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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

A Importância dos Cuidados Com os Ombros



 
Depois das dores na coluna, as dores nos ombros são as reclamações mais frequentes nos consultórios


Os ombros são as articulações mais flexíveis do corpo humano, permitindo movimentos que chegam a quase 360°. Eles também são responsáveis pelo movimento dos braços, juntamente com a musculatura das costas e peito e por isso, uma lesão nesta região pode prejudicar e muito, a mobilidade e a qualidade de vida do paciente. “Normalmente nos atentamos apenas a coluna e acabamos esquecendo dos cuidados com os ombros, mas a grande questão é que negligenciar essa região pode trazer complicações relevantes” – pontua Thiago Righetto, ortopedista e médico do esporte.

O primeiro passo é avaliar qual é o tipo de dor, a intensidade e se ela é temporária ou frequente. Segundo o especialista é importante se manter atento a qualquer sinal diferente no corpo, uma vez que as dores nos ombros podem se tornar crônicas e de difícil tratamento. Ou seja, se a dor persistir por alguns dias e ou piorar mesmo com o repouso, é aconselhável procurar um médico; em outros casos, pode ser apenas um mau jeito, uma sobrecarga temporária, ou um movimento brusco feito de maneira equivocada e ocorre melhora progressiva mesmo sem tratamento.

Por isso, manter essa região (músculos e tendões), fortalecida é extremamente importante tanto para a parte funcional, quanto para a parte estética. Além de ser a principal maneira de evitar doenças como: tendinose, bursite, artrite e osteoartrite. Temos que pensar que usamos os ombros no dia a dia, principalmente durante movimentos dos braços acima do nível da cabeça.

Outra maneira de evitar problemas nessa região é praticar atividade física de maneira consciente, evitando a sobrecarga do corpo e respeitando os tempos de pausas e cessando o exercício a qualquer sinal de incômodo. “A área da musculação em na academia é uma das favoritas dos alunos, mas se praticada sem supervisão, determinados exercícios podem provocar sobrecarga nos tendões e articulação, podendo causar tendinose, lesões musculares e até desgaste da cartilagem” – explica Righetto.

E, além disso, as bolsas e mochilas usadas para carregar roupas, acessórios e outros objetos também podem estar contribuindo com o aumento da sobrecarga muscular e alterações posturais em virtude do excesso de peso e da maneira errônea de carregá-la, colocar e retirar do chão. “O ideal é que a bolsa não pese mais de 10% do peso da pessoa e que tenha duas alças, para evitar a sobrecarga em apenas um lado” – resume.






Dr. Thiago Righetto - Médico ortopedista (CRM:125.722), com especialização em traumatologia do esporte e cirurgia do joelho. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia; é também diretor da Associação Brasileira de Medicina de Áreas Remotas e Esportes de Aventura; e membro das internacionais ISAKOS, AAOS e AMSSM. Já foi médico pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) na Paralimpíada do Brasil em 2016 e da seleção de judô paraolímpica de 2014 a 2018 e atualmente atua junto ao CPB.

Profissionais de saúde devem atentar para os riscos do sarampo e orientar pacientes


Grupo mais propenso ao contato com pacientes infectados, profissionais da área que não tomaram uma das doses, independentemente da idade, devem ser imunizados


O último balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), em 31.07, aponta o aumento no número de casos de sarampo no Estado. Até o dia 16 de agosto, a Capital e outras cidades da região metropolitana realizam campanha de imunização com intuito de conter os índices.

Diante desse cenário, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) reforça a importância de os profissionais da saúde bucal tomarem a vacina, bem como orientar os seus pacientes para que se informem sobre a necessidade da imunização – sempre considerando a idade e o histórico de cada paciente.


Profissionais de saúde, atenção redobrada

De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, os profissionais da área que não tomaram uma das doses, independentemente da idade, devem ser imunizados. Isso se justifica pelo fato de ser o grupo mais propenso ao contato com pacientes infectados.

Esses profissionais podem recorrer as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para garantir a imunização (confira abaixo a lista das que oferecem a vacina).  Como estão entre os grupos de maior risco de contaminação podem apresentar a carteira de inscrição do CROSP para comprovar a atuação profissional.

Caso a UBS recuse a aplicação, o profissional pode contatar a autarquia para que o estabelecimento seja notificado por ilegalidade praticada. O contato pode ser feito por meio do canal Fale Conosco (link).


O cirurgião-dentista pode ajudar

Diante da suspeita de sarampo, o cirurgião-dentista deve encaminhar o paciente para atendimento médico com o descritivo dos sinais identificados no exame clínico e, se possível, acompanhados de fotografias da cavidade bucal com os sintomas.

Febre, tosse, mal-estar, dor de cabeça e sensibilidade à luz são alguns sintomas iniciais da doença que o(a) cirurgião-dentista pode identificar na anamnese.

O profissional também deve estar atento às manifestações bucais do sarampo como manchas de Koplik (pequenos pontos brancos), que aparecem principalmente na mucosa jugal (próxima a região dos molares).

Com o passar dos dias elas proliferam, formando placas que ocasiona inflamação e tumefacção generalizada (aumento de tecido), com ulcerações em diversos locais na boca (gengiva, palato e garganta). 

