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terça-feira, 29 de setembro de 2020

LGPD e Franqueadoras: quais os cuidados que elas devem ter?

Marina Nascimbem Bechtejew Richter, sócia do NB Advogados, fala sobre contrato de franquia, COF, relação com terceiros e importância de orientar a rede franqueada

 

A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exigiu de empresas de todos os portes e áreas de atuação uma nova postura com relação aos dados pessoais de seus clientes. A partir de agora, tais dados só poderão ser utilizados mediante consentimento expresso, por escrito ou por outro meio, que comprove a vontade dos seus titulares.

No que tange às franqueadoras, fica a pergunta: existem cuidados específicos a serem tomados, uma vez que estas empresas lidam não apenas com dados de clientes, mas também de franqueados? A advogada Marina Nascimbem Bechtejew Richter, sócia do NB Advogados, elucida alguns pontos que vêm gerando mais dúvidas entre os franqueadores:


Os contratos de franquia precisam ter uma cláusula na qual o franqueado autoriza a utilização de seus dados pessoais?

Sim. Os novos contratos precisam sair com esta cláusula. E, o quanto antes, os franqueados antigos precisam assinar algo concordando com a cláusula -  podemos aproveitar aditivos ou outros documentos, por exemplo. 


Na Circular de Oferta de Franquia, é exigência da Lei de Franquia incluir nome, telefone e endereço de ex-franqueados. Isto fere, de alguma forma, a LGPD?

O nome, telefone e endereço de ex-franqueados não são considerados dados pessoais neste caso por já estarem indicados no contexto do contrato de franquia e também da lei de franquia. Trata-se de uma exigência da lei que rege o franchising – e que prima pela transparência, sendo a informação de suma importância para que os candidatos a franqueados possam contatar franqueados e ex-franqueados antes de decidir ingressar na rede. Em outros contextos, contudo, genericamente, estes dados podem, sim, ser passíveis de proteção pela LGPD.


Como ficam os contratos firmados com terceiros que tenham acesso ao cadastro de interessados na franquia, por exemplo?

Se a franqueadora contratar um terceiro que tenha acesso ao cadastro de interessados ou clientes que esteja no seu site, e essa terceira pessoa usar a informação de forma inadequada, a franqueadora será responsabilizada, pois a informação estava com ela. Assim, é importante que os terceiros que venham a ser contratados se comprometam a utilizar as informações seguindo as restrições da lei - e não divulgando os dados a terceiros.


Se um franqueado não tiver o cuidado previsto na LGPD com os dados de seus clientes, e surgir algum problema desta natureza, a franqueadora pode responder solidariamente num eventual conflito (incluindo o pagamento de multa)?

Se o franqueado não captou os dados por meio da franqueadora, eu entendo que não. De toda forma, isso seria muito negativo para a marca. Por isso, é muito importante que a franqueadora lidere este processo de esclarecimento e orientação com relação à LGPD – com treinamentos e assessoria, por exemplo - para que toda a rede fique alinhada.

 



NB Advogados

www.nbadv.com.br

 

Campanha Bora Testar chega a Heliópolis

 Testagem 
LATAM Intersect PR

Campanha que leva testes de diagnósticos da Covid-19 chega à segunda favela de São Paulo

 

O projeto Bora Testar, criado para levar testes de diagnóstico às 10 maiores favelas do país com o objetivo de ajudar na prevenção da saúde de sua população e gerar dados que traduzam a realidade desses territórios, chega a Heliópolis, a segunda comunidade a ser testada para a Covid-19 na cidade de São Paulo, por ação da campanha. 

A testagem começará na sexta-feira, 2 de outubro e seguirá até o dia 5. José Marcelo da Silva, presidente da Ação Comunitária Nova Heliópolis, conta que até hoje os moradores da comunidade ainda não foram testados para o coronavírus. “Para nós é importante essa testagem. Quando o poder público não faz, a sociedade civil sempre se organiza. Estamos juntos apoiando a iniciativa”, afirma.

Para esta testagem, o Bora Testar contará com quatro equipes compostas por enfermeiros que serão responsáveis por triar e aplicar os testes.  Desenvolvida por um grupo de médicos, a plataforma Ciente (https://app.ciente.net/covid/), em parceria com o projeto, auxilia na triagem por meio de um questionário e armazena dados, inclusive socioeconômicos, com o objetivo de traçar um retrato do impacto da pandemia nas favelas brasileiras.

“Todos os profissionais contratados temporariamente para a ação são selecionados na própria comunidade, uma maneira a mais que encontramos para dar apoio nesse momento de vulnerabilidade e desemprego”, conta Emília Rabello, uma das idealizadoras do projeto. 

“Trabalhei no Hospital de Campanha de Barradas, em Heliópolis, como encerrou o contrato e estou desempregada no momento, esta é uma forma de continuar contribuindo com a comunidade”, diz Cleyce Mayze Silva Costa, uma das enfermeiras que vai trabalhar na testagem. 

As próximas ações da Campanha Bora Testar estão programadas para a Cidade Tiradentes, em São Paulo e Rocinha, no Rio de Janeiro. “Nosso objetivo é alcançar todo o Brasil, para isso contamos com a sociedade que se solidariza com a campanha”, afirma Claudia Daré, também idealizadora do projeto. 

A Campanha Bora Testar conta com apoio de empresas solidárias e com uma plataforma de crowfunding para compra de testes e suporte logístico. Para contribuir com qualquer valor a partir de 10 reais, basta acessar a plataforma aqui. Conheça mais sobre o projeto nas redes sociais @boratestarcovid no Instagram e Facebook. 

 

Sobre a Campanha Bora Testar

Idealizada para levar testes de diagnóstico da Covid-19 às favelas do Brasil, o objetivo da campanha é ajudar a preservar a saúde dessa população, além de gerar dados que traduzam melhor a realidade desses locais.

Com quatro pilares básicos: informação, triagem, exames com sintomáticos e rastreamento, a campanha foi criada e desenvolvida pela Outdoor Social e Latam Intersect PR, empresas de comunicação que se uniram com suas diferentes especialidades para realizá-la. Outdoor Social também é patrocinadora do projeto contribuindo com doações direcionadas às ações nas comunidades.

 


Realizadores da Campanha 

Outdoor Social

www.outdoorsocial.com.br  ou pelo Instagram @outdoorsocial. 

 

LatAm Intersect PR

https://latamintersectpr.com/


Planejamento para evitar a assombração das contas atrasadas

Atrasar pagamentos pode arruinar suas finanças pessoais e isso não é exatamente uma novidade. Mas, será que você já pensou nisso de outra forma: já se perguntou como pagamentos atrasados podem afetar sua vida no futuro?

 

É muito fácil e cômodo pensar somente no dia de hoje, ainda mais quando a situação não anda nada boa no Brasil e mundo afora.No entanto, agir assim não resolve sua situação financeira. Pelo contrário, você “empurra com a barriga” um desafio e ele logo se torna um pesadelo.

 

Contas em atraso podem significar desde a interrupção no fornecimento de serviços até mesmo a perda de um bem importante.

 

Para evitar que as contas atrasadas prejudiquem seu caminho rumo a uma vida financeira mais equilibrada, preparei algumas dicas:

 

1. Comece seu controle financeiro agora

Convenhamos, é praticamente impossível se planejar sem conhecer muito bem a sua realidade financeira atual.

 

·  Quanto você ganha, de verdade? Valor líquido?

 

·  Com o que você gasta?

 

·  Quanto gasta por mês com determinado hábito de consumo?

 

·  Consegue guardar dinheiro?

 

As perguntas são para provocar! E, você começar agora mesmo seu controle financeiro. Então, use alguma planilha gratuita de controle financeiro ou app, mas comece.

 

2. Guarde quando o salário cair na conta

 

Se esperar o fim do mês para guardar dinheiro e poupar, acaba que não sobra nada e o investimento não acontece.Essa história é comum e tem um efeito emocional ruim, porque desanima e passa a fazer você duvidar da própria capacidade de juntar dinheiro.

 

Para mudar essa história e, de quebra, evitar problemas com atraso de contas, guarde assim que o dinheiro do mês cair na conta. A prática de separar, “tirar da sua frente” algum dinheiro assim que o montante maior chega, funciona. Experimente!

 

3. Coloque as contas mais importantes em débito automático

 

Aproveitar a tecnologia para evitar pagar juros e atrasar contas é possível para todo mundo hoje em dia. Praticamente tudo acontece através do celular e você pode automatizar e inserir contas em débito automático com muita facilidade.

 

Assim, você não vai mais esquecer de pagar suas contas e ao mesmo tempo vai agilizar as coisas no seu planejamento financeiro.

 

4. Não comprometa mais de 30% da sua renda com dívidas

 

O efeito “Bola de Neve” é muito perigoso e costuma assustar só quando já é grave demais. Tudo começa com uma conta aqui e outra ali que você deixa de pagar, mas logo as dívidas ficam muito elevadas e a coisa se complica.

 

Para evitar esta situação, procure sempre avaliar sua realidade financeira em termos de comprometimento da renda. Observe seu controle financeiro e avalie se você está ou não gastando mais de 30% de sua renda líquida mensal com contas que só vencem no futuro.

 Se for esse o caso, reveja suas decisões de consumo e interrompa imediatamente este ciclo.

 

5. Pare de comprar parcelado

 

No dia a dia, valores pequenos parecem caber no orçamento, mas quando somados eles ultrapassam sua capacidade de pagamento? Pois é, um dos principais vilões das contas em atraso é a compra parcelada. Uma comprinha aqui, outra ali, parece que vai dar. E estoura tudo.

Mude seu hábito ao consumir e prefira pagar à vista e com desconto. Se não tiver dinheiro, junte antes de comprar. Comprometer sua renda futura com despesas feitas hoje pode complicar o pagamento de contas importantes nos meses seguintes.

 Lembre-se: com um controle financeiro mais rígido e o hábito de comprar mais à vista ou em poucas parcelas, você evita problemas com atrasos e juros.

 

 



 

Conrado Navarro - sócio e especialista em finanças pessoais na Grão


Por que gamificar a educação em meio à crise do coronavírus?

Antes de falarmos sobre o momento ímpar que vivemos devido aos reflexos da pandemia causada pelo COVID-19, sugiro retrocedermos ao início deste ano e refletir sobre como estava o cenário da educação no Brasil em 2020.

Segundo os dados do Movimento pela Base Nacional Comum, o ensino médio é o gargalo na educação do brasileiro, sendo que um a cada quatro jovens abandonam a escola ao chegar no primeiro ano do ensino médio e somente seis a cada 10 alunos conseguem concluir a escolaridade. Além da falta de engajamento e de retenção dos alunos, somente 29% dos estudantes formados desenvolvem aprendizagem adequada em Português e 9% em Matemática. Sendo assim, desde 2009 a sociedade e o poder público realizam uma mobilização para adequar o Ensino Médio para contornar os dados apresentados.

Fora essas dificuldades da realidade brasileira, o mundo vem passando por uma transformação tecnológica resultado da 4° Revolução Industrial que traz consigo a introdução de novos conceitos tecnológicos como Big Data, Inteligência Artificial, Realidade Virtual, Internet das coisas e Impressão 3D, que trazem impacto em todos os setores como saúde, manufatura e, claro, para a educação.

Frente ao cenário de transformação que vivíamos até o momento atual, em que a crise causada pela pandemia nos fez vivenciar na prática um ambiente volátil, incerto, ambíguo e complexo, o modo como iremos produzir, consumir, viver e aprender daqui para frente foi para sempre transformado.

A pandemia forçou diversas instituições educacionais em todo o mundo, inclusive no Brasil, a utilizar repentinamente ferramentas tecnológicas disponíveis para que pudessem dar continuidade na ementa remotamente. Porém, será possível manter o engajamento e ter uma experiência promissora ensinando remotamente da mesma maneira que se fazia em sala de aula antes da pandemia?

Após meses de distanciamento social e com o fechamento das escolas sabemos que existem diversos casos no qual um único professor leciona para mais de 70 crianças remotamente. Já os pais, que por conta de se adaptarem a uma nova rotina profissional, não conseguem supervisionar 100% ou ajudar seus filhos durante a carga horária diária escolar - que em alguns casos chega a ser 8 horas diárias. Vivemos uma série de cancelamentos de matrículas em escolas particulares, as quais tinham como justificativa para as suas altas mensalidades a mega infraestrutura com grandes salas, prédios e laboratórios que estão sem utilidade no momento.

Neste contexto, é necessário utilizar novas abordagens e metodologias dentro e fora de sala de aula, como por exemplo a Gamificação, - do inglês Gamification - que é o uso de mecânicas e características de jogos para engajar, motivar e facilitar o aprendizado. Elementos básicos de um jogo são:

• Transparência e clareza das regras

• Objetivo bem definido

• Feedback constante

• Sistema de pontuação e/ou ranking

• Interatividade

Um dos principais ingredientes de um jogo atraente é uma boa história. As pessoas tendem a se lembrar mais de histórias do que listas de fatos desconexos. Não é apenas uma questão de preferência, mas sim de Neurociência. Quando estamos jogando diversos hormônios são ativados:

• Oxitocina, substância química que gera sentimentos de confiança e empatia - Essa substância é liberada quando estamos envolvidos em uma narrativa

