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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

LEUCEMIA: ENTENDA O CÂNCER QUE AFETA AS CÉLULAS SANGUÍNEAS



Segundo o INCA, o Brasil deve registrar até o final deste ano mais de 10 mil novos casos da doença; Entre crianças e adolescentes, este é o tipo de câncer mais prevalente, sendo responsável por 33% dos casos

Dos tipos de câncer que afetam o sangue, a leucemia é a mais conhecida. A idade de acometimento varia de acordo com o subtipo de leucemia, que, em linhas gerais, se divide em mielóide e linfóide, de acordo com a célula afetada. Em ambas as categorias, ela pode ser qualificada com sendo aguda ou crônica, considerando a velocidade de divisão dessas células e, portanto, a agilidade com a qual a doença se desenvolve.

As Leucemias Agudas podem ocorrer em todas as faixas etárias sendo que a LLA (Leucemia Linfóide Aguda) tem maior incidência na infância e juventude. Estima-se que a condição corresponda a 33 de cada 100 diagnósticos em pacientes de 0 aos 18 anos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Já a LMA (Leucemia Mielóide Aguda) é o tipo mais comum de Leucemia em adultos, correspondendo a 80% dos casos neste grupo. A ocorrência de LMA aumenta com a faixa etária (incidência maior acima de 65 anos). Se consideradas todas as faixas etárias, o Brasil deve registrar até o final deste ano 10 mil novos casos da doença.

"A leucemia afeta inicialmente a medula óssea – tecido mole que fica dentro dos ossos e é responsável por produzir glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas -, fazendo com que as células sanguíneas passem a se reproduzir de forma descontrolada e gerando o comprometimento da fabricação normal do sangue. Sendo assim, ocorre anemia, diminuição da imunidade e aumento do risco de sangramentos", explica a Dra. Mariana Oliveira, hematologista do Centro Paulista de Oncologia - CPO, do Grupo Oncoclínicas.

Segundo a especialista, não se trata de uma condição hereditária, mas sim de uma doença que ocorre devido a alterações genéticas adquiridas e que acabam por desencadear o surgimento do câncer. "Não há como apontar causas exatas que permitam a prevenção para todos os indivíduos. Por isso, a melhor forma de deter o avanço da leucemia é o diagnóstico precoce", destaca a Dra. Mariana.

Fique atento aos sintomas
Alguns fatores, como a exposição a produtos químicos, principalmente os derivados de benzeno, e à radiação em altos níveis, assim como algumas doenças genéticas como anemia de Fanconi e outras que afetam o sangue, podem elevar o risco de incidência da doença. Ainda assim, estes são apenas fatores que podem contribuir para o surgimento da leucemia, mas não são regra. Diante disso, o principal conselho da hematologista é que seja dada atenção aos sinais que podem ser indícios da doença.

"Os sintomas das leucemias agudas incluem palidez, cansaço e sonolência, uma das consequências da queda na produção de glóbulos vermelhos (hemácias) e consequente anemia. Manchas roxas que surgem aparentemente sem traumas, pequenos pontos vermelhos na pele e/ou sangramentos mais intensos e prolongados após ferimentos leves também podem surgir em decorrência da diminuição na produção de plaquetas", diz a Dra. Mariana.

A redução na imunidade ocasionada pela baixa quantidade de glóbulos brancos faz ainda com que a pessoa apresente infecções constantes e febre. "Dores ósseas e nas juntas, que podem dificultar a capacidade de locomoção, e dores de cabeça e vômitos são outros possíveis sintomas que não devem ser ignorados. Outro indício da doença pode ser ainda a perda de peso", afirma.

A Dra. Mariana frisa, contudo, que as leucemias crônicas são comumente descobertas por alterações identificadas no hemograma - exame de sangue que deve ser realizado periodicamente como parte da rotina, já que dificilmente apresentarem alterações evidentes à saúde. "Apenas em estágios mais avançados podem ocorrer sintomas similares aos casos agudos", pontua a especialista do CPO.

Para fechar o diagnóstico, é recomendada a coleta de medula óssea para exames específicos (mielograma, biópsia, imunofenotipagem e cariótipo). Outros estudos complementares podem ser então sugeridos, de acordo com a subclassificação a ser estabelecida e análise de risco, para que seja assim definido o tratamento a ser adotado. Em geral, as leucemias são tratadas com quimioterapia. De acordo com os resultados obtidos com a quimioterapia, pode ser indicado o transplante de medula óssea.