Os sintomas bucais desaparecem entre 24 e 48 horas após o início da erupção cutânea (manchas avermelhadas pelo corpo).


Campanha

Jovens e adultos, entre 15 e 29 anos de idade, são o público-alvo de uma campanha que está sendo realizada pela SES. Essa faixa-etária é mais vulnerável em virtude da baixa procura pela segunda dose da vacina. A campanha também ampliou a imunização para as crianças entre 6 meses e 1 ano de idade. 

Além de prevenir o sarampo, a vacina tríplice viral protege da rubéola e da caxumba. A aplicação é contraindicada para gestantes e para pessoas com algum problema de imunidade como pacientes oncológicos.

Pessoas de qualquer idade, que não tenham se protegido do sarampo, devem procurar pelo atendimento munidos de carteira de vacinação. Confira o calendário nacional de vacinação em www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao

Consulte a lista de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que participam da campanha: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/




Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

Ministério da Saúde orienta vacinação de crianças que vão viajar


Para aumentar a proteção contra a possibilidade de ocorrência de novos casos de sarampo, crianças de seis a menores de um ano de idade deverão ser vacinadas contra a doença, caso tenham de viajar para municípios que estejam em surto.

Para aumentar a proteção contra a possibilidade de ocorrência de novos casos de sarampo, crianças de seis a menores de um ano de idade deverão ser vacinadas contra a doença, caso tenham de viajar para municípios que estejam em surto. Ao todo, 42 municípios nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia apresentam surto ativo de sarampo no Brasil. Essa doença é uma infecção muito contagiosa, que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade, mas é mais perigosa para as crianças, inclusive podendo levar à morte. Por isso, a orientação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde é aplicar uma dose da vacina tríplice viral com pelo menos 15 dias antes da data da viagem. Julio Croda, diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, explica mais sobre a medida.

“O sarampo é uma doença que é transmitida pelo ar e é uma das doenças que têm maior transmissibilidade. E nesse sentido é que essa vacinação é feita 15 dias antes porque a criança precisa produzir anticorpos e estar imunizada. Esse tempo é necessário justamente. Em um momento de surto, e como essa população apresenta maior risco, a gente faz essa dose extra da vacina nas crianças entre seis meses e um ano, então é uma dose extra”.

É importante ressaltar que a chamada “dose zero” não substitui a vacinação de rotina. Então, independente do planejamento de viagem para locais com surto ativo de sarampo ou não, a recomendação é agendar para os 12 meses a administração da vacina tríplice viral e para os 15 meses a dose da vacina tetra viral, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação. A lista de municípios que apresentam surto ativo de sarampo é atualizada toda a semana e pode ser acessada em saúde.gov.br.
 




8 aspectos que todos deveriam saber sobre AUTISMO



Sempre que se fala em AUTISMO associamos ao termo à palavra ESPECTRO, porque este transtorno envolve situações e apresentações de sintomas muito diferentes umas das outras, mas com similaridades, especialmente na falta de percepção social.

Nem todos têm dificuldade de lidar com pessoas autistas, considerando-as a princípio “estranhas”, mas no geral, com algumas informações simples é possível tanto compreender melhor a situação da pessoa com autismo quanto ter um melhor relacionamento. Desta forma, é de fundamental importância que informações sejam difundidas ao máximo na sociedade.

Veja a seguir alguns fatos importantes de saber sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista) de um modo mais geral.

1.        O autismo tem um ESPECTRO gigantesco – e foi por isso que, no começo deste artigo, a palavra espectro teve sua definição informada. Mesmo que se tenha uma ideia de comportamentos comuns ao autismo, um autista ainda é extremamente diferente dos outros que você conheceu ou teve contato. O transtorno é o mesmo, mas o restante não!

2.        Rotina e previsibilidade ajudam na interação – flexibilidade é uma habilidade importante, mas no caso de pessoas com o espectro autista, ter uma rotina de tarefas e poder prever situações ajuda a sentir segurança. Grandes surpresas e mudanças bruscas de planos podem causar uma grande bagunça nos pensamentos deles e ter um impacto em seu comportamento social. É como se fosse necessário ter uma agenda interna para se organizar. Enquanto ela está organizada, tudo fica mais fácil de lidar, para o autista e para as pessoas que convivem com ele.

3.        A linguagem é processada de modo diferente – alguns autistas, dependendo de seu nível de autismo, precisam de mais tempo para aprender a falar, por exemplo, mas outros têm imensa facilidade. Costuma ser extrema a relação com a linguagem, para mais e para menos. Os autistas entendem muito além do que você imagina. Pode ser que pareçam não estar entendendo, mas a realidade é que estarão muito avançados do pensamento sobre o que acabaram de ouvir e nem sempre conseguem articular o pensamento com o que precisam responder. Por esse motivo, muitos pensam que lhes falta entendimento, quando na realidade lhes sobra e nem sempre querem expressar ou não sabem como fazê-lo. 

4.        Autistas levam tudo “ao pé da letra” – linguagem figurada, piadas de trocadilhos e mentiras são problemáticas para o autista. Tudo o que dizemos é interpretado por eles do jeitinho que foi falado. O “pé da letra” é como se a letra tivesse pé mesmo, ele não associaria, a princípio, a algo literal. Certamente, uma vez que lhes é explicado o significado, conseguem lembrar o que significa, como se fosse um sinônimo e, ao longo da vida, fazem uma coleção destes sinônimos, o que facilita demais suas interações.

5.        São obsessivos com coisas que lhes interessa – todo autista tem um assunto que lhe interessa muito. Interessa tanto, que se torna até obsessivo encontrar informações sobre o tema até que se esgote e ele domine completamente aquilo. Pode ser um seriado, um animal, um lugar. Não importa. Se lhe chama a atenção, se torna perito em pouco tempo. O tema pode mudar durante sua vida, algumas vezes, mas tudo o que ele gostar muito terá sua atenção incondicional. Esta obsessão pode, inclusive, prejudicar para aprender outras coisas, então é importante que aprenda a regular seu tempo para a pesquisa do tema amado.

6.        Autistas precisam de auxílio nas relações sociais – este é o grande nó do transtorno e o ponto mais em comum para todo o espectro. Alguns darão a impressão de serem isolados do mundo e outros de pertencerem demais, mas se você prestar muita atenção nos comportamentos, verá que na verdade todos têm dificuldade na interação, tanto os distantes quanto os que excedem, porque não percebem bem as relações humanas. É preciso que alguém lhes informe como se comportar em determinadas situações para aprender melhor como interagir.

7.             Eles possuem alguns sentidos mais aguçados do que o normal – autistas possuem uma sensibilidade maior em alguns de seus sentidos. O auditivo parece predominar neste caso. Muito barulho costuma causar perturbação na maioria deles, mas pode se manifestar em outros sentidos, como no paladar, quando não conseguem comer determinados alimentos por causa de sua textura ou no olfato, quando sentem cheiros excessivamente a ponto de ser incômodo.

8.    Eles não são distantes, são diferentes – nem todos nós temos o mesmo senso de distância social. Em alguns países, culturalmente falando, a distância para conversar com uma pessoa deve ser maior, senão é considerada inclusive falta de educação. O mesmo acontece com os autistas. Não é que sejam pouco amorosos ou distantes das pessoas. Ocorre que são apenas diferentes. Eles têm afeição ao seu modo próprio e possuem dificuldade em demonstrar, mas precisam de interação como todos nós, porém ela acontece de um modo peculiar. Ele tem que ter empatia pela pessoa, confiar nela e só então consegue criar laços. Nem sempre demonstra, mas eles certamente existem.

       Não é nem tão difícil assim entender um autista, quando se consegue compreender o modo como vê o mundo. Claro que há níveis, então autistas mais severos são mais difíceis de entender, porque se mostram menos do ponto de vista de interação social. O que precisamos é compreender as diferenças para conseguirmos enxergar além dos preconceitos em relação ao que nos é estranho. Se conseguir alongar seu olhar e ser informado sobre o transtorno, perceberá o quanto os autistas podem lhe surpreender!




Janaína Spolidorio - Especialista em educação é formada em Letras, com pós-graduação em consciência fonológica e tecnologias aplicadas à educação e MBA em Marketing Digital. Ela atua no segmento educacional há mais de 20 anos e atualmente desenvolve materiais pedagógicos digitais que complementam o ensino dos professores em sala de aula, proporcionando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos e atua como influenciadora digital na formação dos profissionais ligados à área de educação.

Mutação genética pode explicar alta prevalência de problemas gastrointestinais no Autismo

As manifestações gastrointestinais afetam cerca de 90% dos pacientes com o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) 

 
Há anos os cientistas procuram explicar as causas das manifestações gastrointestinais em pessoas com autismo.

Uma nova pesquisa, publicada na revista científica Autism Research, mostrou que a conexão entre o cérebro e o intestino é mais importante do que se imaginava.

Os pesquisadores descobriram que as mesmas mutações genéticas - encontradas tanto no cérebro quanto no intestino - podem ser a causa das complicações gastrointestinais, na população com TEA.

A descoberta confirma a ligação do sistema nervoso com o intestino, abrindo uma nova direção para a busca de tratamentos mais efetivos.

Segundo a neuropediatra Dra. Andrea Weinmann, o Sistema Nervoso Central (SNC) controla quase todas as funções do corpo humano, menos a digestão que é realizada pelo Sistema Nervoso Entérico (SNE).

“Os neurônicos do SNE, cerca de 500 milhões, atuam no estômago produzindo ácidos durante a mastigação, controlam os processos digestivos e fazem com que os músculos intestinais funcionem. A maioria dos neurônios do SNE está localizada nas paredes intestinais. São eles que coordenam todos os movimentos do órgão até a evacuação, momento em que o cérebro retoma o comando”, explica Dra. Andrea.

Os pesquisadores analisaram uma mutação genética específica, chamada de R451C e descobriram que ela afeta a função do intestino delgado e do cólon, altera a quantidade de células neuronais no intestino delgado, assim como leva ao desequilíbrio da microbiota intestinal.

Enquanto essa mutação nas células do cérebro é responsável pelas manifestações comportamentais e da comunicação do autismo, no intestino leva aos sintomas gastrointestinais, altamente prevalente nas crianças com esse diagnóstico.  

