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quinta-feira, 6 de junho de 2024

Epidemia de ansiedade e depressão nas empresas: o que acontece e como tratar?

 

Vem crescendo os casos de ansiedade e depressão das pessoas, principalmente no mundo profissional, por isso da importância da conscientização sobre a prevenção desses males que podem até transformar em casos mais sérios como o suicídio. É importante destacar que além das pessoas, as empresas também desempenham um papel fundamental nesse contexto. Principalmente por ser nesses locais que podem se observar ou mesmo iniciar sintomas que levam a este ato extremo. 

Os números preocupam, segundo o Ministério da Saúde são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias. Preocupante é que o Brasil é um país com taxas crescentes, apesar da escassez de indicadores epidemiológicos, corresponde a mais de 5% das mortes por causas externas. 

Assim, pessoas próximas (amigos, parentes e colegas de trabalho) ou as empresas e, principalmente, as equipes de recursos humanos podem ajudar com o combate desses índices, estando atentas e identificando sinais de transtornos que possam levar ao suicídio, a fim de intervir antes que elas evoluam para problemas mais graves. Isso requer uma reavaliação de vários aspectos, incluindo o desmerecimento dos sentimentos do outro, a pressão cada vez maior em relação as pessoas e a busca por metas cada vez mais desafiadoras. 

Tatiana Gonçalves, sócia da Moema Medicina do Trabalho, observa que houve um aumento significativo em novas enfermidades, como transtornos de ansiedade, depressão, crises de pânico e a síndrome de burnout. Infelizmente, se essas condições não forem identificadas e tratadas apropriadamente, elas podem evoluir para casos de tentativas de suicídio. 

"Há duas décadas, a maioria dos afastamentos estava relacionada a acidentes de trabalho, lesões ortopédicas ou problemas de trajeto. Agora, além desses, vemos um crescimento expressivo dos problemas psiquiátricos nas empresas e isso preocupa, sendo preciso ações para prevenção", enfatiza Tatiana Gonçalves. 

Consequentemente, diariamente se depara com essa complexa situação. "Atualmente, especialmente entre os mais jovens, estamos testemunhando casos frequentes de problemas decorrentes de questões psicológicas. Isso tem um impacto direto nas vidas pessoais, relacionamentos, atividades de trabalho e no ambiente corporativo", explica a especialista. 

Apesar de existirem medidas para mitigar essa situação, os desafios estão se tornando mais intrincados. Tatiana Gonçalves ressalta que essas doenças e os transtornos associados ao risco de suicídio englobam diversos distúrbios psiquiátricos, caracterizados por preocupações excessivas ou persistentes com resultados negativos.

 

Quais são as principais causas?  

Esses problemas podem surgir devido à intensa competitividade no mundo atual, pressões inadequadas ou à natureza intensiva e arriscada das atividades desempenhadas. Algumas das principais causas incluem: 

- Frustações decorrentes de não atingir as expectativas estabelecidas, isso em conjunto com um mundo que as pessoas expõem felicidades nas redes sociais traz muitos sintomas negativos e tem perigosos reflexos.


- Problemas financeiros, que fazem com que as pessoas não consigam observar alternativas para o futuro e também faz com que as pessoas se sintam capazes de ter uma realidade melhor.

- Estresse no ambiente profissional, envolvendo conflito de competência, autonomia, relacionamento com clientes, realização pessoal e falta de apoio social por parte de colegas e superiores.

- Fatores organizacionais, como sobrecarga de trabalho excessiva, desalinhamento entre os objetivos da empresa e os valores pessoais dos profissionais, além de isolamento social no ambiente de trabalho. Fatores pessoais, como relações familiares e amizades, também desempenham um papel.

 

Como enfrentar o problema  

Para combater esses problemas, podem ser adotadas diversas abordagens, sendo uma a principal o direcionamento da pessoa com problema para um especialista (médico, psiquiatra e psicólogos), que poderão dar suporte especializado, e proximidade e busca de compreensão da pessoa com sintomas. 

Nas empresas a intensificação das ações relacionadas à medicina do trabalho, focando no bem-estar dos funcionários. "Uma alternativa é criar grupos para compartilhar experiências, onde os participantes aprendam a lidar com situações e pessoas. Além disso, muitas vezes falta um departamento nas empresas para preparar as equipes e monitorar a situação", sugere Vicente Beraldi Freitas, médico, consultor e gestor de saúde na Moema Assessoria em Medicina e Segurança do Trabalho. 

