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quinta-feira, 31 de março de 2022

Burnout: um problema a ser priorizado pelas empresas, não só pelos colaboradores

 

Atualmente, 33 milhões de brasileiros sofrem de Burnout, segundo pesquisa da Associação Internacional de Controle do Estresse. E, dentro da lista de cuidados com os colaboradores, desde janeiro deste ano, essa síndrome passou a ser considerada uma doença ocupacional. 

Por ser reconhecida não somente como um esgotamento emocional, como também como um desgaste físico gerado pelo ambiente de trabalho ao qual o colaborador faz parte, essa doença deixa de ser apenas um problema individual, envolvendo também a organização, que tem o papel de colocar prioridade nesse tipo de pauta e fornecer caminhos de apoio aos colaboradores. 

É importante que os gestores estejam preparados para identificar possíveis mudanças de comportamento e situações atípicas que sinalizem uma crise, sendo o papel da empresa o de capacitar estes gestores para realizarem este trabalho. 

Um dos caminhos para estabelecer esse processo é criar ambientes de trabalho que estimulem a comunicação contínua dos colaboradores com seus gestores, que devem estar abertos a demonstrar e reconhecer suas vulnerabilidades, assim como estabelecer relações de confiança e estímulo ao autocuidado para que seja possível prevenir que o colaborador chegue nesse nível de esgotamento. 

Também é importante incentivar o equilíbrio da vida pessoal e profissional nos modelos de trabalho que surgiram com a pandemia, como o remoto e o híbrido. A alta carga de trabalho somada ao distanciamento da liderança e de conexões no dia a dia requerem novos formatos de gestão para que não ocorra essa exaustão. Outro caminho, e esse já conhecido, são as famosas reuniões one-to-one, que acontecem apenas entre gestor e liderado e, se bem conduzidas, são capazes de identificar problemas que seguem implícitos nas dinâmicas com o time.

O colaborador não consegue se curar sozinho quando é exatamente o local de trabalho que está causando esse dano mental e físico. As empresas precisam passar a ter um novo olhar sobre essas questões, mais humano, que deve ir além do aspecto comercial, que se preocupa apenas com o rendimento de um colaborador, passando a valorizar as emoções que cada um carrega dentro de si. 

 

Vanessa Haba - diretora de Pessoas da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação e consultoria especializada em Transformação Digital.

 

5 dicas para empreender

  O arquiteto Quintino Facci, de 22 anos, que empreendeu ainda durante o curso , lista cinco dicas para empreender na área

 

Na contramão da crise, o setor de arquitetura pegou ainda mais fôlego nos últimos meses e abriu novas oportunidades para quem tem o sonho de empreender nessa área. Para se ter uma ideia, os setores de comércio e serviços correspondem a mais de 80% dos empreendimentos ativos no país, além disso, registrou recorde no número de novas empresas abertas em 2020 e encerrou o ano com cerca de 20 milhões de negócios ativos - o que representa um aumento de 6% em comparação com 2019, segundo dados do Ministério da Economia. Além disso,  nos últimos três meses de 2020, o número de atividades registradas pelos arquitetos e urbanistas cresceu 12% em relação ao mesmo período de 2019. 


De olho nesse cenário, o arquiteto Quintino Facci, com mais de 174 mil seguidores no Instagram, enxergou a oportunidade de utilizar sua rede social, tanto para divulgar seus trabalhos como para ajudar outros profissionais a empreender nessa área. “Eu já estive do outro lado, por isso hoje tento levar conhecimento para quem tem o sonho de abrir seu escritório. A maior dificuldade dos profissionais é a falta de informação na parte de gestão e processos. Durante a faculdade não aprendemos como gerir um escritório, contratar, como cobrar, nem mesmo como lidar com os clientes e os possíveis erros que podem acontecer no processo”, revela o arquiteto. 

 

Logo no início do curso, aos 18 anos, o arquiteto Quintino Facci, de apenas 22 anos, decidiu abrir o seu próprio Estúdio de Desenvolvimento Gráfico focado em lançamentos imobiliários. Depois de seis meses, enquanto já estava trabalhando com outras seis pessoas, decidiu abrir o escritório 3D. Três meses depois, abriu o escritório Quintino Facci Arquitetos - que já realizou grandes projetos, como a reforma do escritório da influenciadora e ex-BBB Jade Picon.

 

Para ajudar arquitetos que ainda estão na faculdade ou que já se formaram e desejam abrir seu próprio escritório, o especialista lista cinco dicas para empreender na área. Confira: 

 

1 - Faça networking: criar relações e conexões é fundamental em qualquer negócio, principalmente quando o assunto é empreender. “O networking - que tem como objetivo criar relacionamentos com outras pessoas em um nível emocional para ajudar a construir um negócio, pode te ajudar tanto com indicações como com novos clientes. Dessa forma, é preciso conhecer e interagir com pessoas que podem fazer parte da sua rede de negócios ou mesmo amizade. Faça isso tanto de forma online como no seu dia a dia”, aconselha Quintino. 

 

2 - Aprenda sobre negócios: “Você precisa ir além da arquitetura, é preciso saber um pouco de tudo: gestão de pessoas, financeiros, jurídico, 3D, executivo, administrativo, comercial. É necessário passar por todas as etapas. No começo você vai precisar se desdobrar em mil, mas com o tempo começa a dividir os processos”, explica o arquiteto. 

 

3 - Menos é mais: preze pela qualidade e não pela quantidade. “No início, quando você é responsável por tudo ou tem apenas um ou dois assistentes é preciso calcular o número de projetos que sua equipe consegue realizar, sem que nada saia prejudicado. Muitos acabam pegando um número muito grande de projetos e entregam com erros, o que além de prejudicar a credibilidade do escritório também impacta no preço do escritório. Lembre-se, na arquitetura não trabalhamos apenas com projetos e execuções, estamos lidando com sonhos”, alerta Quintino.

 

4 - Saiba delegar na hora certa: crescer muitas vezes “dói”, porque sempre é um novo recomeço, e nessas horas você deve contar com a ajuda de uma rede de apoio. Não centralize tudo, conte com suporte para a parte financeira e contábil, atendimento ao cliente, execução, acompanhamento de obra. Ainda mais nessa hora você deve se posicionar como líder, guiando a equipe e apoiando. Também nunca deixe de lado a parte comercial e o marketing do escritório. Sua imagem deve estar sempre associada ao nome do escritório”, conta o arquiteto.