• Serotonina, hormônio que rege o nosso humor geral - As insígnias e recompensas adquiridas nos jogos, sempre que vistas, desencadeiam a liberação de serotonina

• Dopamina, hormônio do Bem estar - É liberada sempre que somos recompensados. Ao dar recompensas virtuais por atingir os objetivos de aprendizagem, os alunos começam a associar o aprendizado a emoções positivas, levando-os repeti-lo, ou seja, buscar mais aprendizado

• Cortisol, conhecido como hormônio do estresse e controla a reação do corpo a situações estressantes - Quando se trata de aprendizagem, altos níveis de cortisol forçam a entrar no modo de sobrevivência distraindo-o da aprendizagem para lidar com o estresse. Os resultados de um estudo da Texas A&M International University mostraram que os jogos reduzem a depressão.

Com a gamificação e o aprendizado baseado em jogos produzem resultados excelentes e a comunidade científica está conduzindo cada vez mais pesquisas sobre o poder da jogabilidade em cenários não relacionados a jogos. Por isso, essa é uma tendência no mercado educacional e que já vem conquistando escolas, pais e, claro, os alunos.

 


Wellington Machado - Engenheiro Eletricista pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e especializado em Empreendedorismo e Liderança pela Babson College (Boston, EUA). Além disso, possui MBA em Empreendedorismo e Negócios Digitais e Especialização em RH Estratégico pela FGV. Desde 2010, como uma carreira paralela, ele atua na área da educação profissionalizante e cursos de extensão. Atualmente é CEO da Quantum, edtech que educa crianças e jovens para o futuro por meio de uma metodologia única, que engloba empreendedorismo, tecnologia e habilidades do século XXI, fundada em 2018 por ele.


Os desafios para identificar talentos em home office

 Cenário de trabalho em casa, experimentado por inúmeras empresas, exige habilidades e comunicação assertiva das lideranças, avalia o CEO da Prime Talent, David Braga.


Em um ambiente corporativo, o líder precisa ser aquela pessoa que dá o direcionamento, leva motivação e engaja os colaboradores. No atual cenário de pandemia, em que uma grande parcela dos profissionais está trabalhando no modelo home office, os desafios se mostram ainda maiores. Entre eles, está adotar novos métodos e apurar a capacidade de observação para conseguir identificar os talentos, uma vez que a gestão a distância deverá permanecer, em diversos casos, mesmo após o fim da necessidade de isolamento social.

O CEO e heahunter da Prime Talent, David Braga, argumenta que  é preciso agir com sabedoria. “É necessário, mais do que nunca, que as lideranças coloquem em prática as soft skills, ou seja, as competências e habilidades – como resiliência, planejamento, comunicação eficaz, orientação para resultados, criatividade – para liderar à distância”, pontua. Sendo assim, ele ressalta que uma forma de acompanhar os colaboradores e definir promoções na empresa é pelo monitoramento dos resultados, também conhecido como performance. Para isso, o estabelecimento de confiança com os liderados é primordial, além de delegação e observação, na prática, das competências e habilidades.

O olhar atento do líder, portanto, se torna ainda mais relevante. “O comportamento das pessoas, a capacidade de aprendizagem e de adaptabilidade, as entregas realizadas mesmo em um momento de pressão têm sido o grande diferencial. Sabe quem são, usualmente, os profissionais promovidos? Aqueles que estão sempre prontos aos novos desafios, que são ousados, destemidos e que buscam novos conhecimentos constantemente”, detalha Braga, que é especialista na busca e seleção de executivos de média e alta gestão em todos os setores da economia na América Latina.

Nesse contexto, a comunicação é extremamente importante, tanto para alinhar os funcionários sobre os próximos passos da empresa, quanto para receber as informações e sugestões que possam contribuir para o bom andamento do home office, para impulsionar os resultados da corporação e para a identificação dos talentos que vão surgir. “Empresas que proporcionam excelentes canais de comunicação são as mesmas que encontram caminhos alternativos em meio às crises”, pontua o headhunter.

Essa atenção especial dos líderes a todo esse ecossistema também é essencial para garantir que os funcionários continuem a manter suas entregas com eficácia e eficiência. Cabe aos gestores se certificar de que os profissionais têm toda a infraestrutura necessária (boa conexão, computadores e softwares compatíveis às funções e entregas, mobiliário etc.), pois isso pode impactar diretamente na performance. Para identificar esses gaps, as conversas permanentes são fundamentais.

