As férias estão chegando e junto
com ela sua série de risco que na maioria das vezes podem ser evitados. Para
quem acha que afogamento ocorre apenas nas praias, está muito enganado.
No Brasil No Brasil aproximadamente quatro crianças com menos de 10 anos morrem
por afogamento, com maior prevalência em água doce, como exemplo de piscinas,
rios, lagos e entre outros. Mais de 65% dos afogamentos ocorrem em água doce,
mesmo em cidades praianas. O afogamento é considerado como a segunda causa
geral de óbito entre a faixa etária de 1 e 9 anos de idade e a terceira causa
entre 10 a 19 anos. As piscinas são responsáveis por 1,6% de todos os casos de
morte por afogamento
Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS), 0,7% de todos os óbitos no mundo ocorrem por afogamento não
intencional, sendo mais de 500.000 óbitos anuais, que poderiam ser evitados
através da prevenção. Referências mundiais destacam que os homens se afogam e
morrem em média cinco vezes mais que as mulheres e que a faixa etária de óbito
em homens é de 5 a 14 anos.
Acredita-se que mais de 85% dos
afogamentos no mundo podem ser evitados, através da prevenção. A prevenção e
adoção de comportamentos de segurança é a principal intervenção para que o
processo de afogamento não se instale. Aqui vão algumas dicas:
A supervisão constante de um
adulto responsável nunca deve ser substituída por qualquer outro recurso ou
equipamento;
Proíba o acesso à piscina para
crianças menores de 9 anos desacompanhadas;
Boias de braços ou outros
recursos de flutuação (por exemplo: pranchas, pneus, bolas, garrafas plásticas,
entre outros), transmitem falsa sensação de segurança, cuidado!
Incentive o uso de coletes
salva-vidas para crianças menores de 5 anos ou pessoas sem conhecimento de
natação, os demais objetos não são tão confiáveis como os coletes;
Nunca deixe seu filho sozinho na
piscina ainda que saiba nadar, mantenha supervisão constante. Lembre-se que
aproximadamente 89% dos afogamentos ocorrem por falta de supervisão dos pais,
principalmente em horários de refeições;
Caso realize festas ou eventos em
locais com piscinas e grande volume de pessoas, contrate guarda-vidas;
Evite brinquedos próximos ou
dentro da piscina, isto atrai as crianças;
Não permita a apneia (prender o
fôlego) ou travessias submersas sem supervisão confiável;
Evite mergulhos de cabeça em
locais com profundidade inferior a 1,8m;
Não ingerir bebidas alcoólicas e
alimentos pesados, antes do banho de piscina;
Saia imediatamente da piscina se
houver raios ou relâmpagos.
Aprenda os primeiros socorros,
pois a grande maioria da população não sabe como proceder diante de uma
emergência de afogamento;
Mantenha isolamento ao redor da
piscina impedindo o acesso de crianças, use de preferência muro ou grades com
altura de 1,50m, com portão de fechamento automático. Evite lonas ou cercas
vivas, não são confiáveis;
Nunca deixe a válvula da tomada
de aspiração ou vácuo aberta;
Coloque placas de advertência e
sinalização próximo a piscina;
Tenha sempre junto da piscina uma
vara com gancho salva-vidas, corda, boia ou outro flutuador.
Prof. Ms. Ednei Fernando dos Santos
Professor de Pós-Graduação da Faculdade
Metropolitana Unidas - FMU
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