A exclusão total do leite e derivados
da dieta deve ser avaliada e indicada somente por médicos e nutricionistas e
vale para pessoas com alergia à proteína do leite.
Mesmo para os intolerantes à lactose,
já há no mercado produtos lácteos com 0% lactose, o que garante o consumo
diário de outros nutrientes.
Segundo a nutricionista Beatriz
Botéquio, quem não se encaixa nestas duas condições dificilmente será
beneficiado com retirada da lactose da dieta. Isso vale também para aqueles que
estão buscando perder de peso, uma vez que, diferente do que muitas pessoas
acreditam, não existe relação entre consumir lactose e engordar. A lactose é um
açúcar naturalmente encontrado no leite em pequenas quantidades, em torno de 5g/100g
de produto, o que não é suficiente para gerar um aumento do peso corporal.
Veja os prejuízos com a exclusão
total do leite na dieta:
1 - Reduz a produção de lactase
(enzima responsável pela digestão da lactose) no intestino, o que diminui a
tolerância a esse açúcar.
2 – Compromete a ingestão adequada de cálcio e
nutrientes. Os lácteos possuem proteínas de alta qualidade reconhecidas
pela Organização Mundial de Saúde (OMS): elas são de fácil digestão e absorção,
sendo compostas por todos os aminoácidos essenciais, ou seja, aqueles
nutrientes que constroem as células e tecidos do nosso corpo e que, por não
serem produzidos no organismo, precisam ser ingeridos através dos alimentos;
3 – Não garante a perda de peso. Diferente do que muitas
pessoas acreditam, não existe relação entre consumir lactose e engordar.
4 – Exige maior controle
muito maior da alimentação para suprir
vitaminas e proteínas que os lácteos facilmente oferecem.
5 – Contraria as recomendações da Pirâmide Alimentar
adaptada para a população brasileira (2013), que indica a ingestão de três
porções de lácteos por dia, o que equivale a 1 copo (200 mL) de leite, 1 ½
fatias finas de queijo minas ou 1 pote (170g) de iogurte natural, que podem ser
incluídos em diferentes refeições, além de utilizado como ingredientes em
preparações diversas.
6 – Perda de
uma fonte de prevenção de doenças crônicas. Evidências
apontam que um maior consumo de leites e derivados está relacionado a um menor
risco de se desenvolver uma série de doenças crônicas, como a síndrome
metabólica, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e certos tipos de
câncer, como o de cólon. Além disso, quanto ao consumo de leite
especificamente, há indícios de que ele tem efeito protetor contra doenças cardiovasculares
em geral. Há ainda um modesto efeito na diminuição da pressão do sangue,
atribuído especificamente às moléculas produzidas na digestão das proteínas do
leite, os peptídeos bioativos, uma vez que são capazes de regular a atividade
de hormônios e de funções fisiológicas específicas, como a pressão arterial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário