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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Distúrbios do sono atingem 72% dos brasileiros, diz estudo da Fiocruz

Insônia e apneia lideram as principais buscas por tratamento; problemas relacionados ao sono interferem diretamente na qualidade de vida

 

Um levantamento feito pela Fiocruz, realizado durante o ano de 2023, mostrou que 72% dos brasileiros sofrem com distúrbios do sono. Dentre os problemas mais comuns, a insônia lidera o ranking, seguida da apneia do sono. “O sono exerce um papel fundamental na qualidade de vida, e a diminuição ou ausência dele, acarreta, além de diversos danos ao corpo e a mente, no aumento do número de doenças e maior risco de mortalidade”, explica Cintia Felicio Rosa, otorrinolaringologista e especialista em sono do Hospital IPO de Curitiba (PR). 

“A insônia, conhecida como a manifestação em que há dificuldade em iniciar ou manter o sono, acomete 45% da população. Já a insônia crônica, que ocorre mais de três vezes por semana e por um período maior do que três meses, é percebida em 15% da população”, explica a especialista, argumentando que este é um dos problemas mais comuns que leva os pacientes a buscarem tratamento. “A insônia também é, por estatística, mais observada em mulheres, por questões biológicas e sociais. Além das questões hormonais, que as torna mais pré-dispostas à condição, mulheres também costumam acumular mais tarefas durante o dia, além de ansiedade e stress, que são grandes fatores causadores de insônia”, complementa. 

Já a apneia do sono, condição caracterizada por interrupções repetitivas na respiração durante o ciclo de sono, pode ser mais facilmente observada no público masculino. “Fatores fisiológicos, hormonais e de estilo de vida fazem com que mais homens sejam diagnosticados com apneia”, comenta a médica. Mas os distúrbios do sono não param por aí: casos de sonambulismo, falar dormindo, sonolência excessiva, terror noturno ou despertar confusional também necessitam tratamento para que a qualidade do sono possa ser melhorada. “Observamos que cada distúrbio do sono acomete faixas etárias e gêneros específicos. Co­ntudo, cada caso precisa ser avaliado individualmente para que a causa e o tratamento ideal sejam recomendados”, explica. 

A especialista também esclarece que nem todo tratamento necessita ser medicamentoso. “Antes de tudo, as pessoas precisam entender que não é normal não dormir bem. A insônia, por exemplo, pode ser tratada com Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que são medidas que trabalham psicoeducação, mudanças comportamentais, além da já conhecida higiene do sono. Mas claro, o diagnóstico ainda é necessário para que questões psiquiátricas possam ser descartadas”, destaca Cintia. 

Já os distúrbios respiratórios, como a apneia do sono, necessitam avaliação para que seja entendida também a gravidade do problema. “Em alguns casos, além da mudança de estilo de vida, pode ser recomendado o uso de dispositivos que auxiliam na respiração ou até cirurgia para a desobstrução das vias aéreas”, elucida a médica. “Por isso é tão importante que cada caso seja avaliado individualmente, para que o plano de tratamento adequado seja recomendado”, completa.


HPV pode ser fator de risco para doenças cardiovasculares

 Freepik
Pesquisas relacionam o vírus a óbitos por enfermidades como infarto e AVC.


Cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquirir a infecção pelo HPV ao longo da vida, conforme estima o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O Human Papilloma Virus ou Papilomavírus humano é o vírus sexualmente transmissível mais comum do mundo, com mais de 200 tipos diferentes. Alguns deles afetam a pele e as mucosas, possibilitando o surgimento de verrugas genitais e, em casos mais graves, o câncer. Estudos recentes apontam o HPV como um fator de risco para doenças cardiovasculares.

A pesquisa “Envolvimento do HPV na doença arterial coronariana em mulheres climatéricas: atenção à saúde no Maranhão”, apoiada pelo Governo do Estado, indicou que mulheres na menopausa que têm o vírus apresentam maior probabilidade de desenvolver lesões cardíacas, como entupimento das veias coronárias, o que pode levar ao infarto.

Outro estudo, realizado por cientistas da Universidade de Sungkyunkwan, na Coreia do Sul, analisou mais de 163 mil mulheres e identificou a associação de cepas (variantes de propriedades físicas distintas) do HPV a óbitos por enfermidades relacionadas ao coração, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Acredita-se que a inflamação de vasos sanguíneos causada pelo vírus possa explicar a relação. 

Os resultados sugerem que o risco de morte por doenças cardiovasculares em mulheres seja quase quatro vezes maior em quem apresenta a infecção sexualmente transmissível por HPV. Nesse caso, além das orientações de ginecologistas, pode ser necessário consultar o médico da área de cardiologia para o monitoramento regular da saúde.

O Ministério da Saúde indica que a melhor forma de se prevenir contra o HPV é usar camisinha nas relações sexuais. Entretanto, algumas lesões podem estar presentes em áreas não protegidas e, dessa forma, o preservativo não impede totalmente a infecção. Por isso, a vacinação também se faz necessária. O imunizante é distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas com idade entre nove e 14 anos.


Desinformação causa baixa procura pela vacina 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o câncer de colo de útero como um problema de saúde mundial e, em 2020, estabeleceu a meta de eliminá-lo. No Brasil, o Ministério da Saúde busca vacinar, pelo menos, 80% da população, sendo 90% o ideal de cobertura para prevenir a doença. No entanto, mesmo com a disponibilidade da vacina gratuita, os índices de vacinação estão abaixo do esperado e atingem apenas 57% das meninas e 40% dos meninos. 

