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segunda-feira, 1 de março de 2021

Busca por vacinas e termos relacionados a imunização contra o coronavírus aumentam

Coronavac somou um total de 115 mil buscas durante o ano passado e ‘vacina de dose única’ contabilizou um aumento de 610.00%

 

A chegada do novo coronavírus virou o mundo de cabeça para baixo. Nos vimos obrigados a ficar em casa para evitar a disseminação do vírus e evitar o sobrecarregamento do sistema de saúde no Brasil. Com altas taxas de contaminação, o mundo se voltou para a produção de vacinas capazes de imunizar as pessoas contra o vírus. Pensando no comportamento de buscas por informações a respeito desse assunto, a Semrush, uma plataforma SaaS de gerenciamento de visibilidade online e marketing de conteúdo, fez um levantamento para entender o crescimento da procura.

Levando em consideração as pesquisas em torno das vacinas, laboratórios e fabricantes de insumos para a produção do imunizante, o mais procurado, com uma média de 115 mil buscas no ano de 2020 foi Coronavac, a vacina que está sendo aplicada na maior parte do país. Em segundo, o mais pesquisado com 94 mil buscas foi Fiocruz, ou Fundação Oswaldo Cruz, o responsável por viabilizar a produção da vacina de Oxford no Brasil, que ocupa o terceiro lugar com 81 mil buscas em média durante o ano de 2020.

O quarto termo mais buscado foi Pfizer, o laboratório que também produziu a sua própria vacina e tentou negociá-la com o Brasil, com 64 mil em média em 2020. Em quinto lugar ficou o Instituto Butantan, com média de 42 mil buscas, por ser o principal parceiro de produção e distribuição da Coronavac no Brasil, além de ter feito uma parceria com um grande funkeiro para a produção de uma música em homenagem ao momento do início da vacinação no país. Em sexto ficou Johnson & Johnson, com 27 mil, outra empresa que fez a sua própria versão do imunizante contra o novo coronavírus.

Outra pesquisa de destaque foi pelo conjunto "vacina de Oxford", com 19 mil buscas em média durante o ano de 2020. Essa foi uma das primeiras opções a fazerem parte do currículo de vacinas disponíveis para o nosso país. Seguido de Sinovac, com 17 mil buscas, na procura pelo laboratório responsável por fazer a coronavac e distribuí-la para o resto do mundo. Temos ainda o laboratório Sanofi com 15 mil buscas, que entrou mais recentemente no jogo das vacinas para concorrer com a Pfizer e a Biontech. E em décimo lugar com 10 mil buscas temos a farmacêutica GSK, que está desenvolvendo em parceria com a CureVac uma vacina para as novas mutações do coronavírus que já estão aparecendo ao redor do mundo.

Confira a lista completa:

1. Coronavac: 115 mil

2. Fiocruz: 94 mil

3. Oxford: 81 mil

4. Pfizer: 64mil

5. Instituto Butantan: 42 mil

6. Johnson & Johnson: 27 mil

7. Vacina de Oxford: 19 mil

8. Sinovac: 17 mil

9. Sanofi: 15 mil

10. GSK: 10 mil

*média mensal de buscas online de janeiro de 2020 a dezembro de 2020 no Brasil

"A rapidez para a produção imunizante está proporcionalmente ligada ao interesse que as pessoas têm em conhecer mais sobre como funcionam, quando vão estar disponíveis para a população e qual a sua eficácia. As buscas na internet têm sido uma aliada nesse momento de disseminação de informações em velocidades recordes. Um bom ranqueamento das informações no mecanismos de buscas de forma que o usuário encontra tudo com mais facilidade, ajuda a formar um pensamento crítico mais conciso e evita que as pessoas leiam fake news em sites menos confiáveis e disseminem esse conteúdo", pontua Fernando Angulo Fernando Angulo, Head of Communications da Semrush.

Além da busca pelos imunizantes e as farmacêuticas, a procura dos usuários também girou em torno de termos relacionados a esse assunto. Começamos com o campeão em crescimento: "vacina de dose única" com um aumento de 610.00% se compararmos os dados de dezembro de 2020 com os de janeiro de 2021. Em segundo lugar temos as buscas por "duas doses de vacina" com o aumento de 433.33%. A quantidade de imunizante que será necessário tomar tem crescido, pois a população quer saber quando será possível vacinar um número significativo da população e controlar a disseminação aqui no Brasil, que ainda gira em torno de números alarmantes.

Em terceiro lugar ficou a busca por "vacina placebo" com aumento de 354.55% que é um dos passos dentro dos testes clínicos das vacinas no Brasil. Quando as opções de vacinas começaram a ser testadas aqui, uma parte dos voluntários que tomaram as doses dos testes, acabaram por tomar uma preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, que serve como base para comparações ao final dos testes. Logo após houve um crescimento de 284.62% nas buscas por "eficácia da vacina", em tempos que é preciso comprovar 50% de eficácia para que uma vacina esteja apta a ser ministrada para a população.