 

5 - Faça parcerias e divulgue seus projetos: “Quem não é visto não é lembrado, não se esqueça disso! O arquiteto tem uma vantagem a seu favor, decoração e projetos são muito visuais e tem um engajamento enorme no Instagram, que deve ser usado ao seu favor. Busque parceria com influenciadores para realizar o projeto de algum cômodo, tire fotos dos projetos, mostre muitos antes e depois, fale sobre as tendências, se comunique com outros arquitetos”, orienta Quintino. 

 

Ainda de acordo com ele, pensar em desistir não é uma opção, é preciso seguir em direção ao seu foco. “Como não desistir ao empreender nessa área? Essa é a pergunta que mais chega ao meu Instagram. Quando você tem um objetivo muito bem definido e claro, de onde você quer chegar, o que você quer da vida, quanto quer faturar, o que quer como profissional, é muito difícil desistir. Você pode ficar exausto, mas sempre vai dar seu gás, porque sabe onde quer chegar. Para ajudar os profissionais que estão passando por esse desafio, vou realizar um curso, gratuito, por meio do meu instagram, nos dias 21/04 ao dia 27/04, para quem deseja empreender”, convida o arquiteto. 

 

 

Quintino Facci - empresário, autor, fundador e diretor do QUEFE Creative Studio e do escritório Quintino Facci Arquitetos. Ainda no primeiro ano de faculdade, lançou o ebook “Manual da Reforma Barata“. Aos 18 anos, abriu o seu próprio Estúdio de 3D e, meses depois, abriu o seu próprio escritório - o Quintino Facci Arquitetos.


Recuperação de créditos tributários: qual a urgência em buscar este direito?

 

A Recuperação de Créditos Tributários (RCT) é um direito assegurado a todo contribuinte que tenha recolhido impostos, taxas ou contribuições de maneira indevida ou a maior. Quando este recolhimento tributário indevido ocorre por descuido ou falta de conhecimento - ou seja, a legislação dá um comando e o contribuinte executa outro - a recuperação ocorre no âmbito administrativo. É o caso, por exemplo, de uma empresa que realiza uma classificação fiscal incorreta e recolhe tributos sobre um produto não tributado.

Por outro lado, existem hipóteses em que as empresas recolhem os tributos estritamente como determina a legislação, mas existe a possibilidade de discutir a legalidade ou a inconstitucionalidade da norma. São as chamadas teses tributárias, através das quais as empresas ingressam com ações judiciais, questionando a legislação vigente e pleiteando a interrupção da exigência, bem como a recuperação de tudo aquilo que foi indevidamente recolhido.

A exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS foi um exemplo de tese tributária julgada de maneira favorável aos contribuintes. Entretanto, aqueles que já haviam ingressado em juízo com este questionamento antes da decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, ganharam o direito de recuperar os valores passados, ao passo que as demais empresas só puderam se beneficiar da data do julgamento em diante.

Por isso, diante das várias possibilidades de recuperação de créditos pela via judicial, existem fortes motivos pelos quais é urgente ingressar em juízo o mais rapidamente possível, com teses como a exclusão do ISSQN da base de cálculo do PIS e da COFINS - nesse caso, o INSS incidente sobre verbas indenizatórias ou a limitação da base de cálculo da contribuição para outras entidades em vinte salários-mínimos. Em caso de êxito das ações, as empresas poderão assegurar o direito ao não recolhimento de impostos, taxas ou contribuições, bem como a recuperação dos valores recolhidos indevidamente nos cinco anos anteriores à data do protocolo dos processos.

O primeiro motivo relevante para não postergar o questionamento judicial das teses tributárias é a prescrição. De acordo com o artigo 168 do CTN (Código Tributário Nacional), o direito de pleitear a restituição de pagamentos indevidos extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos. Em outros termos, os contribuintes só podem requerer os tributos recolhidos de maneira indevida nos últimos 60 sessenta meses, contados a partir da data do protocolo do pedido administrativo ou da ação judicial. Isso significa que, a cada mês que passa, perde-se o equivalente a este período de recuperação. A demora para ingressar em juízo pode significar prejuízos substanciais. Por isso, quanto antes a ação for protocolada, maior o valor a ser restituído.

Outro fator a ser considerado é o risco de modulação. Muitas teses de Recuperação de Créditos Tributários são resolvidas no STJ ou STF, que decidem pela ilegalidade ou inconstitucionalidade de determinadas normas. Entretanto, tais decisões podem ser moduladas, ou seja, pode ser estabelecido a partir de quando a decisão valerá. Se houver modulação e a decisão passar a valer somente para eventos futuros, as empresas que não ingressaram em juízo previamente perdem o direito de pleitear os valores indevidamente recolhidos nos últimos cinco anos.

E o que dizer da crescente necessidade de capital para as empresas? Diante de um cenário cada vez mais competitivo, é essencial para qualquer negócio reduzir a carga tributária, bem como recuperar os valores que foram indevidamente recolhidos. A diminuição da carga tributária proporciona alívio de caixa, melhora a gestão e possibilita a realização de investimentos para expansão do negócio. Já a recuperação de créditos injeta novos recursos nas empresas, que podem ser utilizados para regularizar passivos, investir em tecnologia, pessoal, infraestrutura e outras melhorias. Várias empresas já estão adotando a RCT como estratégia para ampliar sua participação no mercado. Aqueles que demorarem para tomar esta atitude, correm o sério risco de ficarem para trás.

Por fim, existe muita incerteza sobre a Reforma Tributária, atualmente discutida no Congresso Nacional. Vários setores econômicos argumentam que poderá haver aumento substancial da carga tributária ou o corte de benefícios fiscais atualmente vigentes. De qualquer forma, o profissional tributarista deve levar aos seus clientes todas as possibilidades de recuperação para que, em uma eventual reforma, as empresas tenham créditos acumulados para compensar com os novos tributos criados. O quanto antes forem protocoladas as ações judiciais pertinentes, mais cedo os créditos poderão ser constituídos, gerando um fôlego adicional para a adaptação à nova sistemática tributária - além de um diferencial competitivo frente a outras empresas que não acumularam créditos para esse momento.

Importante salientar, porém, que de nada adianta ganhar um processo, se não for possível liquidar os valores ou realizar o levantamento preciso dos créditos. Nesse quesito, a tecnologia deve ser uma aliada preciosa e indispensável, permitindo que os cálculos sejam efetuados de maneira segura e assertiva. O uso de um sistema de recuperação de créditos simplifica e agiliza todo o fluxo de trabalho, na medida em que é possível importar arquivos fiscais e realizar eletronicamente o levantamento de valores indevidamente recolhidos.