O Ministério ressalta que o principal motivo para a baixa procura pelo imunizante é a desinformação. Muitas pessoas questionam a eficiência e a segurança da vacina e fazem associações equivocadas entre HPV e religião. Além disso, faltam campanhas de conscientização.

Segundo o Inca, o tabagismo, a iniciação sexual precoce e a multiplicidade de parceiros sexuais são considerados fatores de risco para câncer de colo do útero. A conscientização e a prevenção são essenciais no combate à doença. 

Já a realização regular do Papanicolau, exame preventivo para mulheres, ajuda a identificar lesões que causam esse tipo de câncer e contribui para diagnosticar a doença de forma precoce, aumentando as chances de cura e a qualidade de vida da paciente durante o tratamento.


Câncer de colo de útero: cirurgia e a radioterapia estão entre os principais tratamentos

Cerca de 291 milhões de mulheres portam o papilomavírus humano, mas nem todos os casos originam o câncer de colo do útero, que é o terceiro tipo da doença mais comum entre mulheres, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma e do câncer de mama.  De acordo com o Inca, aproximadamente, 500 mil novos casos de câncer de colo do útero são registrados por ano.

Conforme informações do A.C.Camargo Cancer Center, o HPV reage de formas diferentes em cada organismo e pode "desaparecer" espontaneamente em algumas pessoas. Apesar da possibilidade, a infecção é responsável por mais de 70% dos casos de câncer de colo do útero. Os tipos mais frequentes que culminam em tumores são o HPV16 e o 18.

Não há tratamento específico para eliminar o vírus. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento das verrugas genitais deve ser individualizado, dependendo da localização, extensão e quantidade de lesões. Para melhorar o sistema de defesa do organismo, podem ser utilizados procedimentos como eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA), laser e medicamentos.

Já nos casos em que a infecção evolui para o câncer de colo de útero, o Inca indica que o tipo de tratamento depende do estadiamento da doença e tamanho do tumor, além de fatores pessoais, como o desejo de preservação da fertilidade. Entre os tratamentos mais comuns estão a cirurgia e a radioterapia. 

A cirurgia a laser é um procedimento simples e pouco invasivo, realizado para queimar as células pré-cancerosas, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Em casos avançados de disseminação, a cirurgia pode ser apenas uma medida paliativa, sem efeitos de cura ou extirpação do tumor.

Já a radioterapia pode ser externa (teleterapia), procedimento indolor na qual a paciente recebe a radiação, geralmente raios-X, de maneira focada para matar as células tumorais, ou interna (braquiterapia), por meio de fontes radioativas inseridas dentro ou próximo ao tumor.


5 coisas que muita gente não sabe sobre rinite alérgica!

Vacina, herança genética e incidência maior em mulheres estão entre os aspectos desse problema, destaca médica do Hospital Paulista


Os sintomas são bastante conhecidos e os fatores que a provocam, idem. A rinite alérgica, de forma bem resumida, é uma inflamação da mucosa nasal, que ocasiona espirros, coriza, congestão nasal, coceira no nariz, garganta e olhos, podendo ainda estar associada à sensação de cansaço, dor de cabeça e, até mesmo, perda de olfato. As causas dessas reações, por sua vez, quase sempre estão associadas ao contato com poeira, pólen, ácaros e pelos de animais.


Em família

O que muita gente não sabe, contudo, é que a origem desse problema pode estar ligada a fatores genéticos - sabia disso? Ou seja, filhos que têm pais com rinite são mais predispostos a desenvolver os sintomas ao longo da vida.

"Estudos científicos mostram que a predisposição genética desempenha um papel importante no desenvolvimento da rinite alérgica. Se um ou ambos os pais têm rinite alérgica, há uma maior probabilidade de que seus filhos também desenvolvam a condição", confirma a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista e especialista em alergias respiratórias.

A médica pondera, no entanto, que a presença de fatores ambientais, como a exposição a alérgenos, também desempenha um papel significativo no desencadeamento da rinite alérgica. Ou seja, além da ligação consanguínea, os meios que vivemos e frequentamos podem ser variáveis decisivas nesta equação.

"A combinação de fatores genéticos e ambientais é o que realmente faz a diferença para o desenvolvimento e manifestação da rinite alérgica em indivíduos predispostos", explica a especialista.


Em qualquer idade

Dra. Cristiane também destaca que a rinite alérgica pode aparecer em qualquer idade. "A rinite pode surgir em qualquer momento da vida. Embora muitas vezes se manifeste na infância, a rinite alérgica também pode surgir na adolescência ou na idade adulta, mesmo em pessoas que nunca tiveram sintomas antes. Portanto, é importante estar atento aos sintomas e procurar orientação médica para um diagnóstico correto e um tratamento adequado”, enfatiza.


Em mulheres

Outro aspecto curioso, que muitos desconhecem, é que a rinite alérgica é mais comum em mulheres do que em homens. "Estudos mostram que as mulheres têm uma maior prevalência de rinite alérgica em comparação com os homens. Essa diferença pode ser atribuída a fatores hormonais", explica.


Existe vacina?

Com relação ao tratamento, a médica do Hospital Paulista destaca que existem várias formas de combater, assim como de prevenir a rinite alérgica. Uma delas é a imunoterapia específica para rinite, também conhecida como vacina de alergia.

“A imunoterapia funciona expondo gradualmente o paciente a pequenas quantidades do alérgeno. Isso ajuda a dessensibilizar o sistema imunológico, reduzindo a resposta alérgica do corpo ao alérgeno, ao longo do tempo, os sintomas da rinite alérgica e a necessidade de medicamentos a longo prazo”, reitera.