A pesquisa relacionada que ficou em quinto lugar foi "vacina mata", com o aumento de 170.27%. Apesar de o Brasil já ter erradicado doenças altamente contagiosas por meio de vacinas comprovadas cientificamente, o novo coronavírus levantou essa suspeita de que se vacinar poderia ser mais maléfico do que a própria doença. Empatados em sexto lugar temos o placebo outra vez com um aumento de 166.67% e o Instituto Butantan com a mesma porcentagem de aumento se compararmos os dados de dezembro de 2020 com janeiro de 2021.

Em sétimo lugar com o aumento de 163.16% a Semrush listou a "vacina é eficaz", uma dúvida recorrente se levarmos em consideração a rapidez que os imunizantes tiveram que ser produzidos nos laboratórios e os testes clínicos que tiveram que acontecer mais rapidamente do que o usual. Em oitavo lugar temos "antivacina" com 127.27%, um movimento que vem ganhando adeptos há alguns anos e que prega que ninguém deve se vacinar pois isso traz mais malefícios do que benefícios ao nosso organismo. Mas como foi comprovado cientificamente há anos, a vacina é uma das soluções mais completas para a erradicação de doenças infectocontagiosas.

E por fim, o ranking é composto pelo aumento de 81.82%pelo termo vacina e 56.25% pelo termo "vachina", uma alusão ao termo vacina e o país de origem da vacina mais comum aqui, a China. Houve uma certa desconfiança por parte da população que acredita que a vacina advinda do país oriental poderia causar outras reações adversas mais graves que o próprio coronavírus.

Ranking completo de aumento percentual de buscas:

1. Vacina dose única: 610.00%

2. Duas doses de vacina: 433.33%

3. Vacina placebo: 354.55%

4. Eficácia vacina: 284.62%

5. Vacina mata: 170.27%

6. Placebo: 166.67%

6. Instituto Butantan:

7. Vacina é eficaz: 163.16%

8. Antivacina: 127.27%

9. Vacina: 81.82%

10. Vachina: 56.25%

*média mensal de buscas online de dezembro de 2020 a janeiro de 2021 no Brasil

"Termos relacionados ao momento de produção de vacina no Brasil movimentou as buscas se compararmos o final do ano passado com o começo desse. É interessante observar como as buscas também representam as dúvidas mais comuns do usuário e refletem as informações, ou desinformações, divulgadas. Assim como também os problemas de escassez de dose. Exemplo disso é o aumento por termos como 'eficácia da vacina' ou 'vacina dose única'. Fato é que, quando em dúvida, o usuário recorre à internet em busca de informação e ele precisa encontrar a informação correta e verdadeira.", conclui Erich Casagrande, gerente de marketing Brasil da Semrush .

 

7 mitos e verdades sobre a atuação do médico Otorrinolaringologista

Conheça mais sobre a especialidade médica que cuida desde sequelas da Covid-19 até a má qualidade do sono, tontura, alergias e até plásticas faciais.


No dia 3 de março, é celebrado o Dia Nacional do Otorrinolaringologista, profissional cujo nome é difícil de falar ou soletrar, porém essencial na vida de crianças, jovens e adultos. A especialidade famosa por cuidar do nariz e garganta também é responsável por muitos outros tratamentos ligados à cabeça e pescoço, desde plásticas faciais até as sequelas de Covid-19, no qual nove em cada dez pacientes com casos leves perdem o olfato e o paladar, de acordo com um estudo publicado no Journal of Internal Medicine

Você sabe quando procurar um especialista? Para esclarecer algumas dúvidas, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) preparou uma lista com 7 mitos e verdades sobre a atuação do otorrinolaringologista. Confira!


  1. Peguei Covid-19, não sinto gosto ou cheiro de nada, e posso tratar sozinho estas sequelas.

    Mito. É muito importante que o paciente pós-Covid-19 procure um médico otorrinolaringologista para aumentar a chance de retorno completo da capacidade de sentir aromas e sabores. Além da terapia olfatória (estimular o nariz com odores específicos, por um tempo e frequência determinados), na grande maioria dos casos, são utilizados também medicamentos para reduzir a inflamação causada pelo vírus e facilitar a regeneração dos neurônios olfatórios. 
  2. Há alguns dias eu não sinto gosto e nem cheiro de nada. Deve ser Covid-19. 

    Mito. A dificuldade em sentir cheiros e sabores não é um sintoma exclusivo da Covid-19. Existem diversas doenças - inclusive tumores - que causam a diminuição ou perda de olfato e paladar. Em uma consulta com um otorrino, o paciente será orientado quanto à causa do problema e receberá orientações para o tratamento adequado.
  3. Otorrinolaringologia é uma especialidade nova.

    Mito. A especialidade de otorrinolaringologia surgiu no Brasil em 1911 e em 1938 aconteceu o 1º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia, um primeiro passo para organização da especialidade em âmbito nacional. 
  4. Otorrino cuida da Medicina do Sono.

    Verdade. Otorrinolaringologista é o médico indicado para a realização do diagnóstico e tratamento dos distúrbios relacionados ao sono, como ronco e apneia.
  5. Otorrino é uma modalidade com várias especialidades.