Tatiana Gonçalves enfatiza que as empresas devem buscar se aproximar mais dos colaboradores por meio do setor de recursos humanos, começando desde o processo de contratação. Caso se identifique algo preocupante, é importante agir rapidamente e implementar medidas mais aprofundadas. 

Dado o aumento da frequência desses problemas, é essencial reconsiderar situações que possam contribuir para esses transtornos. Isso envolve proporcionar melhores relações humanas, menores cobranças pessoais, melhores condições de trabalho, melhorar as relações profissionais e reduzir o isolamento. 

Em certos casos, pode ser necessário tratamentos mais aprofundados, como conceder uma licença temporária aos funcionários afetados, reorganizar suas atividades, investir em interesses externos, como passar mais tempo com a família e amigos, praticar exercícios físicos ou atividades relaxantes. 

A ajuda médica também pode ser crucial, especialmente quando surgem sintomas como depressão, crises de pânico, burnout e ansiedade. A psicoterapia desempenha um papel importante ao auxiliar na compreensão das razões por trás da situação e na prevenção de comportamentos semelhantes no futuro.

Portanto, é essencial que todos desempenhem um papel crucial na revisão das relações humanas, das expectativas sobre os outros e condições de trabalho e na busca pela qualidade de vida das pessoas, evitando que esses problemas afetem a vida das pessoas. 


Médico de Família e Comunidade: comunicação clínica e escuta ativa nos cuidados com a saúde

Especialista da Inspirali explica sobre o importante papel deste profissional 

Atender pessoas de forma generalizada e integrada, desde o nascimento até o final da vida. Esse é o principal papel do Médico de Família e Comunidade, especialidade médica que, embora pareça novidade, existe há mais de 60 anos, mas vem recebendo diferentes nomenclaturas desde então. Para exemplificar e tornar a especialidade ainda mais reconhecida, a Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, convidou a Dra. Gabriela Gomide, Médica de Família e Comunidade, docente e coordenadora de Habilidades Médicas na Universidade São Judas Tadeu em Cubatão, que trouxe mais informações sobre este importante profissional da saúde. Confira:

 

O que faz o médico de Família e Comunidade?

R: A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica responsável pelo cuidado de pessoas, independentemente da idade, do nascimento até o final da vida, através de seu acompanhamento longitudinal, ou seja, ao longo da vida.

 

Qual o perfil deste profissional?

R: Gostar de gente. Nos interessamos em escutar histórias e nossa maior ferramenta é a comunicação clínica. Compreendemos que o processo saúde-doença é complexo, sofrendo influência de aspectos biológicos, psicológicos e sociais, sem haver um peso maior entre esses fatores.

 

Quais procedimentos este profissional realiza?

R: Fazemos absolutamente de tudo. Somos especialistas em generalidades. Sempre brincamos na residência que não podemos dizer “isso não é comigo”, porque tudo é com a gente. Realizamos atendimentos em saúde da criança, saúde da mulher, saúde do adulto, saúde do idoso. Realizamos procedimentos como, por exemplo, inserção de DIU e outros contraceptivos, cantoplastia, exérese de cisto sebáceo, etc.

 

Onde este profissional costuma atuar?

R: O médico de família em comunidade pode atuar em qualquer lugar. É bem comum as pessoas relacionarem nossa atuação necessariamente as unidades básicas de saúde. Apesar das residências médicas se inserirem preponderantemente, nesse cenário, hoje atuamos em ambulatórios de diferentes convênios, ambulatórios corporativos de maneira presencial e em telemedicina, na docência, como gestores em serviços de saúde, etc.

 

Qual especialização é necessária para se tornar um médico de família e comunidade?

R: Existem algumas opções para se tornar um médico de família e comunidade. Existe a residência médica com duração de dois anos, trabalhar em atenção básica por quatro anos ou realizar a pós-graduação na área. Na residência, o interessado já sai com o RQE, que é o registro de especialista. Na atuação em unidade básica e na pós-graduação, é necessário prestar a prova de título para conseguir o registro.

 

Faz parte de sua atuação alguma relação com psicologia para atender aos clientes?

R: É comum perguntarem se somos psicólogos, mas não temos uma relação direta com a psicologia. Nossa maior ferramenta é a habilidade em comunicação através da escuta ativa. Hoje não é comum escutarmos uns aos outros, imagina em uma consulta médica. Os pacientes acham até estranho esse interesse genuíno pelos seus problemas pessoais e imediatamente nos relacionam a uma abordagem psicológica. Nós tentamos apenas ouvi-los e relacionar suas vivências e percepções ao processo saúde-doença, trazendo o paciente a participar da construção do raciocínio clínico conosco.