O tempo está passando. Aqueles que ainda não pleitearam judicialmente as diversas oportunidades de recuperação de seus créditos tributários devem, urgentemente, buscar o auxílio de profissionais qualificados que possam conduzir esse processo de forma ágil e assertiva. Em caso de êxito, as empresas terão enormes benefícios, como a melhora da saúde financeira, a viabilização de investimentos estratégicos e o crescimento estruturado do negócio.

 

 

Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital.

 

 e-Auditoria

https://www.e-auditoria.com.br/sobre/

 

Quais os benefícios da gestão estratégica e tecnológica para o setor de autopeças?


Conseguir se destacar em meio à concorrência. Esse é, sem dúvidas, um dos maiores desafios para as organizações que têm cada vez mais buscado traçar estratégias para trazer melhorias ao desempenho da empresa. Essa ação também pode ser aplicada ao setor de autopeças que, diante de um cenário promissor de crescimento, tem ainda mais necessidade de adotar uma gestão estratégica e tecnológica para impulsionar os negócios.

O segmento tem uma forte presença na economia brasileira. No país, mais de 200 mil CNPJs são de varejistas do segmento – quantia que, demonstra a margem da concorrência existente no setor e evidencia a missão de atrair novos clientes e romper com as barreiras geográficas como estratégia competitiva.

É importante destacar que a pandemia ocasionou diversas mudanças nos hábitos de vida dos consumidores – uma vez que tiveram de se adequar ao uso de outros meios para fazerem suas compras. O que antes era opção, virou tendência – afinal, a comodidade de adquirir os produtos de forma online revelou um outro lado da praticidade buscada pelos clientes.

Esse novo comportamento por parte do público refletiu positivamente para o segmento de autopeças. De acordo com um relatório divulgado pelo Sindipeças, o aumento das importações do setor atingiu um platô superior a US$ 1 bilhão, desde março de 2021. E, diante de um cenário tão positivo para o ramo automotivo, implementar uma gestão estratégica não é mais um diferencial, e sim uma necessidade na hora de expandir o negócio.

Nesse sentido, a tecnologia é a principal aliada, visto que controles manuais estão suscetíveis a erros e retrabalhos, além de uma grande necessidade de colaboradores em áreas estritamente operacionais. Dessa forma, o crescimento da empresa se torna limitado, já que os processos são analógicos e pouco assertivos.

Através do uso de uma gestão tecnológica e eficiente, é possível uma melhor visualização de quais são os pontos que devem ser melhorados, além de direcionar com precisão as estratégias a serem adotadas – e assim, alcançar um resultado muito maior. Ainda, a partir da adoção de ferramentas tecnológicas, é possível fazer uma gestão estratégica por meio de dados, ajudando na tomada de decisões mais inteligentes.

Realizar um amplo estudo do andamento da empresa, fazer uso de dados e registros e, ter um bom controle de estoque, por exemplo, são fundamentais na hora de traçar metas efetivas. A partir desse panorama, o empreendedor estará muito mais preparado para traçar planos mais ambiciosos e elevar sua empresa a um novo posicionamento de atuação.

Vale ressaltar ainda que a gestão estratégica por meio da tecnologia não é uma exclusividade das grandes empresas. Felizmente, há soluções disponíveis para todos os gostos e bolsos. Há opções que variam das mais simples às mais sofisticadas, sempre de acordo com o momento e maturidade de cada empresa. O processo de implementação dessas soluções também tem ficado cada vez mais rápido, a fim de garantir a continuidade da operação e uma boa usabilidade no dia a dia.

Diante de um cenário promissor e, ao mesmo tempo competitivo para o setor de autopeças, investir em gestão estratégica é a peça-chave para o sucesso do negócio. Com um planejamento eficiente e amplo, é possível se concentrar nas tendências atuais e, assim, investir de maneira assertiva, levando em consideração a necessidade do cliente.

Desta forma, é possível reduzir gastos desnecessários e proporcionar um melhor aproveitamento em termos de equipe e produção de forma alinhada. Com um planejamento efetivo e eficiente, os resultados começam a aparecer de forma gradativa, elevando o setor a um outro patamar de gestão e crescimento. 

 


Fabio Barros - Diretor de Negócios do Setor Privado na Cast Group, consultoria de TI.

 

Nova lei regulamenta assembleias virtuais em condomínios


Assembleia virtual facilita os trabalhos em condomínios; Lei regulamenta prática criada na pandemia
Divulgação

   Além da validação do voto eletrônico, outra novidade é a possibilidade de suspender a assembleia presencial para obtenção do quórum necessário 

 

As transformações digitais foram aceleradas por causa da pandemia, promovendo uma série de mudanças nas relações. As inovações não se limitaram ao universo corporativo, com reuniões e trabalho remoto, nem aos encontros familiares e eventos sociais. Nos últimos dois anos, as assembleias e votações virtuais se tornaram comuns também em condomínios. 

A prática foi adotada em função das necessidades de isolamento social para conter o avanço da Covid-19, mas não era totalmente regulamentada. Em março deste ano, uma lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro oficializou a realização de assembleias e votações em condomínios de forma eletrônica.

 

Direitos garantidos

O presidente da Associação das Administradoras de Condomínio do Estado do Paraná (AACEP), Luiz Fernando Martins Alves, explica que, para ter validade, a realização de assembleias e votações online não pode ser proibida pela convenção do prédio. “É necessário estar alerta para esse ponto. Além disso, a convocação da reunião deve trazer instruções sobre acesso remoto, formas de manifestação e modo de votação.” 

De acordo com o novo regramento, o meio eletrônico vai assegurar aos condôminos os mesmos direitos de voz e voto que eles teriam em uma reunião presencial. “A possibilidade de computar os votos de forma remota facilitou muito os trâmites e agilizou a tomada de decisões”, avalia Martins Alves.

 

Suspensão da assembleia

Outra novidade recente diz respeito aos assuntos que exigem maioria qualificada. “Está autorizada a suspensão da assembleia, inclusive a presencial, por até 60 dias para que seja alcançado o quórum mínimo exigido. Desta forma, os condôminos não presentes podem votar depois e, assim, o condomínio ganha tempo para viabilizar o atingimento do número necessário de participantes.” 

Algumas mudanças, como alterar a fachada do prédio, por exemplo, não podem ser feitas com base apenas na maioria presente na reunião. “Esse é um aspecto importante. A partir de agora, o síndico pode estender o tempo da assembleia por alguns dias para que os condôminos ausentes sejam convocados e deem seu voto.”

 

Segurança emocional: um aliado da educação financeira


A segurança emocional pode ser definida como a capacidade de lidar com situações negativas do dia a dia, estando consciente de suas emoções a ponto de não permitir que isso afete mentalmente e fisicamente.

