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sexta-feira, 7 de junho de 2024

Médicos Sem Fronteiras alerta que o aumento da desnutrição entre crianças requer ação urgente no norte da Nigéria

Número de casos atendidos pelas equipes da organização dobrou em alguns locais em relação ao ano passado. 

 

Nas últimas semanas, as instalações de Médicos Sem Fronteiras (MSF) no norte da Nigéria registraram um aumento expressivo no número de admissões de crianças com desnutrição grave, algumas delas com complicações potencialmente fatais. Em alguns locais, o aumento dos atendimentos dobrou em relação ao ano passado. É uma situação terrível, uma vez que o elevado número de pacientes e o aumento dos casos de desnutrição estão ocorrendo antes do pico esperado, que normalmente acontece em julho.

"Estamos tendo de recorrer a colchões no chão para tratar os pacientes porque as nossas instalações estão lotadas. As crianças estão morrendo. Se não forem tomadas medidas imediatas, mais vidas estarão em perigo. Todos precisam intervir para salvar vidas e permitir que as crianças do norte Nigéria se livrem da desnutrição e de suas consequências desastrosas, que a longo prazo podem ser fatais”, defende o Dr. Simba Tirima, representante nacional de MSF na Nigéria.

A assistência humanitária deve ser urgentemente intensificada. MSF apela às autoridades nigerianas, organizações internacionais e instituições doadoras para que tomem medidas imediatas para diagnosticar e tratar crianças com desnutrição, prevenindo complicações e evitando mortes. Também pedimos para que esses atores se envolvam em iniciativas sustentáveis e de longo prazo para reduzir as causas relativas a este problema urgente.

“Temos alertado sobre o agravamento da crise de desnutrição nos últimos dois anos. Os anos de 2022 e 2023 já foram críticos, mas um quadro ainda mais sombrio se desenrola em 2024. Não podemos continuar repetindo esses cenários catastróficos ano após ano. O que é preciso fazer para que todos percebam e tomem alguma atitude?", indaga o Dr. Tirima.

 

Número de admissões dobra em Maiduguri

Em abril de 2024, a equipe médica de MSF em Maiduguri, no nordeste da Nigéria, atendeu 1.250 crianças com desnutrição grave e complicações no centro de nutrição terapêutica intensiva, o dobro do número em relação a abril de 2023. Forçado a aumentar urgentemente a capacidade, no final de maio, o centro acomodou 350 pacientes, ultrapassando em muito os 200 leitos inicialmente designados para a época de pico da desnutrição, que é de julho a agosto.

Também no nordeste da Nigéria, a instalação operada por MSF no hospital Kafin Madaki, no estado de Bauchi, registrou um aumento significativo de 188% no número de admissões de crianças com desnutrição grave durante os primeiros três meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.

Na parte noroeste do país, no estado de Zamfara, os centros intensivos em Shinkafi e Zurmi receberam até 30% mais pacientes em abril em comparação com março. A instalação de Talata Mafara registrou um aumento de cerca de 20% no mesmo período. De forma semelhante, em abril, as instalações intensivas de MSF em grandes cidades como Kano e Sokoto reportaram aumentos alarmantes, de 75% e 100%, respectivamente. O centro de nutrição terapêutica no estado de Kebbi também documentou um aumento de mais de 20% nas admissões de março a abril de 2024.

Apesar da situação alarmante, a resposta humanitária global continua inadequada. Outras organizações sem fins lucrativos ativas no norte da Nigéria também estão sobrecarregadas. A Organização das Nações Unidas (ONU) e as autoridades nigerianas emitiram um apelo urgente em maio no valor de US$ 306,4 milhões para responder às necessidades nutricionais imediatas nos estados de Borno, Adamawa e Yobe. No entanto, isso será insuficiente, ao ignorar outras partes do norte da Nigéria onde as necessidades também superam a capacidade atual das organizações para responder de forma adequada.

 

Situação catastrófica

A situação nutricional catastrófica observada nos últimos anos no norte da Nigéria exige uma resposta maior. A região já é persistentemente excluída da resposta humanitária formal, e as reduções no limitado financiamento disponível para o noroeste também afetaram perigosamente o fornecimento de alimentos terapêuticos e suplementares cruciais.

Esses fornecimentos estiveram completamente indisponíveis no estado de Zamfara durante os primeiros quatro meses deste ano e agora só estão disponíveis em quantidades menores. Com a redução, só é possível fornecer tratamento para casos de desnutrição mais graves, comprometendo uma resposta eficaz que também trate a desnutrição em uma fase mais precoce da sua progressão e evite expor as crianças a um maior risco de mortalidade.

“Estamos alarmados com a redução da ajuda nestes tempos críticos. Diminuir o apoio nutricional apenas às crianças com desnutrição grave é o mesmo que esperar que uma criança fique gravemente doente antes de fornecer os devidos cuidados. Pedimos para que os doadores e as autoridades aumentem urgentemente o apoio às abordagens curativas e preventivas, garantindo que todas as crianças com desnutrição recebam os cuidados de que necessitam urgentemente”, afirma o Dr. Tirima.

A persistente crise de desnutrição no norte da Nigéria decorre de uma variedade de fatores, como inflação, insegurança alimentar, infraestrutura de saúde insuficiente, problemas de segurança contínuos e surtos de doenças agravados pela baixa cobertura vacinal.

O combate à desnutrição aguda no norte da Nigéria requer medidas preventivas e curativas. A criação e o reforço de instalações e programas de saúde capazes de diagnosticar e tratar de forma eficaz a desnutrição são medidas necessárias e urgentes. Além disso, reforçar os programas de vacinação que podem ajudar a prevenir doenças evitáveis; ampliar o acesso a alimentos nutritivos por meio de iniciativas agrícolas e programas de distribuição de alimentos e melhorar as condições da água e do saneamento são passos fundamentais.