 

É uma especialidade nova? Como e por que foi criada?

R: A medicina de família e comunidade não é nova. Ela surgiu junto com as outras especialidades médicas, lá pela década de 60. Passou por algumas modificações de nomes no caminho e por isso a nomenclatura deve soar como algo novo. Surgiu desde que as especialidades focais apareceram porque, com o surgimento das especialidades focais que cuidam de apenas um segmento, notou-se a necessidade de alguém que cuide integralmente, coordenando o cuidado.

 

O que difere este profissional de um clínico geral?

R: Somos diferentes pela população atendida: atendemos também crianças e gestantes, enquanto a clínica médica atende adultos. A residência em clínica médica acontece em suma nos ambientes hospitalares, enquanto a residência em MFC acontece nas unidades básicas de saúde, o que nos proporciona vivência nas redes de atenção à saúde, longitudinalidade e coordenação do cuidado.

 

Quais são as habilidades necessárias para se tornar um médico desta especialidade?

R: Gostar de gente. Todas as outras habilidades podem ser desenvolvidas, mas gostar de gente é imprescindível.

 

O atendimento deste profissional é restritamente voltado para pessoas carentes?

R: Jamais! Podemos cuidar e coordenador o cuidado de qualquer pessoa. Hoje existe uma procura grande de médicos de família para serviços privados, tanto em grandes empresas, quanto em convênio.

 

Como está atualmente a procura por esta especialização?

R: Atualmente a procura tem crescido bastante. Existe um interesse dos municípios para que a mão de obra na atenção básica seja especializada, por isso há uma oferta grande de vagas e investimento na área. Muitos médicos de família integram o corpo docente de faculdades de medicina, aumentando a visibilidade da especialidade e a visão dos alunos como uma possibilidade de atuação.

 

Outros países também possuem esta especialização?

R: Sim. Os médicos de família têm atuação central no cuidado em saúde da população, principalmente no Canadá e em Portugal.

 

Além do atendimento, quais outras contribuições este profissional traz para a saúde global?

R: Se a atenção básica e a coordenação do cuidado funcionarem de forma efetiva, todas as outras especialidades ganham. Aumentando a potência da atenção básica, aumentamos sua resolubilidade e os encaminhamentos, portanto, são feitos com qualidade, chegando ao especialista focal o que realmente deve chegar, o que resulta em diminuição de filas de espera e a demanda de exames laboratoriais e de imagem. Todos ganham.


Lipedema: massoterapia combate doença silenciosa que incomoda cerca de 9 milhões de mulheres no Brasil

Massagem manual é crucial para reduzir a gordura, aliviar a dor e melhorar a circulação sanguínea nas pernas 


O lipedema, uma condição médica crônica e progressiva, é um problema silencioso que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 12,3% das mulheres adultas, o que representa aproximadamente 8,8 milhões de brasileiras entre 18 e 69 anos, sofrem com essa condição debilitante. Caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura subcutânea, principalmente nas pernas e, em alguns casos, nos braços, o lipedema desafia tratamentos convencionais. A gordura acumulada é resistente a dietas e exercícios físicos, e a condição é marcada por dor crônica, sensibilidade aumentada e uma série de complicações de saúde que impactam gravemente a qualidade de vida das pacientes.

O lipedema se manifesta através de uma distribuição simétrica de gordura, afetando igualmente as duas pernas, mas poupando os pés. As pacientes relatam que, apesar de conseguirem emagrecer em outras partes do corpo, a gordura nas pernas permanece inalterada. Além disso, a sensibilidade ao toque é exacerbada, com formação fácil de hematomas (equimoses) e a presença de vasinhos e varizes. A dor nas pernas e nos joelhos é constante, acompanhada de uma sensação persistente de cansaço.

O lipedema é classificado em quatro estágios de gravidade. No estágio 1, os principais sintomas incluem excesso de gordura e irregularidades na textura da pele. No estágio 2, essa gordura torna-se mais proeminente, surgem nódulos e hematomas frequentes, e a dor e sensibilidade aumentam. No estágio 3, a condição avança para uma quantidade significativa de de tecido adiposo com deformidades visíveis nas pernas e uma dor intensa que limita a mobilidade. No estágio 4, o mais grave, o peso é extremo, com deformidades severas nas pernas e mobilidade severamente comprometida, acompanhada de dor crônica debilitante. Além do impacto estético e do desconforto físico, o lipedema não tratado pode levar a complicações graves, como problemas linfáticos (linfedema), problemas articulares (artrose e condromalácia), problemas circulatórios (trombose venosa profunda e embolia pulmonar), e problemas psicológicos (depressão, ansiedade e baixa autoestima). Embora nem todas as mulheres com lipedema desenvolvam todas essas complicações, o risco aumenta com o tempo e a severidade da doença não tratada.