O medo do fracasso, a insegurança, a dificuldade de lidar com críticas, a falta de confiança em si mesmo e a baixa autoestima são alguns indícios que mostram que uma pessoa não tem uma segurança emocional adequada.

Saber lidar com esses sentimentos é muito importante para não prejudicar as finanças pessoais. Por exemplo, uma pessoa que está sofrendo estresse no ambiente de trabalho, pode descontar suas frustrações em gastos supérfluos como compras impulsivas e até mesmo em diversos pedidos de delivery. Como consequência, as dívidas aumentam.

Uma pessoa desempregada também pode ser afetada emocionalmente, devido à preocupação em arrumar um novo emprego e a pagar as contas. Por isso, a educação financeira é essencial, mas que não deve ser associado a apenas cortar gastos e reduzir as despesas. Ela está, principalmente, relacionada a compreender as melhores ações que devem ser tomadas para alcançar segurança e qualidade de vida no futuro, seja na vida pessoal ou com as finanças do negócio.

Ter um melhor controle nos ajuda a ver o dinheiro como parte da solução para eventuais problemas, e também para a realização de objetivos de forma alinhada aos nossos valores. Organizar-se financeiramente pode fazer bem para o seu lado emocional, porque auxilia na redução de estresse, além de proporcionar independência.

Quando você cuida bem das próprias finanças passa a respeitar mais e melhor sua própria realidade financeira, fazendo escolhas melhores e lidando de forma plena com os sentimentos relacionados ao dinheiro. 

  

Leticia Weinz - jornalista e analista de conteúdo da Plano Fintech. Para mais informações, acesse: https://planofp.com.br/

@planofp

 

Na Justiça, vítimas do golpe do crédito consignado conseguem reaver dinheiro descontado arbitrariamente

Aposentados são o público preferencial de quem comete o crime

 

Depois de entrar na Justiça, uma aposentada residente em Santos conseguiu reaver a quantia que o Banco Safra S/A lhe descontava mensalmente por um contrato de crédito consignado que jamais existiu. Mais do que isso, a vítima não só obteve a inexigibilidade do débito, como também será reparada com danos morais, de acordo com o entendimento do juiz da 11ª Vara Cível, onde correu a ação.

Para a advogada Mayra Vieira Dias, sócia do escritório Calazans e Vieira Dias Advogados, responsável por representar a vítima, “o golpe do empréstimo consignado tem sido praticado principalmente contra os aposentados. Arbitrariamente, a instituição financeira passa a descontar mensalmente um valor de suas aposentadorias justificando como sendo parcela de um empréstimo solicitado, mesmo com o aposentado nunca tendo feito tal pedido. As parcelas têm juros muito elevados, que chegam a triplicar ou até mesmo quadriplicar o valor inicial emprestado pelo banco, o que provoca um imenso desarranjo financeiro e emocional na vítima”.

Mayra explica que as vítimas desse tipo de golpe devem procurar auxílio de advogado “e entrar com uma ação declaratória de inexistência de dívida, pedindo o cancelamento desse contrato, a devolução das parcelas já descontadas com juros e correção monetária. Alguns juízes entendem inclusive que ainda cabe danos morais”.

De fato, a Justiça tem entendido o crime como algo além do aspecto financeiro. Neste caso, o Banco Safra foi condenado a restituir os valores descontados indevidamente em dobro para a vítima, apurados em cumprimento de sentença, posto os já descontados e os demais valores que forem descontados indevidamente no decorrer da ação, além de ter que indenizar moralmente a aposentada no valor de 20 mil reais.

“Independentemente da instituição financeira, é preciso ficar atento para não se tornar vítima de golpes como esse, cada vez mais praticados no país. Para isso, algumas dicas são importantes: desconfie de grandes ofertas, jamais ofereça dados pessoais a ninguém e busque sempre o máximo de informação antes de tomar qualquer tipo de decisão”, conclui a advogada Mayra.


Mais de 4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram roubados ou furtados em 2021

Pelo terceiro ano seguido o volume de cabos roubados passa de 4 milhões de metros. Ações criminosas deixaram mais de 6 milhões de clientes sem serviço no ano passado

 

Durante o ano de 2021 foram furtados ou roubados 4,12 milhões de metros de cabos de telecomunicações. Essa quantidade, por mais um ano, seria suficiente para cobrir a distância entre o Oiapoque, no extremo norte do Brasil, até Chuí, no extremo sul. As ações criminosas deixaram mais de 6 milhões de clientes sem acesso a serviços de comunicação e, com isso, privados de contato com serviços essenciais como polícia, bombeiros e emergência médica.
 
São Paulo segue sendo o estado que mais sofre com o roubo e furto de cabos de telecomunicações. Durante o ano passado foram furtados 1,081milhão de metros. Em segundo lugar ficou o estado do Paraná, com 608,5 mil metros de cabos furtados ou roubados, seguido pelo Rio de Janeiro, com 504,1 mil metros. No Rio Grande do Sul, estado que ocupou a quarta posição, a quantidade de cabos furtados aumentou 75% em 2021 na comparação com 2020, passando de 187.676 metros para 328.959 metros.
 
Ao longo de todo o ano de 2021, principalmente no segundo semestre, o setor intensificou o diálogo com autoridades federais, estaduais e municipais para a promoção de ações de combate ao furto, roubo e vandalismo de cabos e equipamentos. Como reflexo dessas ações, em 2021, foi registrado um volume de cabos roubados 11% menor que o registrado em 2020, quando foram furtados ou roubados 4,6 milhões de metros
 
O furto, o roubo e a receptação de cabos e equipamentos causam prejuízo direto para os consumidores, que ficam sem acesso a serviços que se mostraram essenciais durante a pandemia, e para as empresas, que precisam repor esses equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade pública como polícia, bombeiros e emergências médicas.
 
O setor de telecomunicações tem defendido uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei que aumentem as penas desses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas.
 
O setor também defende a punição de empresas que compram equipamentos furtados ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as operadoras quando o serviço é interrompido em decorrência do crime.
 
No final do ano passado, o setor divulgou uma Carta Aberta à Sociedade alertando para o impacto dessas ações criminosas, que se soma a um outro problema ainda mais delicado, que é o bloqueio de acesso das equipes das prestadoras para a manutenção de seus equipamentos, usados para a prestação do serviço.
 
As operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e impedidas de dar a manutenção necessária à prestação do serviço, assim como para a eventual substituição dos itens roubados. Já os consumidores ficam reféns, privados dos serviços ou obrigados a contratá-los de empresas ilegais, controladas pelo crime organizado, sem quaisquer direitos, garantias e sujeitos a preços abusivos.

 

Conexis Brasil Digital

https://conexis.org.br


Por que aprender sobre segurança cibernética é importante para os profissionais

Segundo Glaucio Daniel, instructor de tecnologia na Udemy, quase qualquer profissional, de qualquer área, pode se beneficiar de competências como segurança de rede e ethical hacking

 

As ameaças cibernéticas estão ficando cada vez mais sofisticadas e disseminadas – por isso, é importante que as empresas e os seus funcionários aprendam como detectá-las, lidar com elas e, inclusive, eliminá-las. No relatório mais recente da Udemy Business, a divisão de treinamento corporativo da plataforma de ensino online Udemy, chamado 2022 Workplace Learning Trends, a segurança cibernética aparece como uma das tendências de aprendizado corporativo para este ano.

Algumas das habilidades relacionadas à segurança cibernética que mais cresceram em consumo por parte dos profissionais (no caso, os funcionários das milhares de empresas que são clientes da Udemy Business no mundo todo) entre 2017 e 2021 foram segurança de rede (com um aumento de 149%) e ethical hacking (como é chamado o processo de detecção de vulnerabilidades na segurança cibernética de uma empresa, com um aumento de 138%).

Entre 2020 e 2021, outras das competências de segurança cibernética que mais cresceram em consumo por parte dos profissionais estão relacionadas a certificações, como a CompTIA CySA+ (que cresceu 155%) e a Certified Information Security Manager (CISM, que cresceu 135%). Aqui pode ser encontrada a lista completa.

Conversamos com Glaucio Daniel, instrutor de tecnologia na Udemy, sobre a importância de os profissionais aprenderem sobre segurança digital – mesmo quando eles não trabalham diretamente com isso. “Muitos profissionais precisam conhecer e estar atualizados sobre as principais ferramentas e boas práticas de segurança cibernética, incluindo quem não é especialista em segurança da informação, como desenvolvedores de software e profissionais de infraestrutura”, disse ele.

Para Daniel, o ethical hacking deve continuar sendo uma das habilidades mais procuradas pelos profissionais nos próximos anos. “Ataques como phishing, ransomware e roubo de credenciais aumentaram muito nos últimos anos e é cada vez mais necessário que os profissionais saibam atuar de forma preventiva e em modo de contenção quando necessário”, conta ele.

Segundo ele, as empresas estão, de fato, atualmente mais preocupadas com a própria segurança digital. “Num mundo globalizado, muitas empresas possuem filiais, clientes e parceiros no mundo inteiro. Por isso, a preocupação com ameaças cibernéticas é grande”, diz Daniel. Uma forma que as empresas têm de se protegerem, de acordo com ele, é treinando os seus funcionários para lidar da melhor forma possível com essas ameaças – por meio de cursos online como os da Udemy, por exemplo.

 


Udemy

   

Justiça considera abusiva multa por rescisão de plano de saúde

Operadora de plano de saúde se utilizava de aviso prévio de 60 dias, o que corresponderia a 2 meses de multa, apenas para que o consumidor pudesse rescindir seu contrato

 

Uma das situações mais problemáticas na relação entre clientes e operadoras de plano de saúde é o momento da rescisão do contrato. Apesar de a legislação ser clara no que se refere a esse tema, muitas empresas impõem cláusulas abusivas de fidelidade, cobrando multas ilegais quando o cliente deseja romper o vínculo. 

Um cliente, por problemas financeiros, entrou em contato com a operadora de seu plano de saúde desejando romper o contrato. Todavia, foi informado de que a rescisão só ocorreria com uma condição: um aviso prévio de 60 dias deveria ser cumprido, o que significa dizer que foi imposta uma multa equivalente a duas mensalidades apenas para que pudesse encerrar sua relação com o plano de saúde. 

Muitos se deparam com uma situação semelhante ao tentar encerrar seus contratos de plano de saúde. Assim, algumas empresas utilizam de um período de fidelidade para justificar essas cobranças, enquanto outras exigem uma espécie de “aviso prévio”. 

De acordo com o Código do Consumidor, esse tipo de exigência é ilícita e está prevista no artigo 51, inciso IV, em que considera nulas as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que estabeleçam obrigações consideradas abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, incompatíveis com a boa-fé ou a equidade. 

Dessa forma, o cliente buscou o escritório Rosenbaum Advogados, especializado em Direito à Saúde e Consumidor, com o objetivo de anular as cobranças. O pedido foi reconhecido e as multas foram afastadas, com o juiz de primeira instância que reconheceu a nulidade da cláusula contratual que estabelece a antecedência de 60 dias de aviso prévio. 

A operadora do plano de saúde recorreu, mas teve sua apelação negada. Para o relator do caso, “não há dúvidas que a relação entre as partes é nitidamente de consumo, aplicando-se também, ao caso, os ditames da Lei nº 9.656/98. Encontra-se pacificado no ordenamento jurídico que o contrato de prestação de serviços médico hospitalares deve ser analisado sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor.“ 

Para a Fernanda Glezer Szpiz, sócia do Rosenbaum Advogados, que defendeu o consumidor no caso, “tanto a legislação referente aos Direitos do Consumidor quanto a legislação específica dos planos de saúde foram utilizadas na motivação da sentença. Casos desse tipo, lamentavelmente, ainda são frequentes. Dessa forma, é importante reunir comprovantes de pagamento, demonstrando total cumprimento das responsabilidades previstas”, finaliza.


Tecnologias podem ajudar produtor a aproveitar melhor o adubo fosfatado

Adubo revestido com Policote
Linha Policote da Wirstchat aumenta a eficiência dos fertilizantes, alavancando a produtividade e reduzindo a quantidade do insumo utilizado 

 

O produtor brasileiro só tem a ganhar se colocar em pauta no seu planejamento, aproveitar melhor os adubos fosfatados. Isso pode reduzir a quantidade de insumos aplicados nas lavouras e consequentemente impactar, por exemplo, até no volume de fertilizantes importados hoje pelo País. Em contraponto, há oportunidades de desenvolvimento e inovação com produtos diferenciados, incorporando tecnologias avançadas como “coating”, por exemplo. Essas ferramentas inovadoras levam a ganhos agronômicos e ambientais.

