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sábado, 13 de agosto de 2022

Crianças podem desenvolver depressão por causa da urticária

Doença autoimune, a UCE pode levar à ansiedade e impactar a qualidade de vida

      Simpósio debaterá tema em SP, nos dias 26 e 27 de agosto

 

Cerca de 80% dos casos de urticária crônica espontânea (UCE) tem origem autoimune e a autoimunidade pode ser do tipo 1 ou tipo 2. Mas qual a diferença entre elas?

 

Autoimunidade do Tipo 1: também denominada de auto alérgica, é quando fazemos anticorpos, nestes casos, IgE (imunoglobulina E) contra nossos próprios antígenos sendo o mais frequente o relacionado a tireoide.

 

Autoimunidade do Tipo 2: quando fazemos anticorpos IgG (imunoglobulina G) contra a nossa própria IgE ou contra os receptores da IgE.

 

Muitos fatores podem desencadear a crise de UCE e o estresse está entre eles. “Há muitos estudos para compreender o papel do estresse na urticária e alguns deles demonstram que a participação do hormônio liberador de corticotrofina - liberado durante o estresse - leva a ativação dos mastócitos, a principal célula que vai liberar várias substâncias, sendo a mais importante a histamina e a que resulta no aparecimento das urticas”, explica a Dra. Solange Valle, membro do Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e palestrante do 1º Simpósio de Alergia e Imunologia da Infância à Senescência, nos dias 26 e 27 de agosto, em São Paulo.

 

Empolações avermelhadas, coceira intensa e o inchaço são os principais sinais da UCE e que impacta, consideravelmente, a qualidade de vida do paciente. Na entrevista que segue, Dra. Solange explica a relação da urticária crônica espontânea com a depressão e as crianças fazem parte desse quadro. 

 

·        A UCE pode levar à depressão?

Sim, a urticária impacta negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Leva a um grande sofrimento devido a sua imprevisibilidade, ou seja, as lesões podem surgir a qualquer momento. O prurido (coceira) é muito intenso, provocando distúrbio do sono. Além disso, muitas vezes, as lesões podem ser desfigurantes chegando a prejudicar o relacionamento com outras pessoas e gerando muita insegurança. Todos esses fatores levam a depressão e à ansiedade.

 

·        Há casos de crianças com urticária e depressão?

Assim como os adultos, as crianças sofrem com a urticária. É uma doença estigmatizante. Muitos pensam que a doença pode ser transmitida e, com isso, afastam-se e não querem brincar com a criança que apresenta as lesões.

 

·        É comum encontrar idosos com UCE desencadeada pelo estresse?

Sim, em qualquer faixa etária o estresse pode ser um fator agravante da doença. 

 

·        O alergista e imunologista deve trabalhar em conjunto com psiquiatras e psicólogos nessas situações?

É fundamental a abordagem multidisciplinar. O psicólogo e o psiquiatra são importantes para auxiliar no tratamento porque - além do tratamento medicamentoso da doença - é necessário o suporte relacionado ao estresse, depressão e ansiedade. A abordagem multidisciplinar vai levar a uma melhora na qualidade de vida. Lembrando também que o tratamento correto da urticária é fundamental porque resulta no controle da doença e, consequentemente, na melhora qualidade de vida dos pacientes. Alcançando o controle da urticária vamos ter também o controle do estresse.

 

1º Simpósio de Alergia e Imunologia da Infância à Senescência

Data: 26 e 27 de agosto

Local: Hotel Meliá Paulista - Av. Paulista, 2181 – Consolação - SP

Informações e Inscrição: https://www.saiis.com.br/ 



ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
www.asbai.org.br
https://bit.ly/ASBAI_Podcast
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A importância de pensar Segurança Psicológica nas organizações

O conceito de segurança psicológica em um ambiente organizacional foi cunhado pela Dra. Amy Edmondson, professora da Escola de Negócios de Harvard, especialista em culturas de grupos e acadêmica de liderança, formação de equipes e aprendizado organizacional. Interessada em pesquisar sobre como as equipes lidavam com erros, em meados dos anos 90, a acadêmica norte-americana escolheu o ambiente hospitalar para iniciar sua pesquisa por se tratar de um ambiente desafiador, altamente técnico e onde os erros podem, muitas vezes, ser fatais. 

Observando o funcionamento das equipes, ela esbarrou na Segurança Psicológica como principal elemento do aprendizado, da inovação e da alta performance dos times. Segundo a professora de Harvard, Segurança Psicológica é a crença compartilhada pelos membros de um time de que o time é, em si, um ambiente seguro para se tomar riscos interpessoais. 

No ambiente de trabalho, em diferentes áreas, em times psicologicamente seguros, as pessoas assumem riscos essenciais que podem levar o rumo de uma decisão para outro caminho como, por exemplo, divergir de uma ideia, dialogar sobre temas sensíveis, contribuir com pontos de vistas diferentes sem medo de ser julgado, humilhado ou de sofrer qualquer tipo de retaliação. E, quando isso acontece, o time é capaz de aprender junto, incluindo todos os pontos de vista para arriscar mais, tomar as melhores decisões de forma mais ágil e inteligente, melhorando o seu desempenho e, consequentemente, o nível de colaboração e engajamento. 

Segurança psicológica é o meio e não o fim. É o funcionamento e não o resultado. É o ingrediente essencial para que times aprendam e performem melhor juntos. Esse conceito levantou o interesse da Google que em 2012, numa iniciativa chamada Projeto Aristóteles, estudando suas equipes internas com o objetivo de descobrir o que fazia alguns times terem melhor performance do que outros, considerando que faziam parte de uma mesma cultura organizacional. 

O Projeto Aristóteles reuniu e cruzou centenas de dados e concluiu algo revelador para os executivos da empresa (e, posteriormente, para o mercado): as melhores equipes não tinham como padrão a combinação dos melhores talentos individuais trabalhando juntos. Não era o fator “quem” que fazia a diferença. O segredo estava em como o time interagia e trabalhava junto.

