Calor
excessivo e pior condição de armazenamento dos alimentos favorecem o
aparecimento dessas doenças
A
estação mais quente do ano é também conhecida pela grande incidência de
viroses, que provocam principalmente vômitos, diarreias, febre e dores no
corpo. “Os tipos mais comuns são as gastroenterites causadas por vírus, como o
Norovírus, Rotavírus, Enterovírus, e Adenovírus Entéricos”, afirma a Dra. Ligia
Pierrotti, infectologista que integra o corpo clínico do Lavoisier Laboratório e Imagem, completando que essas
doenças costumam ter duração de três a cinco dias.
Segundo
a médica, o aparecimento das gastroenterites se dá com mais frequência no verão
por conta do calor excessivo e da pior condição de armazenamento dos alimentos,
além do maior contato com águas recreacionais, como as de praias impróprias e
piscinas, que muitas vezes estão contaminadas e não contam com tratamento
adequado. A transmissão também pode ser feita por via fecal-oral, daí a
importância de se tomar muito cuidado com os alimentos ingeridos,
principalmente aquelas pessoas que almoçam fora de casa. “Essa atenção inclui
também a água ingerida e os líquidos em geral. Todas as frutas e legumes devem
ser bem lavados antes de serem consumidos”, diz Dra. Ligia.
Outro
cuidado fundamental é a lavagem das mãos antes de preparar alimentos, assim
como na hora de se alimentar e após ir ao banheiro. “É importante também não
esquecer de lavar as mãos após trocar fraldas das crianças”. Ela ressalta que
embora todas as pessoas possam desenvolver gastroenterite, crianças, idosos e
pessoas com imunidade mais baixa podem apresentar um quadro de gastroenterite
mais importante, com maior risco de desidratação.
“Em
geral, as gastroenterites não têm diagnóstico etiológico, ou seja, da sua causa
específica. Embora existam exames de fezes específicos que permitem o
diagnóstico preciso do agente causador, esses testes são pouco solicitados
porque, geralmente, o tratamento é realizado com medidas gerais como orientação
alimentar, hidratação, uso de antitérmico, antieméticos (para náuseas e
vômitos) e repouso”, finaliza a infectologista.
Confira dicas para se
proteger das gastroenterites
- Ter uma vida saudável e
regrada, dormir bem, alimentar-se de forma balanceada e fazer atividade física
regularmente são importantes medidas que ajudam a manter uma boa imunidade;
- Hábitos saudáveis como não
fumar e ingerir bebida alcoólica com moderação também são importantes para
manter o sistema imunológico saudável;
- As mãos devem ser lavadas
várias vezes ao dia, sempre que estiverem sujas, e necessariamente nas
seguintes situações: após uso do banheiro, antes de manipular alimentos, antes
de comer. Higienizar as mãos sempre que chegamos em casa vindo da rua é um
ótimo hábito de higiene também;
- Também é fundamental a
lavagem das mãos antes de preparar alimentos;
- Não esqueça de lavar bem as
mãos após trocar fraldas das crianças;
- Alimentos crus e não lavados
podem transmitir doenças sem necessariamente apresentarem nenhum “sinal de
alerta” de que há algo errado com eles. São alimentos com cor, odor, aparência
e sabor normais. Por isso, é muito importante lavar os alimentos antes de
consumi-los. Dê preferência a comer frutas, legumes e verduras cruas em casa, com
a garantia de que esses alimentos foram lavados e manipulados corretamente.
- Para aqueles que já estão sofrendo com alguma
virose, é recomendado evitar alimentos gordurosos e temperados, além de leite e
derivados. Dê preferência a alimentos leves e de fácil digestão, como arroz
branco, batata, bolacha água e sal, e sopas leves;
- Hidrate-se também com água, água de coco,
sucos e chás;
- Tratamentos para gastroenterites causadas por
bactérias, como Echericia coli
e Salmonella,
costumam não evoluir apenas com as medidas acima. Caso haja persistência da
febre e piora do estado clínico do paciente, procure atendimento médico para
tratamento com antibióticos específicos.
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