Ainda assim, o mais comum é o uso de medicamentos como anti-histamínicos, corticosteroides nasais e descongestionantes, para minimizar as reações. E para prevenir a rinite, claro, evitar o contato com alérgenos – ou seja, poeira, pólen, ácaros e pelos de animais.

Seja de um jeito, seja de outro, a especialista pondera que, antes de mais nada, é importante consultar um otorrinolaringologista para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.


Existe cura?

Com relação à possibilidade de cura da rinite, a Dra. Cristiane esclarece que isso ainda não é possível hoje. “A rinite alérgica pode ser controlada e gerenciada com tratamentos adequados, mas não pode ser completamente curada. No caso da imunoterapia, pode-se até criar uma resistência ao que a pessoa é alérgica.”

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


MASSAGEM NO PESCOÇO PÕE FIM ÀS DORES: MITO OU VERDADE

 Apesar da sensação de prazer, alívio e conforto, fisioterapeuta reforça que é mito quando dizem que suas dores nas costas seriam facilmente tratadas apenas com massagem. Saiba mais! 

Quem não gosta de uma massagem no pescoço depois de um dia bastante cansativo, especialmente na região da nuca e nos ombros? Mas será que ela realmente funciona para quem sofre de dor cervical? Antes de mais nada, é preciso entender os efeitos da massagem. 

“De maneira geral, as técnicas de massagem promovem um efeito imediato de relaxamento e bem estar”, explica Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e Diretor Clínico do ITC Vertebral de Guarulhos. “Com essa terapia, não devemos esperar resultados a médio e longo prazo para dores no pescoço apenas com a massagem. O benefício imediato é o que realmente funciona,” completa. 

Segundo o especialista, a massagem pode ser utilizada na prática clínica para o alívio de dores cervicais quando combinada a outros exercícios e também com outras dicas para o dia a dia. “Pode utilizar, não é contra indicado, exceto em casos de lesões teciduais, alterações neurológicas ou reumáticas,” ressalta Bernardo. 

Para tratar dores cervicais crônicas, Bernardo aplica técnicas de tecido mole, incluindo liberações de ponto gatilho e massagem superficial, para relaxar a musculatura. “Essas técnicas ajudam a aliviar a tensão e melhorar a mobilidade, proporcionando um alívio e sensação de bem estar quase que imediata”, afirma. 

No entanto, ele adverte que, por mais que a massagem seja uma intervenção válida, ela não deve ser considerada o único tratamento. “Existem outras modalidades e intervenções que, quando comparadas com a massagem, apresentam melhores resultados a médio e longo prazo,” aponta. 

O fisioterapeuta ainda indica alguns exercícios para alívio das dores a longo prazo que podem ser feitos em qualquer lugar quando aquela dor chata aparecer. Confira:

 

  • Rotação cervical:

Sente-se com a coluna ereta e apoiada no encosto de uma cadeira. Os braços devem estar relaxados e apoiados nas pernas. Girando a cabeça, leve o queixo até um dos ombros. Em seguida, repita o movimento na outra direção. Faça o exercício cinco vezes para cada lado.

 

  • Movimentos para trás e para frente:

Leve a cabeça para trás e olhar o teto. Em seguida, volte para a posição inicial. Depois, dirija o pescoço para baixo e olhe para o chão. Procure relaxar a mandíbula, soltando o ar com calma.

 

  • Giro dos ombros:

“Girar os ombros é um exercício de aquecimento e ao aquecer, você aumenta a circulação sanguínea na região, o que facilita a execução do movimento e evita lesões durante a atividade”, explica Bernardo. 

Posicione-se de pé, com os joelhos flexionados e as pernas abertas na mesma distância dos quadris. Gire os ombros para trás 10 vezes. Em seguida, repita o movimento girando os ombros para frente. Faça essa atividade ao menos uma vez por dia. 

“Mas se optar pela massagem, lembre-se: Ela foi feita para ajudar e não para piorar. É fundamental entender o objetivo e o efeito da massagem,” finaliza Bernardo. 



Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestrando em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitário em cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos.


O elo perdido para um corpo saudável e atraente

 

 Postura e beleza no seu relacionamento


Durante um relacionamento, acabamos ficando muito focados em presentes e surpresas românticas, mas que tal refletir sobre a importância da sua beleza além do óbvio? A simetria postural é algo que não só contribui para uma aparência atraente, mas também é fundamental para sua saúde.

A beleza, muitas vezes, está nos olhos de quem vê, mas há características que todos nós reconhecemos como agradáveis, como simetria e vitalidade. E podemos ver exemplos claros disso: pessoas fisicamente atraentes tendem a apresentar uma simetria em sua aparência. E isso não é mera coincidência. Há uma forte ligação entre simetria postural e boa saúde.

"Manter a cabeça, os ombros e o tronco alinhados cria um equilíbrio postural que não apenas agrada aos olhos, mas também promove uma sensação de bem-estar. Movimentos e posturas inadequadas podem levar a problemas crônicos, como dor e desconforto. Desde o século XIX, sabe-se que a postura influencia o humor, a energia e a autoconfiança, refletindo-se em nossa interação com o mundo", diz a fisioterapeuta Pércya Bacilla Nery.

É difícil imaginar supermodelos, atores ou figuras públicas com uma postura inadequada em eventos ou em seu trabalho. Em esportes de impacto ou com grande esforço, como corrida, balé e ginástica, uma boa postura é essencial para a distribuição de força homogênea pelo corpo evitando lesões. A má postura, especialmente quando sentados por longos períodos, pode agravar problemas de saúde como obesidade e doenças cardiovasculares, além de causar dores no pescoço e danos na coluna.