Neste projeto, a Google revelou cinco padrões essenciais presentes nos times, sendo o primeiro a Segurança psicológica, onde os membros da equipe sentem-se seguros em arriscar e serem vulneráveis na frente de seus colegas. Depois a Confiabilidade, quando as pessoas entregam suas tarefas no prazo e atendem um padrão de excelência esperado. A Estrutura e clareza funciona quando os membros da equipe possuem papéis, planos e metas claras. O Significado do trabalho é quando o próprio trabalho, é pessoalmente significativo para os membros da equipe e no Impacto do trabalho, os membros da equipe percebem que seu trabalho importa e gera mudanças.

Ainda nesse estudo, o Google revela ainda que o padrão mais relevante relacionado à performance dos times é o nível da Segurança Psicológica existente. Sem ele, times não alcançam a alta performance. 

A segurança psicológica acabou ganhando mais holofotes e atenção após uma publicação em 2016 do jornal “New York Times”. Após a Google, outras empresas e universidades realizaram estudos que validam a teoria original da Dra. Amy Edmondson.


Desenvolver a Segurança Psicológica 

Desenvolver a segurança psicológica é um processo complexo que requer um novo modelo de trabalho, uma nova dinâmica e uma nova prática do time. Simplificar esse conceito é um risco e tratá-lo como ações de saúde e bem-estar, é um erro. 

A segurança psicológica acontece dentro do time e está na potência desse time, portanto, é responsabilidade de todos os integrantes fazer isso acontecer. O compromisso diário com isso é que vai fazer a diferença na qualidade das relações e dos resultados a serem entregues.

É preciso que os membros do time determinem o trabalho a partir de uma perspectiva de aprendizado ao invés de simplesmente execução de uma tarefa. Criar um espaço de aprendizado permite que todos cometam erros e aprendam com eles, o que é fundamental para uma atmosfera de alta segurança psicológica. Os membros da equipe precisam reconhecer que todos são passíveis ao erro e falar sobre eles. Em times psicologicamente seguros, o medo do silêncio é maior do que o medo da fala. Em terceiro lugar, todos os membros precisam manter um alto grau de curiosidade e se colocar num lugar de que não sabem tudo. 

Empresas que querem se manter competitivas e relevantes no mercado, precisarão encontrar novas formas de fazer negócio. Criar ambientes psicologicamente seguros será essencial para alavancar o desenvolvimento e a performance dos seus times e alcançar resultados de maneira sustentável. Trazer o componente psicológico para o negócio é um processo complexo, bastante desafiador e longo, porém necessário.

 

 

Instituto Internacional em Segurança Psicológica

 

Patrícia Ansarah - Master Trainer e especialista em Segurança Psicológica em Times. Com certificação internacional em Coaching & Action Learning e em modelagem de cultura. Facilitadora de aprendizagem de grupos e desenvolvimento de liderança com mais de 25 anos atuando em RH com experiência executiva em grandes empresas como Colgate-Palmolive, McDonalds, J&J, Latam Airlines e Serasa Experian.

Veruska Galvão - Master Trainer e especialista em Segurança Psicológica em Times. Psicóloga especialista em relacionamentos humanos nas organizações, com certificação internacional em Coaching e em modelagem de cultura e pós MBA em docência empresarial e liderança. Mais de 20 anos atuando com desenvolvimento de liderança e cultura organizacional em grandes empresas como Manpower, Hertz e Coca-Cola FEMSA.


Como os brinquedos contribuem para o desenvolvimento infantil

  

iStock 
Cada faixa etária tem um brinquedo para estimular o desenvolvimento psicossocial e motor 

 

O ato de brincar é essencial para o desenvolvimento motor, intelectual e social da criança, e estudiosos como Jean Piaget, Lev Vygotsky e Maria Montessori ressaltaram que, através da brincadeira, a personalidade é construída, pois vivenciam-se situações de alegria, ansiedade, medo, compartilhamento, autonomia, imaginação, entre outras.

A importância da brincadeira é tão significativa que não é mais vista como distração infantil, é utilizada no processo de aprendizagem de crianças com necessidades especiais, procedimentos psicoterápicos e em dinâmicas de grupo na área organizacional, portanto atinge os adultos.


Qual o brinquedo recomendado para cada fase do desenvolvimento infantil?

O brinquedo ideal para cada fase da infância estimula o interesse e a atenção, como:

· de 0 a 6 meses: brinquedos coloridos, com texturas e tamanhos diversos, como móbiles e bichinhos de borracha que emitem som;

· 6 meses a 1 ano: chocalhos, mordedores, bichos de pelúcia, livro de pano ou de material impermeável para a hora do banho;

· 1 a 2 anos: brinquedos de puxar ou empurrar, blocos de montagem e desmontagem, brinquedos de encaixe, ambos com peças grandes e laváveis;

· 2 a 3 anos: carrinhos grandes, triciclos, balanço, blocos de empilhar com peças menores, brinquedos musicais, objetos com diversas cores e formas;

· 3 a 4 anos: objetos de montar e empilhar mais complexos, com peças pequenas, triciclos e carros maiores;

· 4 a 6 anos: jogos e brincadeiras com regras simples para estimular o raciocínio lógico e controle emocional, massa de modelar, pintura com giz e lápis de cor, para estímulo da atividade motora, quebra-cabeça e jogo da memória, para incentivar as atividades em grupo;

· 6 anos em diante: jogos de tabuleiro e de mesa, lego, pular corda, patinete e bicicleta.



Quais os benefícios do brinquedo no desenvolvimento da criança?