O quadro tende a piorar com eventos hormonais significativos, como a puberdade, o uso de anticoncepcionais e a gravidez. Muitas vezes, há um componente genético forte, com casos ocorrendo em várias gerações de uma família.


A importância da massoterapia no tratamento

Diante da gravidade do lipedema, a massoterapeuta Ana Martha explica que a drenagem linfática é uma técnica fundamental no tratamento do lipedema. "A massoterapia, especialmente a drenagem linfática, é fundamental para reduzir o excesso de gordura, aliviar a dor e melhorar a circulação sanguínea nas pernas afetadas. Esta técnica promove a remoção de grandes quantidades de líquido e toxinas, resultando em uma redução significativa do edema", afirma a especialista que é fisioterapeuta dermatofuncional e fundadora do método TopCorpus, curso profissionalizante de formação em massoterapia online reconhecido pelo MEC, que já transformou a vida de mais de 34 mil alunas em 31 países.


Redução do excesso de gordura

Um dos principais benefícios da massoterapia para pacientes com lipedema é a redução do excesso de tecido adiposo. A técnica de drenagem linfática é especialmente eficaz nesse aspecto, pois ajuda a remover o excesso de líquido intersticial que se acumula nas áreas afetadas. "Muitas pacientes relatam uma sensação de alívio imediato após as sessões de drenagem linfática, descrevendo uma diminuição notável na sensação de peso nas pernas," destaca.


Alívio da dor 

A massoterapia também desempenha um papel crucial no alívio da dor associada ao lipedema. O tratamento promove o relaxamento muscular, reduz a pressão nos tecidos e estimula a liberação de substâncias analgésicas naturais no corpo. "A dor crônica é um sintoma debilitante do lipedema. A massoterapia não só alivia essa dor, mas também melhora o bem-estar geral das pacientes, permitindo que elas retomem suas atividades diárias com mais conforto," explica Ana Martha.


Melhora da circulação sanguínea 

Além de reduzir o peso da área afetada e aliviar a dor, a massoterapia melhora significativamente a circulação sanguínea. A estimulação dos vasos linfáticos e sanguíneos aumenta o fluxo sanguíneo, melhorando a oxigenação dos tecidos e promovendo a regeneração celular. "Uma boa circulação é essencial para a saúde dos tecidos e para a prevenção de complicações adicionais. As técnicas que usamos na TopCorpus são projetadas para otimizar a circulação e a saúde das pernas," reforça.


Aumento da mobilidade 

A mobilidade articular é frequentemente comprometida em pacientes com lipedema devido ao excesso de gordura localizada e à dor. A massoterapia ajuda a melhorar essa mobilidade ao reduzir esses sintomas. "Muitas pacientes relatam uma melhora significativa na sua capacidade de movimento após iniciar o tratamento. Elas conseguem realizar atividades cotidianas com mais facilidade e menos desconforto" diz.

A abordagem da TopCorpus, com foco em tratamentos especializados e um atendimento humanizado, proporciona uma solução segura e eficaz para as mulheres que sofrem de lipedema, ajudando-as a recuperar sua qualidade de vida.

 

Ana Martha - renomada fisioterapeuta dermatofuncional, empresária, palestrante internacional e criadora do TopCorpus, líder mundial em formação profissionalizante em massoterapia on-line reconhecido pelo MEC através da Faculdade Brasília e também pela Associação Brasileira de Terapias Holísticas (ABRATH), que já ajudou 34 mil alunas de 31 países a conquistarem independência financeira com massoterapia e quase 2 milhões de pessoas a aprenderem massagem gratuitamente. Além de Palestrante Internacional, é técnica em Administração e Gestora de Spas e Clínicas. É uma empresária bem-sucedida, com uma empresa que fatura oito dígitos por ano e está entre os maiores infoprodutores da América Latina, sendo seu curso principal: Best seller na Hotmart.