 

Vale a pena? Conheça cinco vantagens de comprar um carro seminovo

Imagem de senivpetro no Freepik

Valor do seguro, menor depreciação e preços mais baixos fazem a diferença na hora da escolher um seminovo, diz especialista 

 

Ter o carro próprio é o sonho de muitos brasileiros, mas como o valor de um zero acaba sendo muito elevado, comprar um veículo seminovo pode ser uma opção vantajosa para muitos consumidores. Para quem está na dúvida se vale ou não a pena adquirir um seminovo, Ycaro Martins tem 20 anos de experiência no setor automotivo e listou as cinco principais vantagens:

  • Preço mais baixo:
    Veículos seminovos geralmente são mais baratos do que carros novos. Então para quem busca investir um pouco menos, essa é uma boa solução. “Isso se deve à depreciação inicial, que ocorre rapidamente nos primeiros anos de vida do veículo, por isso que mesmo em ótimo estado, eles sempre têm um valor menor”, disse o CEO e sócio-fundador da Vaapty, que é pioneira do franchising no segmento de intermediação de venda de veículos.
  • Menor depreciação
    Um carro novo pode perder até 20% do seu valor no primeiro ano, enquanto a depreciação de um seminovo é menos acentuada. Adquirir um carro de segunda mão acaba sendo vantajoso porque a depreciação é mais lenta. 
  • Seguros mais baratos
    O valor da proteção veicular pode variar bastante de um modelo para outro, assim como por conta do perfil do motorista e coberturas contratadas, mas no geral, o custo do seguro de um veículo seminovo tende a ser menor do que o de um carro novo, devido ao menor valor de reposição.
  • Customizações e acessórios:
    É possível encontrar veículos seminovos já equipados com acessórios e melhorias feitas pelo proprietário anterior, sem custo adicional.
  • Mais informações disponíveis
    Existem mais dados sobre a confiabilidade e o desempenho de modelos específicos, uma vez que eles já estão no mercado há algum tempo. Com isso, fica mais fácil pegar referências e informações antes de comprar um seminovo.

“A escolha do carro ideal é muito pessoal e impacta diretamente a vida do motorista a longo prazo. Por isso, antes de tomar uma decisão, observe outros pontos além do preço. Saber se o índice de roubo é alto ou baixo, se é um carro mais econômico ou não, nacional ou importado e se as peças e a manutenção do veículo são acessíveis. Observe também as tecnologias e se o veículo combina com você e seu estilo de vida. Tudo isso precisa ser levado em consideração para garantir conforto e segurança”, explica Ycaro Martins.

Comprar um veículo seminovo pode ser uma excelente maneira de economizar dinheiro e ainda obter um carro de qualidade, desde que você tome as precauções necessárias.

 

Vaapty


Novos projetos, novo jeito de pensar

Começar um novo projeto dentro da empresa, em diversas situações, é muito desafiador, porque requer um planejamento, recursos e negociações com stakeholders para que tudo aconteça da maneira correta. E mesmo empregando tudo ou quase tudo necessário nesta etapa de planejamento, é comum escutar: “Poxa, mais um projeto para isso?”. Pois é, existem maneiras de evitar que as pessoas da organização pensem dessa forma.

O principal problema quando decidimos implementar um novo projeto está relacionado à priorização. Você precisa ter claro o que o projeto vai trazer de benefícios e quais questões vai ajudar a resolver. Podemos considerar esses pontos como básicos, mas grande parte das empresas não age assim e as que agem, não executam essa tarefa bem.  E isso ocorre porque não conseguem sair do habitual, adotar o famoso ‘Think outside de box’ (pense fora da caixa), pois estão pensando no esforço e não no principal, que são os resultados.

Aliado a isso, você deve ter as respostas para algumas perguntas que eventualmente os colaboradores farão: “Por que estamos começando mais um projeto?” e “Qual resultado esperamos?”. Acredite em mim, pensar por resultados vai conseguir mudar toda a dinâmica dos seus projetos, pois estes serão o guia para você se organizar, priorizar e atingir suas metas.

Outro ponto importante é conseguir trazer valor no curto prazo. O que isso quer dizer? É comum que os projetos tragam resultados apenas a longo prazo, no entanto, é essencial mudarmos essa mentalidade e comer o boi em bifes. Ou seja, fatiar e desmembrar, para conseguir gerar valor o quanto antes, promovendo um acompanhamento com disciplina e focando na comunicação com o time.

Veja como isso que estou falando não é de hoje. Segundo um estudo realizado em 2015 pelo Project Management Institute Brasil (PMI) com 300 grandes empresas brasileiras, cerca de 76% do fracasso dos projetos teve como causa falhas na comunicação. E quase uma década depois, percebemos que o dado continua atual, visto que uma comunicação com ruídos segue gerando problemas. Você mesmo pode constatar isso na sua realidade.

Uma gestão baseada em OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados) -, pode ser útil para evitar que falhas assim aconteçam, já que uma das premissas é alinhamento constante entre os integrantes da equipe, para que todos estejam na mesma página. Isso ajuda a evitar ruídos na comunicação, além de gerar uma aproximação maior, facilitando para que exista mais sinergia e os colaboradores se empenhem para trabalhar em equipe de maneira coesa.

Afinal, é de responsabilidade do líder do projeto garantir que todos os colaboradores tenham de fato compreendido o propósito e as mudanças advindas da implementação dele, entendendo assim, a razão de estarem se engajando para transformar a ideia em realidade. Pois, sejamos sinceros, um time que não acredita no projeto acabará frustrado no final do dia, não entregando a melhor performance.

Além disso, os OKRs vão auxiliar a reavaliar a rota, caso necessário, durante a execução do projeto, pois você vai precisar ficar de olho se o resultado esperado está sendo alcançado ou não. E este mesmo racional vai te ajudar a fazer uma melhor priorização do portfólio de projetos. O que isso significa? Se você aprender a pensar por resultado, vai decidir melhor quais projetos devem ser implementados e vai desperdiçar menos tempo e recursos neste “mais um projeto”, que escutamos com tanta frequência dos colaboradores. 



Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/


Especialista dá dicas de como fazer um networking eficiente

wavebreakmedia_micro no Freepik
Ter uma boa rede de contatos e estar sempre em constante formação profissional são fundamentais para se sobressair no mercado de trabalho 

 

Um networking bem feito pode aumentar as oportunidades de sucesso profissional. Por meio da convivência e do apoio de pessoas com propósitos e objetivos similares, é possível melhorar projetos, fazer uma rede de contatos, ter a chance de se destacar e ganhar visibilidade frente a importantes públicos de interesse. Pedro Paixão, CEO e fundador da Ultra Cursos, rede de escolas de ensino profissionalizantes, dá cinco  dicas para quem quer fazer um networking eficiente:

  • Saiba se apresentar - Seja acessível e interessante, alguém em que as pessoas vão se inspirar. Também saiba ouvir o que os outros têm a dizer, mostre interesse e faça perguntas. Enxergar o sucesso dos profissionais do seu setor como algo positivo, e não como uma competição, é uma atitude que mostra o seu desenvolvimento como ser humano.
  • Invista constantemente em formação - A sala de aula é um local perfeito para criar habilidades técnicas e de interação social, que contribuem para crescimento profissional e pessoal. Sendo assim, invista em cursos, seja de curta ou longa duração, que o torne um especialista em determinado assunto. 
  • Conecte-se com outras pessoas - Além dos ambientes de trabalho e também aqueles de capacitação, como fóruns, treinamentos, cursos, faculdade, MBA, entre outros, ainda é possível ativar a sua rede de networking pela internet. Então crie seu próprio site ou blog e use as mídias sociais, por exemplo. “Também participe de eventos como feiras e convenções sobre o seu segmento de atuação e faça atividades fora do ambiente profissional, que possibilitam render ótimas conexões”, destaca Paixão.
  • Esteja disposto a trocar conhecimento - Você precisa ser bem informado em relação ao mundo e a sua área de atuação. Dessa forma, você se mantém interessante e consegue interagir com as outras pessoas com conversas construtivas. Mas atente-se a um detalhe importante: para assegurar o sucesso do networking, também é importante estar aberto para ouvir o que o outro tem a dizer. Dessa forma, você cria conexões saudáveis e produtivas ao longo do tempo.
  • Mantenha uma frequência com os contatos - Se você acha que adicionar um contato é fazer uma rede de relacionamento, está enganado! O networking só funciona se você consegue manter contato com as pessoas, identificar como elas estão e fazer com que elas saibam como anda a sua carreira. “Por isso, é preciso dedicar tempo e esforço para que o interesse pelas pessoas seja verdadeiro e não buscá-las apenas quando estiver precisando de ajuda. Dessa forma, você mantém o contato ativo, aumentando as chances da conexão ser efetiva”, finaliza o executivo.

 

Ultra Cursos

 

Trabalhadoras autônomas agora têm direito a salário-maternidade

Acesso ao benefício, que inclui ainda licença remunerada de 120 dias, está condicionada a uma única contribuição ao INSS

As mulheres que trabalham sem Carteira Assinada, portanto fora do regime da CLT, agora também têm acesso ao salário-maternidade sem prazo mínimo de carência. A nova interpretação foi dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um dispositivo da Reforma da Previdência de 1999. Até então, a lei determinava que as autônomas só tinham direito ao benefício caso tivessem realizado pelo menos dez contribuições ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

“Foi uma decisão histórica, com 25 anos de atraso! E ela veio a partir de uma boa dose de bom senso”, celebra a Dra. Nayara Felix, advogada do escritório Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócios. “A decisão do STF respalda-se na própria Constituição Federal, quando esta trata da isonomia entre trabalhadoras celetistas e autônomas e outras. Este princípio estabelece igualdade de todos perante a lei, sem qualquer margem para discriminação. Mas era exatamente isto o que acontecia até então no que se refere ao direito à licença-maternidade”, completa.

Segundo a jurista, as trabalhadoras formais já tinham o direito de dispor do salário-maternidade mediante uma única contribuição à Previdência. Com a decisão da Suprema Corte, isso passa a atender todas as demais trabalhadoras – sejam elas autônomas, trabalhadoras rurais ou mesmo as que realizam contribuições facultativas, ou seja, que contribuem com o INSS mesmo sem ter uma fonte de renda, apenas para obter o direito ao Regime Geral da Previdência Social.

“Com isso, qualquer trabalhadora ou contribuinte do INSS pode ter acesso à licença de 120 dias e do pagamento do salário-maternidade. E isso vale tanto para uma mulher que esteja na iminência de passar por um parto ou que esteja em concluindo um processo de adoção legal. O que temos agora é tratamento mais justo e igualitário para todas as mulheres, independentemente do seu regime de trabalho”, esclarece a advogada da MSL.

Demanda cresce, mas não só pela decisão do STF

A decisão do Supremo, que por sinal foi apertada – 6 votos a 5 –, tende a elevar num curto prazo as solicitações pelo salário-maternidade. No entanto, os números do INSS mostram que essa procura já vinha numa tendência de alta. Somente entre 2015 a 2023, houve um aumento de 162,5% no número de pedidos de mulheres pelo benefício. Somente no ano passado, foram 86.309 pedidos, ante 32.876 há quase dez anos.

“É importante que as mulheres sejam melhor resguardadas pela própria legislação trabalhista. Essa falta de isonomia perdurou silenciosamente por mais de duas décadas, e o que houve agora foi uma correção necessária, ainda que protocolar, considerando-se a Constituição”, pontua a Dra. Nayara Felix de Souza. “As mulheres devem se resguardar juridicamente, acompanhar-se de um advogado especializado para que a decisão do STF faça valer imediatamente à sua demanda. Quanto mais protegida, mais fácil será seu acesso ao benefício”, finaliza.