Outra descoberta importante foi que essa mesma mutação aumenta a sensibilidade à modulação do receptor do GABA (ácido gama-aminobutírico), um dos mais importantes neurotransmissores inibitórios do organismo. A principal função do GABA é inibir ou desacelerar a atividade cerebral e está presente tanto dentro quanto fora do SNC, como por exemplo nos intestinos.



Dieta pode ajudar no controle dos sintomas?

“Em geral, é o neuropediatra que acompanha a criança com TEA que irá encaminhá-la para um nutricionista, que se possível deve ter experiência em autismo. Além desse encaminhamento, é importante fazer exames e avaliar se a criança possui alguma alergia alimentar ou intolerância a certos alimentos, como a intolerância ao glúten à lactose”, comenta Dra. Andrea.

Porém, quando for preciso restringir certos grupos alimentares pelos motivos citados acima, é imprescindível o acompanhamento por um nutricionista em parceria com o neuropediatra, já que as crianças precisam de todos os nutrientes para um bom desenvolvimento.  

 


Psicopedagoga analisa como professores devem lidar com alunos em depressão



A psicopedagoga Regina Lima diz que profissionais no exercício de educar podem se deparar com sintomas de depressão nas crianças e jovens dentro da sala de aula. Por essa razão, a especialista diz que toda atenção é pouca e que se deve observar os primeiros sintomas no dia a dia.  

“Sabemos que o nosso corpo é bem inteligente e dá sinais; grita quando algo não vai bem. Algumas reações como o chamar atenção em excesso ou agir de forma distanciada de seus pares, isolando-se constantemente, assim como a falta de apetite, o sono constante, o desinteresse de algo que até então era importante e a irritação são alguns pressupostos observáveis”, explica Regina Lima.

A especialista, no entanto, lembra que o espaço escolar não tem a função do tratamento terapêutico. “Pode e deve, sim, lidar com as emoções dos alunos, mas o cuidar da saúde emocional compete somente ao profissional habilitado para essa função. O encaminhamento médico deve ser realizado para a identificação da doença, se houver, e para o tratamento da patologia”, destaca a psicopedagoga. 


Tratamento – Regina Lima ressalta que durante a fase de tratamento é necessário que haja acolhimento, tanto da família como da escola, desde a observação dos primeiros sintomas de fragilidade. “Os aspectos para o desenvolvimento emocional e a sua relação com a aprendizagem devem se dar de forma tranquila e ajustada com a preocupação familiar e escolar no favorecimento da qualidade de vida da criança”, observa a psicopedagoga.




Regina LimaProfessora e Especialista em Psicopedagogia e Altas Habilidades pela UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Trabalhou por mais de 40 anos como Coordenadora Educacional e Disciplinar lidando, ao longo desse período, diretamente com mais de 20.000 alunos. Liderou, por 12 anos um projeto que ajudou a educar crianças e adolescentes através de dinâmicas executadas em 24 disciplinas. É coautora do livro Inclusão Educacional - Pesquisa e Interfaces e associada à ABP - Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Internet: o inimigo está dentro de casa



Há muito sabemos que os pais não podem deixar seus filhos o dia inteiro navegando na internet. Há muito tempo também não sabemos o que é mandar os filhos voltarem para casa depois de um longo dia brincando nas ruas. “As ruas estão perigosas”, “nela há violência”, “há um incentivo às drogas nas ruas”, “há maldade”, etc., alguns dizem. Em partes, sem dúvida, não discordo destes argumentos. Os espaços sociais, como as praças, estão destruídos; e isso é um claro projeto de governo, que não quer que nos juntemos para sociabilizar. 

É melhor deixar nossos filhos dentro de casa, sãos e salvos. O problema é que tanto os adultos quanto as crianças não perceberam que dentro de casa existe um vício tão poderoso quanto qualquer outro tipo de droga dentro das quatro paredes do lar. Nós não ingerimos esta droga com a boca, mas com os olhos. Ela não causa problemas somente físicos, mas mentais. E nela, há mais violência e maldade do que na rua da sua casa. E para tudo isso, basta um clique.

Passamos mais de 8 horas diárias em frente aos aparelhos eletrônicos. As pesquisas científicas mais recentes já tem aproximado o consumo de eletrônicos e de internet ao consumo de drogas. Os anestesiologistas apontam que 30 minutos de uso de um tablet equivale a uma dose de Midazolan, um anestésico. Não à toa, a estudiosa Malena Contrera tem chamado atenção para o fato que nós nos denominamos de “usuários” nas redes.

Recentemente, os likes do Instagram foram ocultados. Houve uma revolta por parte de alguns usuários, demonstrando a tendência viciosa e obsessiva de se conquistar as curtidas. Estudos da psicologia comportamental já haviam avisado que esta dinâmica de postar fotos e ser curtido é uma uma dinâmica de recompensa e de condicionamento que age na vontade de pertencimento grupal do ser humano: o ratinho aperta o botão e ganha a comidinha. 

Com as praças destruídas, com a violência fora de casa, nós entramos de tal maneira internet a dentro que é comum escutar que uma família, dentro de casa, conversa mais por whatsapp do que se reunindo na sala de estar. A internet e os aparelhos eletrônicos prometeram nos unir, mas acabaram nos separando ainda mais.