· estimula o desenvolvimento sensório-motor, importante para a habilidade motora fina no período de alfabetização;

· habilidade na resolução de problemas, necessária na vida adulta, que pode ser estimulada na infância com jogos de quebra-cabeça;

· desenvolvimento socioemocional: ser capaz de lidar e compreender as emoções e de relacionar-se com outras pessoas;

· atenção concentrada: manter o foco na atividade para realizá-la com correção e precisão;

· habilidade criativa e imaginação: a brincadeira promove o desenvolvimento criativo e o mundo da imaginação, principalmente com a elaboração de histórias com cenários e enredos;

· coordenação olho-mão: prestar atenção nas suas ações motoras, como nos jogos de empilhar blocos e construir torres, pois estimula equilíbrio, atenção e coordenação motora;

· na escola, permite que professores observem o desenvolvimento educacional, visto que nas brincadeiras as crianças representam os pontos fortes e as fragilidades no processo de ensino-aprendizagem.

Portanto, em uma loja de brinquedos, é importante notar as vastas possibilidades de escolher objetos, respeitando a idade da criança; dessa forma, se contribui para a diversão e também para estimular o desenvolvimento infantil.


Amizade na escola: a criança aprende pelo relacionamento

Pedagogos e psicólogos falam sobre a importância da troca durante a infância e adolescência para o aprendizado

 

A pandemia trouxe à tona diversos problemas e muitas mudanças de hábitos. Uma delas foi o ensino à distância. Crianças e adolescentes isolados em suas casas tiveram que se adaptar e aprender a estudar longe dos professores e colegas. Com o retorno às aulas presenciais, alguns problemas foram sentidos, como a fobia social, crises de ansiedade e sentimento de não pertencimento. Muitos alunos se tornaram indisciplinados e, até mesmo, um pouco agressivos. 

Enxergando esses comportamentos, escolas se mobilizaram para auxiliar o retorno dos estudantes e amparar as famílias nessa etapa. E um dos grandes apoios encontrados nas escolas pelos alunos foi o reencontro com amigos e a troca constante entre pessoas da mesma idade que eles. Fazendo com que o medo e a incerteza fossem amenizados pelas amizades. 

“Desde que a quarentena teve início, um cenário de incertezas pairou sobre pais, alunos, professores e toda a equipe escolar”, diz Paula Joia, Psicopedagoga, do Colégio Centro de Estudos, localizado em Centro dos Goytacazes, Norte Fluminense, que defende a socialização das crianças para o desenvolvimento socioemocional, porém ela reforça que o modelo remoto já é uma realidade. 

“Em uma visão inclusiva, está claro que esse modelo de ensino remoto não funciona. Essa pandemia nos apresentou um novo modelo de ensino, que deveria ser implantado num processo progressivo. Os alunos estão no mundo digital, mas não têm a cultura digital do aprendizado e isso é um processo que demanda tempo”. 

Paula Joia enaltece a importância das relações pessoais na infância e adolescência. “Os conceitos das relações saudáveis no ambiente escolar têm como objetivo conduzir os alunos a compreenderem que é por meio das relações humanas (sociais), das características individuais que cada um traz consigo (compondo sua pluralidade sociocultural), que é possível ensinar e aprender o tempo todo.”

Diversos estudos comprovam que desenvolver amizades durante a infância ajuda e estimula as crianças. Elas passam a ser mais sociáveis, altruístas, ganham mais autonomia e aprendem desde cedo a dividir. Além de lidar com as próprias emoções, é o que aponta Mônica Santoro, Coordenadora do Colégio Domus, de São Paulo. 

“Ter amigos ajuda no desenvolvimento das habilidades socioemocionais, e a escola é uma das principais instituições onde as crianças têm a oportunidade de se relacionarem. Dentro do espaço escolar, a criança passa a conhecer outras perspectivas de vida, outras culturas e gostos diferentes dos que está acostumada em ambiente familiar, e isso faz com que ela desenvolva novas habilidades e competências importantes para a sua formação social.” 

A profissional lembra que na escola acontecem conflitos, divergência, mas também trabalho em equipe e união, pontos fundamentais para o aprendizado. “Não somente o acadêmico, mas também o das relações ligadas à inteligência emocional (intrapessoal e interpessoal).  A amizade entre as crianças proporciona o desenvolvimento das habilidades sociais, pois elas aprendem a dividir seus brinquedos, materiais, o espaço que frequentam e a respeitar as diferenças, fazendo concessões e tendo empatia pelos colegas. Isso ajuda muito na união do grupo, diminuindo consideravelmente ações negativas, como o bullying.” 

Mônica Santoro celebra a amizade e acredita que ela seja uma potencializadora do ensino e do aprendizado. “A forma como o estudante se sente na escola é fundamental para a aprendizagem. Ter boas relações sociais é fator essencial para garantir bons resultados no ambiente escolar. Os laços de amizade colaboram na formação da confiança e da autoestima da criança. Ter amigos traz segurança e conforto”, finaliza a profissional. 

Volmar Souza, diretor geral do Colégio Marília Mattoso, que fica em Niterói, no Rio de Janeiro, vê o relacionamento entre os alunos como base fundamental para o aprendizado. "Talvez algumas pessoas ignorem, mas a amizade formada dentro do ambiente escolar, entre os alunos e também com os profissionais que ali trabalham, se torna uma importante ferramenta pedagógica, facilitando a aprendizagem pelas vias do afeto, da convivência e da cooperação, que são fatores primordiais para que haja saúde social. Amizades saudáveis evitam egoísmos,  hostilidades e conflitos, o que faz com que as crianças aprendam a lidar melhor com as próprias emoções.” 

No Colégio Novo Tempo, que fica em Santos, litoral de São Paulo, a Coordenadora Pedagógica da escola, Maria Inês Santos Raposo, acredita que o relacionamento não só ajuda na educação, como a aprender valores. “Fortes e sólidas amizades geradas no colégio podem incentivar o desenvolvimento da cooperação e respeito ao próximo, além de evitar brigas e/ou conflitos. Neste sentido os educandos aprendem a lidar melhor com as próprias emoções, resultando em melhores comportamentos e avanços pedagógicos durante a vida escolar”. Ela também destaca o papel da escola como rede de apoio: “Além de referência cognitiva, a escola se torna referência social e afetiva, funciona como um porto de segurança para as questões socioemocionais dos alunos.”

