode também ser causada por doenças
como o diabetes, queda dos níveis de testosterona, doenças vasculares com
entupimento das artérias (aterosclerose), doenças neurológicas como Parkinson,
Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica, AVC (derrame), lesões
traumáticas da medula, além de uso de medicamentos para tratamento de
enfermidades como os anti-hipertensivos, antidepressivos, anticonvulsivantes,
antipsicóticos, antiandrogênicos, e claro, alcoolismo, tabagismo e drogas.
Outras causas também devem ser levadas em consideração, como tratamentos de
câncer de próstata em que se pode ter lesão da inervação do pênis ou decorrente
de fratura de pênis, ou até doença de Peyronie, uma curvatura acentuada do
pênis.
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