Sobre o CPO
Fundado há mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, oferece cuidado integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe multiprofissional com psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, enfermeiros e fisioterapeutas, conta com consultas médicas oncológicas e hematológicas, aplicação ambulatorial de quimioterápicos, imunobiológicos e medicamentos de suporte, acompanhamento multidisciplinar ambulatorial, além de um serviço de apoio telefônico aos pacientes 24 horas por dia e acompanhamento médico durante internações hospitalares.
O CPO possui a acreditação em nível III pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Acreditação Canadense Diamante (Accreditation Canada), do Canadian Council on Health Services Accreditation, o que confere ao serviço os certificados de "excelência em gestão e assistência” e qualifica a instituição no exercício das melhores práticas da medicina de acordo com os padrões internacionais de avaliação. A insituição conta com uma parceria internacional como Dana Farber Institute / Harvard Cancer Center, que garante a possibilidade de intercâmbio de informações entre os especialistas brasileiros e americanos, bem como  discussão de casos clínicos e, ainda, proporciona a educação continuada do corpo clínico do CPO, com aulas, intercâmbios e eventos com novidades em estudos e avanços no tratamento da doença.

Outubro Rosa conscientiza sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama



O rosa colore o mês de outubro por uma boa causa. A cor representa a campanha internacional Outubro Rosa, promovida pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O objetivo é orientar a sociedade, por meio do compartilhamento de informações sobre o câncer de mama, e também promover a conscientização acerca da importância da detecção precoce da doença. A Oncomed-BH também fará sua parte e prepara uma séria de ações para reforçar o mote da campanha.

De acordo com o Dr. Leandro Ramos, oncologista da Oncomed-BH, a doença não tem causa única. “Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, sendo a idade o mais importante para o câncer de mama entre as mulheres. A incidência da doença cresce progressivamente com o envelhecimento, sendo que a ocorrência desse tipo de câncer pode ser externa ou interna ao organismo, interagindo de várias formas, o que aumenta a probabilidade de transformações malignas nas células normais”, explica o médico.

Outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença são:
  • História familiar positiva;
  • História pessoal de câncer de mama;
  • História menstrual: pela maior exposição aos hormônios femininos, mulheres que tiveram sua primeira menstruação antes dos 12 anos e ou entraram na menopausa após os 55 anos, têm um risco aumentado de desenvolver câncer de mama.
  • História reprodutiva: Mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 30 anos, e ainda as que não amamentaram, também compreendem o grupo de maior risco;
  • Uso de reposição hormonal (principalmente com estrogênio e progesterona associados);
  • Obesidade;
  • Ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool;
  • Presença de mutação genética (incluindo BRCA1, BRCA2, entre outros): embora apenas de 5% a 10% de todos os cânceres de mama sejam causados por estas mutações, sabe-se que a mulher que as possui tem risco muito aumentado de desenvolver tal neoplasia.

Já as chances de cura dependem do tipo de tumor, da idade e das condições de saúde do paciente e do estágio em que o câncer for detectado. Por isso, a prevenção secundária, que significa garantir o diagnóstico precoce no controle da doença, é tão importante. “A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres façam a mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Cerca de 95% dos pacientes em bom estado de saúde, que descobrem o câncer de mama em fase inicial e seguem o tratamento recomendado, se livram da doença após cinco anos”, afirma o Dr. Leandro Ramos.

Não é possível parar de envelhecer, mudar o histórico familiar ou interferir na idade da primeira menstruação da mulher, porém, é factível seguir importantes recomendações para a prevenção primária. “Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e da prática regular de exercícios físicos, além de não ingerir bebidas alcoólicas, são algumas das recomendações importantes na prevenção primária do câncer de mama”, diz o médico. O autoexame também é uma forma de prevenção, porém, não elimina a necessidade da consulta de rotina, destaca o oncologista.

*Autoexame: como fazer?
De acordo com as orientações do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC), o autoexame deve ser realizado uma vez a cada mês, na semana seguinte ao término da menstruação. Existem duas formas de fazer o autoexame, são elas:

No chuveiro ou deitada:
Coloque a mão direita atrás da cabeça. Deslize os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda suavemente em movimentos circulares por toda mama direita. Repita o movimento utilizando a mão direta para examinar a mama esquerda.

Diante do espelho:
1-      Levante os braços, colocando as mãos na cabeça. Observe se ocorre alguma mudança no contorno das mamas ou no bico.

2-      Repita a observação, colocando as mãos na cintura e apertando-a. Observe se há qualquer alteração.