    Verdade. Entre as especialidades estão: Estética Facial (cirurgias estéticas de nariz, ouvido e face), Medicina do Sono, Otologia (cuida das doenças de ouvido), Otoneurologia (distúrbios do labirinto), Rinologia (doenças nasais), Estomatologia (doenças relacionadas à boca), Laringologia (doenças da laringe), Otorrinolaringologia Pediátrica (alterações que ocorrem na infância), entre outras.
  6. O check-up no otorrinolaringologista deve ser anual.

    Verdade. O check-up anual com o médico otorrino ajuda na prevenção de doenças, principalmente dos pacientes de maior risco (como os  tabagistas e portadores de doenças crônicas).
  7. A ABORL-CCF possui uma rede social voltada para pacientes.

    Verdade. Lançado recentemente, o canal @otorrinoevoce tem como objetivo alertar, informar e esclarecer dúvidas da população brasileira em relação às doenças da área otorrinolaringológica, como amigdalites, implantes, tipos de exames e medidas preventivas. 

Mulheres precisam de atenção médica em todas as fases da vida

Rotina corrida dificulta consultas a diversas especialistas, tornando o ginecologista o seu gestor de saúde; capaz de entender a paciente em sua integralidade, ginecologista direciona para as demais especialidades, quando necessário

 

A mulher é comprovadamente mais zelosa com a saúde. Cuida de si e dos outros - de sua família e amigos. Dados do Ministério da Saúde mostram que 80 milhões de mulheres a mais do que os homens foram a consultas médicas em 2017.

Toda mulher deve ter uma rotina de fazer exames ginecológicos, no mínimo, uma vez por ano, independente de ter ou não vida sexual ativa, de ter algum sinal, queixa ou sintoma ginecológico. Muitas patologias são ‘silenciosas’, por vezes complexas e de rápida evolução, por isso é importante a ida anual ao médico. "Se não buscar por exames clínicos e exames complementares, a pessoa não fica sabendo que pode estar desenvolvendo alguma doença assintomática. Quando começa a ter sinais de que algo não vai bem, às vezes, pode haver um problema já instalado e ter consequências maiores", alerta a Dra. Mariliz Lima, ginecologista e obstetra.

A médica lembra que, em geral, a triagem feminina é feita pelo ginecologista. "Hoje em dia, as mulheres são muito atarefadas e muitas preferem - em vez de se dividir em consultas com diversas especialidades -, concentrar sua avaliação integral com o ginecologista, que acaba se tornando o gestor de saúde da paciente, tendo a visão do todo. Casos que necessitam de outros conhecimentos e expertises, o ginecologista direciona para os devidos especialistas, ressalta Dra. Mariliz.

A consulta ao ginecologista prevê anamnese, exame físico, coleta de material do colo de útero (cotologia oncótica), entre outros. Dentro de sua competência de gestão da saúde da mulher o médico solicita exames complementares, de acordo com critérios clínicos bem estabelecidos e objetivando sempre o melhor desfecho, tais como: ultrassom da tireoide, das mamas, total do abdômen - que mostra fígado, pâncreas, baço, vesícula, rins e bexiga - e transvaginal (exame com potencial para verificar se a mulher tem câncer de ovário, doença muitas vezes sem sintoma). O ginecologista também analisa exames de sangue que dão uma base geral do estado da paciente, que abrange o hemograma, colesterol, triglicérides, além dos que verificam a situação do fígado, rins, tireoide. Para quem tem mais de 40 anos, é protocolar adicionar-se a mamografia. "Enfim, uma análise sistêmica importantíssima para a saúde feminina", afirma.



Adolescente

De acordo com a Dra. Mariliz, as meninas, normalmente a partir dos 13 anos, não consultam mais com o pediatra e podem ficar sem nenhuma avaliação médica. É interessante que sejam analisadas por ginecologista para conversar, fazer exame físico, tirar dúvidas, dar orientações fundamentais para este momento de vida, fazer exame de sangue, de imagem, entre outros. "Quando vem uma adolescente ao consultório, deixo à escolha dela e da mãe se a conversa será individual ou acompanhada. E se a decisão for separada, caso necessário, peço autorização para a filha para falar algo para mãe, na sua presença. Atitudes assim geram confiança entre todos".



Melhor idade

Mariliz dá ênfase ao atendimento a pacientes geriátricas, dedicando uma atenção especial às mulheres acima dos 60 anos. Segundo a médica, são consultas que levam mais tempo, em que as pacientes precisam de ajuda para subir na mesa e ficam encabuladas para fazer os exames. "Inclusive eu uso um espéculo, que é o instrumento para fazer exame ginecológico, específico para quem tem mais de 65 anos", salienta.

Mariliz finaliza: "a mulher mais vivida, às vezes, nem se consulta para fazer exames, mas porque precisa conversar, tirar dúvidas e receber esclarecimentos. Nesta fase da vida, o foco é outro e a visão, diferente. E confesso: adoro atender estas clientes", observa.



Mariliz Regina Antunes Lima - Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1990, com especialização em ginecologia e obstetrícia; pós-graduada em Reprodução Humana; Mestrado em cirurgia pela Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná; Especialista em Gestão de Saúde pela Fundação Dom Cabral. Entre 1996 e 2019, atuou em Brasília-DF. Desde 2019, passou a atender também em Campinas-SP.