Transformando a gestão de pessoas: especialista aponta como as rotinas operacionais podem ser a chave para o sucesso de uma clínica

 SIS Consultoria mostra como oftalmologistas, dermatologistas e demais médicos podem se beneficiar de processos estruturados 

 

Dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, apontam: a correta utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) pode reduzir em até 85% a transmissão de doenças infecciosas. Este é apenas um dos pilares da rotina de segurança de uma clínica ou hospital. Por isso, é grande a importância de estabelecer sistemas operacionais do setor, uma estratégia de gestão de pessoas e empresas de saúde que pode literalmente salvar vidas. 

De acordo com o Dr. Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, empresa especializada na gestão de clínicas e hospitais, a compreensão das dinâmicas humanas de uma empresa é um dos pilares para tornar o negócio sustentável no longo prazo. “Embora cada paciente seja único, na rotina de um consultório ou clínica há inúmeras recorrências, da recepção à higienização”, comenta.  

Ele acrescenta que todas elas precisam ser mapeadas para que cada colaborador entenda seu papel e responsabilidade na manutenção daquele ecossistema. “Qualquer gestor bem-sucedido precisa passar pela gestão de pessoas. Só assim, será possível compreender sua equipe, diagnosticar seus protocolos e potenciais e corrigir possíveis falhas operacionais”, diz. 

A análise envolve a identificação e avaliação minuciosa de todos os processos internos dos consultórios. Esse levantamento visa a eliminar gargalos, aumentar a produtividade e assegurar que todas as etapas sejam realizadas de forma eficiente, organizada e segura. Com uma equipe bem treinada e normas bem definidas, os consultórios e clínicas podem oferecer um atendimento de qualidade superior, aumentando a satisfação dos pacientes e fortalecendo sua reputação. Isso se traduz em clientes fidelizados. 

A gestão de pessoas bem estruturada contribui diretamente para a eficiência e qualidade do atendimento nas clínicas. Isto é ainda mais verdadeiro quando envolve especialidades que requerem tratamentos prolongados, como pode ser o caso da oftalmologia e dermatologia.  

A contratação de profissionais qualificados é o primeiro passo para garantir que os pacientes recebam um atendimento de excelência. O processo de recrutamento deve ser rigoroso e focado em identificar candidatos com as habilidades técnicas necessárias e que compartilhem dos valores e missão da clínica.

Após a contratação, o treinamento contínuo é essencial. Ele não só melhora a competência técnica da equipe, mas também aumenta a confiança dos colaboradores em lidar com diversas situações clínicas, resultando em um atendimento mais eficiente e seguro para os pacientes. 

“Além do treinamento técnico, a gestão de pessoas envolve o desenvolvimento de habilidades interpessoais. Profissionais que sabem se comunicar de forma clara e empática tendem a criar um ambiente mais acolhedor e confortável para os pacientes”, complementa o Dr. Éber Feltrim. 

Esse tipo de atendimento humanizado é especialmente importante em especialidades como oftalmologia e dermatologia, onde uma relação duradoura se desenvolve entre paciente e equipe médica.  

Os benefícios são inúmeros. A melhoria da eficiência operacional é um dos principais resultados, já que processos otimizados e rotinas bem definidas contribuem para um ambiente de trabalho mais organizado e produtivo. A qualidade no atendimento também é significativamente aprimorada, uma vez que normas claras e colaboradores bem treinados resultam em um serviço mais consistente e de alta qualidade.  

Com um olhar cuidadoso para a gestão de pessoas, a SIS Consultoria mostra que o desenvolvimento de normas e rotinas operacionais para os colaboradores tem como objetivo estabelecer procedimentos claros e padronizados, garantindo consistência na prestação dos serviços e elevando a qualidade do atendimento. Assim, todos saem ganhando. 




Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas. Acesse https://eberfeltrim.com.br/


SIS Consultoria
Para mais informações, acesse o site ou pelo Instagram.

 

Sebrae lança Programa "Juntos, a Gente Supera" para o Rio Grande do Sul

Pacote de medidas prevê investimentos na ordem de R$ 102 milhões em ações no Programa de Recuperação Emergencial para o estado

 

O plano “Juntos, a Gente Supera” será implementado em 90 dias com o objetivo de garantir a sobrevivência dos pequenos negócios no Rio Grande do Sul. Estima-se que pelo menos 600 mil microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas tenham sido atingidos com as enchentes que assolam o estado há mais de um mês. O plano de trabalho foi apresentado pela diretoria do Sebrae no Rio Grande do Sul para o presidente do Sebrae, Décio Lima; e para o diretor-técnico do Sebrae, Bruno Quick.

O plano de ação tem como fundamento o diagnóstico da situação e o entendimento das necessidades da região. A partir deste levantamento, todo o trabalho será executado em três frentes: sobrevivência, com foco no mercado e na gestão do negócio; operacionalização, com a reconstrução do acesso a serviços financeiros; e no desenvolvimento da governança dos territórios.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, explicou que no primeiro momento os esforços foram humanitários, de apoio as famílias gaúchas: “Como prefeito por oito anos de Blumenau (SC) pude viver situações desta natureza, agora, precisamos ser rápidos na recuperação dos pequenos negócios, pois eles são os grandes geradores de emprego e renda. O planejamento dos empreendedores ficou completamente destruído pela situação dramática que essas empresas estão vivendo”, afirmou.

Décio Lima lembrou ainda que o Sebrae vai trabalhar em várias medidas, incluindo o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) da instituição. “No Rio Grande do Sul, o Fampe terá cobertura de 100%. Para isso, precisamos trabalhar junto às cooperativas de crédito e às instituições financeiras do estado para que o crédito chegue aos empreendedores. O plano de emergência é do RS, apoiado pelo Sebrae Nacional”, ressaltou.