E não para por aí. Como diria Étienne de La Boétie, existe aí uma “servidão voluntária”. Enquanto um usuário passa 8 horas do dia buscando e dando likes, as empresas por trás das redes sociais estão captando todos os dados emitidos pelo usuário. Sabe aquela foto íntima mandada? O texto que você escreveu mas não postou? As fotos que estão como sugestão de postagem? Ou aquela pesquisa no Google que acaba aparecendo no Facebook? Já aconteceu de você falar sobre algo e este algo aparecer como propaganda nas redes sociais? Tudo isso acontece porque, de alguma maneira, os nossos aparelhos eletrônicos nos vigiam 24 horas por dia. E nós estamos oferecendo voluntariamente toda nossa privacidade em troca de viciosos likes. 





Leonardo Torres - Pesquisador, Professor, Doutorando em Comunicação e Cultura e Pós-graduando em Psicologia Junguiana

Participação dos pais na educação dos filhos é fundamental para o desenvolvimento infantil


A família tem um papel essencial no processo de desenvolvimento da criança. A participação dos pais na vida escolar dos filhos tem por finalidade principal acompanhar o processo de aprendizagem da criança. Ao acompanhá-la em suas atividades, é possível perceber sua evolução e ajudar a vencer os desafios dentro e fora da sala de aula.

“É importante saber que essa relação de presença na educação dos filhos está para além da relação com a escola. Os pais que conseguem, mesmo em meio a tantos compromissos, demonstrar a importância do processo educativo para os filhos, já estão contribuindo significativamente para o desenvolvimento deles”, diz a pedagoga Ingrid Goes Lobato Franco, pós-graduada em gestão de pessoas e que há mais de 10 anos atua na elaboração do material didático de Língua Pátria do Kumon.

Cada aluno tem um ritmo e uma rotina para estudar, de forma particular. A família deve acompanhar o crescimento educacional e os avanços dos filhos. Ao perceber que pais e família se interessam por seus estudos e por suas experiências escolares, a criança sente-se valorizada, desenvolvendo-se de forma segura e com boa autoestima. Os avanços podem ser notados nas pequenas atividades diárias como postura na hora de fazer as tarefas, capacidade de motivação e entendimento do conteúdo estudado.

As primeiras conquistas acontecem de modo sútil e no ritmo de cada aluno. Por isso, elogiar os esforços é muito importante para estimular o pequeno a continuar progredindo!

Filhos online: quando o uso da internet prejudica os jovens, como os pais podem responder?


 Karin Kenzler, psicóloga e orientadora educacional do Colégio Humboldt, explica como o uso da web pode atrapalhar a vida escolar, afetiva e familiar do jovem, e de que forma a família pode intervir



Permitir que o filho acesse a internet livremente pode expô-lo a conteúdos inadequados para seu grau de maturidade e o uso de redes sociais e jogos de videogame por períodos prolongados podem ser prejudiciais, pois impedem o jovem de se conectar a outras atividades, como exercícios físicos, estudos e passeios em família ou com os amigos. De acordo com Karin Kenzler, psicóloga e orientadora educacional do Colégio Humboldt, – instituição bilíngue e multicultural (português/alemão) localizada em Interlagos (SP) – os pais precisam estabelecer um diálogo claro com os filhos, para que eles escutem seus argumentos sobre o uso consciente da internet e entendam quais são os benefícios e os malefícios que ela pode trazer.

Para ela, adultos devem dar o exemplo e mostrar que também estão dispostos a acessar as novas tecnologias com moderação. “Regrar pode ser uma discussão conjunta da família. Especialistas recomendam duas horas diárias por dia entre TV e os demais eletrônicos”, afirma. Ser criterioso na escolha dos jogos, promover discussões sobre o conteúdo dos games e da qualidade das relações sociais online e acompanhar a vida social deles nos sites são também estratégias que os pais podem adotar para se inteirar da presença digital do filho nas redes.

Para a psicóloga, a limitação de jogos e internet não deve ser entendida como uma punição. “Quando proibimos o acesso à internet como castigo, estamos dando uma dupla mensagem, de que o uso pode vir a ser uma recompensa para um bom comportamento, uma espécie de prêmio, e também de que a tarefa escolar cobrada, em contrapartida, é algo chato que precisa ser cumprido forçosamente”, ressalta. Ela avalia que é necessário salientar aos jovens que as regras de boa convivência do mundo offline também se aplicam ao mundo online – assim, condutas agressivas, intimidatórias ou criminosas devem ser igualmente combatidas.

Ela ainda aponta que os malefícios causados pela tecnologia são causados apenas pelo excesso ou inadequação do uso. “O uso excessivo por parte de crianças, adolescentes e até mesmo adultos prejudica o desenvolvimento físico e motor em função do sedentarismo e, em crianças em especial, o desenvolvimento sensorial”. 

Como sugestão para diminuir o tempo que os adolescentes passam na internet, Karin explica que os pais devem oferecer alternativas de atividades, feitas em conjunto ou separados – como livros, jogos e passeios – para despertar em seus filhos o interesse por outras formas de lazer.