Mas como podemos alcançar uma postura melhor e superar os maus hábitos do dia a dia? "Para isso a RPG é uma ótima solução, pois não apenas força sua postura e sim utiliza um conjunto de técnicas e exercícios específicos para trabalhar o alinhamento e o equilíbrio do corpo, promovendo a correção de desvios posturais e o fortalecimento dos músculos enfraquecidos. Com a RPG, é possível melhorar significativamente a postura, reduzir dores e desconfortos e criar uma aparência confiante e graciosa. Além disso, a RPG também contribui para o aumento da consciência corporal, ajudando a prevenir lesões e promovendo uma melhor qualidade de vida", conta Pércya.

Segundo um relatório do Institute of Medicine, mais de 116 milhões de americanos, um terço da população, sofrem de dor crônica, custando à economia cerca de 635 bilhões de dólares. Embora muitos tratamentos sejam caros e inacessíveis, manter uma boa postura é uma forma simples e eficaz de prevenir dores crônicas.

A coluna vertebral é crucial para a saúde geral do corpo, pois grande parte dos órgãos e músculos estão conectados a ela. A importância de uma coluna saudável é bem conhecida entre os entusiastas do fitness, mas muitos ainda negligenciam esse aspecto, focado apenas no fortalecimento dos músculos. No entanto, uma postura correta é vital para maximizar os benefícios dos exercícios e fortalecer os músculos de forma eficaz.

Para se sentir bem e exibir sua melhor versão, é essencial manter uma boa postura ao longo do dia. Valorize a saúde e a beleza de sua postura e incentive seu parceiro a fazer o mesmo. Afinal, cuidar da saúde é um ato de amor próprio que transparece aos olhos de quem amamos.

 

Percyafisio
Dra Pércya Bacilla Nery
Fisioterapeuta
(41) 99181-9944
@percya.fisio
bacillanery@yahoo.com.br
https://percyafisio.com.br
Rua Lamenha Lins, 266 , Cj. 56 – Centro
CEP 80250-020 – Curitiba – PR

 

Quando o diagnóstico chega - Uma obra essencial para entender e apoiar a jornada do autismo

Primeiro volume da série propõe desafiar estereótipos e preconceitos, promovendo autoconhecimento e uma nova perspectiva de vida

 

O diagnóstico de autismo é frequentemente acompanhado por uma avalanche de emoções, que variam desde o choque inicial até a necessidade urgente de entender e encontrar orientação. “Autismo: Quando o diagnóstico chega - vol. 1” (Literare Books International) acaba de ser lançado visando a mapear essa complexa jornada emocional e prática, fornecendo aos leitores um guia compreensivo para navegar por esse período desafiador.

O livro é uma leitura indispensável para quem busca compreender o impacto profundo do diagnóstico de autismo na vida dos indivíduos, suas famílias e os profissionais que os acompanham. Sob a coordenação da renomada neuropsicóloga Andrea Lorena Stravogiannis, conhecida por trabalho e seus best-sellers sobre o tema, esta obra oferece uma abordagem sensível e informada sobre esse momento crucial e transformador.

Com mais de 40 capítulos escritos por especialistas de diversas áreas, o livro enfatiza a importância de informações atualizadas e um olhar individualizado. Cada capítulo traz experiências e conhecimentos valiosos, abordando desde disfunções bioquímicas até a importância da nutrição, passando por temas como: Disfunções bioquímicas frequentes no transtorno do espectro autista (TEA): uma abordagem nutricional; autismo feminino, vida escolar; desafiando estereótipos e promovendo a inclusão; terapia ocupacional e da fisioterapia; a importância do jiu-jitsu no desenvolvimento entre outros.

Este primeiro volume da série se propõe a desafiar estereótipos e preconceitos, promovendo autoconhecimento e uma nova perspectiva de vida. A obra é uma verdadeira fonte de apoio e inspiração, fornecendo recursos valiosos para todos os envolvidos na jornada do autismo. Temas como a resiliência, a importância da terapia ocupacional, psicopedagogia, e a inclusão escolar são explorados em profundidade, oferecendo uma abordagem holística e integrada.

“Autismo: Quando o diagnóstico chega” é uma referência para famílias, profissionais e todos que buscam compreender melhor o autismo. Por meio de suas páginas, os leitores encontrarão esperança, força e uma nova perspectiva de vida. A obra promove a conscientização e o entendimento, proporcionando uma leitura enriquecedora e indispensável para todos os envolvidos nesta jornada transformadora.

São autores desta obra: Adriana Marinho, Amanda Ribeiro, Amilton de Lima Barbosa, Ana Cristina S. Afonso, Ana Paula Rosa da Silva, Andréa Leonel, Andrea Lorena Stravogiannis, Andreas Stravogiannis, Bárbara Rocha, Beatriz Strazzer, Bianca Spina Stadnik, Bruno Resende, Cissy K. Tinazi, Cláudia Cavalcante, Claudia G. Antello, Cristiane Aparecida da Silva, Cristiane Ruiz Durante, Daniela Conceição, Denise A. Wendland, Élica da Silva Rodrigues, Érika de Souza Oliveira, Flo Costa, Franciele Menk, Gabriela Carletto, Gediene Ribeiro, Geovana Parolini, Gilmar Douglas Santos, John Lima, Juliana Hernandez de Figueiredo, Kamila Borges, Leide Silva do Carmo, Letícia Naves Vianna Vital, Ligia Hayasaki, Lorena Krsanac, Luciane de Oliveira Candella, Luiza Monteiro Lucena, Marcela Brilhante de Castro, Mariella Zuccon, Nathalia Lauermann Tassinari, Paola Dias Duarte, Prycylla Mayra da Rocha, Renata Batista, Rita de Cássia A. Peres, Sabrina Mariano da Silva, Tamires Albuquerque Gomes, Tatiane Moraes Garcez, Vanessa de Lima Licori, Vinícius Carvalho, Waldyane Zanca e Wilson Candido Braga. 


