As doenças cardiovasculares são uma das complicações
mais comuns que afetam as mulheres diabéticas
A prevalência de diabetes no mundo está crescendo em um
ritmo acelerado, e mesmo sem existir uma tendência por gênero, as mulheres
são as mais afetadas pelo impacto e complicações associadas a esta doença. 1
Uma das complicações mais comuns do diabetes são as doenças
cardiovasculares. Para se ter ideia, a incidência de doença arterial
coronariana (DAC) em mulheres diabéticas é quase três vezes maior em
relação às não diabéticas e duas vezes maior se comparado com os homens
diabéticos.
O risco de infarto do miocárdio, por exemplo, é duas vezes maior em
mulheres com diabetes, em relação às não diabéticas da mesma faixa etária.
A professora e endocrinologista do Serviço de Endocrinologia do Hospital de
Clínicas da Universidade Federal do Paraná (SEMPR), Rosângela Réa, afirma
que o maior risco em mulheres com diabetes pode ser explicado justamente
pelas comorbidades, inclusive a idade mais avançada. “O papel da menopausa
não está bem claro, mas a incidência do infarto do miocárdio aumenta
dramaticamente na fase pós-menopausa”, explica.
Além disso, segundo ela, as mulheres com diabetes têm mais chances de
apresentarem doença cardiovascular fatal do que mulheres sem diabetes e com
doença coronariana2.
A especialista explica ainda que o diabetes parece exercer um efeito
adverso maior nas mulheres, principalmente porque os fatores de risco
cardiovascular diferem entre os dois gêneros.
O diabetes tipo 2, que compreende a 90% das cerca de 370 milhões de pessoas
com a doença em todo o mundo, está em franca expansão, muito devido ao
estilo de vida contemporâneo, com hábitos inadequados de alimentação e
sedentarismo.
A principal maneira de reduzir os riscos associados à doença é manter os
níveis de glicose controlados. Para isso, é importante manter um nível de
atividade física adequado e seguir a dieta e o esquema de tratamento
farmacológico indicado pelo médico.
A Federação Internacional de Diabetes recomenda que os níveis de glicose no
sangue de um paciente com diabetes tipo 2 se encontrem entre 70-130mg/dl
antes de cada refeição, e que estes níveis não sejam maiores que 180mg/dl
duas horas após a ingestão de alimentos.
Atualmente os médicos contam com diversas alternativas de tratamento para
ajudar seus pacientes a reduzir e controlar seus níveis de glicose da
maneira mais simples. Uma destas opções são os inibidores do
cotransportador sódio-glicose tipo 2 (SGLT2, por suas siglas em inglês).
A canagliflozina pertence a esta categoria de tratamentos, e oferece um
controle glicêmico melhorado, além de reduzir o peso corporal e a pressão
arterial sistólica. Estes benefícios, como um todo, ajudam os pacientes a
controlar sua diabetes e a reduzir o impacto negativo das complicações da
doença.
Referências
1.Centros para el Control y la Prevención de Enfermedades. Diabetes en
mujeres. Disponível em http://www.cdc.gov/diabetes/spanish/risk/gender/women.html
2.Daniels, LB, Grady D, Mosca L. Circulation: Cardiovascular Quality and
Outcomes.
2013; 6: 164-170
3. Rich-Edwards JW, Manson JE, Hennekens CH, Buring JE. N Engl J Med.
1995;332(26):1758.
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