3-      Finalmente, esprema o mamilo delicadamente e observe se sai qualquer secreção. A observação de alterações cutâneas ou no bico do seio, de nódulos ou espessamentos, e de secreções mamárias, não significa necessariamente a existência de câncer.

O que procurar?
• Caroços (nódulos).

• Abaulamentos ou retrações da pele e do complexo aréolo-mamilar (bico do seio).
• Secreções mamilares existentes.

 *Informações do site do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC)




 Sobre a Oncomed 
A Oncomed-BH, clínica especializada na prevenção e no tratamento das doenças neoplásicas, foi fundada em 1994, em Belo Horizonte. Desde então, realiza um trabalho que envolve cuidados diferenciados e tratamento humanizado a todos os pacientes. São especialistas em oncologia, hematologia, nutrição, clínica da dor, psicologia e cardiologia, além de uma equipe de suporte que realiza um acompanhamento efetivo na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças.


Bebida alcoólica: Fique atento



Saiba quais os problemas que o álcool pode trazer para sua saúde quando consumido exageradamente

O consumo exagerado do álcool faz mal à saúde e isso todo mundo sabe. Mas você sabia que um dos principais órgãos do corpo humano afetado é o fígado? Praticamente tudo que é absorvido pelo intestino acaba passando por ele. Isso acontece com a bebida alcoólica também. 

Segundo Eduardo Ramos, cirurgião geral e de transplante   do Hospital Nossa Senhora das Graças, aproximadamente 20% das pessoas que ingerem bebida alcoólica em grande quantidade desenvolvem disfunções no fígado. “Essas pessoas apresentam alterações importantes como a esteatohepatite alcoólica aguda, que é o acúmulo de gordura no interior das células do fígado, fibrose e cirrose”, afirma. 

Apesar de o corpo demorar em média uma hora para degradar 10 ml de bebida alcoólica, algumas características pessoais podem fazer com que demore mais para ser metabolizado. “Fatores como o peso, se é homem ou mulher, idade, obesidade, metabolismo pessoal, quantidade de alimentos ingeridos juntamente com a bebida, o tipo e a dose da bebida alcoólica e se a pessoa está tomando alguma medicação, fazem o tempo de degradação do álcool variar”, comenta. 

Além dos problemas de saúde, tais como a cirrose e a pancreatite aguda, o consumo exagerado de álcool pode ser um perigo para quem faz uso de medicamentos. “As bebidas alcoólicas podem diminuir ou potencializar os efeitos dos medicamentos”, comenta o médico. O mais comum é potencializar os efeitos colaterais causando sintomas como náuseas, tonturas, sonolência e diminuição da habilidade motora”, salienta o especialista. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) não existe um nível seguro para o consumo de álcool. Se a pessoa bebe, há risco de problemas de saúde. Conforme a OMS as pessoas saudáveis podem consumir, no máximo, 30 gramas de álcool por dia. Porém, se a pessoa for hipertensa ou tiver diabetes não poderá beber. Dr. Eduardo Ramos ressalta que, para aqueles que não abrem mão de um happy hour ou qualquer outra bebida em determinados momentos, o ideal é saber consumir sem exageros. “O ideal é o consumo social, em pequena quantidade, nos fins de semana”, conclui.

Cirrose alcoólica

A cirrose alcoólica é causada pela ingestão diária e prolongada de álcool. É considerada uma doença de alcoólatras, no entanto todas as condições que levam a uma inflamação crônica do fígado (alcoólicas ou não) podem resultar nessa patologia.  É processo crônico de destruição das células hepáticas, que ocorre de maneira difusa, com formação de cicatrizes e nódulos levando à necrose do órgão. 

O único tratamento efetivo da cirrose é o transplante hepático, indicado apenas para alguns casos. Portanto, é importante fazer o diagnóstico precoce para iniciar o mais depressa possível o tratamento que pode adiar ou evitar maiores complicações.

Pancreatite Aguda

É uma inflamação repentina do pâncreas  que ocorre quando as enzimas digestivas produzidas no órgão são ativadas em seu interior, causando danos. As duas causas mais frequentes são a existência de cálculos na vesícula e/ou vias biliares, conhecidas como pedras na vesícula, e também o consumo de álcool em excesso. 

Os sinais de pancreatite aguda costumam variar, mas o mais comum é a dor progressiva na parte superior do abdômen, que torna-se constante e vai piorando com o tempo. Além disso, pode causar náuseas, vômito, gases, fezes com cor de argila, indigestão e inchaço na região abdominal, entre outras.




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