Divulgação
 Literare Books International

Autismo: Quando o diagnóstico chega – vol 1

Coordenação editorial: Andrea Lorena Stravogiannis
Editora: Literare Books International – 1ª edição – 368 páginas – 2024
Preço de capa: R$ 68,90
Formato: 15,7cm x 23 cm
Categoria: Não Ficção
ISBN (físico): 978-65-5922-804-1
ISBN (digital): 978-65-5922-803-4
Onde comprar: Amazon | Kindle | Loja Literare Books | Livrarias físicas | Plataformas Digitais


Para Anadem, trabalho do oncologista vai além do tratamento da doença

Sociedade reitera também a importância de mais valorização desses especialistas para que tenham condições adequadas de trabalho em todo o território nacional

 

Ciência médica que estuda o câncer e os tumores que podem ser desenvolvidos no corpo humano, a oncologia, palavra que vem do grego onkos, que significa massa, volume, tumor, e do termo logia, que significa estudo, é uma das áreas mais importantes da medicina. 

Uma área que requer profissionais altamente capacitados, e que merecem ser valorizados. Para destacar esses especialistas, no dia 9 de julho celebra-se o “Dia do Oncologista”, profissional responsável pelo diagnóstico e pelo tratamento do câncer. É da responsabilidade dele, por exemplo, analisar o quadro clínico do paciente e orientá-lo sobre o melhor tratamento. No entanto, na maioria das vezes, o oncologista trabalha com uma equipe multidisciplinar para que o paciente tenha o melhor tratamento possível durante o processo. “O trabalho do oncologista deve ser sempre enaltecido, pois é preciso saber lidar com a doença em si, com o paciente e com os familiares, que depositam suas esperanças nesse profissional”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.

 

Números

De acordo com dados coletados pelo estudo Demografia Médica no Brasil 2023, o País conta com 4.730 oncologistas clínicos em atuação, que atuam diariamente com diferentes tipos de cânceres. São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná são os Estados que mais contam com esses especialistas. “Esses dados mostram a necessidade de mais valorização desses especialistas, para que todas as regiões do Brasil contem com esses profissionais”, comenta Canal. 

Entre os cânceres mais comuns no Brasil estão: Pulmão (2,09 milhões de casos); Mama (2,09 milhões de casos); Colorretal (1,8 milhão de casos); Próstata (1,28 milhão de casos); Câncer de pele não melanoma (1,04 milhão de casos) e Estômago (1,03 milhão de casos). 

Números divulgados em novembro de 2023 pelo Censo SBOC da Oncologia Clínica no Brasil revelaram que 65% dos médicos oncologistas estão satisfeitos com a carreira. No entanto, para 42% dos 761 participantes da pesquisa realizada com profissionais de todo o País, os diagnósticos tardios são um obstáculo para aqueles que trabalham, integralmente ou na maior parte do tempo, no serviço público.

 

Dia Nacional do Cirurgião Oncológico

Em março deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei n.o 14.827/24, que institui o “Dia Nacional do Cirurgião Oncológico”, no dia 17 de julho, também com o objetivo de valorizar esse profissional e abordar a importância sobre a prevenção para os diferentes tipos de cânceres. 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a especialidade de cirurgia oncológica no dia 17 de julho de 2017. No Brasil, esses profissionais, de acordo com a Resolução do Conselho, devem passar por especialização de três anos. 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 73 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama no País até 2025. No mesmo período, para os homens, a estimativa é de 71 mil novos casos de câncer de próstata. 



Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética - Anadem
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Resultados de nova vacina contra a tuberculose são apresentados na FAPESP Week China

À esquerda, pulmãode camundongo não imunizado e infectado
 com 
M. tuberculosis; à direita, pulmão dos animais imunizado com
a vacina BCG recombinante e posteriormente infectados
(
crédito: Instituto Butantan)

Pesquisadores do Instituto Butantan e colaboradores desvendam por que a BCG recombinante induz uma resposta mais intensa e duradoura que a vacina convencional

 

 Pesquisadores do Instituto Butantan e colaboradores estão desenvolvendo uma versão mais potente da vacina BCG, que protege contra a tuberculose. Enquanto o imunizante convencional reduziu em 90% a infecção nos experimentos com camundongos, com a chamada BCG recombinante o índice de proteção subiu para 99%. Além disso, a nova formulação protegeu os animais por um período significativamente mais longo.

“A BCG é a primeira vacina que recebemos ao nascer e ela de fato é efetiva na proteção de crianças. Mas a imunidade contra a doença tende a cair na vida adulta e, como as bactérias estão se tornando resistentes aos antibióticos, ninguém está seguro. Tem sido feito um esforço mundial para tentar melhorar a prevenção da tuberculose pulmonar adulta. Hoje são registrados cerca de 10 milhões de novos casos e 1,5 milhão de mortes por ano no mundo”, diz à Agência FAPESP Luciana Cezar de Cerqueira Leite, pesquisadora do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Butantan apoiada pela FAPESP.

