Qual a sua religião? Alguma vez você já deve ter recebido este tipo de pergunta. A grande questão é se de fato a semântica da palavra religião tem cumprido o seu papel em nossas vidas, religar, reconectar e nos ajudar transcender.
Quando estava me preparando para a maratona de
Chicago em 2019, só falava de corrida, acompanhava profissionais envolvidos na
cosmovisão do mundo da corrida, seguia atletas nas redes sociais que falava
absolutamente tudo e adivinha sobre o que? Corrida.
Por um tempo parecia um fanático e aprendi que todo
excesso esconde uma falta. Em meados de 2010 era apaixonado por carnaval,
cheguei a desfilar em 9 escolas de samba em um mesmo ano, o grande objetivo era
me conectar e aprender novos métodos, pois cada bateria de escola de samba tem
suas tradições, modelos mentais sobre gestão e liderança de pessoas, é uma
verdadeira empresa formada por mais de 200 ritmistas tocando sem parar durante
65 minutos.
Cosmovisão é um termo que aprendi estudando
“Teologia Bíblica do Trabalho” onde significa como utilizamos nossas crenças,
valores e experiências para formar nossa visão de mundo. Tudo que vivemos serve
como lição, se tivermos um princípio milenar executado e praticado em nossas
vidas: Humildade.
Grandes igrejas estão se expandindo tanto no
Brasil, como em Orlando (USA) e até pela Europa, em alguns momentos parece um
processo de franquias, já recebi muitas perguntas no meu instagram sobre qual
minha opinião entre “organismo e organização” e o negócio envolvendo igrejas.
Existem custos referente ao tempo de estudo e certificações robustas, fora estruturas necessárias para manter um projeto sério e sólido aberto, acredito que existem muitos benefícios em participar de uma comunidade local, a grande questão é você refletir sobre suas motivações. E aqui está o grande diferencial na minha opinião: Compreender como está sua expectativa de vida e o que você busca, de forma intencional nos lugares que frequenta.
Participei recentemente de um evento muito popular
em Alphaville chamado Método Destiny - organizado pelo Tiago Brunet e uma
equipe extremamente competente. Vemos um movimento gigantesco em busca de
autoconhecimento e desenvolvimento no Brasil desde 2010, esse “bum” pode ajudar
muitas pessoas e empresas, desde que seja compreendido que mudanças estruturais
são gradativas e não existe receita mágica.
Segundo a OMS (organização mundial da saúde) tivemos
uma abstração, definição sobre saúde envolvendo um estado de bem-estar físico,
mental e social, e não meramente ausência de doenças e enfermidades.
Já em 1999, a mesma organização compreendeu que o
aspecto espiritual deveria ser inserido no conceito de saúde.De acordo com a
Escola de Saúde Pública de Harvard Health Publishing , um artigo do medscape
mostrou os impactos positivos da espiritualidade: o envolvimento religioso e a
espiritualidade estão associados a melhores resultados na saúde, uma maior longevidade,
melhor qualidade de vida, menos ansiedade e menores taxas de depressão e
suicídio”.
Um dos maiores cientistas de todos os tempos,
Albert Einstein, disse em um Simpósio de Ciência, Filosofia e Religião, em
1941: “A ciência sem religião é manca, a religião sem a ciência é cega”.
(pg 19 Método Destiny)
A problemática é quando existe um objetivo certo,
com a motivação errada.Existem lobos em peles de cordeiro e precisamos ficar
atentos a promessas, profecias que mais iludem as pessoas do que promovem a
mudança e um bem-estar biopsicossocial.
A melhor maneira de verificar se a religião faz bem para uma pessoa ou sociedade é observar o que ela faz, e não somente o que fala. As palavras podem convencer, emocionar e até iludir, mas o exemplo arrasta. Seja corrida, carnaval, investimentos, escola de samba ou ir a igreja aos domingos pela manhã, o que realmente lhe ajuda a se conectar com sua essência e se tornar uma pessoa melhor para você e para sociedade?
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