 

Entidades médicas do RS pedem apoio do Ministério Público Estadual contra simplificação do Revalida

Tema foi abordado em encontro com a participação da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) e Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS)

 

A principal preocupação em relação à possível simplificação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) é com a baixa do nível de exigência do exame e a consequente desqualificação dos profissionais que atuarão no mercado. Em agosto deste ano, o Senado aprovou o substitutivo do Projeto de Lei que simplifica as normas de realização da prova e prevê um Revalida Emergencial, a ser aplicado dentro de um prazo de 90 dias. Os representantes da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) e do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS) foram recebidos na tarde desta segunda-feira (28/09) pelo procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen, em reunião do Ministério Público do RS.

A AMRIGS foi representada no encontro pelo coordenador da Prova AMB/AMRIGS, Antonio Carlos Weston, que exemplificou o elevado grau de profissionalismo presente na Prova AMRIGS, um exame tradicional e que foi consolidado para aplicação em todo território nacional através de parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB).

Outro aspecto que os integrantes das entidades médicas manifestaram temor é que, sob a alegação de combate à COVID-19, o projeto prevê que poderão participar do exame emergencial os portadores de diplomas médicos expedidos por instituição de educação superior estrangeira, exigindo-se apenas a residência legal no Brasil.

O procurador-geral Fabiano Dallazen, ressaltou que é uma matéria importante pelo impacto que traz no curto e também no longo prazo, comprometeu-se a levar a pauta adiante junto a outras instâncias e defendeu que o tema seja adequadamente debatido no âmbito federal.

Além da AMRIGS participaram do encontro, realizado na sede do Ministério Público Estadual, o presidente do SIMERS, Marcelo Matias; o gerente jurídico do SIMERS, Auro Ruschel e o presidente do CREMERS, Carlos Isaia Filho.

 



Marcelo Matusiak


Participação feminina na política continua sendo pequena


Acúmulo de atividades por conta do impacto do coronavírus é um dos motivos para que as mulheres não tenham optado pela candidatura política nesta eleição

 

A participação feminina no mercado de trabalho e na tomada de decisões na vida familiar é um tema que ganha cada vez mais voz mundialmente. Se ainda existem barreiras a serem ultrapassadas, as mulheres estão cada vez mais garantindo seus lugares e defendendo a máxima de que lugar de mulher é onde ela quiser.

O cenário político é um dos temas que têm gerado amplo debate por conta da crescente participação da mulher na política. Cada vez mais engajadas, elas buscaram seus lugares não somente no mundo corporativo, mas também em uma atuação mais participativa junto á comunidade e o poder público. Ainda assim, 2020 é o ano com o menor número de mulheres concorrendo a cargos públicos.

De acordo com uma pesquisa recente do Fórum Nacional de Mulheres de Instâncias de Partidos Políticos, essa queda tem relação com a pandemia de coronavírus. Além de enfrentarem resistências dentro dos partidos políticos, as mulheres afirmam que o trabalho remoto em meio às atividades de casa e os cuidados extras com os filhos diante do fechamento de escolas e creches dificultam as campanhas femininas.


Participação fundamental


Motivada pela vontade de fazer diferente e por ser uma nova cara na política é que a empresária Josi Agostinho viu em sua candidatura a vereadora por Curitiba uma oportunidade de ampliar as ações sociais que já desenvolve nos bairros da capital.

“Vejo a participação da mulher na política como fundamental. Ocupamos postos no mercado de trabalho, mas creio que devemos ser protagonistas também em ações do poder público que afetam diretamente as nossas vidas”, afirma Josi.

Vale lembrar que as mulheres representam 51% da população brasileira, mas foram apenas 17% dos eleitos em 2018.

Nos últimos pleitos, o percentual de candidaturas femininas ficou muito pouco acima do percentual mínimo de 30% previsto na Lei 9.504/1997. Nas Eleições 2018, 9.204 mulheres se candidataram a algum cargo no Brasil, o que representa apenas 31,6% do total de candidatos (29.085). E apenas 290 foram eleitas, contra 1.391 homens, o que significa 17,25% do total de 1.681 eleitos. De acordo com o IBGE, o país possui cerca de 211 milhões de habitantes.

“No Brasil, ainda somos minoria na política, mas acredito que estamos conquistando nosso espaço e que temos um longo caminho a trilhar. Em breve, seremos maioria, no entanto, é necessário haver engajamento e envolvimento com as causas sociais, pois só assim podemos mudar o mundo. Não pode haver conformismo se a gente só reclamar das ações do poder público diretamente dos nossos sofás, é importante que a gente exerça a nossa cidadania ”, diz Josi.