Laser íntimo é alternativa para tratar alterações vaginais após a menopausa

Médico ressalta a importância de ações para envelhecer com mais saúde e qualidade de vida 

 

A menopausa é um estágio natural na vida de uma mulher que marca o fim da fase reprodutiva. Quando uma mulher entra na neste período, que é quando ela para de menstruar, sua produção de hormônios despenca podendo trazer uma série de consequências para a saúde e auto-estima: ressecamento e diminuição da lubrificação vaginal, ardência, dor durante o ato sexual (dispareunia), alterações de humor, entre outros.  

Segundo o Dr. Marcos Tcherniakovsky, Ginecologista e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), o laser íntimo de CO2, tem se destacado como uma técnica moderna e eficaz para promover a renovação dos tecidos que revestem a região íntima da mulher. "O laser traz benefícios significativos para a qualidade de vida e autoestima. Esse procedimento é especialmente indicado para auxiliar durante a menopausa em casos de secura vaginal, incontinência urinária leve, infecções urinárias de repetição e corrimentos vaginais recorrentes, demonstrando grandes resultados no retorno a qualidade de vida dessas mulheres afirma o ginecologista.

 

Saiba mais sobre o laser íntimo 

Durante as sessões de laser, um tubo emite um feixe de CO2 (dióxido de carbono), que quebra o colágeno da parede vaginal, melhorando a elasticidade desta região e estimulando as glândulas vaginais. "O laser melhora todo o ambiente vaginal de forma fracionada, revertendo os impactos da atrofia e secura. Vale destacar que são necessárias de três a quatro sessões para se ter um bom benefício. E, dependendo da resposta de cada mulher,  este benefício pode perdurar por até 2 anos", explica Tcherniakovsky.

 

Qualidade de vida da mulher moderna 

Há cerca de 20 anos atrás, era comum a mulher entrar na menopausa e se sentir mais envelhecida, pois a expectativa de vida era por volta dos 70 anos. Então, entrar nesse período era sinônimo de envelhecimento, porém atualmente tudo mudou. "A expectativa de vida hoje é de cerca de 90 á 95 anos, a menopausa é simplesmente uma fase da vida e é nessa fase que ela vai passar mais tempo do que qualquer outra",  afirma. 

Hoje, para a saúde e bem-estar da mulher menopausada, existem ações como a terapia hormonal, rejuvenescimento vaginal, uso de laser íntimo, atividade física, alimentação e cuidados com a pele. Portanto, ela tem e deve se sentir cada vez mais dona de si e poderosa. "Cada vez mais recebo em meu consultório mulheres que estão querendo ter o benefício do laser ginecológico para a melhora de toda sua função vaginal. Asseguro que a melhora é impressionante e é mais efetiva do que o uso hidratante vaginal", finaliza o Dr. Marcos. 

 

Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista, Obstetra e Vídeo-endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Instagram: @dr.marcostcher.


Tratamento para câncer de fígado com microesferas radioativas se expande no Brasil

Radioembolização chega como opção terapêutica inovadora e minimamente invasiva para pacientes com tumores hepáticos

 

O carcinoma hepatocelular, ou hepatocarcinoma (HCC), é um tipo de tumor primário no fígado que ocupa a quinta posição entre os mais comuns em homens e o sétimo em mulheres.1 Todos os anos, mais de meio milhão de pessoas recebem o diagnóstico no mundo; somente em São Paulo, dados do SUS revelaram uma incidência de 2,07 casos desse câncer por 100 mil habitantes.1-2 

Os números explicam em parte por que, nos últimos anos, os estudos para ampliar as alternativas de cura e contenção da doença aumentaram tanto. A radioembolização hepática é uma das opções mais recentes e inovadoras para pacientes com HCC, e amplia o escopo de tratamentos disponíveis: ela consiste na injeção de esferas radioativas dentro das células tumorais utilizando as microesferas de resina contendo um isótopo radioativo (ítrio-90, ou Y-90).3 

O método já foi utilizado em centenas de pacientes no Brasil e vem se expandindo. A terapia foi aprovada em 2014 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as primeiras aplicações no Brasil aconteceram na cidade de São Paulo. 

As esferas têm uma dose até 40 vezes maior que a radioterapia convencional, com a grande vantagem de não afetar significativamente o tecido normal.4 “Como a radiação é injetada diretamente no tumor, as microesferas liberam radiação para destruir as células cancerígenas, mas preservam os tecidos saudáveis”, explica Felipe Nasser, médico radiologista intervencionista. 