Para entender por que a BCG recombinante leva a uma resposta imune mais intensa e duradoura, o grupo do Butantan e colaboradores de diversos países têm adotado uma abordagem conhecida como biologia de sistemas – que resumidamente consiste em observar no modelo animal o comportamento de milhares de genes, em diferentes tecidos (principalmente pulmão e linfonodos), ao longo de toda a montagem da resposta imune. Tal empreitada envolve o sequenciamento de centenas de amostras, seguido por um intenso trabalho de bioinformática e mineração de dados.

O tema foi abordado por Cerqueira Leite no dia 29 de junho, durante palestra apresentada na FAPESP Week China. O painel, dedicado a temas de saúde e biomedicina, também contou com a participação de Zhang Zhiyong, da Universidade de Medicina de Guangzhou; Pedro Moraes-Vieira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Xin Jin, cientista-chefe de Pesquisa da empresa chinesa BGI; e Dan Zhang, cofundador da empresa Hillgene BioPharma, também da China. Os mediadores foram Xin Jin (BGI) e Simone Appenzeller (Unicamp).

“A gente sequenciou todo o RNA que foi expresso e está presente em amostras coletadas em vários momentos: antes de o animal ser imunizado, sete e 90 dias após a imunização – quando é feito o desafio [a bactéria é inoculada no nariz dos roedores] – e sete e 90 dias após o desafio”, conta Cerqueira Leite.

Foram comparadas amostras de três grupos de camundongos: um não imunizado, outro que recebeu a BCG convencional e um terceiro vacinado com a BCG recombinante. Em cada momento de análise, foram comparados quais genes estavam com a expressão aumentada ou diminuída nos diferentes grupos.

“Já com sete dias de imunização foi possível ver uma mudança bem grande no grupo que recebeu a versão recombinante: cerca de 200 genes já estão sendo ativados, enquanto no grupo da BCG convencional ainda não estava acontecendo quase nada. Depois de 90 dias, a resposta à BCG convencional já começa a cair, enquanto no grupo recombinante ela se mantém. Mas a grande novidade é que as duas vacinas atuam por caminhos metabólicos bem diferentes e nós conseguimos mapeá-los. Os dados serão publicados em breve”, revela a pesquisadora.

Luciana Cezar de Cerqueira Leite, do Instituto Butantan, durante palestra apresentada na FAPESP Week China (foto: Karina Toledo/Agência FAPESP)

Bactéria turbinada

Onipresente nas maternidades brasileiras, a vacina BCG foi criada há mais de cem anos a partir da atenuação da bactéria causadora da tuberculose bovina (Mycobacterium bovis), que é muito parecida com a da tuberculose humana (M. tuberculosis).

Já a versão recombinante “ganhou”, por engenharia genética, a capacidade de produzir um fragmento de uma toxina originalmente secretada pela Escherichia coli, espécie bacteriana comumente presente no intestino humano.

“Algumas bactérias E. coli produzem toxinas sensíveis ao calor, conhecidas pela sigla LT [do inglês heat-labile toxin], que são altamente imunogênicas, isto é, induzem uma forte resposta do sistema imune. Na vacina recombinante nós usamos um fragmento detoxificado LT [denominado LTAK63]. Ele não é capaz de causar doença, mas mantém a imunogenicidade, então funciona como um adjuvante da vacina BCG”, explica Cerqueira Leite.

Segundo a pesquisadora, os primeiros estudos usando a estratégia de BCG recombinante visavam o desenvolvimento de uma vacina neonatal contra a coqueluche. “Isso porque a BCG pode ser dada ao nascimento, enquanto o imunizante atualmente disponível contra a coqueluche [a vacina tríplice bacteriana, ou DTP] só oferece proteção a partir dos seis meses de idade. Nesse caso, usamos um fragmento da toxina produzida pela bactéria da coqueluche [Bordetella pertussis]”, relata.

Diante dos resultados promissores, a mesma plataforma vem sendo empregada na busca de novas e melhores vacinas contra coqueluche, tuberculose, pneumonia (causada por Streptococcus pneumoniae ou pneumococo) e esquistossomose, bem como no tratamento do câncer de bexiga (caso em que se usa a vacina para “acordar” o sistema imune, estimulando-o a atacar o tumor).

Nos experimentos feitos com o modelo animal de tuberculose, observou-se que a BCG recombinante reduz em cem vezes a quantidade de bactéria no pulmão e também diminui a inflamação no órgão. “Ao tentar matar a bactéria, as células de defesa acabam atacando tudo o que está por perto e causam lesão nos tecidos. Mas o pulmão dos animais imunizados com a BCG recombinante é branquinho, menos inflamado. Agora, ao detalhar o mecanismo de ação das duas vacinas, a gente entende por que isso acontece”, diz Cerqueira Leite.

Toda a parte de sequenciamento de RNA foi conduzida em Shenzhen, na China, pela empresa BGI, que presta serviços de genômica para laboratórios de todo o mundo. Colaboraram nos estudos pesquisadores do Shenzhen Institute of Advanced Technology, da Universidade de São Paulo (USP), Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia, das farmacêuticas Novartis e GSK, do Institut Pasteur e da Universidade Federal de Goiânia (UFG), entre outros parceiros.

Antes de iniciar os estudos clínicos, o grupo pretende fazer mais uma rodada de testes em bovinos. Segundo Cerqueira Leite, a expectativa é que produção dos lotes experimentais do imunizante ocorra em 2025 e que os ensaios comecem no ano seguinte. “Em humanos poderíamos iniciar em seguida, mas será mais caro e precisaremos conseguir o financiamento.”

Para saber mais sobre a FAPESP Week China acesse: fapesp.br/week/2024/china.