 Em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no Colégio Itamarati, a Ana Laura Gusman, coordenadora pedagógica da Educação Infantil, lembra que a pandemia afastou os alunos, mas que o retorno às aulas também trouxe alguns novos desafios. 

“Com o retorno das aulas, novos desafios em relação a socialização, defasagem de conteúdos e tempo de concentração também foram identificados, assim, algumas medidas no formato das aulas e proporcionar aos alunos apoio escolar, mais atividades extracurriculares e aumentar o tempo de socialização nos espaços da escola foram tomadas. Essas medidas tiveram um resultado muito positivo.” 

Outra profissional que vê como desafiador o período pandêmico, principalmente para as relações sociais, é Carolina Gargiulo, orientadora Educacional do Ensino Fundamental Anos Finais do Colégio Leonardo Da Vinci, localizado em Alphaville, em São Paulo. “O ensino à distância veio para nos ajudar em um período que não podíamos ficar juntos, foi excelente e nos auxiliou muito, também perdemos muito do contato pessoal, da conversa olho-no-olho!”

 Além dessa falta do contato pessoal, a especialista enfatiza a importância das relações pessoais, principalmente na infância e adolescência. “É tudo, crianças e adolescentes respiram convivência, relacionamentos nessa fase são muito importantes, ensinam como tratar os outros, dividir, como se comportar”, diz Carolina, que afirma que a criança aprende pelo relacionamento: “É por meio do convívio que ela aprende regras, cuidado, empatia. A escola é o segundo ambiente em que ela convive. É uma sociedade em que está inserida e aprende com ela o tempo todo”.

 A orientadora educacional diz que o equilíbrio é fundamental para que as amizades não ultrapassem o limite e atrapalhem o ensino em sala de aula. 

“É importante que eles saibam o momento de estar junto, de socializar, com o momento de não poder conversar, de estar em silêncio. E é difícil, você quer falar o tempo todo, quer que seu amigo participe, faça graça. O espaço escolar é um dos lugares onde eles fazem amizade, e aprendem o momento certo de interagir, calar ou socializar”. 

Com uma filosofia voltada para o acolhimento e para a ludicidade, o Colégio Montessori Santa Terezinha, conta com um ambiente pensado no desenvolvimento da primeira infância: a Brinquedoteca. 

“Acreditamos nas brincadeiras e jogos como método de ensino, como fatores que interferem - positivamente - no desenvolvimento da criança. Nosso espaço é repleto de brinquedos e jogos que proporcionam às crianças explorar, experimentar, fantasiar e sentir. Brincando, nossos alunos aprendem a desenvolver a criatividade, a motricidade, a mente e a socializar”, diz Adriana Gobbo, diretora da escola que fica em São Paulo e acredita no aprendizado em forma de brincadeira. 

“Sabemos que a amizade na infância é muito importante já que por meio da troca que faz com seus pares, com amigos da mesma idade, a criança passa a se identificar com o outro e se reconhece através da interação. É um momento que abre caminho para as habilidades socioemocionais essenciais para a vida coletiva, como a construção de relacionamentos, a convivência, a lealdade, a confiança, o estímulo ao imaginário e a descoberta das relações”, comenta a diretora, que finaliza: 

“Por meio da brincadeira com os amigos, proposta de maneira livre ou dirigida, as crianças tendem a reproduzir situações que presenciam ou que vivenciam, assumem diferentes papeis o que é de suma importância para o respeito ao outro e às diferenças. A criança aprende brincando e brinca aprendendo!”.


Oralidade: a chave para abrir portas ao pequeno leitor

Freepik
O dia 25 de agosto, data de nascimento da dra. Zilda Arns, foi escolhido como o Dia Nacional da Educação Infantil em sua homenagem.

A educação na primeira infância, que corresponde à faixa etária de 0 a 6 anos, é fundamental para o desenvolvimento pleno da criança. Nesta fase ela irá reconhecer suas potencialidades e ampliar seu universo de conhecimentos e habilidades, através do brincar, conviver, participar, explorar, expressar e se conhecer.

É um período de grande importância para a criança, quando ela une a linguagem ao pensamento para organizar sua realidade e se prepara para a alfabetização formal e o domínio das múltiplas competências que irá desenvolver em sua vida. A alfabetização é um rito de passagem e eu, enquanto artista da palavra comprometida com o texto escrito e falado, acredito que a oralidade exerce um papel relevante neste sentido.

As narrativas familiares e ficcionais se apresentam como veículo para apreender a língua-mãe, e tudo me leva a crer que a oralidade funciona como uma ponte de acesso às diferentes dimensões do conhecimento. Já a literatura é um instrumento facilitador dessa passagem, uma chave para abrir a porta ao sujeito-leitor.  

Considerando a oralidade como conquista da humanidade, orgânica e natural (desde que não haja comprometimento mental e/ou físico), nada mais lógico do que estimular essa habilidade junto aos pequenos e priorizar os recursos da contação de histórias, da leitura em voz alta, do canto de quadrinhas, da recitação de poemas e parlendas. Através da narrativa bem preparada pelo mediador, pode-se esperar que a prática da alfabetização seja introjetada na criança, e dali para a sua sistematização é um pulo.

O mediador deverá construir um espaço externo, que favoreça a inclusão do texto escrito, e um espaço interno previamente sensibilizado para essa nova aquisição. Os anos iniciais devem ser destinados à literacia, e o desenvolvimento da linguagem oral é etapa importante dessa aprendizagem. Para estimular a oralidade, o mediador faz perguntas para que a criança responda. Indaga sobre os fatos da história narrada, formula questões relacionadas ao tema, aos cenários, personagens e principais acontecimentos da história, e a estimula a também questionar e perguntar.