O tratamento está listado no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS), o que significa que todos os usuários dos planos de saúde no Brasil têm acesso à radioembolização para tratar o hepatocarcinoma. Hoje, ela é indicada aos pacientes com tumores inoperáveis, primários ou metastáticos, no fígado, apresentando vantagens sobre a quimioembolização.5 

Nasser comenta que como existem várias modalidades de tratamento para o câncer de fígado, todas devem ser avaliadas individualmente para cada paciente. E dentre elas a radioembolização tem mostrado resultados promissores, fazendo parte dos protocolos de tratamento. “A situação clínica de cada paciente é importante na decisão da modalidade de tratamento. A saúde do fígado e o quanto daquele órgão está comprometido precisam ser avaliados por uma equipe multidisciplinar, por meio de diversos exames, que vão indicar as próximas etapas. Mas é importante que se busque orientações sobre diferentes técnicas e procedimentos mais recentes para tomar decisões conscientes e embasadas. Outro ponto de extrema importância é a avaliação de um médico especialista para a decisão do melhor tratamento”, finaliza.

 

Lipedema: a doença subestimada que requer atenção e ação

Uma condição médica crônica subdiagnosticada, que exige tratamento multifacetado e multidisciplinar

 

O lipedema é uma condição médica crônica frequentemente subdiagnosticada, que vem ganhando destaque nas discussões de saúde, especialmente entre as mulheres. Caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura nas extremidades do corpo, como pernas, coxas e braços, o lipedema não apenas causa desconforto físico, mas também impacta profundamente a qualidade de vida das pessoas.

Muitas vezes, o lipedema é mal compreendido e confundido com uma simples preocupação estética, quando, na verdade, é uma condição médica legítima que requer tratamento adequado. As mulheres, que são as mais afetadas pela doença, enfrentam dores crônicas, sensibilidade e inflamação nas áreas afetadas, além dos desafios emocionais devido à aparência corporal alterada e à dificuldade no diagnóstico.

A Dra. Juliana Tenório, cirurgiã plástica especialista em lipedema e associada da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS), destaca a negligência histórica em relação à condição. “O lipedema é uma doença que existe há décadas; o primeiro relato científico sobre o tema é de 1940, mas sua importância foi subestimada, especialmente no Brasil. Muitas vezes, a desproporção corporal causada pelo lipedema foi interpretada como uma questão estética, ignorando os sérios problemas de saúde que acompanham a condição”, comenta a médica.


Reconhecimento da doença

Apesar do primeiro relato da doença ter ocorrido há mais de 80 anos, de acordo com David Castro Stacciarini, advogado especializado em saúde, o lipedema passou a ser reconhecido pela OMS desde janeiro de 2022, com o CID EF 02.2. Essa demora trouxe impactos significativos, tanto para os pacientes, que acabam não reconhecendo os sintomas em si mesmos, quanto para o tratamento.

“O tratamento do lipedema é multifacetado e multidisciplinar, pois existem diversos fatores que interferem nos efeitos da doença no corpo”, explica a cirurgiã. “Para simplificar e otimizar o tratamento do lipedema, utilizo atualmente o meu protocolo chamado LIP8. Ele tem como objetivo reconhecer e ajustar todos os gatilhos inflamatórios que podem interferir no corpo da mulher e na progressão da doença. O LIP8 é dividido em 8 etapas, nas quais avaliamos caso a caso e tratamos da melhor forma o sono, a saúde emocional, a dieta e o metabolismo da paciente. Incentivamos a prática de exercícios e o uso de terapias dermo-linfáticas, drenagens linfáticas, escovação a seco, terapia compressiva com meia compressiva e um creme para aliviar as pernas. Além disso, também faz parte dessas etapas a intervenção cirúrgica”.

A cirurgia é frequentemente recomendada como parte do tratamento para o lipedema. Consiste na lipoaspiração tumescente, um procedimento comum usado para remover o excesso de gordura e aliviar os sintomas da doença. No entanto, apesar da clara necessidade médica, muitas pacientes enfrentam obstáculos para obter cobertura dos planos de saúde. “Muitos planos de saúde normalmente não cobrem o procedimento de lipoaspiração para o tratamento de lipedema, muitas vezes devido à falta de profissionais credenciados e aos custos cirúrgicos”, explica o advogado David Castro Stacciarini.

Segundo ele, para garantir a cobertura do procedimento pelo plano de saúde, o paciente deve ter em mãos um diagnóstico claro, preferencialmente feito por um profissional credenciado pelo plano; um relatório sobre o tratamento e sua eficiência para o paciente, juntamente com a recomendação cirúrgica; solicitar a liberação da cirurgia com o plano de saúde e anexar todo o material e os exames.