 

Karina Toledo, de Shenzhen
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/resultados-de-nova-vacina-contra-a-tuberculose-sao-apresentados-na-fapesp-week-china/52127

 

Resultados de nova vacina contra a tuberculose são apresentados na FAPESP Week China

À esquerda, pulmão de camundongo não imunizado e infectado
 com 
M. tuberculosis; à direita, pulmão dos animais imunizado
com a vacina BCG recombinante e posteriormente infectados
(
crédito: Instituto Butantan)

Pesquisadores do Instituto Butantan e colaboradores desvendam por que a BCG recombinante induz uma resposta mais intensa e duradoura que a vacina convencional 

 Pesquisadores do Instituto Butantan e colaboradores estão desenvolvendo uma versão mais potente da vacina BCG, que protege contra a tuberculose. Enquanto o imunizante convencional reduziu em 90% a infecção nos experimentos com camundongos, com a chamada BCG recombinante o índice de proteção subiu para 99%. Além disso, a nova formulação protegeu os animais por um período significativamente mais longo.

“A BCG é a primeira vacina que recebemos ao nascer e ela de fato é efetiva na proteção de crianças. Mas a imunidade contra a doença tende a cair na vida adulta e, como as bactérias estão se tornando resistentes aos antibióticos, ninguém está seguro. Tem sido feito um esforço mundial para tentar melhorar a prevenção da tuberculose pulmonar adulta. Hoje são registrados cerca de 10 milhões de novos casos e 1,5 milhão de mortes por ano no mundo”, diz à Agência FAPESP Luciana Cezar de Cerqueira Leite, pesquisadora do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Butantan apoiada pela FAPESP.

Para entender por que a BCG recombinante leva a uma resposta imune mais intensa e duradoura, o grupo do Butantan e colaboradores de diversos países têm adotado uma abordagem conhecida como biologia de sistemas – que resumidamente consiste em observar no modelo animal o comportamento de milhares de genes, em diferentes tecidos (principalmente pulmão e linfonodos), ao longo de toda a montagem da resposta imune. Tal empreitada envolve o sequenciamento de centenas de amostras, seguido por um intenso trabalho de bioinformática e mineração de dados.

O tema foi abordado por Cerqueira Leite no dia 29 de junho, durante palestra apresentada na FAPESP Week China. O painel, dedicado a temas de saúde e biomedicina, também contou com a participação de Zhang Zhiyong, da Universidade de Medicina de Guangzhou; Pedro Moraes-Vieira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Xin Jin, cientista-chefe de Pesquisa da empresa chinesa BGI; e Dan Zhang, cofundador da empresa Hillgene BioPharma, também da China. Os mediadores foram Xin Jin (BGI) e Simone Appenzeller (Unicamp).

“A gente sequenciou todo o RNA que foi expresso e está presente em amostras coletadas em vários momentos: antes de o animal ser imunizado, sete e 90 dias após a imunização – quando é feito o desafio [a bactéria é inoculada no nariz dos roedores] – e sete e 90 dias após o desafio”, conta Cerqueira Leite.

Foram comparadas amostras de três grupos de camundongos: um não imunizado, outro que recebeu a BCG convencional e um terceiro vacinado com a BCG recombinante. Em cada momento de análise, foram comparados quais genes estavam com a expressão aumentada ou diminuída nos diferentes grupos.

“Já com sete dias de imunização foi possível ver uma mudança bem grande no grupo que recebeu a versão recombinante: cerca de 200 genes já estão sendo ativados, enquanto no grupo da BCG convencional ainda não estava acontecendo quase nada. Depois de 90 dias, a resposta à BCG convencional já começa a cair, enquanto no grupo recombinante ela se mantém. Mas a grande novidade é que as duas vacinas atuam por caminhos metabólicos bem diferentes e nós conseguimos mapeá-los. Os dados serão publicados em breve”, revela a pesquisadora.


Apenas 14% dos recursos da Lei Federal de Incentivo ao Esporte são destinados às OSCs das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Rede de capacitação faz mapeamento de inscritos em projeto e mostra que ainda há muito espaço nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

 

De acordo com o Mapa das Organizações da Sociedade Civil, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 40% das quase 880 mil OSCs brasileiras estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Ao mesmo tempo, ainda segundo o Instituto, essas regiões somam apenas 14%, aproximadamente R$ 35,5 milhões de todo o recurso movimentado pela Lei Federal de Incentivo ao Esporte, um total de R$ 253,7 milhões, enquanto as regiões Sudeste e Sul concentram o percentual restante. 

De acordo com Fernando Salum, Diretor Executivo da Rede Igapó e Nexo Investimento Social, esses números mostram o quanto algumas áreas do país carecem de aportes que poderiam ser utilizados para transformar vidas. “Temos um cenário no qual as OSCs das regiões com maior vulnerabilidade social recebem um volume de recurso incentivado pequeno, mesmo se comparado com outros indicadores, como população e PIB. Isso se traduz em menos oportunidades de desenvolvimento institucional e de investimento em atividades de extrema importância social”, diz. 

Com o intuito de promover maior igualdade na divisão de recursos entre as regiões, a Rede CT - Capacitação e Transformação, rede de desenvolvimento de empreendedores sociais esportivos para uso de leis de incentivo criada pela Rede Igapó e Nexo Investimento Social, junto ao Instituto Futebol de Rua, deu início a um programa de capacitação de representantes de OSCs das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por meio de aulas e mentorias, para poderem usufruir de mecanismos da Lei Federal de Incentivo ao Esporte e captarem recursos. Ao todo, são 328 instituições que estão inscritas, o que significa um impacto a mais de 170 mil pessoas. 