Clínica Espaço Cariz

Avenida Dr. Manoel Afonso Ferreira, 110, Jardim Paraíso, Campinas.

Informações: (19) 3322-4114


Obesidade Infantil: uma em cada três crianças estão acima do peso no Brasil

No Brasil, o aumento do sobrepeso é particularmente importante, alerta o UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância    

 

As taxas de sobrepeso e obesidade infantil estão subindo rapidamente no cenário mundial, sobretudo no período de pandemia. A  Organização Mundial da Saúde estima que, em 2025, cerca de 75 milhões de crianças estarão obesas. 

No Brasil, atualmente, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso, de acordo o IBGE. Notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, revelam ainda que 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso; 9,38% com obesidade; e 5,22% com obesidade grave. Em relação aos adolescentes, 18% apresentam sobrepeso; 9,53% são obesos; e 3,98% têm obesidade grave. 

Ilustração: Thinkstock/iStock

 

O sobrepeso infantil apresenta riscos à saúde da criança e pode comprometer sua qualidade de vida na fase adulta, desencadeando problemas respiratórios, colesterol, enxaquecas, diabetes, entre outras complicações. Aumentar o aleitamento materno na infância e limitar o consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura, como refrigerantes, biscoitos e fast food também é essencial para evitar que crianças se tornem obesas e para reduzir os níveis atuais da doença, alerta a Federação Mundial de Obesidade. 

Entretanto, a família tem papel fundamental para poder mudar todo esse cenário e prevenir a obesidade infantil. “É necessário que a Educação Nutricional seja incluída nas famílias. Pais e mães que incentivam e promovem bons hábitos alimentares aos filhos contribuem para o desenvollvimento de bons costumes até na vida adulta deles, diz a nutricionista Luanna Caramalac Munaro, especialista em adequação nutricional e comportamental.

ThinkstocIlustk/iStock
De acordo com a profissional, a família é exemplo e espelho às crianças. “Os pais devem privilegiar a alimentação saudável para eles e para as crinaças. É comum ver os pais cobrarem bons hábitos dos filhos, mas muitos deles não se alimentam bem. Antes de querer que o filho coma, é preciso da o exemplo. Via de regras os filhos seguem o padrão de comportamento dos pais na alimentação. Se os pais não têm uma alimentação saudável, dificilmente os filhos terão”, explica. 

Também é essencial que a criança participe da preparação desses alimentos,  isso ajuda a trazer consciência da importância de ter uma alimentação mais saudável. “Participar do processo e incentivar a criança a gostar fica menos impositivo e mais participativo. Esse contato com a preparação dos alimentos amplia a percepção dos bons hábitos”, finaliza a especialista.   

 

 

Dra. Luanna Caramalac Munaro – CRN - 3 49383 – Nutricionista, atua na área da saúde integrativa com o foco em prevenção e tratamentos de doenças crônicas não transmissíveis, como: doenças autoimunes, depressão, infertilidade, câncer, diabetes, HAS, compulsão alimentar e emagrecimento.   Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional- VP, em Adequação Nutricional e Manutenção da Homeostase, Pós- graduanda em Nutrição Comportamental- IPGS, formação em modulação intestinal.  


A infertilidade do casal pode estar relacionada à obesidade

A obesidade nos homens pode causar perda da quantidade e qualidade dos espermatozoides


04/03 – Dia Mundial da Obesidade

 

Por ser uma doença crônica, a obesidade pode causar diabetes, hipertensão e outras várias repercussões deletérias para o organismo, entre elas a infertilidade em homens e mulheres.

A médica endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato conta que muitos passam por essa situação e nunca relacionam a doença com a causa da baixa fertilidade. A perda de peso, além de melhorar todos os aspectos relacionados à saúde e bem-estar, pode ser o caminho que faltava para a desejada gestação.


Mas como a obesidade interfere na fertilidade?

Em mulheres, a obesidade diminui os níveis de hormônios femininos aumentando o nível dos hormônios masculinos. Esses vão levar a irregularidade menstrual, àquelas manifestações de excesso de hormônio masculino como acne, pelos no corpo - chamado de hirsutismo – e à anovulação.

“A ovulação é processo essencial para gravidez, para garantir a fertilidade. As mulheres com obesidade, frequentemente, têm períodos de anovulação, o que reduz a fertilidade”, explica Dra. Lorena.

A especialista conta que nos homens com excesso de peso acontece a queda dos níveis de testosterona, que vai influenciar na libido, podendo levar a disfunção erétil e, o que muitos não sabem, é que o excesso de peso leva a disfunção dos espermatozoides, tanto em quantidade como em qualidade.

Homens e mulheres conseguem reverter essa causa da infertilidade com a perda de peso. “Vejo pacientes tentando várias estratégias medicamentosas e tratamentos médicos para engravidar, mas nunca relacionam a infertilidade com o excesso de peso. Perder peso, além de melhorar a qualidade de vida como um todo, pode ser a solução do problema do casal”, comenta Dra. Lorena.

