Segundo o INCA, o Brasil deve registrar até o
final deste ano mais de 10 mil novos casos da doença; Entre crianças e
adolescentes, este é o tipo de câncer mais prevalente, sendo responsável por
33% dos casos
Dos
tipos de câncer que afetam o sangue, a leucemia é a mais conhecida. A idade de
acometimento varia de acordo com o subtipo de leucemia, que, em linhas gerais,
se divide em mielóide e linfóide, de acordo com a célula afetada. Em ambas as
categorias, ela pode ser qualificada com sendo aguda ou crônica, considerando a
velocidade de divisão dessas células e, portanto, a agilidade com a qual a
doença se desenvolve.
As Leucemias
Agudas podem ocorrer em todas as faixas etárias sendo que a LLA (Leucemia
Linfóide Aguda) tem maior incidência na infância e juventude. Estima-se que a
condição corresponda a 33 de cada 100 diagnósticos em pacientes de 0 aos 18
anos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Já a LMA (Leucemia
Mielóide Aguda) é o tipo mais comum de Leucemia em adultos, correspondendo a
80% dos casos neste grupo. A ocorrência de LMA aumenta com a faixa etária
(incidência maior acima de 65 anos). Se consideradas todas as faixas etárias, o
Brasil deve registrar até o final deste ano 10 mil novos casos da doença.
"A
leucemia afeta inicialmente a medula óssea – tecido mole que fica dentro dos
ossos e é responsável por produzir glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e
plaquetas -, fazendo com que as células sanguíneas passem a se reproduzir de
forma descontrolada e gerando o comprometimento da fabricação normal do sangue.
Sendo assim, ocorre anemia, diminuição da imunidade e aumento do risco de
sangramentos", explica a Dra. Mariana Oliveira, hematologista do Centro
Paulista de Oncologia - CPO, do Grupo Oncoclínicas.
Segundo
a especialista, não se trata de uma condição hereditária, mas sim de uma doença
que ocorre devido a alterações genéticas adquiridas e que acabam por
desencadear o surgimento do câncer. "Não há como apontar causas exatas que
permitam a prevenção para todos os indivíduos. Por isso, a melhor forma de
deter o avanço da leucemia é o diagnóstico precoce", destaca a Dra.
Mariana.
Fique
atento aos sintomas
Alguns
fatores, como a exposição a produtos químicos, principalmente os derivados de
benzeno, e à radiação em altos níveis, assim como algumas doenças genéticas
como anemia de Fanconi e outras que afetam o sangue, podem elevar o risco de
incidência da doença. Ainda assim, estes são apenas fatores que podem
contribuir para o surgimento da leucemia, mas não são regra. Diante disso, o
principal conselho da hematologista é que seja dada atenção aos sinais que
podem ser indícios da doença.
"Os
sintomas das leucemias agudas incluem palidez, cansaço e sonolência, uma das
consequências da queda na produção de glóbulos vermelhos (hemácias) e
consequente anemia. Manchas roxas que surgem aparentemente sem traumas,
pequenos pontos vermelhos na pele e/ou sangramentos mais intensos e prolongados
após ferimentos leves também podem surgir em decorrência da diminuição na
produção de plaquetas", diz a Dra. Mariana.
A
redução na imunidade ocasionada pela baixa quantidade de glóbulos brancos faz
ainda com que a pessoa apresente infecções constantes e febre. "Dores
ósseas e nas juntas, que podem dificultar a capacidade de locomoção, e dores de
cabeça e vômitos são outros possíveis sintomas que não devem ser ignorados.
Outro indício da doença pode ser ainda a perda de peso", afirma.
A
Dra. Mariana frisa, contudo, que as leucemias crônicas são comumente
descobertas por alterações identificadas no hemograma - exame de sangue que
deve ser realizado periodicamente como parte da rotina, já que dificilmente
apresentarem alterações evidentes à saúde. "Apenas em estágios mais
avançados podem ocorrer sintomas similares aos casos agudos", pontua a
especialista do CPO.
Para
fechar o diagnóstico, é recomendada a coleta de medula óssea para exames
específicos (mielograma, biópsia, imunofenotipagem e cariótipo). Outros estudos
complementares podem ser então sugeridos, de acordo com a subclassificação a
ser estabelecida e análise de risco, para que seja assim definido o tratamento
a ser adotado. Em geral, as leucemias são tratadas com quimioterapia. De acordo
com os resultados obtidos com a quimioterapia, pode ser indicado o transplante
de medula óssea.
Sobre
o CPO
Fundado
há mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl,
o Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, oferece cuidado
integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo clínico com
mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe
multiprofissional com psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, enfermeiros e
fisioterapeutas, conta com consultas médicas oncológicas e hematológicas,
aplicação ambulatorial de quimioterápicos, imunobiológicos e medicamentos de
suporte, acompanhamento multidisciplinar ambulatorial, além de um serviço de
apoio telefônico aos pacientes 24 horas por dia e acompanhamento médico durante
internações hospitalares.
O CPO possui a acreditação
em nível III pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Acreditação
Canadense Diamante (Accreditation Canada), do Canadian Council on Health
Services Accreditation, o que confere ao serviço os certificados de
"excelência em gestão e assistência” e qualifica a instituição no
exercício das melhores práticas da medicina de acordo com os padrões
internacionais de avaliação. A insituição conta com uma parceria internacional
como Dana Farber Institute / Harvard Cancer Center, que garante a possibilidade
de intercâmbio de informações entre os especialistas brasileiros e americanos,
bem como discussão de casos clínicos e, ainda, proporciona a educação continuada
do corpo clínico do CPO, com aulas, intercâmbios e eventos com novidades em
estudos e avanços no tratamento da doença.