Ciente da importância em aumentar essa eficiência dos fertilizantes, a Wirstchat, empresa que desenvolve soluções no setor agrícola, com sede em Olímpia/SP, não poupou esforços, e há mais de 12 anos criou a linha Policote, formada por aditivos utilizados no revestimento de adubos fosfatados com eficiência aumentada. Esta tecnologia vem sendo testada e comprovada em diferentes instituições de pesquisa e está acessível aos agricultores comercialmente há várias safras por empresas do Grupo Fertipar, como a Fertigran (com o nome de Fertigran P) e a Fertipar Bandeirantes (FertBand Coat), além da Café Brasil Fertilizantes (PROPhós) e Opção Agro (SoilEnergy).


Importância do fósforo 

O fósforo é um dos nutrientes que as plantas precisam para pleno desenvolvimento. Ele é insubstituível, e, por esse motivo, lavouras deficientes não conseguem expressar seu potencial máximo, resultando em baixa produção. “Os solos brasileiros têm níveis muito baixos de fósforo devido ao material de origem (rochas) e à forte interação dele com as argilas presentes neles”, explica Roberto Reis, doutor em nutrição de plantas na empresa.

Devido à alta necessidade pelas plantas e à baixa disponibilidade natural do mineral por aqui, torna-se necessário a reposição do mesmo, por exemplo com a adubação. Assim, em solos tropicais, é comum a aplicação de fertilizante fosfatado em altas doses, bem acima das necessidades das plantas. “Isso se deve à alta fixação do fósforo no solo, resultando em baixo teor dele disponível na lavoura. Como grandes quantidades aplicadas do mineral, via fertilizantes, não são aproveitadas pelas plantas, a eficiência do uso desse insumo na agricultura brasileira é muito abaixo do desejável, ficando entre 15 a 50%”, explica o doutor.

 

Mais sobre a produção do mineral

Os fertilizantes fosfatados têm como matéria-prima básica a rocha fosfática. Em 2020, as reservas mundiais eram de 71 bilhões de toneladas (t), sendo as principais fontes: Marrocos e Saara Ocidental, seguidos por China, Egito, Argélia e Síria. Já Brasil, Jordânia, Vietnã, Arábia Saudita, Egito, Peru, África do Sul, Finlândia, Austrália, Israel e Senegal produzem entre 1 tonelada e 10 milhões toneladas por ano. Em contrapartida, em 2020 a demanda global por fósforo foi de 46 milhões/t. E essa demanda mundial tem crescido a uma taxa anual de 2,2%. Além disso, o preço de venda se manteve constante no período até́ 1973, com uma média de US$ 4,2/t. Mas, a partir daquele ano, o valor subiu para até US$ 124/t. “Aumentos nos preços dos fertilizantes impactam negativamente nas exportações do agronegócio brasileiro, tornando o produto nacional menos competitivo, uma vez que a maior parte do custo de produção deriva do preço do fertilizante importado”, salienta Reis. A produção nacional de concentrado fosfático, em 2019, foi de apenas 5,3 milhões de toneladas, historicamente inferior à demanda.

 

É para se pensar e agir

O Brasil, em 10 anos, dobrou a quantidade de fertilizantes importados. A falta de uma política para o setor desde a década de 1980 - atualizada recentemente com o Plano Nacional de Fertilizantes 2050 - tornou o País extremamente dependente, fazendo com que a indústria nacional decrescesse 30%. “Enquanto isso as importações aumentaram 66% nos últimos 20 anos, além dos custos dos fertilizantes na produção alcançassem mais de 40% em culturas como soja, milho e algodão nesse período. A crescente dependência de importação de fosfatados (44%, em 2000 e 72%, em 2020) evidencia uma ameaça que poderá prejudicar a posição competitiva do agronegócio brasileiro”, alerta Reis.

Por isso, ainda segundo o especialista, “a diminuição da dependência externa, por meio desenvolvimento de tecnologias apropriadas ao ambiente de produção brasileiro (tropical), dará ao produtor rural brasileiro preços mais estáveis, “maior oferta de produtos e tecnologias, além claro, do aumento de produtividade”, finaliza.

 

Recorde de inventários no país: “2020 foi um ano de muita tristeza”

Especialista comenta o número de processos abertos no Brasil em 2021

 

Em 2021, abriu-se mais inventários no Brasil do que jamais antes: o ano fechou com mais de 219 mil escrituras lavradas, em comparação com 156 mil em 2020, primeiro ano da pandemia -- um salto de cerca de 40% de acordo com os dados do Colégio Notarial do Brasil, entidade que representa os mais de 8 mil cartórios de notas que existem no país. 

Para a advogada e especialista em Direito de Família pela USP, Cláudia Stein -- sócia do Stein Pinheiro e Campos Advogados --, o fenômeno não é fortuito e tem relação com a pandemia. “Eu não tenho dúvidas quanto a isso. Em 2020, as pessoas estavam muito vulneráveis; houve muitos falecimentos sem a lavratura da escritura de inventário -- e isso acabou ocorrendo em 2021. 2020 foi um ano de muita tristeza. Não que 2021 não tenha sido também triste para as famílias -- mas elas já estavam, de certa forma, menos vulneráveis para a lavratura dessas escrituras. O Colégio Notarial nos dá o número de escrituras lavradas, mas não a informação dos anos em que os óbitos ocorreram; penso que vários são referentes a 2020.” 

Em 2021, as coisas mudaram um pouco neste cenário, segundo a advogada. “No ano passado houve também uma liberação um pouco maior para que as pessoas saíssem, fossem aos tabeliães, em meio à pandemia. No Brasil existe, sim, o e-notariado, um certificado digital em que você consegue lavrar escrituras -- mas, quando os cartórios estavam de portas fechadas, não conseguíamos emiti-lo. No ano passado a emissão desse e-notariado já ficou muito mais fácil. Hoje o Brasil tem um sistema de cartório fantástico: podemos fazer tudo à distância.” 

Cláudia Stein reitera que abrir o inventário é obrigatório no Brasil “no prazo de dois meses a contar do falecimento -- ou o judicial, no fórum, ou as pessoas fazem um acordo e lavram uma escritura -- porque as escrituras só podem ser lavradas se houver acordo entre os herdeiros”. Ela acrescenta que, “além disso, se houver menores, é necessária uma autorização judicial para que o inventário seja celebrado por escritura.” 

A advogada adverte que o atraso na abertura do inventário pode levar a multas, mas que elas dependem muito de cada estado. “O imposto sobre a morte é estadual e essa multa é colocada no cálculo do imposto. Mas não é preocupante. A multa pior é justamente do pagamento do imposto, porque o imposto tem prazo a depender do estado, novamente. Por exemplo, no Paraná, nós podemos pagar o imposto causa mortis até 30 dias depois de celebrarmos a partilha. No Estado de São Paulo, temos de pagar em 180 dias a contar da morte. Então, tem de olhar as legislações estaduais; o não pagamento do imposto dentro do prazo, sim, leva a sanções bastante pesadas. 