Cota de gênero


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Congresso Nacional vêm, há alguns anos, trabalhando em conjunto para incentivar uma maior participação feminina na política nacional. O intuito é reverter o atual quadro de representação da população nas casas legislativas do país, onde as mulheres, que são mais da metade do eleitorado brasileiro, ocupam menos de 10% dos assentos.

Uma das iniciativas inicialmente implementadas pelo TSE e posteriormente transformada em lei pelo Congresso foi o estabelecimento de uma cota mínima de 30% das candidaturas destinadas para mulheres. Além da reserva do número de candidaturas indicadas pelos partidos a cada eleição, também devem ser destinados às candidatas do gênero feminino 30% do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e, ainda, a mesma proporção na distribuição do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

 




Josi Agostinho - a empresária, que se dedica ao artesanato e a confecção de flores, adotou Curitiba como cidade para chamar de sua. Aos 44 anos, em sua primeira candidatura, Josi Agostinho defende as políticas públicas, e uma de suas bandeiras é o fortalecimento das associações de moradores dos bairros, pois elas entendem como ninguém a real necessidade de seus moradores por vivenciarem o seu dia a dia. Além disso, faz parte do escopo da candidata a destinação de verbas para a realização de cursos profissionalizantes e a inserção no mercado de trabalho.

www.josiagostinhovereadora15215.com.br 


Indústria vê faturamento no e-commerce crescer em 600% em poucos meses


Aposta em marketing digital foi fundamental para alavancar os negócios

 


O mercado digital movimenta mais de R$100 bilhões por ano, só no Brasil, e com a pandemia causando certa mudança nos hábitos dos consumidores, esse número só tende a crescer.

É o que explica o gestor de negócios digitais e CEO da Clikss Brasil, Cr.Andrade: “Empurrado pelo coronavírus, o consumidor buscou na internet alternativas para sua necessidade, seja um remédio, sejam lonas para a indústria. Com o aumento da velocidade da internet e sua popularização, a tendência é o consumidor ser cada vez mais atraído para o e-commerce”, afirma.

Para Cr.Andrade somente estar na internet não é sinônimo de sucesso ou que o empresário vá garantir uma fatia dos mais de R$100 bilhões gastos por lá, “é preciso entender que o mercado digital, como parte de um negócio, precisa ser aliado de estratégias existentes e novas para conseguir atingir o maior público possível”.

As possibilidades são muitas, não é preciso ficar restrito a roupas e produtos destinados ao consumidor final, é possível uma indústria fornecer insumos para outra através do mercado digital. 

“Em um de nossos cases de sucesso se encontra uma indústria. Em janeiro o faturamento do e-commerce representava menos de 0,5% do total do grupo de empresas, hoje já está perto dos 5%, um crescimento de 1000%” diz o especialista.

Mas isso só foi conseguido com um trabalho de marketing digital estruturado, baseado em um planejamento estratégico, processos e análises que poucas empresas oferecem no país.

“Nem todo mundo entende esse mercado, o Marketing Digital é um negócio sério, que aborda assuntos de maneiras específicas e o direcionamento correto de campanhas é uma das mais difíceis tarefas para um analista de marketing digital”, relata Cr.Andrade.

Então, antes de investir em impulsionamento ou publicidade na internet, pense se tem o conhecimento necessário para entender as métricas e algoritmos das ferramentas, bem como reverter esse investimento em vendas, pois o Marketing Digital é uma das áreas mais importantes hoje e merece ser vista com novos olhos pelos empresários brasileiros. 

 




Cr.Andrade - CEO da Clikss Brasil, especialista em marketing digital com ênfase no planejamento estratégico e oferece serviços que possibilitam que as empresas prosperem e se diferenciem no mercado. Apaixonados por estratégias, a  Clikss Brasil preza pela excelência no atendimento e na prestação de seus serviços, oferecendo soluções completas para gerar resultados para os negócios. Entre os serviços oferecidos estão a criação de sites, criação de marcas, SEO, Google Ads, Lojas Virtuais, Gestão de Mídias sociais e  Hospedagem.

 www.instagram.com/cr.andrade/ 

 https://www.clikssbrasil.com.br 


Dia das Crianças: 62% das pessoas pretendem comemorar a data, e dessas, 40% devem comprar presentes

Pesquisa da Social Miner, em parceria com a Opinion Box, revela ainda que 58% das pessoas já começaram a pesquisar por ofertas, e 7% pretendem comprar algo para si mesmo

 

]Está chegando o dia das crianças, uma das datas mais importantes para o setor comercial, e os e-commerces estão se movimentando para atrair clientes. A expectativa - e o objetivo - é de faturamento alto em 2020, assim como em 2019, quando o setor chegou ao montante de R$3 bilhões, como mostra uma pesquisa feita pela Social Miner , empresa que une dados de consumo, tecnologia e humanização para ajudar sites a otimizarem seus resultados, em parceria com a Opinion Box. Se depender dos 62% que responderam que querem comemorar a data, sendo 40% deles presenteando, a tendência de crescimento nas vendas dos comércios eletrônicos - registrada no ano passado e em datas comemorativas deste ano - deve se consolidar.