Para a especialista, “o uso da internet não é um instrumento de coerção, mas um novo meio de informação, comunicação e diversão”. Buscar um equilíbrio entre o tempo que o adolescente passa consumindo conteúdo na internet e entretido com outras atividades, prezando pelo diálogo, é um bom caminho para seu bem-estar e desenvolvimento.



Fazer amigos melhora o rendimento escolar


Crianças se sentem mais seguras para desenvolver as atividades propostas em sala de aula quanto têm amigos no colégio


Pesquisas recentes comprovaram que as relações sociais que as crianças mantêm dentro da sala de aula ou na escola impactam na sua capacidade de aprender. Quando têm um amigo no colégio, os alunos passam a se sentir mais seguros. O cérebro daqueles que têm o ambiente de sala de aula ou da escola como socialmente seguro e confortável apresenta diferenças visíveis que favorecem o aprendizado.

“Ao sentirem que têm alguém com quem podem contar durante as aulas e além da escola, as crianças ficam mais seguras ao realizarem as tarefas em sala, pois recebem o apoio uns dos outros em tarefas, trabalhos escolares, estudos e provas”, explica o gerente do Colégio Marista Champagnat, de Ribeirão Preto (SP), Everton de Souza.

Diante disso, certamente, os pais devem incentivar que seu filho desenvolva círculos de amizade saudáveis na escola. Afinal, conviver com pessoas fora de seu círculo familiar possibilita o contato com opiniões diversas e ajuda a desenvolver novas habilidades e competências.

Ao cultivar amizades, as crianças enriquecem suas habilidades sociais, em especial a gentileza e a empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro). Essas competências ajudam a criança a se manter saudável emocionalmente desde os primeiros anos de vida.

Aprender a lidar com as diferenças por meio dos vínculos de amizade também traz um ganho enorme para a criança. E esse ensinamento, certamente, será levado para a idade adulta. Além disso, os laços familiares são reforçados quando uma criança aprende a fazer e manter amigos. É uma forma de aprender o sentido da cooperação, do respeito, da solidariedade e da divisão.
Aqui vale aquela máxima: “quem tem um amigo tem tudo!”. E como diria Milton Nascimento - amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito. Então, que tal aproveitar a volta às aulas e fazer novos amigos?




Rede Marista de Colégios (RMC)

ESTRANGEIROS EM BUSCA DE ESTÁGIO


Quem vem de fora também pode exercer a atividade em nosso país!


Muitos brasileiros, em busca de novas oportunidades, estão cruzando as fronteiras a fim de completar sua graduação e se especializar. Em contrapartida, cresce a taxa de imigrantes de olho em nossas faculdades. Diante desse cenário, surge a dúvida: eles podem estagiar em nosso território? Para entender melhor sobre o assunto, separei alguns dados interessantes e falo sobre o norteamento concedido pela lei do estágio!

Somente em 2018, ocorreu um crescimento de 37,7% na busca por capacitação no exterior, representando mais de 50 mil inscritos, nativos daqui, porém com ingresso em uma universidade internacional. Esses são os dados da pesquisa Selo Belta 2019, da Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio (Belta). Portugal é um dos destinos preferidos e já faz dos tupiniquins a maior comunidade estudantil no ensino superior português.

Com isso, só no último semestre, mais de 13 mil alunos se inscreveram em cursos de bacharelado e pós, totalizando cerca de 30% dos discentes estrangeiros no país lusitano. Em mestrados e doutorados, o número também surpreende. Muitos deles, já recebem mais canarinhos a lusos em suas salas. Contudo, por aqui também cresce o índice de educandos de outras nacionalidades interessados em nosso ensino.

Para se ter uma ideia, a quantidade de gringos registrados na rede estadual de ensino de São Paulo cresceu 18% em 2019, totalizando 11.905 inscrições. Os dados são da Secretaria Estadual de Educação. Com essa troca de culturas e costumes, o estágio entra como uma porta de inserção do jovem no mercado, possibilitando ainda uma bagagem para quem é de fora conseguir se desenvolver e extrair o máximo do nosso mundo corporativo.

De acordo com a Lei 11.788/08, a atividade aplica-se a esse público, “se o mesmo estiver regularmente matriculado em cursos superiores no país, autorizados ou reconhecidos, observado o prazo do visto temporário de estudante, na forma da legislação aplicável”. Portanto, se respeitadas as regras, investir na experiência fará toda a diferença na carreira profissional.

Afinal, o estagiário aprende na prática as demandas de sua área, vivencia o trabalho em equipe, evolui suas habilidades comportamentais e oxigena o time, com sua energia e vontade de crescer. Logo, a dica é começar o quanto antes a procurar uma oportunidade do tipo. Já para as empresas, fica o alerta de dar uma chance a esses talentos, tão importantes para a construção de uma sociedade mais igualitária!



Seme Arone Junior - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios

Novas versões digitais do Aurélio chegam ao mercado

 Novas versões digitais do Aurélio chegam ao mercado créditos: divulgação



No cenário tecnológico atual, no qual os suportes digitais passam a ter destaque frente aos formatos impressos e as ferramentas analógicas perdem espaço, a Editora Positivo lança novas versões das últimas edições dos dicionários Aurélio da Língua Portuguesa (5ª edição) e Mini Aurélio (8ª edição) para as plataformas Android, iOS, Web e Desktop.