Outra variação a cargo de cada estado é o valor a ser pago sobre os bens deixados pelo inventário. “Cada Estado tem uma alíquota; por hora, uma das alíquotas mais baixas no Brasil é a de São Paulo: aqui, pagamos 4% sobre o valor dos bens deixados. Em outros estados, essa alíquota pode chegar até 8%. Quem fixa a alíquota máxima é o Senado. Mas acho que a qualquer momento isso pode aumentar.” 

A depender da legislação, este valor pode ser dividido entre os herdeiros. A especialista esclarece. “A Legislação de São Paulo, por exemplo, diz que cada herdeiro paga o imposto relativo àquilo que recebe. Mas e quando esses assuntos são levados a juízo? Olha, tem tanto decisão dizendo que quem paga é o herdeiro quanto decisão dizendo que quem paga é o próprio espólio: pega a totalidade do patrimônio, o espólio paga o imposto e depois fazemos a divisão. A priori, se nós formos seguir a legislação, o contribuinte é o herdeiro, jamais o espólio.” 

Cláudia Stein explica quais são os inventários que existem no Brasil atualmente. “Há o inventário judicial, no fórum; esses inventários são comumente para os casos em que os herdeiros não fazem acordo -- porque anteriormente a existência de um testamento era um impedimento para ter a escritura de inventário. A maior parte dos estados acabou com isso: basta conseguir uma decisão judicial de cumprimento daquele testamento -- e aí vai ao cartório lavrar a escritura, de acordo com o testamento. Há também o inventário no fórum que é litigioso -- mas pode haver inventários em que também as pessoas chegam a acordo mas querem fazer no fórum. Nos cartórios é tudo tão mais simples; isso dá um conforto naquele momento de tristeza. Mas pode-se fazer no fórum de uma forma mais célere: o arrolamento. Já na primeira petição, os herdeiros fazem a divisão, ou podem fazê-lo no fórum, com litígio; aí vai haver uma decisão judicial atribuindo a herança -- o monte-mor, o patrimônio deixado pelo falecido -- a cada um dos herdeiros. 

Cláudia Stein recomenda que um advogado seja convocado para facilitar o processo. “O ideal seria que as pessoas consultassem um advogado antes -- e aqui eu não tenho nenhum lobby --, porque pelo testamento é tão mais fácil deixar tudo organizado. No Brasil se tem aquela visão que só as pessoas muito ricas é que fazem planejamento, mas não: isso vale para quem tem uma casa, tem dois filhos. O inventário é um processo caro e, às vezes, as pessoas não têm dinheiro para, naquele momento, pagar imposto, advogado, eventual custo de escritura. O ideal é chamar o advogado o mais rápido possível, inclusive para salvaguardar o interesse dos herdeiros." 

Por fim, a especialista esclarece um fato quanto às dívidas deixadas pelo ente falecido. “As dívidas só serão pagas na proporção do patrimônio deixado. Se superar o patrimônio, o credor não recebe; nenhum herdeiro coloca a mão no bolso para pagar dívidas do falecido.” 

 

Fonte: Claudia Stein - mestre e doutora em Direito Civil pela Universidade de São Paulo (USP). Professora de Direito Civil no curso de Pós-Graduação da Escola Paulista de Direito (EPD), na Escola Brasileira de Direito (EBRADI) e em diversos outros cursos. Coautora das obras “Direito e Responsabilidade”, “A Outra Face do Judiciário”, “Direito Civil -- Direito Patrimonial e Direito Existencial”, todos sob coordenação de Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka; da obra “Separação, Divórcio, Partilhas e Inventário Extrajudiciais -- Questionamentos sobre a Lei 11.441/2007”, sob a coordenação de Antônio Carlos Mathias Coltro e Mário Luiz Delgado; da obra “Impactos do novo CPC e do EPD no Direito Civil Brasileiro”, sob a coordenação de Marcos Ehrhardt Jr.; coordenadora, juntamente com Águida Arruda Barbosa, e coautora, da obra “Direito de Família”, sob orientação de Professora Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka; coautora da obra “Transformações no Direito Privado nos 30 anos da Constituição -- Estudos em homenagem a Luiz Edson Fachin”, sob a coordenação de Marcos Ehrhardt Júnior e Eroulths Cortiano Júnior; coautora da obra “Coronavírus: impactos no Direito de Família e Sucessões”, sob a coordenação de Ana Luiza Maia Nevares, Marília Pedroso Xavier e Sílvia Felipe Marzagão. Sócia do Stein Pinheiro e Campos Advogados.

 

quarta-feira, 30 de março de 2022

Testagem rápida de IST’s implementa serviços médicos gratuitos do Caminhão da Saúde

Nos dias 2 e 3 de abril, a unidade móvel estará em Nerópolis para oferecer consultas médicas, ultrassonografias,  teste de glicose e aferição de pressão de graça para a população 

 

Em mais uma ação, o Caminhão da Saúde estaciona nos dias 2 e 3 de abril na cidade de Nerópolis, no bairro Alto da Boa Vista.   O projeto assistencial é da Associação Estadual de Apoio à Saúde (AAS) e leva acesso à saúde para população carente de periferias e zona rural há mais de 10 anos. Moradores da cidade metropolitana poderão contar com consulta médica, exames de ultrassonografia com laudo médico na hora, fazer exames rápidos de doenças sexualmente transmissíveis, aferir pressão e fazer teste de glicose.

 

O projeto assistencial tem iniciativa do  médico Dr. Cláudio Brandão, e oferece atendimento médico de graça e sem burocracia.  O trabalho começa às 7h da manhã com previsão de encerramento às 17h. Basta checar munido de documento pessoal, passar pela triagem e aguardar o atendimento. Depois da consulta, caso haja necessidade, o profissional realiza os exames, encaminhamentos e receitas.  

Uma das novidades do atendimento é a parceria com o Nuclaids - 

Núcleo de Pesquisa e Ações Interdisciplinares em Doenças Infecciosas com Ênfase nas IST/HIV/AIDS, ligado à Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG), que junto com seus alunos, realiza a testagem rápida de Infecções Sexualmente Transmissíveis, ou DST’s, como são mais conhecidas. Para o Dr. Cláudio, esse novo serviço tem forte apelo social, já que a maioria das pessoas não tem acesso ou sabem como realizar exames para detectar sífilis ou mesmo Aids, que são doenças silenciosas. “É importante lembrar que caso o exame seja positivo, nós emitimos um pedido de exame completo para o paciente com suspeita de alguma infecção”. Além disso, ele ainda alerta para o trabalho de ajuda com as pesquisas da Universidade.  