 


Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

 

Março amarelo: incluir alimentos com ômega 3 na alimentação pode ser fundamental no tratamento da endometriose

No mês da conscientização da endometriose, especialistas explicam como a alimentação pode influenciar no tratamento da doença, além de ressaltarem os sintomas e tratamentos


O mês de março, além de ser exclusivo para as mulheres, também é marcado pela cor amarela e tem como objetivo conscientizar a endometriose, doença ginecológica que atinge mais de 176 milhões mulheres no mundo. Mas, você sabia que a alimentação atinge diretamente o problema e pode ajudar a minimizar os sintomas da doença?

 

De acordo com a Dra. Luciana Harfenist (@lucianaharfenist), referência em nutrição ortomolecular, funcional e gastronomia, a alimentação rica em ômega 3, magnésio, vitaminas do complexo B e fibras ajudam diretamente nos sintomas da endometriose. “O ômega 3, individualmente, está sob as formas de ácido alfa-linolênico (ALA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosaexaenoico (DHA). O ALA é proveniente de origem vegetal (óleo de linhaça, óleo de prímula, chia) enquanto o EPA e DHA, de origem animal (óleos de peixes, truta, arenque, salmão e demais peixes de águas frias e profundas). Aproximadamente 30% do ALA ingerido pode ser convertido à EPA e DHA”, explica a nutricionista.

 

“Nosso corpo não consegue produzir estes ácidos graxos essenciais, mas precisamos deles, uma vez que eles são os responsáveis por criar uma camada lipídica em volta das células, contribuindo para o melhor funcionamento de todas as suas funções, incluindo efeitos anti-inflamatórios”, completa Dra. Luciana. Ainda segundo a nutricionista, as mulheres que incluem o ômega 3 em sua alimentação têm menos chance de desenvolver endometriose quando comparado as que ingerem alimentos ricos em gorduras trans. Além disso, a função anti-inflamatória é potencializada em pacientes com endometriose, já que mulheres que possuem a doença apresentam inflamações nos locais onde há tecido do endométrio fora da cavidade uterina.


 

Alguns alimentos para incluir nas refeições

 

- Ricos em magnésio mineral: Folhas verdes escuras como agrião, rúcula, espinafre, escarola, chicória, almeirão, brócolis, couve de Bruxelas, couve manteiga; alimentos integrais (gérmen de trigo, arroz, aveia, centeio, cevada, milho, quinoa, amaranto); sementes de girassol, castanhas e tofu.

 

- Ômega 3 (gordura poli-insaturada): óleo de linhaça, linhaça, peixes, em especial: sardinha, arenque, salmão, anchova, cavala, atum, truta; vegetais de folhas verdes escuras (agrião, hortelã, brócolis cru, couve manteiga crua); soja, milho, aveia, abacate, algas marinhas e semente de chia.

 

- Vitaminas do complexo B (vitaminas): alimentos integrais e vegetais de folhas verdes escuras (como os que foram citados nas fontes de magnésio), carnes, peixes, queijo e ricota, feijões, cogumelos, algas marinhas, gema de ovo, sementes de girassol e geleia real.


 

Sintomas e tratamento da endometriose

 

De acordo com a ginecologista Dra. Camila Ramos (@dracamilaramos), especialista em reprodução humana, a cólica menstrual é o sintoma mais comum da endometriose, mas os sintomas podem variar. Sentir dor na parte inferior do abdômen antes e depois da menstruação, dor na relação sexual, desconforto com movimentos intestinais e até sangramento intestinal e urinário, são alguns deles.

 

A endometriose tem cura, se tiver um procedimento cirúrgico eficaz e após um bloqueio do ciclo menstrual para que não retorne a doença. Medicamentos para dor, como analgésicos e anti-inflamatórios, são eficazes em alguns casos. Já os contraceptivos hormonais, usados de forma contínua onde bloqueiam o ciclo menstrual são uma boa escolha, como as pílulas anticoncepcionais, adesivos e anéis vaginais.

 

Ademais, há uma outra opção: são os chamados agonistas e antagonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) para bloquear a produção de estrogênio que estimula os ovários. “O estrogênio é o hormônio responsável principalmente pelo desenvolvimento das características sexuais femininas. O bloqueio da produção de estrogênio evita a menstruação e cria uma menopausa artificial. Vale lembrar que é um tratamento de uso limitado e normalmente utilizado para preparar a paciente para uma cirurgia ou antes de um tratamento de reprodução assistida”, ressalta Dra. Camila. 

“É inevitável a busca por um profissional caso a paciente perceba que alguma coisa não está certa. Manter os exames em dia é uma das principais formas de descobrir precocemente a doença. Manter uma alimentação saudável também pode ser uma forma de prevenção”, finaliza a ginecologista.