E quem é que vai se dar bem e ganhar presente no dia das crianças?

48% pretendem presentear os sobrinhos, 42% os filhos, e, como podemos ver no gráfico abaixo, 7% vão aproveitar para comprar presentes para si mesmo - ponto de atenção aos comerciantes, que podem aproveitar para fazer promoções de produtos para adultos também.

*dados referentes aos 40% dos consumidores que pretendem celebrar a data com presentes ou serviços de lazer

Dentre os consumidores das classes A e B, 57% pretendem ir às compras, enquanto entre as classes C,D e E o número cai para 37%. E, falando em ir às compras, 58% dos que vão presentear alguém já começaram a pesquisar itens em oferta.

Segundo Ricardo Rodrigues, CEO da Social Miner, o ideal é antecipar e estender suas ofertas, aproveitando o aumento no tráfego para cadastrar novos potenciais clientes e já ir aquecendo sua base com condições especiais, e, na reta final, apresentar vantagens como descontos no frete ou entrega expressa, para conquistar os consumidores mais atrasados e garantir boas vendas durante todo o período.

Entre as categorias que devem ser as mais procuradas, estão: Brinquedos, com 77% das intenções de compra; Jogos, com 35%; Moda e Acessórios, com 29%; e Eletrônicos, com 25%

*dados referentes aos 40% dos consumidores que pretendem celebrar a data com presentes ou serviços de lazer

 
Dentro desses setores, os itens que devem ser os queridinhos dos que vão presentear, são: brinquedos, preferência de 58% dos respondentes; roupas, 35%; e bonecas ou bonecos, 30%, como é possível conferir abaixo:

*dados referentes aos 40% dos consumidores que pretendem celebrar a data com presentes ou serviços de lazer


51% pretendem gastar de R$50 a R$200 em presentes. Quanto à forma de pagamento, 62% devem usar cartão de crédito para parcelar as compras, 40% cartão de débito para comprar à vista, e 38% querem comprar no dinheiro.

Como as pesquisas da Social Miner sobre o Futuro do Consumo e Futuro do Varejo mostraram, a jornada de compra tem sido omnichannel - e assim deve permanecer. Neste dia das crianças, por exemplo, 42% dos consumidores vão preferir comprar online e receber em casa, e 22% pretendem ter uma experiência híbrida, transitando pela loja física e online antes de efetuar a compra.

 

*dados referentes aos 40% dos consumidores que pretendem celebrar a data com presentes ou serviços de lazer

Um dado que não podemos deixar de considerar é sobre os que não vão comprar presentes. Entre aqueles que pretendem celebrar a data, mas não indicaram a pretensão de comprar presentes ou serviços de lazer, 42% tomaram esta decisão porque precisam economizar. No entanto, 62% disseram que se encontrarem preços baixos, podem mudar de ideia e consumir, 32% podem até comprar se o frete compensar, e 30% se considerarem o prazo de frente interessante.

Diante dessa possibilidade de mudança de opinião dos potenciais consumidores, e para incentivar as comprar num geral, cabe ao comércio criar campanhas que atendam às necessidades dos clientes. "Para se dar bem e otimizar suas estratégias, é essencial entender quem é o público do evento e o que ele espera das marcas", conclui o CEO da Social Miner.


Ensino infantil: a esperança que podemos tirar dos dados do Ideb 2019

Avaliar em ciências sociais é uma tarefa árdua. Na avaliação de políticas públicas, essa dificuldade se amplifica, ainda mais quando se trata de um país com dimensões continentais como o Brasil e características regionais tão diversas, o que prejudica até mesmo a leitura dessa avaliação. Se decidirmos olhar para o agregado, temos uma dimensão global do problema, mas podemos estar abrindo mão de rica informação contida nos detalhes. Se olharmos demais para as pequenas diferenças, perdemos a dimensão global.