“Os aplicativos bancários substituem a ida ao banco, os aplicativos de comunicação substituem as ligações telefônicas. A consulta a um verbete, da mesma forma, pode ser realizada em um suporte digital simples e eficaz, em vez de em um dicionário impresso pesado e difícil de ser carregado”, explica a editora de dicionários da Editora Positivo, Sue Ellen Halmenschlager, sobre a decisão de lançamento dos novos produtos em um contexto que sugere a facilidade e agilidade nas ações cotidianas.

O Mini Aurélio estará disponível a partir do dia 15 de agosto para versão mobile, Android e iOS; e o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa em versões mobile ou em um pacote de produtos de todas as plataformas (app smartphone e tablet iOS e Android; app de desktop PC Windows, Mac e Linux; versão web e plugin compatíveis com o navegador Chrome).

Entre os diferenciais das novas versões digitais está a possibilidade de uso dos aplicativos para celular e tablet sem acesso à internet, já que funcionam off-line após o primeiro acesso. “O maior diferencial desses novos produtos é a inteligência artificial que foi implementada no desenvolvimento das formas de pesquisa: por voz, digitada ou por clique”, ressalta Sue Ellen. Além disso, o usuário poderá:

- Acessar todas as entradas dos dicionários rapidamente, utilizando o "Dicionário de A-Z";

- Consultar uma nova palavra todos os dias, logo na tela inicial, na ferramenta "Palavra do dia";

- Conjugar verbos, ainda que flexionados, no "Conjugador de Verbos";

- Verificar as regras do Acordo Ortográfico, clicando nos símbolos que acompanham os verbetes que sofreram alterações;

- Verificar a pronúncia dos verbetes, ferramenta indispensável para pessoas estrangeiras, por exemplo.

O leitor ainda terá à disposição pequenos textos sobre o Professor Aurélio, o trabalho da elaboração de dicionários, formas de utilização das obras em sala de aula, entre outros temas, na ferramenta "Publicações", uma espécie de blog, logo na página inicial dos aplicativos. É possível também marcar os verbetes favoritos e consultar o histórico de busca, com apenas um clique.

O "Aureliar!", plugin Chrome do Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, disponível no pacote de produtos para todas as plataformas, é um recurso prático que permite que o usuário selecione uma palavra em uma página da web e abra, com um clique, a definição que o Aurélio tem para esse termo.

Vale ressaltar que os aplicativos para smartphones e tablets - tanto do Míni, quanto do Dicionário Aurélio - podem ser degustados gratuitamente. Basta fazer o download dos aplicativos e o cadastro para ganhar 50 buscas gratuitas. “Esta é uma maneira de o usuário verificar, na prática e gratuitamente, a qualidade dessas novas versões digitais”, conclui a editora. Lembrando que, para continuar usando a plataforma, o usuário deve adquirir a licença pelos canais de venda disponíveis.

Os aplicativos Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa e o Mini Aurélio estão à venda na Play Store, Apple Store e e-commerce da Editora Positivo.divili

A moradia compartilhada para a formação da geração Z


Psicóloga aponta características dos jovens e a importância da convivência presencial para a formação


A geração Z ou os chamados nativos digitais, correspondem as pessoas nascidas entre 1992 e 2010, após a criação da internet. Boa parte das interações desses jovens é feita via redes sociais e, por isso, muitos deles sofrem com a falta de intimidade com a comunicação verbal e linguagem corporal.

Essa geração possui uma tendência a ter uma personalidade mais introvertida, “estão acostumados a se isolarem do mundo real. Podemos notar que geralmente usam fones de ouvido em locais públicos e até em casa, em momentos de interação com a família”, explica a psicóloga Caroline Yu, que defende a prática do compartilhamento, especialmente em moradias estudantis, para o crescimento pessoal e profissional dos adolescentes.

A entrada na faculdade marca a transição para a fase adulta e, para aqueles que vão estudar em outra cidade, é o marco da saída da casa dos pais. É um período caracterizado por muitas mudanças, pois muitos adquirem outras responsabilidades, como o primeiro emprego. Caroline Yu ressalta: “é um momento de ‘re-descoberta’ de si mesmo, pois uma nova vida começa e o jovem deve buscar os próprios recursos para lidar com essa fase”.

Pensando nisso, algumas empresas buscam proporcionar experiências transformadoras, como a Uliving, responsável por trazer o conceito de residência estudantil compartilhada ao Brasil, formato de moradia muito popular em países da Europa e Estados Unidos. Juliano Antunes, CEO da empresa, explica: “Compartilhar, neste caso, vai além do espaço físico que proporciona aos moradores a necessidade de respeitar o lugar do outro, mas também permitem aos jovens a possibilidade de se comunicarem. Conviver com o outro e com opiniões e culturas diferentes faz parte do amadurecimento”.