Relatos de insônia aumentaram durante a pandemia em todo o mundo

Falta de concentração e queda na produtividade são algumas das consequências de noites mal dormidas; Psiquiatra explica como a adoção de técnicas comportamentais simples podem contribuir para um sono tranquilo


O aumento na incidência de distúrbios do sono durante a pandemia é fenômeno que já vem sendo relatado globalmente, com estudos apontando que a insônia é a principal reclamação das pessoas. Uma pesquisa da Universidade de Southampton, de agosto de 2020, mostrou que o número de britânicos que relataram recorrência com o problema saltou de 17% para 25%. Na China, as taxas subiram quase 6 pontos percentuais, de 14,6% para 20% e, na Grécia, cerca de 40% das pessoas entrevistadas durante a pandemia relataram ter vivido o problema.

O Brasil não passou ileso, é claro. Por aqui, desde o início da pandemia, em março, a palavra "insônia" foi a mais procurada no Google e, ainda mais chocante, a pesquisa por "remédio para insônia" aumentou 130% nas buscas. Isso em um país onde 40 milhões já relatavam o problema antes da Covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Especialista no assunto, o psiquiatra Marco Abud afirma que não é muito difícil encontrar as razões para esse crescimento:

"A mudança de rotina causou estresse, essa confusão de espaço pessoal com profissional, aumento nas tarefas domésticas, cuidados com os filhos, o isolamento social, que nos colocou longe de familiares e amigos e, claro, o medo da doença ou de algum familiar contraí-la, e até mesmo as inseguranças com a economia do país. Tudo isso virou um caldeirão de emoções e o sono é um dos que mais sofrem com esses momentos, pois é o período que precisamos relaxar, mas também aquele em que tudo vem à tona: o dia a dia, as angústias, a sensação de que é preciso encontrar soluções imediatas para os problemas da nação a todo custo", explica.

O médico conta que os chamados insones são aqueles que apresentam dificuldades para adormecer ou que não conseguem manter a linearidade de sono. "A insônia pode ser identificada por características como demora para pegar no sono depois de deitado após um período superior a 30 minutos; despertar no meio da noite e não conseguir voltar a dormir; ou ainda passar a acordar muito mais cedo do que o habitual e, mesmo com horas livres para seguir dormindo e ainda sentindo cansaço, não ser capaz de pegar no sono. Boa parte dos brasileiros em algum momento já teve alguma experiência própria ou com alguém próximo que se encaixa em um ou mais desses pontos descritos".

A chave para encontrar uma solução para o incômodo das horas de descanso perdidas está em entender inicialmente as causas do problema. Na maioria dos casos, salvo outras condições médicas que têm os distúrbios do sono como consequência, a insônia pode ser classificada como transitória (aguda) ou crônica. A primeira surge por fatores ligados ao estresse ou abalo diante de uma determinada situação de vida - como o isolamento social e a quebra de rotinas impostos pela pandemia -, e tende a perdurar por um curto período de tempo, suficiente para contornar a questão que gerou o incômodo. Contudo, há situações em que a condição pode avançar para o que é classificado como insônia crônica, um distúrbio persistente que envolve comportamentos e hábitos que seguem sendo acumulados com o passar do tempo, piorando cada vez mais o quadro.

"De forma bem simplificada, isso acontece porque o nosso cérebro ‘aprende’ após um certo período a aceitar esse novo padrão. É o famoso efeito bola de neve: inicialmente acontece algo extraordinário, que parece fugir ao controle e começa a afetar nossa capacidade de relaxar corpo e mente quando é o momento de dormir. Mesmo quando a situação original já não é mais tão latente, a mudança no comportamento do sono segue presente. Aos poucos outros anseios e preocupações começam a ser somados, criando um ‘monstro’ interior que parece destruir a nossa capacidade de dormir bem e acaba por tornar o sono algo que beira o intangível", analisa Abud.



Técnicas para lidar (e amenizar) o problema

Embora não seja possível controlar o mundo, nem a velocidade das vacinas, tampouco quando o coronavírus desaparecerá, é possível realizar algumas técnicas e exercícios para tentar contornar essa dificuldade ou, pelo menos, amenizá-la. Motivado por essa percepção, o psiquiatra, que possui um canal no YouTube chamado Saúde da Mente, atualmente com mais de 1,3 milhão de inscritos - o maior sobre a temática no Brasil -, elaborou uma série de vídeos sob a chancela "Viva livre da insônia" para ajudar na conscientização da população em geral. Ele criou ainda um treinamento digital gratuito, a Maratona do Sono, onde usa técnicas da Terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) para ajudar pessoas do outro lado da tela a adotarem ações de autocuidado a partir do controle de estímulos externos, higiene do sono e relaxamento, entre outros.

"A TCC-I é indicada como primeira alternativa no tratamento da insônia, tendo como principal missão ajudar as pessoas insones a entenderem os gatilhos que comprometem o sono, compreendendo melhor as suas causas primárias e os desdobramentos disso. A terapia dá a essas pessoas os subsídios, com técnicas cognitivas e comportamentais, para a retomada de um sono mais tranquilo", frisa Abud.

Mesmo à distância, os benefícios da adoção dessas técnicas vêm sendo provados. Um estudo da Universidade de Michigan, divulgado no ano passado, destacou que pacientes que buscaram a terapia por meio da telemedicina tiveram respostas tão positivas quanto aqueles que passaram pessoalmente pelo processo. E isso abre frentes que podem possibilitar um acesso mais amplo ao cuidado especializado - especialmente em tempos de quarentena estendida.