O pacote de medidas prevê investimentos na ordem de R$ 102 milhões em ações no Programa de Recuperação Emergencial para o estado. “O Juntos, a Gente Supera” busca a reconstrução do estado, por meio do Sebraetec Supera, com assessoria de negócios, consultorias e atendimento especializado no acesso a crédito”, explicou o diretor-técnico e superintendente interino do Sebrae no Rio Grande do Sul, Ariel Berti.

No âmbito dos territórios, os programas Líder e Cidade Empreendedora, do Sebrae, serão estratégicos. “Todo o aprendizado do Rio Grande do Sul será útil, pois teremos que atuar por meio dessas duas frentes para garantir a reconstrução das cidades. Com isso, estruturar uma metodologia para construção de um plano para retomada do desenvolvimento econômico com foco nas micro e pequenas empresas. Estamos sendo desafiados para uma nova lógica, o aprendizado nos leva a repensar o método e sermos mais ágeis”, explicou o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick.

A diretora de administração e finanças do Sebrae no Rio Grande do Sul, Eliana Lélia da Silva, lembrou que o programa inclui também apoiar os colaboradores do Sebrae local que foram atingidos. “Cerca de 26 colaboradores foram atingidos, desta forma, entre apoio psicológico e ajuda de custo, estamos destinando um fundo emergencial de R$ 1 milhão para apoiar aos colaboradores afetados”, afirmou.

Juntos, a Gente Supera

O programa Juntos, a Gente Supera tem o objetivo de retomar os negócios no Rio Grande do Sul por meio de uma matriz de atuação. A sobrevivência das empresas, a manutenção dos empregos e o faturamento serão os principais indicadores do programa. Conheça as principais ações:

Sebraetec Supera: consultoria para avaliação do espaço físico e elaboração do plano de ação para reabertura do negócio. Serão destinados até R$ 15 mil para os pequenos negócios custearem os reparos, serviços e aquisições necessárias para voltar a funcionar. A meta é atender até 11,5 mil pequenos negócios. Mais informações aqui.  

Linha de apoio: até o limite de R$ 3 mil para MEI, R$ 10 mil para microempresa e R$ 15 mil para pequena empresa.

Assessoria de Negócio: atender até 5 mil clientes com assessoramento às empresas, elaboração de planos de ação personalizados com foco na recuperação econômica. Com os indicadores de sobrevivência do negócio, manutenção de empregos e faturamento. 

Consultorias subsidiadas: em até 100% para a Recuperação dos Negócios, com meta de 4 mil atendimentos.


Segurança deve ser uma jornada contínua na proteção de dados corporativos


O Brasil é o maior alvo dos hackers na América Latina, registrando quase 329 mil ataques cibernéticos, o que corresponde a mais de 41% do total de 785.871 tentativas de invasão em 2023. É um número impressionante em um ano considerado pelos especialistas a ONG Identity Theft Resource Center como um dos piores em termos de ciberataques. 

E o cenário só tende a ser ainda mais desafiador com uso da Inteligência Artificial (IA), que oferece aos hackers uma capacidade cada vez maior de explorarem vulnerabilidades, e os ataques em massa automatizados via phishing, adaptados individualmente às empresas visadas, estão se tornando cada vez mais comuns. 

A IA não pode substituir os profissionais humanos, mas pode melhorar o seu trabalho eliminando as funções tediosas dos analistas de SOCs Tier1 e Tier 2, com treinamento para atuarem em funções mais estratégicas e mais desafiadoras, como analistas Tier 2 sênior e Tier 3, que lidam com os desafios mais críticos de segurança e se concentram na identificação e monitoramento proativo de ameaças e vulnerabilidades. 

Computação quântica: a nova porta de entrada dos hackers 

Além disso, especialistas já apontam os riscos que chegam com o desenvolvimento da computação quântica que, ao mesmo tempo em que cria oportunidades para melhorar a segurança cibernética, também pode gerar novos riscos, com a sua capacidade de quebrar chaves encriptográficas. 

Grande parte da criptografia atual é baseada em fórmulas matemáticas que levariam um tempo impraticavelmente longo para serem decodificados pelos computadores disponíveis atualmente no mercado. Um computador quântico, entretanto, pode facilmente fatorar esses números e decifrar o código. 

Essas novas tecnologias tornam os ataques cibernéticos mais eficazes, enquanto as crises geopolíticas criam um ambiente de risco preocupante, exigindo ações responsivas e assertivas dos líderes de segurança.

 

Pilar do sucesso corporativo

A segurança cibernética das informações e dados tem sido e será cada vez mais um dos pilares do seu sucesso corporativo. Soluções e políticas de segurança protegem seus serviços e ambiente de TI; mas acima de tudo, garantem a confidencialidade, disponibilidade e integridade de todas as informações do negócio. Essa é a única forma de evitar riscos e as consequentes perdas econômicas e, assim, salvaguardar o sucesso da organização. 

A gestão ativa da segurança da informação é um forte mecanismo de defesa contra ameaças e riscos, especialmente em tempos de ataques cibernéticos agressivos, manipulação de dados e espionagem industrial. 

Não existe espaço para dúvidas: o aumento alarmante dos ataques cibernéticos nos últimos anos, com aumento dos danos financeiros, operacionais, jurídicos e à reputação, faz com que empresas e instituições de todos os tamanhos devam considerar a segurança cibernética como uma prioridade estratégica. E as organizações terão de enfrentar o desafio da escalada das ameaças cibernéticas, necessitando de uma abordagem estratégica e diferenciada.

A base para navegar neste cenário será adotar soluções inovadoras, explorar novos modelos de prestação de serviços e adotar medidas robustas de segurança em um mundo digital cada vez mais volátil.