A psicóloga completa “morar com pessoas que estejam vivenciando a mesma fase pode amenizar a sensação solitária de que ‘só eu estou me sentindo assim’. Porém, esse ambiente de convívio só pode ser favorável, se o jovem puder compartilhar das suas vivências com outras pessoas, o que implica a criação de novos laços e relações interpessoais. É um exercício de empatia, tolerância e respeito ao outro, assim como de um autoconhecimento sobre os seus limites e desenvolvimento pessoal”.




ULIVING

Empréstimo de bens pode parecer simples, mas não é



O comodato, como é chamado, é mais comum do que se imagina

“Comodato” você conhece o termo? Ele aparece frequentemente em negociações em diversas situações. O comodato se refere à uma modalidade de empréstimo, quando o proprietário cede um bem ou imóvel por um tempo especificado no contrato e a única obrigação é devolver o bem no mesmo estado de início.

Esse tipo de negociação é mais comum do que se pensa, mas muitas vezes não é feito de forma oficial. “O caso mais comum é dentro das famílias, quando um parente empresta um imóvel”, relata Dra. Sabrina Rui, advogada em direito imobiliário e tributário.

“Outra regra básica é que não podem haver taxas ou qualquer outro tipo de pagamento na modalidade do comodato, ou não seria um empréstimo e o negócio passa a ter outro nome”, afirma a advogada. Dentro do empréstimo, o bem deve ser também não fungível, ou seja, não pode ser trocado por outro.

Além do “simples” comodato, também há uma modalidade chamada de comodato oneroso ou modal, quando uma das partes é encarregada ao receber o bem. “Um exemplo simples desse tido de transação é quando uma empresa de telefone fornece o aparelho enquanto contrata o serviço, o cliente é responsável por manter aquilo que lhe foi fornecido e há um prazo mínimo que deve continuar pagando por ele antes que possa cancelar”, explica a Dra.

“O que costuma ser desconhecido, principalmente nos casos entre famílias, se o contrato for apenas verbal pode-se correr o risco do usuário alegar usucapião e requerer o imóvel judicialmente para si, gerando muitos desconfortos e gastos. Por outro lado, caso o contrato seja por tempo indeterminado e ele desejar ter o bem de volta, é preciso comprovar a urgência de forma verificada”, esclarece.

É indispensável o bom uso do imóvel – ou qualquer tipo de bem que seja acordado, de acordo com as cláusulas do contrato, e a assessoria jurídica, para que não haja mal-entendidos posteriores por motivos de contrato mal elaborado.




Dra. Sabrina Marcolli Rui  - Advogada em direito tributário e imobiliário
SR Advogados Associados
Rua Riachuelo, nº 102 - 20º andar - sala 202, centro – Curitiba.
Av. Paraná, n. 466, sala 1, centro - Maringá – PR



Ser pai torna os homens melhores, comprova a Ciência


Mesmo sendo uma tarefa cheia de desafios, a paternidade traz inúmeros benefícios para a saúde e qualidade de vida

Homens, sejam pais! E o conselho quem dá é a Ciência. Pesquisas revelam que ser pai modifica diversos campos da vida masculina, e para melhor. E, em clima do Dia dos Pais, essa pode ser uma ideia a se pensar. A principal mudança está na alteração das atividades cerebrais. Pesquisadores da Universidade de Bar-Ilan, em Israel, comprovaram que os números de conexões neurais aumentam drasticamente com a chegada de um filho.

O estudo apontou ainda o aumento dos níveis de ocitocina no organismo deles. A substância é popularmente conhecida como “hormônio do amor”, muito produzido nas mulheres durante a gestação e amamentação. Nos homens, a ocitocina os deixa mais amáveis e generosos, reduzindo o estresse e a ansiedade.

A psicóloga Lia Clerot explica que estas mudanças acontecem para dar a eles a capacidade de criar e educar um novo ser. “Os dados da pesquisa revelaram que quanto mais tempo em contato com o filho, maior são estas alterações. Isto ocorre principalmente nos momentos de educação das crianças.Outra mudança importante que acontece é o senso de responsabilidade que esse novo pai adquire, não só de provimento financeiro, mas de ajudar seus filhos a se tornarem adultos saudáveis e felizes e se prepararem para a vida madura, os pais começam a se preocupar em tornar-se referência para sua prole”, afirma.

Outro benefício da paternidade está ligada à vida profissional. Um estudo publicado pela Academy of Management Perspectives revelou que pais envolvidos diretamente na criação dos filhos se mostraram mais satisfeitos com seus empregos. Já o Instituto de Pesquisa em Políticas Públicas no Reino Unido fez um levantamento com 17 mil pessoas e verificou que homens com filhos têm salários 22% maior. “Aqui o que podemos analisar é o surgimento de um instituído provedor, que aumenta a noção de responsabilidade e comprometimento para a geração de uma renda familiar. Também é importante salientar que a paternidade melhora o trabalho em equipe, empatia e cooperação, características que num ambiente de trabalho são muito valiosas”, ressalta Lia.

O corpo também agradece a chegada do herdeiro. A saúde física se beneficia da rotina de descontração, brincadeiras ao ar livre e que faça a pessoa se mexer. Além disso, com a preocupação de estar sempre presente, os papais tendem a cuidar melhor da sua saúde, se alimentando melhor, dormindo bem, cuidando melhor da higiene pessoal e do lar e fazendo visitas de rotina ao médico.


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