Quem já passou e superou o problema sabe bem como é. A mineira Francisca de Oliveira Ferreira Arquete sofreu com a insônia por treze anos, mas viu tudo piorar em meados de 2020, quando a pandemia ainda estava em seus primeiros meses no Brasil. Ela conta que as noites mal dormidas geravam nela a sensação contínua de cansaço, irritabilidade constante e crises de ansiedade. E ainda havia consequências ligadas a sintomas físicos, como dores estomacais:

"Uma das coisas que eu aprendi a partir dessas técnicas para lidar sem uso de medicações com o problema foi sobre a rotina de sono. Como eu não dormia durante a semana, eu achava que devia, por exemplo, passar o domingo inteiro na cama para compensar. Tenho certeza que muita gente se identifica, se cansa durante a semana e usa o fim de semana para amenizar, que é a coisa de você perder o ‘apetite pro sono’. Curar a insônia mudou completamente minha saúde, a qualidade de vida que ganhei é impressionante", comenta ela.

Segundo Abud, o sono é muito importante para o equilíbrio físico e emocional e a falta dele afeta a química do cérebro, levando a problemas em nossos relacionamentos e nossa produtividade também. "Uma noite mal dormida é, provavelmente, a principal responsável pela falta de concentração e atenção que uma pessoa pode ter. Ao longo do tempo, isso vai nos afetando de uma forma que pode levar a doenças como obesidade, diabetes e hipertensão, e comprometer ainda mais nossa saúde mental, levando inclusive à depressão", finaliza.

Para contribuir para noites de sono mais tranquilas, o psiquiatra Marco Abud lista as recomendações básicas para quem estiver passando pelo problema:

1. Evite eletrônicos, como celular e tablets, enquanto estiver na cama e antes de dormir, pois são estimulantes.

2. Deite-se apenas quando estiver com sono.

3. Evite café, chá preto, refrigerantes ou medicamentos que contenham cafeína pelo menos quatro horas antes de se deitar.

4. Não consuma bebidas alcoólicas no mínimo 6 horas antes de dormir.

5. Não faça refeições pesadas antes de dormir, como feijoada ou churrasco.

6. Cuidado com as sonecas durante o dia.

7. Faça exercícios físicos no máximo de 4 a 6 horas antes de dormir e de preferência ao ar livre.

8. Procure expor-se à luz solar todos os dias, pela manhã ou no final da tarde.

Pacientes adultos e pediátricos com linfoma de Hodgkin, ganham nova opção de tratamento com imunoterapia


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de aprovar a imunoterapia pembrolizumabe (Keytruda®), anti PD-1 da MSD, para o tratamento de pacientes adultos com Linfoma de Hodgkin clássico refratário (quando a doença não responde ao tratamento prévio) ou recidivado (quando a doença volta a aparecer após o término do tratamento prévio) à partir da 2º linha de tratamento. A ANVISA também aprovou pembrolizumabe para o tratamento de pacientes pediátricos, com idade igual ou superior a 3 anos, com Linfoma de Hodgkin clássico refratário, ou que tenham recidivado após 2 ou mais linhas de terapia.

A aprovação para a população adulta é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 KEYNOTE-204[i] que atingiu o objetivo primário com pembrolizumabe, reduzindo significativamente o risco de progressão da doença ou morte em 35% em comparação com o brentuximabe vedotin (BV). Além disso, a mediana de sobrevida livre de progressão foi de 13,2 meses para pacientes tratados com pembrolizumabe e 8,3 meses para pacientes tratados com BV.

O KEYNOTE-204 é um estudo clínico randomizado, aberto e controlado, que incluiu 304 pacientes com LHc recidivado ou refratário. O estudo envolveu adultos com doença recidivada e ou refratária após pelo menos um regime de tratamento quimioterápico. Os pacientes foram randomizados 1: 1 para receber a cada três semanas por via intravenosa com pembrolizumabe 200 mg ou BV 1,8 mg / kg.

O tratamento foi continuado até toxicidade inaceitável, progressão da doença ou um máximo de 35 ciclos (até aproximadamente dois anos). A avaliação da doença foi realizada a cada 12 semanas. A randomização foi estratificada por transplante autólogo prévio e estado da doença após a terapia de primeira linha. A principal medida de eficácia foi a sobrevida livre de progressão, avaliada por revisão central independente cega. A aprovação para a população pediátrica, é baseada no estudo KEYNOTE-051, que incluiu 161 pacientes pediátricos (62 pacientes com idade entre 6 meses e menos de 12 anos e 99 pacientes com 12 a 17 anos) que receberam pembrolizumabe 2 mg/kg a cada 3 semanas. A duração média da exposição foi de 2,1 meses (intervalo: 1 dia a 24 meses).

As reações adversas que ocorreram em uma taxa ≥10% em pacientes pediátricos quando comparados aos adultos foram: febre (33%), vômitos (30%), leucopenia (30%), infecção do trato respiratório superior (29%), neutropenia (26%) ), dor de cabeça (25%) e anemia de grau 3 (17%).