David recomenda que, nessas situações, é prudente que o paciente tenha tentado outros tipos de tratamento antes de buscar a intervenção cirúrgica. Caso haja negativa do plano de saúde, restam duas alternativas: informar a ANS sobre a negativa e buscar a liberação por eles ou procurar um advogado que atue com liminares em saúde, podendo ser também a defensoria pública e, em alguns casos raros, até o Ministério Público.

O reconhecimento e a conscientização sobre o lipedema são fundamentais para garantir que as mulheres afetadas recebam o tratamento adequado. "Para muitas mulheres, o diagnóstico de lipedema traz alívio, pois finalmente entendem que não estão sozinhas em sua luta", diz Dra. Tenório. "No entanto, é crucial que a comunidade médica esteja bem informada sobre o lipedema para evitar diagnósticos incorretos e garantir que as pacientes recebam o cuidado e a atenção necessários”, finaliza a médica.

 



Associação Brasileira de Cirurgia Plástica - BAPS

JUNHO VERDE: FISIOTERAPEUTA ENSINA 5 EXERCICIOS PARA QUEM SOFRE COM DESVIOS POSTURAIS

 

O mês de junho é dedicado à conscientização sobre a escoliose e os desvios de coluna. Praticar exercícios físicos pode ajudar a tratar até mesmo casos graves, segundo especialista.

 

A coluna vertebral desempenha um papel crucial em nosso corpo, proporcionando sustentação, proteção e facilitando nossa locomoção. Qualquer alteração nesta estrutura, intimamente ligada aos nossos órgãos e nervos, pode resultar em sérias consequências para o sistema nervoso central, com base nisso, é essencial falar sobre o convívio saudável com os desvios de postura em junho, o mês de conscientização da escoliose, condição que acomete 2% da população mundial, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). 

De acordo com o fisioterapeuta Bernardo Sampaio, nossa coluna possui algumas curvaturas que são fisiológicas, ou seja, naturais. Essas curvas são denominadas como cifose ou lordose e quando ocorrem alterações nessas curvas damos o nome de hiperlordose e hipercifose, que é quando ocorre um desvio geralmente na região torácica e lombar do corpo. “Outro desvio bastante conhecido é a escoliose, que é um desvio lateral das vértebras. Esse desvio pode acontecer tanto na parte superior quanto na inferior (escoliose em C) ou em ambas (escoliose em S)”, explica o fisioterapeuta, que também é diretor clínico do Instituto Trata e do ITC Vertebral de Guarulhos. Bernardo diz ainda que, que as causas para esses desvios variam desde condições genéticas ou posturais, passando até por causas idiopáticas (de origem desconhecida). Mas poucos são os casos genéticos. “Por esse motivo, ter bons hábitos e praticar exercícios regularmente podem ser boas ferramentas não só para tratar, como também para prevenir esses desvios”, alerta. 

Dessa forma, qualquer alteração na condição normal da coluna deve ser tratada e corrigida o mais rápido possível, pois os desvios posturais podem levar a uma série de consequências que alteram diretamente a qualidade de vida do paciente. Pensando nisso, Bernardo Sampaio separou alguns exercícios e alongamentos para quem sofre com os desvios na coluna e que podem ser feitos em casa. 

“Mas antes de se aventurar nestes exercícios, é importante lembrar os tratamentos devem ser prescritos por um profissional, e de forma individual, pois devem ser levados em consideração fatores como graus dos desvios, idade, tipo de curvatura, gravidade e sintomas apresentados, para decidir qual o melhor tratamento”, finaliza o fisioterapeuta.
 

1. Inclinações pélvicas


A inclinação pélvica ajudará a alongar os músculos tensos dos quadris e da parte inferior das costas. Para fazer uma inclinação pélvica:

  • Deite-se de costas com os pés apoiados no chão e os joelhos dobrados;
  • Contraia os músculos do estômago enquanto ajusta as costas em direção ao chão;
  • Segure por 5 segundos, respirando normalmente;
  • Depois descanse.
  • Faça duas séries de 10.

2. Elevação de braço e perna



É possível fortalecer a região lombar com elevações de braços e pernas. Para fazer os movimentos:

  • Deite-se de frente com a testa em direção ao chão;
  • Estenda os braços sobre a cabeça, com as palmas das mãos posicionadas no chão. Mantenha as pernas retas;
  • Levante um braço do chão;
  • Segure por uma ou duas respirações completas e abaixe o braço de volta;
  • Repita com cada braço e cada perna;
  • Faça 15 repetições em cada membro.