 

Eduardo Gomes - Gerente de Cibersegurança na TÜV Rheinland



Prorrogado prazo para inscrição no Vestibular das Fatecs

Interessado em participar do processo seletivo para o segundo semestre pode fazer a inscrição até quinta-feira (13); CPS oferece 19.515 vagas em cursos superiores de tecnologia gratuitos

 

As inscrições para o Vestibular das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado foram prorrogadas até o dia 13 junho, às 15 horas. Para participar do processo seletivo é necessário preencher a ficha de inscrição pelo site vestibularfatec.com.br e pagar a taxa de R$ 90. A prova será aplicada em 30 de junho.

O Centro Paula Souza (CPS), autarquia que administra as Fatecs, oferece para este processo seletivo 14.406 vagas em cursos superiores de tecnologia gratuitos. Outras 5.109 vagas estão reservadas para os candidatos do Provão Paulista. No total, são 19.515 vagas para a formação profissional gratuita de nível superior.

O requisito para participar do Vestibular das Fatecs é que o candidato tenha terminado ou estude no Ensino Médio, ou equivalente, desde que comprove a conclusão do curso no ato da matrícula.

É possível optar por cursos presenciais e a distância (EaD), distribuídos pelas Fatecs de todas as regiões do Estado de São Paulo. Com currículos constantemente atualizados, são 92 opções de cursos alinhados às atuais demandas do mercado de trabalho. A relação completa de cursos e vagas está disponível para consulta no site do processo seletivo.

Caso o interessado necessite, as Fatecs disponibilizam computadores e acesso à internet para que a inscrição seja realizada. Para tanto, é preciso entrar em contato com a unidade para obter informações sobre datas e horários disponíveis.


Inclusão

O Sistema de Pontuação Acrescida do Centro Paula Souza concede acréscimo de pontos à nota final obtida no exame, sendo 3% a estudantes afrodescendentes e 10% a quem tenha cursado o Ensino Médio integralmente na rede pública nacional. Quem se enquadrar nas duas situações, recebe 13% de bônus. 

Cabe ao candidato verificar na Portaria do Processo Seletivo se tem direito à pontuação acrescida, porque a matrícula não poderá ser realizada e a vaga será perdida se as informações não atenderem às condições estabelecidas em sua totalidade.

O candidato com deficiência, que necessite de condições especiais para realizar a prova, deverá indicá-las na ficha de inscrição e, também, encaminhar o laudo médico, emitido por especialista, descrevendo o tipo e o grau da necessidade, por meio de link específico na Área do Candidato, impreterivelmente, até as 15 horas do dia 13 de junho. 

O candidato transgênero que desejar ser tratado pelo nome social, deverá informar o nome social completo, no ato da inscrição, no campo específico. Caso não seja informado o nome social no ato da inscrição, não será possível solicitar a inclusão posteriormente. Também é preciso enviar durante o preenchimento da ficha, via upload, imagem do RG (frente e verso) e uma foto 3×4 recente.


Outras informações pelos telefones (11) 3471-4103 (Capital e Região Metropolitana) e 0800-596 9696 (demais localidades) ou pelo site www.vestibularfatec.com.br.


Centro Paula Souza 


A crescente judicialização da saúde e o rol taxativo da ANS

Dados recentes da Agência Nacional de Saúde (ANS) revelaram um impressionante aumento de 374% das queixas de pacientes por negativa de atendimento de operadoras de planos de saúde na última década. Várias dessas queixas desaguam no Poder Judiciário, na forma de ações que visam à cobertura de tratamentos não listados pela ANS.  

Uma das hipóteses que podem explicar esse aumento das reclamações contra empresas de plano de saúde é a maior percepção, por parte dos usuários, dos direitos que possuem em relação à operadora de seu plano de saúde. Outra hipótese óbvia é um alto índice de descumprimento das operadoras. 

Independentemente de suas causas, é certo que a judicialização de conflitos entre beneficiários e operadoras de planos de saúde é um fenômeno crescente.  

A possibilidade de coberturas pelo plano de saúde de tratamentos não incluídos na lista da ANS foi uma das controvérsias de maior repercussão na pauta do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2022. A discussão principal foi sobre a natureza da referida lista – se taxativa ou exemplificativa. Por maioria de votos, a Segunda Seção do STJ definiu que o rol da agência reguladora seria, em regra, taxativo, ou seja, sem margem para ampliações. 

Logo após essa decisão do STJ, em outubro de 2022, entrou em vigor a  lei 14.454, que instituiu novo critério, conhecido como “rol exemplificativo”.  

Segundo a lei, para os planos privados de assistência à saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999, caso o médico ou odontólogo prescreva tratamento ou procedimento não previsto no rol exemplificativo da ANS, a cobertura deverá ser autorizada pela operadora de planos de assistência à saúde se o tratamento tiver eficácia comprovada, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico, ou se houver recomendações da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) ou de ao menos um órgão de avaliação de tecnologias em saúde de renome internacional. 

Em suma, a nova lei transformou o rol taxativo em uma lista de referência, de forma a tornar imperativa a cobertura, além dos tratamentos incluídos na lista da ANS, de qualquer tratamento respaldado por recomendação médica e embasamento científico. 

Contudo, mesmo com o advento da nova lei, as operadoras têm negligenciado o seu cumprimento, com a manutenção da conduta anteriormente praticada de restringir a cobertura aos procedimentos constantes na lista divulgada pela ANS. 

Enquanto as operadoras continuarem a negar atendimento a seus filiados, a tendência que já observa é de aumento das reclamações  e das ações judiciais – com grande chance êxito, diga-se. 

A limitação imposta por um rol taxativo resulta na exclusão de milhares de pessoas de tratamentos médicos essenciais, colocando em risco suas vidas.  

Essa prática irregular não impacta apenas os segurados. Na verdade, há um efeito relevante também no Sistema Único de Saúde (SUS), que, embora tenha a pretensão de ser universal, carece de recursos para atender adequadamente a toda a população que dele necessita.  