No Dia Nacional da Educação Infantil, lembramos o livro, companheiro de tantos momentos, insistimos na prática de contar histórias assentada na fala que convence, com o uso correto do ritmo, das intenções e das imagens que o texto nos oferece. Recordamos o prazer de contar e ouvir o texto literário, sabedores de que o narrador oferece a intenção para o ouvinte criar significados e dar sentido ao mundo que o cerca.

 

Cléo Busatto - Escritora, mediadora de leitura e mestre em Teoria Literária (UFSC), com 35 livros publicados, entre os quais o lançamento Um lago, um menino e a lua.


Saiba como uma educação positiva pode transformar a relação com os filhos

Docente do curso de Pedagogia do UDF, Janete Cardoso dos Santos, explica que aplicar estes princípios com os filhos é permitir que todos possam participar dos processos e que o diálogo possa estar sempre em primeiro plano 


Educar os filhos é uma importante missão dos pais e responsáveis, pois prepara de forma única os seres humanos para o mundo. A educação que acontece em casa, no seio da família, impacta em todos os sentidos e aspectos da vida de alguém, desde as relações pessoais, como as sociais, culturais, políticas e financeiras.   

A professora Janete Cardoso dos Santos, do curso de Pedagogia do Centro Universitário do Distrito Federal - UDF, explica que o termo ‘Educação Positiva’ surgiu no início de 2008, durante um encontro entre Seligman e membros da equipe da Geelong Grammar School (GGS), escola australiana que foi a primeira no mundo a implementar os princípios da Psicologia Positiva em toda a instituição de ensino (Norrish, 2015). Na literatura, entretanto, o termo aparece pela primeira vez em 2009, no artigo Positive Education: positive psychology and classroom interventions, de Seligman.   

“Aplicar os princípios da Educação Positiva com os filhos é oportunizar que todos possam participar dos processos e que o diálogo possa estar sempre no primeiro plano. Com isso, as dimensões das cobranças que tem sido bastante recorrente em nosso tempo, possam ser colocadas no plano do planejamento entre pais e filhos. Olhar os filhos como sujeitos capazes de pensar e expressar os sentimentos, desejos e vontades é muito importante para que aconteça o engajamento nas ações”, diz a pedagoga.   

Existem algumas ações que podem contribuir para estreitar a relação com os filhos, como planejar a vida e responsabilidade em conjunto, assistir filmes em família, ajudar a arrumar os brinquedos, preparar a comida junto dos pais ou responsáveis, desenhar, caminhar e tudo o que possibilite que a criança se sinta acolhida e prestativa. “Além disso, é importante entender que a nossa sociedade está estruturada com a perspectiva da cobrança e de uma performance, onde muitas vezes não há lugar para o erro. Para o desenvolvimento saudável é preciso ter a possibilidade da tentativa e do erro. Um exemplo disso é deixar a criança comer com as próprias mãos. No começo, ela irá se sujar, deixar cair comida no chão, mas ela precisa do movimento para o seu desenvolvimento. Quando maior, com as tarefas da escola, corrigir as avaliações em conjunto para perceber como ela construiu a suas respostas e pensar outras possibilidades para as respostas. É importante para ampliar as possibilidades para resolver uma questão.”   

Há quem acredite que a disciplina positiva gera falta de limites nas crianças e adolescentes, porém o que ela propõe é não reprimir.  O limite precisa ser construindo com a criança e não imposto. Ocorre que temos uma tradição de educação muito forte na imposição da autoridade e isso por vezes tem trazido certas confusões. O adulto precisa estabelecer os limites, porém eles precisam estar na função de cuidado e não de limitadores.   

Segundo a docente, uma das maiores dificuldades trazida pelos pais e responsáveis é não ter tempo para se dedicar a uma educação mais propositiva com o diálogo e manter a calma com os filhos, além de não saberem como abordar as questões do dia a dia. “Acredito que os pais precisam de apoio, de orientações e estudos para compreender o contexto e as possibilidades na educação dos filhos, assim como encontrar formas de observar o que acontece com os filhos. Exemplo: observar como os filhos brincam, como se relacionam, como expressam os sentimentos etc. É preciso criar espaço e vínculo para estabelecer relações seguras.   

A professora Janete Cardoso dos Santos, do curso de Pedagogia do UDF, finaliza dizendo que “Estamos passando por mudanças significativas na forma de organização social e nos processos de aprender, minha sugestão é que os pais não tenham medo de buscar ajuda seja ela da forma que for: estudos, grupos de trocas e partilhas, ajuda de profissionais especializados. Educar as crianças requer revisitar as nossas próprias experiências, nossa  educação e nossos valores.”  

 

Centro Universitário do Distrito Federal (UDF)

www.udf.edu.br  


Homens x Mulheres: quais as diferenças dos gêneros na hora de treinar?

 

Crédito: Canva 
José Corbini, educador físico e sócio do app de serviços de Saúde Personal Virtual lista as principais diferenças nas prioridades masculinas e femininas na hora de praticar exercícios físicos



Quando um personal trainer tem que montar um treino, a primeira coisa que ele leva em consideração é se o aluno é homem ou mulher, por uma série de razões. De acordo com diversas pesquisas científicas, entre elas uma da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, os homens possuem maior massa muscular e menor percentual de gordura do que as mulheres, o que acaba impactando na hora de treinar e deve ser levado em conta. 

“Além de questões físicas e fisiológicas, as diferenças entre homens e mulheres na hora de treinar existem na parte estética, já que, na maioria dos casos, eles fazem treinos e dietas focados na hipertrofia muscular e elas estão sempre tentando perder gordura e definir o corpo”, explica José Corbini, educador físico e sócio do aplicativo Personal Virtual. 

