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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Doenças de veiculação hídrica aumentam em meio a enchentes

Biólogo com especialização em vigilância epidemiológica e embaixador do Trata Brasil, Luciano Pamplona recomenda cuidados necessários para proteger a saúde da população afetada por enchentes no Rio Grande do Sul

 

Entre as diversas implicações severas causadas por enchentes advindas de extremos climáticos, a transmissão de doenças de veiculação hídrica impacta diretamente a saúde da população. 

O desequilíbrio e desorganização causados por uma enchente sempre contribuem para propagação de doenças, principalmente aquelas de transmissão hídrica” - alerta Luciano Pamplona, biólogo com especialização em vigilância epidemiológica e epidemiologia. 

A tragédia causada por chuvas intensas abala por completo a infraestrutura básica de uma localidade, desde os serviços de saneamento básico, até o funcionamento da rede hospitalar. Sem os serviços de coleta e tratamento de esgoto, como também do abastecimento de água nos padrões de potabilidade, os habitantes são expostos ao risco da contaminação de doenças de veiculação hídrica, como por exemplo, leptospirose, diarreia, febre amarela, malária e esquistossomose. 

“Uma vez que as águas contaminadas entram em contato com as pessoas, durante um tempo prolongado, isso contribui diretamente para maior risco de transmissão e espalhamento de doenças” - ressalta o embaixador do Instituto Trata Brasil. 

Além das doenças de veiculação hídrica, a ausência de saneamento propicia a incidência de doenças respiratórias. A ligação mais direta entre a falta dos serviços básicos e as doenças respiratórias se dá pelo acesso ao processo de higienização das mãos. 

Em meio a tanta vulnerabilidade que a população do Rio Grande do Sul enfrenta pelo estado de calamidade pública, Pamplona aponta que a ajuda deverá ocorrer em etapas. 

"Nesse primeiro momento, coisas mais básicas como água, itens de higiene pessoal, alimentos prontos e até mesmo o esforço individual de cada voluntário é importante. As pessoas precisam de tudo que se possa imaginar. Mas, em breve, teremos o esforço de limpeza e reconstrução das casas e da dignidade das pessoas atingidas. Esse processo precisa ser coordenado para que tenha a celeridade que a situação exige." 

Por fim, o biólogo ressalta a importância de evitar ao máximo o contato prolongado com águas contaminadas e, em último caso, sempre que possível, utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado para a situação. 

*O Governo Federal listou algumas medidas de segurança importantes que podem prevenir a contaminação dessas doenças em meio a enchentes, sendo cuidados físicos como também mentais, confira: Link 


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