Recentemente, o Ministério da Educação (MEC) divulgou os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que avalia o conhecimento dos alunos em português e em matemática (5º ano, 9º ano e ensino médio, público e privado), considerando também taxas de reprovação em cada localidade. Os dados  trazem algumas evidências de que o ensino infantil parece ter grande efetividade no desempenho dos alunos. No artigo “Evidências da relação entre a frequência no ensino infantil e o desempenho dos alunos do ensino fundamental público no Brasil”, publicado em 2016 pela Revista Brasileira de Estudos Populacionais, verificamos que o efeito da pré-escola nas notas do 5º ano - os maiores impactos em magnitude estão no 5º ano - se mostrou positivo e altamente significante, aumentando em 11,2 e 12,5 pontos na escala do SAEB, em português e matemática, respectivamente.

Isso quer dizer que, para um aluno médio brasileiro, apenas ter iniciado os estudos na pré-escola (aos quatro anos de idade) podem garantir um aumento de mais de 10 pontos na escala do SAEB, ou seja, melhorar consideravelmente seu desempenho escolar. Esse é um efeito para o aluno médio – efeito esse que se amplifica se olharmos para alunos em ambientes mais desfavoráveis. 

Os resultados divulgados pelo Ideb 2019 mostram que a meta estipulada pelo MEC só foi atingida para os anos iniciais do ensino fundamental, justamente aquelas crianças beneficiadas com a obrigatoriedade de ingressar na escola aos quatro anos de idade (Lei 12.796/13), ainda que não a totalidade delas. Uma evidência interessante – e também otimista – de que esses alunos poderão melhorar o desempenho dos anos finais do ensino fundamental nos próximos anos e também do ensino médio.

Além disso, as escolas que tiveram um melhor desempenho têm como característica incluírem em seus currículos formas de desenvolvimento das competências socioemocionais, evidência que tem sido amplamente difundida nos últimos anos, no mundo todo. Assim, essas escolas de maior desempenho evidenciam uma relação positiva entre investimentos em infraestrutura, expansão do ensino integral e equidade nos processos.

Por fim, apesar de não ter atingido a meta estipulada pelo MEC, o ensino médio se destacou como sendo o maior aumento ao longo da série histórica iniciada em 2005, passando de 3,8 para 4,2, sendo Goiás o único estado a bater a meta estabelecida, de 4,8 pontos. Ainda que estejamos longe de boas notícias com relação à educação brasileira, prefiro olhar para as conquistas com esperança.

 



Walcir Soares Junior (Dabliu) - doutor em Desenvolvimento Econômico com foco em políticas públicas educacionais, é professor de Economia na Universidade Positivo.


Médicos: o novo alvo da Prefeitura de São Paulo

Em função dos serviços que prestam, muitos dos consultórios médicos se submetem a regime especial de tributação distinto das demais empresas no que diz respeito ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

Nesses casos, o valor do imposto costuma ser fixo e o recolhimento do tributo é procedido de três em três meses, diferentemente de outros profissionais, que chegam a recolher, mensalmente, o valor equivalente a 5% de seus faturamentos.

Esse tratamento diferenciado, garantido pela legislação, enseja uma grande economia para os médicos. Entretanto, a Prefeitura de São Paulo, de forma contrária à lei, vem cobrando desses profissionais valor correspondente a 5% de seus faturamentos, nos casos em que o consultório é constituído na modalidade de sociedade limitada (LTDA).

O entendimento da Prefeitura é de que a sociedade limitada (LTDA) afasta por completo a responsabilidade pessoal dos sócios no exercício das funções, razão pela qual não mais subsistiria o direito ao regime especial de tributação.

Todos sabemos, entretanto, que os profissionais da medicina respondem pessoalmente por todos os seus atos, sendo certo, ainda, que estão sujeitos ao severo controle do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, cuja entidade fiscaliza cada médico, independentemente da sociedade em nome da qual prestam os serviços.

Assim, não há como se cogitar o afastamento da responsabilidade pessoal dos médicos quando estão no exercício da medicina, razão pela qual está totalmente equivocado o entendimento da Prefeitura Municipal de São Paulo nesse tocante.

Exigir desses profissionais o ISSQN com base em 5% do faturamento mensal do consultório é contrariar a lei e a Constituição Federal, que dão tratamento diferenciado aos médicos justamente por desempenharem uma das profissões regulamentadas.

É de se lamentar que uma das profissões mais importantes para a sociedade esteja sendo indevidamente prejudicada em função da ganância arrecadatória do Município de São Paulo.

 



Luís Fernando Valim Soares de Mello - Advogado da Soares de Mello e Gutierrez Advogados Associados, formado pela PUC-SP, com experiência em Direito Tributário.


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