De acordo com pesquisa recente da Toluna, empresa especializada em insights de mercado, a pandemia aumentou a preocupação dos brasileiros quando o assunto é atividade física. O estudo indica que 79% das pessoas praticam exercícios. Desses, 39% realizam musculação.

Pensando nisso, o profissional listou quatro diferenças entre os treinos e objetivos de homens e mulheres:

 

“Corpo dos sonhos” do homem x da mulher 

A primeira e mais conhecida diferença é que os homens têm uma preferência para trabalhar a parte superior do corpo, com ênfase nos braços, peitoral e costas, e as mulheres estão mais focadas nos exercícios destinados aos membros inferiores, pois, na grande maioria das vezes, querem tornear e até mesmo aumentar o volume das pernas e dos glúteos.

 “Os exercícios ‘queridinhos’ dos homens acabam sendo o supino e suas variações, que trabalham especificamente o peitoral, e as roscas, que trabalham o desenvolvimento do bíceps”, comenta ele. 

Já quando falamos das mulheres, elas preferem agachamentos e outras variações com foco nas pernas, panturrilhas, coxas e glúteos. “De forma geral é nesse tipo de exercício que o público feminino costuma focar, até porque a maioria das mulheres acumula gordura nessas regiões, dos quadris e membros inferiores”, complementa. 

Vale lembrar que, apesar de focar em determinados músculos, isso não significa que mulheres tenham que deixar de treinar membros superiores nem que homens devam abandonar os agachamentos, pois os treinos se completam. “É sempre importante buscar o equilíbrio e trabalhar o corpo como um todo, mesmo que para alguns grupos musculares o trabalho seja mais intenso”, recomenda Corbini.
 

Cardiovascular: aulas x aparelhos 

Os exercícios cardiovasculares também são muito importantes no treino tanto dos homens quanto no das mulheres, pois, além de complementarem a musculação, ajudam na saúde como um todo. Mas, nesse quesito, de acordo com o educador físico, também é notada uma diferença entre os sexos. 

As mulheres, de forma geral, preferem fazer exercícios aeróbicos em aulas coletivas, como Zumba, FitDance, entre outras, mas não é comum ver muitos homens nessas modalidades. “Eles preferem a esteira, a bicicleta ou o elíptico. É muito difícil ver homens aderindo a essas aulas”, comenta Corbini.
 

Planejamento dos treinos 

A periodização - ou seja, como os grupos musculares são separados nos treinos em semanas de planejamentos - também é distinta, em consequência da preferência de cada um. “Geralmente, os homens vão treinar mais vezes na semana peitoral, bíceps, tríceps, ombro e costas do que elas, que treinam pernas e glúteos com maior frequência. No entanto, é importante trabalhar o corpo todo, para que o equilíbrio seja proporcionado”, pontua. 

Ao contrário do que alguns acreditam, Corbini esclarece que não seria prejudicial se tanto homens quanto mulheres seguissem o mesmo treino, mas existe a necessidade de planejar os exercícios físicos para cada indivíduo pois, segundo ele, cada caso é um caso. “É preciso planejar o treino levando em conta as características específicas e nível de condicionamento. Acima de tudo, os treinos devem ser preparados para pessoas, e não gêneros”, alerta o especialista.

 

Dificuldades, objetivos e fisiologia 

É claro que não podemos generalizar os objetivos e preferências, mas por uma questão fisiológica, notamos também uma diferença entre homens e mulheres quando falamos de objetivos dentro de uma academia. “Naturalmente, as mulheres possuem menos massa muscular e mais gordura corporal do que os homens e, por isso, elas têm mais dificuldades em perder gordura e ganhar músculos”, explica o personal. “No entanto, isso não quer dizer que não irão atingir seus objetivos, para isso é necessário um trabalho focado, com a ajuda de profissionais de Saúde”, diz. 

O personal rejeita os estereótipos sobre o masculino e feminino, e alega que pode vir a se tornar um problema de saúde quando extremo. “As pessoas às vezes buscam se encaixar em um padrão e acabam excluindo suas individualidades. O importante é cultivar o equilíbrio na saúde física e mental e ter uma visão mais ampla, pensando no bem estar e qualidade de vida como um todo. Não é preciso ter pressa, com disciplina e consultoria adequada o resultado aparece”, finaliza.

 

Personal Virtual - aplicativo completo e integrativo pensado por José Corbini e João Augusto. 


Existe prazer na menopausa?

Ginecologista mostra que é possível manter a atividade sexual ativa e prazerosa, em qualquer fase da vida


Segundo a Dra. Vanderléa Coelho, ginecologista e especialista em menopausa, muitas mulheres chegam ao seu consultório devastadas pelos sintomas físicos e psicológicos da menopausa. Entre eles o divórcio ou afastamento conjugal.

A falta de libido, a diminuição do orgasmo e a atrofia vaginal são consequências amplamente retratadas entre as pacientes que vivenciam essa fase. No entanto, é possível sim manter uma vida sexual ativa e saudável com conhecimento e prevenção.

Entender e tratar todas as causas dos sintomas é fundamental, e o quanto antes, melhor. Por exemplo, a falta de libido e a atrofia vaginal são consequências da diminuição de hormônios como testosterona, estrogênio e progesterona, que deixam de ser produzidos pelos ovários.

Ambas condições podem ser auxiliadas tanto com reposição hormonal, cremes e hidratantes prescritos por um médico, quanto com exercícios físicos que, além de proporcionarem vitalidade, atuam diretamente na excitação e orgasmo.

A ginecologista e autora da obra ‘Viva sem sofrer na menopausa’ (Pandorga) ainda ressalta a importância da saúde mental equilibrada, já que quanto mais estressada a mulher ficar, maior o aumento de cortisol que impacta no físico e emocional. Ansiedade e outros transtornos de âmbito psicológico interferem na libido, sono e alimentação, outro ponto bastante importante nesta fase.