3. Postura do Gato e da Vaca


Essa é uma postura muito popular no Yoga e ajuda a manter a coluna flexível e sem dor. Veja como fazer a postura do Gato e da Vaca: 

  • Comece com as mãos e os joelhos apoiados no chão, em uma postura de quatro apoios, garantindo que suas costas estejam niveladas e que sua cabeça e pescoço estejam confortáveis;
  • Respire profundamente e leve suas costas e cabeça em direção ao teto;
  • Ao expirar solte os ombros e leve as costas em direção ao chão;
  • Faça duas séries de 10.


 

4. Super Homem



Esse é outro exercício inspirado no Yôga que é excelente para a coluna. Veja como fazer: 

  • Comece com as mãos e os joelhos no chão e com as costas retas;
  • Estenda um braço para frente e para fora enquanto estende a perna oposta para trás;
  • Respire normalmente e segure por 5 segundos;
  • Repita com o braço e perna opostos;
  • Faça de 10 a 15 repetições de cada lado.

5. Alongamento do músculo grande dorsal


É possível alongar o grande dorsal - o maior músculo da parte superior do corpo - com esse alongamento. Ele é excelente para a escoliose torácica, que afeta diretamente esse musculo e também para a escoliose lombar que pode causar tensão nas costas e se estende até o grande dorsal. Aprenda: 

  • Fique de pé com boa postura em uma posição neutra;
  • Mantenha os pés afastados na largura dos ombros e os joelhos levemente dobrados;
  • Leva as mãos acima da cabeça e segure o pulso direito com a mão esquerda;
  • Curve-se levemente para o lado direito até sentir um alongamento no lado esquerdo do corpo;
  • Segure por uma ou duas respirações e, em seguida, volte à posição inicial;
  • Repita no lado oposto.
  • Faça de 5 a 10 repetições de cada lado.

 

Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestrando em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitário em cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos.‏‌   


Zumbido ou corpos estranhos no ouvido? Veja como proceder

  

Especialista comenta sobre possíveis situações envolvendo o canal auditivo

 

Zumbidos no ouvido são um sintoma, podendo ter uma ou várias causas, assim como acontece com a febre ou com a dor de cabeça. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, ocorrem em cerca de 25 a 28 milhões de indivíduos no Brasil e podem aparecer em qualquer idade, inclusive nas crianças, sendo mais frequentes na terceira idade.
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Os zumbidos são percepções anormais sonoras apenas notados pela própria pessoa (ninguém mais está ouvindo), normalmente como um apito ou chiado, explica o especialista em cirurgia nasossinusal e rinologia funcional, e otorrinolaringologista do São Cristóvão Saúde, Dr. Celso G. S. Savioli. Segundo o médico, de um modo geral, o zumbido não é preocupante, mas um grande incômodo para quem o possui. “Nossa principal estratégia é diminuir esse incômodo para o paciente. Os tratamentos variam muito de acordo com cada caso, sendo necessário verificar em consulta e com exames complementares, para ter uma opinião e estratégia de tratamento específica para cada indivíduo”, complementa Dr. Celso.
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Ainda de acordo com o Minist
ério da Saúde, em dados publicados pela Biblioteca Virtual, o som incômodo pode aparecer em qualquer idade, em pessoas com audição normal ou não. Contudo, ainda sem explicação, o problema acomete mais o sexo feminino.
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Como identificar um corpo estranho no ouvido?
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A forma mais simples e precisa para identificar um objeto no ouvido
é examinar o canal auditivo. Nem sempre a presença de um objeto ou inseto no ouvido apresenta algum sintoma, e a única forma de descobrir é pela otoscopia.
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Nas crian
ças com queixa de otalgia (dor de ouvido), sinais como colocarem suas mãos nos ouvidos e chorarem são sempre suspeitas de corpo estranho. Nos mais velhos, a queixa pode ser de não estar escutando, ou mesmo tontura. Em caso de suspeitas, se houver história de crianças que caem com facilidade ou mesmo após movimentos simples, não esperados para idade de desenvolvimento, consulte um especialista.
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Por fim, o otorrino refor
ça: Não é possível, tampouco recomendada, a remoção de corpos estranhos sozinho, sempre é necessário buscar ajuda profissional”, finaliza Dr. Savioli.
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Grupo São Cristóvão Saúde



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