 

Mais ajuda do Caminhão 

Uma das bandeiras do trabalho realizado é a prevenção dos cânceres de mama e próstata, doenças que se forem diagnosticadas precocemente, a probabilidade de cura aumenta imensamente.  Outras doenças como hipertensão e diabetes, que assolam a população brasileira,  também podem ser identificadas com o atendimento no Caminhão da Saúde. Para as doenças do coração, o suporte de cardiologia se dá através da realização de eletrocardiograma laudado por especialista.  

 

Sobre o Caminhão da Saúde 

Idealizado pelo médico Dr. Cláudio Brandão, que além de médico, é advogado e professor universitário, o Caminhão da Saúde surgiu do desejo de levar atendimento de qualidade aos menos afortunados e de uma inquietação e desilusão com o modelo existente de atendimento médico existente.  

A unidade móvel de saúde foi a ferramenta ideal para colocar a ONG Associação Estadual de Apoio à Saúde (AAS) em andamento, literalmente.  Para isso, uma carreta foi adaptada e transformada em um consultório e clínicas sobre rodas. Possui três espaçosos consultórios com mobiliário próprio, dando comodidade, aconchego e rapidez ao cuidar de pessoas em qualquer lugar. Basta estacionar e receber os pacientes.   Possui um consultório de oftalmologia, com todo o aparato para diagnosticar e tratar a maior parte das patologias visuais.  

 

 

Serviço 

Atendimento gratuito no Caminhão da Saúde 

Onde:  Nerópolis - Bairro Alto da Boa Vista 

2 e 3 de abril 

Horário: das 7h às 17h 

 

Exames de imagem gratuitos   

Ultrassonografia 

- Obstétrico

- Próstata 

- Abdômen Total 

- Urinário 

- Ginecológico 

- Eletrocardiogramas 

 

Aferição de pressão
Testagem rápida de glicose
Testagem rápida de IST’s 

 

Foto: acervo da AAS 


Dia da Nutrição: 5 dicas para uma alimentação saudável

Nutricionista cadastrada no GetNinjas elenca práticas para ter refeições mais balanceadas

 

No dia 31 de março é comemorado o Dia Nacional da Saúde e da Nutrição, data que enfatiza a relação entre longevidade e alimentação. Como a mudança de hábitos e a adoção de refeições saudáveis pode ser um grande desafio, sobretudo nas grandes cidades e com a correria do dia a dia a nutricionista Bárbara Ramires, que atende pelo GetNinjas, maior plataforma de contratação de serviços do país, elencou cinco dicas que ajudam a implementar uma rotina mais saudável. Confira: 

  • Evite o consumo de fast food, comidas congeladas ou alimentos pré-prontos. “Essas comidas são altamente calóricas e gordurosas e não contém nenhum nutriente, nem vitaminas e tampouco minerais”, explica Bárbara; 
  • Reduza o consumo de sal, açúcar e de carnes processadas; 
  • Nem toda gordura é ruim. Produtos como azeite, óleo de coco e gordura de porco, por exemplo, são opções de gordura boa e ótimas para manter um bom funcionamento dos hormônios e das vitaminas lipossolúveis que são solúveis em gorduras; 
  • Não faça dietas sem acompanhamento. “Não existe a dieta ideal, mas aquela que melhor se adequa à realidade do seu organismo e àquilo que você busca”, orienta a nutricionista. Para não prejudicar a saúde, procure ajuda de um profissional. 
  • Inclua frutas, legumes, verduras, sementes e grãos na sua dieta diária. “Além destes alimentos serem bem mais baratos que os alimentos prontos ou congelados, eles possuem os nutrientes necessários para te ajudar a manter uma alimentação mais saudável e equilibrada”, afirma.

DIA NACIONAL DA SAÚDE E NUTRIÇÃO

39 milhões de crianças são obesas no mundo, alerta OMS

 

No Dia da Saúde e Nutrição, celebrado nesta quinta-feira (31), o Instituto Opy de Saúde chama a atenção para os benefícios da alimentação saudável e reforça a importância dos bons hábitos alimentares na prevenção contra as DCNT'S.

 

Nunca foi tão importante a conscientização sobre o impacto da boa alimentação na saúde. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde revelam que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas, sendo 650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças. A OMS estima que, até 2025, aproximadamente 167 milhões de pessoas -- adultos e crianças -- ficarão menos saudáveis por estarem acima do peso ou obesas. No Brasil, uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), entre fevereiro de 2019 e março de 2020, revelou que uma em cada dez crianças brasileiras de até 5 anos está acima do peso. 

Esse resultado deve-se, em parte, à insegurança alimentar. Uma análise realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, em 2021, mostrou que quase 116,8 milhões de brasileiros não se alimentavam como deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente, onde 43,4 milhões (20,5% da população) não contavam com alimentos em quantidade suficiente e 19,1 milhões (9% da população) estavam passando fome. “A pandemia de Covid-19 expôs - e continua expondo - um número muito grande de famílias à insegurança alimentar, ameaçando vidas e a saúde de gerações”, comenta Heloisa Oliveira, diretora-presidente do Instituto Opy de Saúde. O excesso de gordura corporal aumenta os riscos para pressão arterial elevada, doenças do coração, enfarte, diabetes e outras doenças. 

Além de inserida no grupo de doenças crônicas não transmissíveis, a obesidade é considerada um dos importantes fatores de risco para outras complicações como: diabetes mellitus, hipertensão e doenças cardiovasculares. “A chave para prevenir a obesidade é agir cedo, antes mesmo do bebê nascer. Uma boa nutrição na gravidez, seguida de amamentação exclusiva até os seis meses de idade e continuada até dois anos ou mais, é o melhor para todos os bebês e crianças pequenas”, alerta Heloisa Oliveira. 

O Instituto Opy de Saúde, entidade filantrópica que foca na promoção da saúde em áreas estratégicas, como o cuidado nos primeiros 1000 dias de vida e na prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), é parceiro do projeto Experiências que Alimentam II, desenvolvido pelo Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN), que tem como objetivo favorecer a segurança alimentar de bebês e crianças na 1ª infância, através de ações de educação e conscientização para a importância de uma alimentação saudável junto aos Centros de Educação Infantil de DRE-São Miguel Paulista, em São Paulo. 

 

Heloisa Oliveira - diretora-presidente do Instituto Opy de Saúde.


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