Uma alimentação balanceada consegue suprir as carências nutricionais, comuns neste período em que o metabolismo desacelera e pode haver ganho de peso extra. Escolha frutas, verduras, legumes, castanhas e sementes. Azeite de oliva para temperar e óleo de coco e banha de porco para cozinhar. Aumente a ingestão de líquido e fuja de alimentos inflamatórios como o excesso de carboidratos refinados, que acentuam o ciclo de piora progressiva com mais desequilíbrios hormonais.

Por fim, a doutora aconselha que as mulheres não se cobrem tanto e sejam persistentes com a busca por conhecimento e tratamentos. Mais de 80% delas vivenciarão os sintomas da menopausa, mas aquelas que tiverem compreensão e acompanhamento serão felizes durante o tempo todo.

 

Dra. Vanderléa Coelho - Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA), especializou-se em Saúde Feminina, Ginecologia e Mastologia e depois na área de Diagnóstico por Imagem (Ultrassom e Mamografia). Dedicou-se a aprender Medicina Integrativa, pois sofria muito com o desequilíbrio hormonal, passando a ter resultados extraordinários com a sua saúde, adotando o mesmo modelo para suas pacientes. Desenvolveu, com a sua expertise, uma metodologia que se chama “Menopausa sem medo” para recuperar, preservar e otimizar a saúde das mulheres que estão na fase da menopausa e climatério. E em plena pandemia vendo suas seguidoras engordando mais ainda criou o Programa Magra após os 40, um programa online de emagrecimento para as mulheres com mais de 40 anos ajudando-as a emagrecer pelo menos 10 quilos em 3 meses e acabar com a barriga da menopausa, sem passar fome, sem dietas, sem remédios, de maneira 100% natural.


Controle a ansiedade com pequenos truques em casa

Atualmente, existem muitas pessoas que sofrem do transtorno de ansiedade. Além de ser um problema de saúde que invade a rotina diária das pessoas, nem sempre é fácil lidar com a ansiedade e livrar-se dela. Mas, saiba que simples mudanças no seu dia a dia, ou na sua casa, podem te ajudar a aliviar os sintomas ou controlá-los. Por isso, a equipe de habitissimo, plataforma especializada em serviços de médias e grandes reformas, reuniu algumas dicas de decoração que poderão ajudar nesse processo.


Mantenha os ambientes organizados

Estudos afirmam que a desordem é capaz de aumentar os níveis de cortisol, conhecido como hormônio do estresse. Além disso, viver no meio da bagunça fará com que você perca tempo buscando o que necessita ou acumulando coisas desnecessárias, dificultando o seu bem-estar. Para ajudar, a primeira dica é quanto a organização: ter as coisas ordenadas lhe ajudará a estar emocionalmente equilibrado para controlar a ansiedade, além de fazer com que você aproveite melhor o seu tempo.


Aposte nas cores claras e evite estampas

Estampas e cores muito fortes podem gerar a mesma sensação da desordem, causando estresse. Se o que você busca são ambientes onde seja possível relaxar, o ideal é apostar nas cores claras e neutras, que trazem tranquilidade, e evitar estampas muito pesadas. Esses pequenos detalhes ajudarão a controlar os sintomas de ansiedade.


Aproveite mais a ventilação e a iluminação natural

Uma casa bem arejada e com muita incidência de luz natural pode ser considerada um grande remédio e ajuda a controlar a ansiedade. Estes elementos nos enchem de energia, força e podem ajudar a combater a dor e o estresse. Portanto, evite bloquear as janelas e portas e dê passagem à ventilação e aos raios de sol e recarregue suas energias.


Prefira ambientes abertos

Lugares apertados e claustrofóbicos podem gerar desconforto em quem sofre de ansiedade. Por isso, prefira ambientes integrados ou espaços semi-abertos. Evite também acumular muitos móveis e objetos e, se possível, deixe espaços vazios entre eles.


Plantas e flores frescas

As flores frescas e as plantas, além de aportar vida aos nossos ambientes, proporcionam uma beleza natural que alivia e ajuda a baixar os níveis de estresse e ansiedade. A alma e a alegria das flores e plantas frescas invadem a casa enchendo-a de vida e deixando os ambientes mais agradáveis e acolhedores. Além disso, cuidar das plantas pode ser uma atividade que acalma.


Poucos móveis e objetos

Com o passar do tempo, costumamos acumular muitos objetos e isso não é muito aconselhável. Mesmo que tenham um valor afetivo, quando são em excesso, podem gerar ansiedade por deixarem o ambiente confuso e carregado demais. Em dias muito estressantes, um lugar limpo e em ordem é essencial. Por isso, nos ambientes em que passa a maior parte do tempo, o ideal é deixá-la com os móveis essenciais e os adornos justos.


Aposte nos banhos relaxantes

Quem disse que você precisa de uma banheira para um banho relaxante? Alguns cuidados podem deixar seu banheiro como um oásis particular para que você tenha um bom banho relaxante: escolha sais da fragrância de sua preferência, evite a luz artificial, aposte na iluminação com velas e deixe a água na temperatura de sua preferência. Essas são ótimas técnicas para tornar o banho um momento especial.

 

Habitissimo - Criado em 2009, na Espanha, o marketplace habitissimo é uma solução online para conectar quem busca a quem oferece serviços nas áreas da construção civil.

https://www.habitissimo.com.br/

 


Pai presente, filho em equilíbrio emocional

Psicóloga do Sesc e Senac explica como a presença paterna é essencial para o desenvolvimento social, cognitivo, físico e afetivo da criança

A representação paterna na cultura popular sempre empurrou o estereótipo de pais como emocionalmente desconectados e com o papel principal de provedor do lar. Felizmente essa concepção tem mudado e cada vez mais tem se discutido o papel do pai na criação dos filhos. De acordo com a psicóloga e chefe da seção de Recrutamento e Seleção do Sesc e Senac Goiás, Adriana Perim Maciel, a presença do pai é essencial para o desenvolvimento social, cognitivo, físico e afetivo da criança.  