Quando um segurado de plano privado de saúde tem um tratamento negado, muitas vezes é obrigado a se valer da cobertura universal do SUS – cobertura que deveria ter sido proporcionada pela operadora privada – e, com isso, divide ainda mais recursos públicos escassos. 

Vale lembrar que, conforme disposto na Constituição Federal de 1988, a saúde é direito de todos e dever do Estado. Além disso, são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público regular, fiscalizar e controlar as pessoas físicas e jurídicas que prestam esse serviço. 

A nós, cidadãs e cidadãos, cabe exercer a cidadania e representar contra as irregularidades identificadas, inclusive, se for o caso, acionar o Poder Judiciário para garantir a aplicação da lei e o exercício de nossos direitos.

 

Cíntia Fernandes - advogada, com atuação em Direito do Consumidor e Direito da Saúde e sócia subcoordenadora da unidade Brasília do escritório Mauro Menezes & Advogados

 

 

 

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Hemocentro São Lucas lança campanha para incentivar doação de sangue o ano todo

Freepik

O Dr. Rodrigo Santucci explica que a doação de uma única pessoa pode salvar até quatro vidas

  

O mês de junho é conhecido como Junho Vermelho, uma iniciativa para incentivar a doação de sangue no Brasil. Atualmente, menos de 2% da população brasileira doa sangue regularmente, um índice que, embora dentro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não é suficiente para atender à demanda do país. 

O Hemocentro São Lucas, referência em medicina transfusional no Brasil, está promovendo uma campanha para incentivar a população das regiões de Guarulhos, ABC, e do estado do Rio de Janeiro a doar sangue, não apenas em junho, mas durante todo o ano. 

“Os estoques de sangue e as doações caíram muito, especialmente durante a pandemia. Doar sangue é um ato de solidariedade que salva vidas, e a doação de uma única pessoa pode salvar até quatro vidas”, destaca o Dr. Rodrigo Santucci, hematologista e Diretor de Relações Institucionais Grupo Hemocentro São Lucas. 

O sangue é essencial para o tratamento de diversos pacientes que dependem deste gesto de solidariedade. A doação é a única esperança para muitos que precisam de transfusões regulares. Por isso, é crucial que mais pessoas se conscientizem e participem desse ato altruísta.

 

Quem Pode Doar 

Dr. Santucci explica que qualquer pessoa em boas condições de saúde pode doar sangue, seguindo algumas diretrizes básicas: 

Idade: Entre 16 e 69 anos (a primeira doação deve ser feita antes dos 60 anos; para doadores entre 16 e 17 anos, é necessária a presença e o consentimento formal de um representante legal).

Peso: Igual ou superior a 50 kg.

Alimentação: Estar alimentado e esperar 2 horas após o almoço.

Descanso: Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.


Intervalo entre doações: 60 dias para homens e 90 dias para mulheres (máximo de 4 doações por ano para homens e 3 para mulheres).

Condições específicas: Não estar amamentando ou grávida, não ter feito procedimentos invasivos recentes, como endoscopia, não ter tatuagens ou piercings recentes, e não ter certas condições médicas, como diabetes com uso de insulina ou epilepsia.

 

Onde Doar

  • Unidade São Bernardo do Campo: Rua Coral, 369
  • Unidade Guarulhos: Rua Santo Antônio, 95, Centro, Guarulhos
  • Unidade Rio de Janeiro: Rua Manoela Barbosa, 50, Méier, Rio de Janeiro

"A doação de sangue é um gesto simples que pode fazer uma diferença enorme na vida de muitas pessoas. Participe da campanha Junho Vermelho e ajude a salvar vidas. Doe sangue, doe vida", finaliza Dr. Rodrigo Santucci.


Síndrome do Coração Partido: Quando o sofrimento emocional causa problemas físicos

Foto de Marta Nogueira 

 Sintomas se assemelham a um infarto do miocárdio, com dor no peito, falta de ar, palpitações e até mesmo desmaios repentinos


A Síndrome do Coração Partido nem sempre é sinônimo de decepção amorosa - ela pode ser ocasionada pelo estresse emocional. Também conhecida como cardiomiopatia induzida por estresse ou Síndrome de Takotsubo, ela é caracterizada por sintomas que se assemelham a um infarto do miocárdio, embora não haja obstrução das coronárias. 

"Durante um episódio, o ventrículo esquerdo do coração sofre uma paralisia no ápice e no centro, que o deixa sem força para desempenhar sua função adequada. Esse quadro é desencadeado pela exposição excessiva a hormônios do estresse, como a adrenalina, que são produzidos quando somos submetidos a fortes emoções", explica o cardiologista Gabriel Gonzalo, do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL). 

Essa síndrome pode ser desencadeada por qualquer evento estressante, como a perda de um ente querido, um acidente, problemas financeiros ou até mesmo uma discussão intensa. Entre os sintomas, estão dor no peito, falta de ar, palpitações e até mesmo desmaios repentinos. 

Embora seja considerada rara, a Síndrome do Coração Partido pode ter consequências graves e até mesmo levar à morte. Estima-se que de 1% a 4% das pessoas afetadas por essa síndrome possam evoluir para óbito, especialmente quando não tratadas. Isso ocorre devido a complicações como arritmias cardíacas, formação de trombos intracavitários ou insuficiência cardíaca refratária. 

Um aspecto relevante é a maior prevalência dessa síndrome em mulheres. "Alterações hormonais, especialmente durante a menopausa, quando ocorre a diminuição da produção de estrogênio, um hormônio protetor do coração, podem contribuir para essa maior suscetibilidade. Além disso, as mulheres tendem a apresentar maior sensibilidade ao estresse físico e emocional", diz o cardiologista. 