Dados levantados pela Rede CT mostram que, das organizações aprovadas para participarem do projeto, 54% estão localizadas em cidades do interior de seus estados e apenas 6% conseguem arcar com os custos fixos de seus projetos e financiar outros com frequência. O estudo indica ainda que 43% não possuem a capacidade de pagar suas despesas obrigatórias. Por fim, 67% das OSCs nunca atuaram com mecanismos de incentivos fiscais, o que mostra a quantidade de projetos que deixaram de arrecadar verba para se manter ou investir em suas causas. 

“Sendo o esporte um grande vetor de transformação social, temos um cenário onde os territórios que mais necessitam de recursos são justamente os que menos recebem via Lei Federal de Incentivo ao Esporte. Iniciativas como a rede CT se tornam assim fundamentais para mitigar um panorama de desigualdade que só pode ser alterado a partir da mobilização das OSCs, da iniciativa privada e do poder público, de forma que esse tripé desenhe em conjunto estratégias de descentralização de recursos financeiros e intelectuais visando a transformação social”, finaliza o executivo. 

O programa é dividido em duas etapas: capacitação, composta por aulas online, com material didático e profissionais da área; e mentoria, para algumas das OSCs que se destacarem durante o período de capacitação, em que receberão um acompanhamento mais próximo. As organizações serão divididas em três turmas e, após o início das aulas, cada turma levará quatro meses até o fim da mentoria.

  

Rede CT - Capacitação e Transformação

 

Poupatempo informa: unidades estarão fechadas no dia 9 de Julho, feriado da Revolução Constitucionalista

 

Opções digitais continuam mantidas, com 1,2 mil serviços; na segunda-feira (8/7), o atendimento será normal 

 

O Poupatempo informa que na terça-feira (9/7) não haverá atendimento presencial nos 242 postos do Programa, em função do feriado estadual do dia da Revolução Constitucionalista. Importante destacar que na segunda-feira (8/7), todas as unidades funcionam normalmente, bem como na quarta-feira (10/7), mediante agendamento prévio.  

Durante o feriado, as opções digitais seguem disponíveis à população, no portal (www.poupatempo.sp.gov.br), aplicativo Poupatempo SP.GOV.BR, totens de autoatendimento ou ainda pelo WhatsApp, no número (11) 95220-2974. 

Já são 1,2 mil serviços 100% digitais oferecidos, como a renovação de CNH, licenciamento de veículos, consulta de IPVA, Carteira de Trabalho Digital, seguro-desemprego, atestado de antecedentes criminais, entre outros. 

O app Poupatempo SP.GOV.BR faz parte da estratégia de transformação digital executada pela Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD) e pela Prodesp – empresa de Tecnologia do Estado de São Paulo.


Educação SP contrata professores para recuperação de defasagem escolar nos anos finais do Ensino Fundamental

Candidatura dos professores tutores pode ser registrada entre os dias 5 e 17 de julho; eles vão atuar na recuperação do aprendizado de língua portuguesa e matemática

 

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) publicou na quarta-feira (3), no Diário Oficial do Estado, o edital de abertura de inscrições para o processo seletivo interno para a atuação no projeto de professor tutor para os anos finais do Ensino Fundamental. Docentes  interessados em atuar na ação da Educação que tem como objetivo recuperar defasagens nas disciplinas de língua portuguesa e matemática podem se candidatar entre os dias 5 e 17 de julho.

 

As inscrições devem ser feitas por meio do portal do Banco de Talentos da Seduc-SP, no link: https://bancodetalentos.educacao.sp.gov.br/. A seleção é destinada a professores efetivos, não efetivos, contratados e candidatos à contratação que estejam com inscrição ativa no processo de atribuição de classes e aulas deste ano.

 

A contratação desses profissionais será feita por meio de 20 diretorias de ensino da capital, região metropolitana e  interior para as 200 escolas que serão contempladas com a tutoria. As unidades foram definidas pela Educação com base nos resultados abaixo da média estadual na última edição do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo).

A tutoria é destinada a estudantes com defasagens de leitura e operações matemáticas oriundas dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Cada unidade escolar vai receber o apoio de dois professores tutores, um dedicado a turmas de língua portuguesa e outro de matemática. A contratação desses profissionais, cuja jornada docente será de 25 horas semanais, levará em conta a formação prioritária acadêmica em pedagogia ou curso normal superior e experiência em alfabetização. O objetivo é que eles adotem, durante as aulas, estratégias e práticas pedagógicas que melhorem e recuperem a aprendizagem prevista a cada idade-série. 

Como etapa do período de inscrições, os candidatos serão avaliados através de uma videoaula gravada, que simulará uma aula presencial com duração entre cinco a sete minutos. A seleção considerará critérios como articulação da aula, conhecimento em metodologias ativas, gestão do tempo de aula, entre outros. Após esse período, a lista de professores será disponibilizada às diretorias de ensino em 22 de julho e essas regionais devem organizar entrevistas pessoais entre os dias 25 de julho e 1º de agosto.

A classificação final dos candidatos será divulgada no site de cada uma das 20 diretorias de ensino, e a validade do cadastro será de um ano, a partir da publicação dos resultados finais. Todos os detalhes sobre o processo seletivo estão disponíveis no edital completo, acessível através do Banco de Talentos da Educação.

 

Concurso público

A seleção de professores tutores é destinada a docentes que já fazem parte da rede estadual de ensino ou que estão com cadastro ativo para atuação por tempo determinado e que têm a possibilidade de atribuir 25 aulas semanais. 


No segundo semestre de 2024, a Secretaria organiza o chamamento de 15 mil docentes aprovados no concurso público do ano passado e a expectativa é que eles tenham aulas atribuídas para o início do ano letivo de 2025.



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