 

“Cada processo do desenvolvimento humano é único, pois cada indivíduo se organiza por meio das relações que se estabelece, das experiências que vivem e das circunstâncias que têm. A figura do pai hoje, emocionalmente presente na vida de um filho, colabora muito para o desenvolvimento da criança, que amanhã será um adulto convivendo em sociedade”, afirma Adriana Perim Maciel.

 

A psicóloga explica que o se sentir amado e acolhido faz toda a diferença no crescimento do filho e que esse processo se inicia já na gestação. “Durante a gravidez, o pai pode e deve participar dando apoio e assistência, acompanhando os exames, consultas, e toda a preparação para o nascimento, seja ele o enxoval ou o quartinho. Tudo isso faz parte para a elaboração dessa nova função e papel que ele vai desempenhar, que é o de ser pai”, ressalta. Ela garante que ainda antes mesmo do nascimento, o pai deve estimular o filho, cantando, contando histórias, sorrindo, beijando, acariciando tanto a mãe quanto a barriga.

 

Um estudo realizado na Universidade de Michigan mostrou que crianças com pais participativos demonstravam mais autocontrole e habilidade de cooperação. A pesquisa, que analisou dados de 730 famílias norte-americanas, aponta que a qualidade da relação entre pais e filhos têm muita influência no desenvolvimento da criança. Essa ligação duradoura e profunda só se conquista com a presença ativa na rotina. 

Segundo a psicóloga Adriana Perim Maciel, a participação ativa é aquela vivida com qualidade e não baseada na quantidade. “Não existe uma fórmula para a plenitude da paternidade, o filho não vem com manual de instruções, mas existem muitas condutas que podem fazer que o pai fique mais presente na vida de um filho. Quando falamos de presença, não é a presença física. Têm muitos pais que dividem a mesma casa e estão no mesmo ambiente, mas naquele momento eles estão conectados em outros mundos e não conectados naquela experiência com o filho no ambiente físico”, enfatiza.

Ela destaca que os meios digitais colaboram muito para encurtar a distância e contribuir para que o pai esteja presente. Se o pai não pode estar no horário do almoço com o filho, ele pode fazer uma chamada de vídeo com a criança. Da mesma forma, o pai é presente ao perguntar como que foi a escola, o que ela está comendo e combinar com a criança um horário para o próximo encontro, por exemplo.

 

“A criança com mais equilíbrio emocional, passa a ser mais independente, tem uma maior autoestima e autoconfiança, isso é fruto de um relacionamento saudável que ela teve lá na infância com o relacionamento dos pais presentes”, ressalta a psicóloga Adriana Perim Maciel.

CLIQUE AQUI e assista a entrevista completa.


Dia dos Pais: 7 livros que abordam a paternidade consciente

O Dia dos Pais, comemorado no próximo domingo, 14 de agosto, é uma data para pensarmos na importância da construção do vínculo entre pais e filhos, além de celebrar uma paternidade mais sensível e acolhedora.

Para ajudar na reflexão de como a paternidade pode ser livre dos estereótipos da masculinidade e do homem provedor, se tornando muito mais presente e amorosa, o Lunetas, espaço 100% dedicado à reflexão sobre a infância, lista 7 livros que são excelentes dicas para dar de presente:


1 “Meu menino vadio”, de Luiz Fernando Vianna
Escrito em primeira pessoa, o livro é uma espécie de diário hiperrealista do relacionamento do pai com o seu filho com autismo. Luiz Fernando Vianna narra como a relação entre os dois nasce, cresce e se desenvolve a cada dia, mostrando uma jornada realista e permeada de tentativas, erros, inseguranças e medos.


2 “Bebegrafia: Uma odisseia gráfica do primeiro ano dos nossos filhos”, de Rodrigo Bueno e Victor Farat
O livro relata a experiência dos autores com seus bebês, sem julgamentos e com muito bom humor, mostrando não somente ‘como deram conta do recado’, mas também o que ‘não deram conta’.


3 “O papai é pop”, de Marcos Piangers
No livro, o autor defende a presença amorosa como o único elemento que não pode faltar na vida de uma criança, e que algumas preocupações, como comprar uma casa maior, ter um berço novo ou trocar de carro são preocupações que não fazem diferença nenhuma.


4 “Abrace seu filho”, de Thiago Queiroz
Em um mundo em que muitas pessoas dizem que pais não podem dar muito colo, não podem dar amor demais e mais um monte de outros ‘nãos’, o autor escolheu seguir outro caminho. Ao receber a notícia da gravidez da esposa, Thiago optou viver com os filhos uma relação bem diferente da que teve com o próprio pai, muito mais afetiva e participativa. O livro conta como a paternidade e a aplicação do conceito da “disciplina positiva” construiu a relação do autor com os seus filhos e transformou a sua própria masculinidade.


5 “Do seu pai”, de Pedro Fonseca
O livro fala sobre o nascimento de um pai, algo muito íntimo, pessoal e particular. O autor reúne crônicas e cartas que escreveu para os seus filhos, com uma linguagem que explora os limites entre a poesia e a dureza do cotidiano.


6 “Não era você que eu esperava”, de Fabien Toulmé
O autor descreve com emoção, humor e humildade sobre o encontro inesperado com sua filha, com síndrome de Down. Quando a menina nasce, até então não diagnosticada, a vida do autor desmorona, indo da fúria à rejeição, da aceitação ao amor.


“Uma menina está perdida em seu século à procura do pai”, de Gonçalo M. Tavares
O livro acompanha a busca de uma jovem, de apenas 14 anos, pelo pai. A começar com uma história construída a partir da empatia pelos homens comuns, o leitor consegue acompanhar a fragilidade das relações e refletir sobre o impacto da ausência do pai na vida de um ser humano.

 

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