Além dos sintomas físicos, a Síndrome do Coração Partido pode representar um impacto emocional significativo. Sentimentos de tristeza profunda, ansiedade e depressão são comuns durante esse período. O tratamento depende da gravidade dos sintomas, mas é semelhante ao realizado para insuficiência cardíaca. São utilizadas medicações inibidoras da enzima conversora de angiotensina (IECA), diuréticos e betabloqueadores, assim como vasodilatadores para enfrentar o mecanismo que causou o problema; inclusive, pode-se incluir antidepressivos e ansiolíticos. 

Apesar de não existir uma forma eficaz para prevenção total, o Dr. Gabriel explica que a adoção de alguns hábitos pode contribuir para uma melhor saúde cardíaca. "Devemos manter um estilo de vida mais saudável, tanto física quanto emocionalmente, buscando atividades que aliviem nossa tensão e promovam o autocontrole, como prática de esportes ou exercícios de relaxamento", finaliza.

 

Junho Verde é o mês de conscientização sobre a escoliose


Segundo a OMS, a escoliose afeta de 2% a 4% da população mundial, sendo mais de 50 milhões de crianças atingidas. No Brasil, ainda segundo a organização, 1,6 milhão de pessoas sofrem com esta situação – 3% dos brasileiros – e 160 mil precisam passar por tratamentos cirúrgicos. A deformidade musculoesquelética, que causa um desvio lateral na coluna, em formato de “C” ou “S”, pode ser de origem idiopática (sem causa definida, o tipo mais comum - 80% segundo a OMS), congênita, neuromuscular, de início precoce ou degenerativa do adulto. Ao contrário do que muitos acreditam, o problema não é causado por uma simples má postura. Infelizmente a escoliose afeta a autoestima dos pacientes, que em sua maioria são mulheres e meninas que já vivem todo um contexto de pressão estética e exposição por meio das redes sociais. Mas afinal, o que se pode debater neste Junho Verde? 

Julia Barroso, autora dos livros “A Menina da Coluna Torta” e “A Mulher da Coluna Torta”, aborda constantemente a sua experiência em busca da conscientização. A escritora, que é formada em Jornalismo e vive em São Paulo, descobriu que sofria de escoliose aos 11 anos. Em seus livros, Julia relata como foi crescer com a deformidade, ser operada para reduzir o desvio de 60º e seguir com os desafios da fase adulta, ao se tornar mãe. A autora traz tanto nos livros quanto no blog o relato que desmistifica e acessibiliza a compreensão da escoliose, com uma linguagem menos técnica e a vivência que gera identificação. 

Julia é membro da Sociedade Brasileira de Escoliose (SBE), uma organização sem fins lucrativos que busca promover educação e conscientização sobre escoliose através de diferentes projetos organizados pela sociedade. Dentre eles está a realização do Congresso Brasileiro de Escoliose, que há 4 edições reúne pacientes, familiares, estudantes e profissionais para falar sobre escoliose sob a luz da ciência e do acolhimento durante 3 dias exclusivos. 

Além do relato de paciente da Julia, também é interessante trazer profissionais que dão um parâmetro dos avanços e das necessidades no tratamento. Entre os tratamentos possíveis existem a observação, a ortetização com colete e a cirurgia, além de tratamentos complementares através de fisioterapia e exercícios. 

O Dr. Alexander Rossato é cirurgião, especialista em cirurgias da coluna vertebral, escolioses infantis e atua na AACD. Ele traz um parâmetro sobre os avanços que as cirurgias tiveram nos últimos anos, tanto em relação aos implantes com o surgimento dos parafusos pediculares e dos growing systems para pacientes ainda em crescimento, quanto em relação à segurança através de técnicas que mitigam hemorragias, novas drogas anestésicas, a monitorização neurofisiológica (que dispensa a necessidade de acordar o paciente durante o procedimento) e a neuronavegação. Todas as técnicas e dispositivos mencionados já estão disponíveis atualmente no Brasil. 

Já o Dr. Leonardo Grandi é médico fisiatra, especialista em escoliose pelo ISICO (Itália), e consultor técnico em órteses e próteses. Ele traz o panorama focado no tratamento conservador, que abrange observação, coletes e fisioterapia. A grande maioria dos casos atualmente recebe esse tipo de tratamento, pois o diagnóstico precoce e as boas práticas têm feito com que menos de 20% dos casos avancem para a indicação cirúrgica. Entretanto, ainda há muito o que avançar nesse tópico aqui no Brasil. O Dr. Grandi pode falar sobre essas boas práticas, como, por exemplo, a triagem escolar para o diagnóstico precoce e os mitos que atrapalham a boa recuperação dos pacientes. 

Outro tópico são os sensores criados para otimizar o tratamento. Eles são instalados dentro dos coletes e detectam calor ou pressão e servem para apurar quantas horas por dia e a que horas o colete é usado, evitando que o paciente superestime o tempo de uso (ainda que involuntariamente), além de servir para detectar e discutir com paciente e família as dificuldades para o uso. Esse equipamento infelizmente tem um alto custo que o torna pouco viável no Brasil, porém há planos para o desenvolvimento de um sensor e software para análise dos dados feito no Brasil, em Campina Grande. A iniciativa pode tornar o equipamento mais acessível. 

Por fim, completando a gama de profissionais especialistas temos a fisioterapeuta Isis Navarro, que também é instrutora, membro da International Society on Scoliosis Orthopaedic and Rehabilitation Treatment, SOSORT, e presidente da Sociedade Brasileira de Escoliose (SBE) em 2023. Isis traz a perspectiva do processo de tratamento por meio da fisioterapia, que já apresenta efeitos perceptíveis no primeiro mês. Os efeitos mais percebidos pelos pacientes são estéticos, ao recuperar a simetria da coluna vertebral, alinhando o corpo. Ela também esclarece que independente de outros fatores, os pacientes comprometidos, que fazem seus exercícios de casa diariamente, usam o colete pelo tempo prescrito (em geral 23 horas diárias) e que fazem as consultas de reavaliação periodicamente são os que apresentam melhores resultados.


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