O tratamento de LHc refratário ou recidivado em crianças e adolescentes segue estratégias baseadas em adultos, com poliquimioterapia seguida de Transplante Autólogo de Células Tronco3;4. Em pacientes que foram anteriormente refratários ou recidivados à 1ª ou 2ª linha de quimioterapia, especialmente aqueles com doença de alto risco, as opções existentes de tratamento não são satisfatórias, deixando pouca expectativa de benefício e toxicidade adicional.

“A imunoterapia para o tratamento da doença refratária bem como a indicação para pacientes pediátricos era muito esperada no Brasil. “Os pacientes com Linfoma de Hodgkin que não alcançam remissão após o tratamento inicial ou que recaem após o transplante tem um prognóstico ruim, refletindo a necessidade não atendida de terapias melhores no cenário de recidiva / refratário”, explica o Onco-hematologista Dr Guilherme Perini, que completa: “Com esta aprovação, pembrolizumabe tem o potencial de mudar o padrão atual de tratamento e ajudar esses pacientes a obter melhores resultados”.


Linfoma de Hodgkin

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer relativamente raro, que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade.

A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo) se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. Quando não tratadas, essas células malignas podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência nas regiões do pescoço e tórax, denominada mediastino.

Segundo a American Cancer Society, o linfoma de Hodgkin pode acometer crianças e adultos, mas é mais comum no início da idade adulta, especialmente na faixa dos 20 anos. O risco de desenvolver a patologia aumenta novamente ao final da vida adulta, após os 55 anos. Em geral, a idade média do diagnóstico é 39 anos[ii].

No Brasil, são estimados 2.640 novos casos de linfoma de Hodgkin em 2020, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA)5. Vale ressaltar que a maioria dos pacientes com a doença podem ser curados devido ao avanço dos tratamentos disponíveis atualmente.





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[i] National Library of Medicine. Acessado em 14/10/2020. Disponível em: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02684292


[ii] American Cancer Society. Acessado em 15/10/2020. Disponível em https://www.cancer.org/cancer/hodgkin-lymphoma/about/key-statistics.html#written_by

3 Shankar A, Hayward J, Kirkwood A, McCarthy K, Hewitt M, Morland B, et al. Treatment outcome in children and adolescents with relapsed Hodgkin lymphoma-results of the UK HD3 relapse treatment strategy. Br J Haematol. 2014 May;165(4):534-44.

4 Hazar V, Kesik V, Aksoylar S, Karakukcu M, Ozturk G, Kupesiz A, et al. Outcome of autologous hematopoietic stem cell transplantation in children and adolescents with relapsed or refractory Hodgkin's lymphoma. Pediatr Transplant. 2015Nov;19(7):745-52.

5 Instituto Nacional de Câncer (INCA). Acessado em 14/10/2020. Disponível em http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estatistica-para-linfoma-de-hodgkin/7705/321/



3 exames importantes para o diagnóstico da endometriose

O mês de março amarelo visa conscientizar sobre a doença

 

Entramos em um mês importante para conscientizar e alertar sobre a endometriose, uma doença que acomete 10% das mulheres que menstruam e que pode influenciar na fertilidade (30 a 50% dos casos). 

O ginecologista e obstetra, Dr. Marcos Tcherniakovsky, especialista em endometriose, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), explica que a doença é caracterizada pela saída do tecido endometrial para fora do útero através das tubas, e que pode se implantar em órgãos da região pélvica e causar um processo inflamatório. 

Conheça os 3 exames mais importantes para o diagnóstico da endometriose:

 

1) Exame físico

Quando há suspeita da doença, o especialista realiza um exame físico de toque vaginal, com o objetivo de verificar se o útero está fixo, se teve aumento dos ovários e possíveis alterações que confirmem a suspeita. Antes, o médico avalia a história clínica da paciente, ouvindo com cuidado todos os sintomas e queixas e sem pressa, também para tranquilizá-la.

 

2) Ressonância magnética da Pelve

É solicitada com preparo intestinal e é feita por um especialista que conheça muito bem a doença. O exame possibilita uma avaliação completa da pelve em múltiplos planos, com excelente resolução anatômica e espacial. 

 

3) Ultrassom endovaginal

Também é solicitado com preparo intestinal e feito por especialista em endometriose. O exame consegue identificar a presença de endometriose em qualquer local da região da pélvica, como ovários, tubas, bexiga e intestino.

 

Ambos os exames são excelentes para diagnosticar a presença de endometriose profunda, aquela que tem mais de 5mm de profundidade e costuma dar mais sintomas, como dores abdominais e/ou pélvicas.  

Através destes 3 exames podemos determinar a necessidade de trabalharmos de forma multidisciplinar. Quando existe o diagnóstico de endometriose intestinal, sempre solicitamos uma avaliação com o proctologista ou cirurgião geral. O mesmo ocorre quando temos um provável acometimento da bexiga e encaminhamos para o urologista, para que acompanhe em conjunto com o ginecologista.

 




Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra - Especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Instagram: @dr.marcostcher   

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