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quarta-feira, 5 de junho de 2024

Otorrino alerta sobre doenças infantis no outono/inverno

 Do resfriado à pneumonia, médica conta quais são os indícios de que é preciso buscar ajuda médica

 

Com os dias mais frios e o ar mais seco, a tendência é buscarmos cada vez mais ambientes fechados e aconchegantes. O grande problema é que esse tipo de ambiente é propício para a propagação de diferentes doenças típicas da estação. Dra. Maura Neves Otorrino da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF explica que as crianças, mais vulneráveis, são as mais acometidas por doenças como: 

  • Asma: caracterizada por espasmo da musculatura dos brônquios, que causa dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram de noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e às mudanças climáticas. Desta maneira, a asma é causada por fatores alérgicos ou irritativos na via respiratória. 
  • Bronquiolite: infecção viral dos bronquíolos, que tem início do quadro com leve resfriado, que progride após 2 a 3 dias com chiado no peito, tosse, fadiga respiratória, cianose e febre. A infecção apresenta graus variáveis de gravidade: de leve a severa, necessitando de internação em UTI. O principal causador é o vírus sincicial respiratório. 
  • Resfriado: coriza, espirros, obstrução nasal, dor de garganta, tosse e rouquidão são os sintomas da doença, que é causada por vírus. Duração de 3 a 7 dias. 
  • Gripe: os sintomas dos resfriados são acompanhados de febre e são causados por vírus. Duração de 3 a 7 dias. 
  • Pneumonia: infecção bacteriana ou viral no pulmão. Causa tosse, falta de ar, dor torácica e febre. Pode ocorrer tosse com expectoração. 
  • Sinusite: infecção viral ou bacteriana dos seios da face. Causa sempre obstrução nasal e secreção amarelada (critérios diagnósticos maiores). Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça, dor nos dentes superiores, tosse e febre. 
  • Rinite: causa alérgica ou irritativa. Os sintomas são obstrução nasal, coriza clara, espirros e coceira (nariz, céu da boca, olhos, ouvidos). 
  • Otite: infecção bacteriana da orelha média. Causa dor de ouvido, altercação auditiva e febre. Em alguns pacientes pode ocorrer ruptura timpânica com saída de secreção. 

E quando a criança sofre com algum dos problemas acima, os pais entram em desespero. A médica orienta os pais sobre como agir.

 

Quando se deve procurar um médico? 

Dra. Maura: Sugiro sempre procurar um profissional nos quadros infecciosos. Quadros alérgicos, já orientados em consulta, podem iniciar tratamento em casa. Caso ocorra agravamento ou prolongamento dos sintomas, além de presença de algum sinal não habitual, o paciente deve ser avaliado novamente.

 

Por que as doenças respiratórias são tão frequentes durante o outono, inverno? 

Dra. Maura: Nessa estação ocorrem condições climáticas (seco e frio) que favorecem a proliferação de vírus. Além disso, há tendência das pessoas buscarem aglomerações ou mesmo locais fechados, o que favorece a transmissão desses agentes infecciosos - por contato interpessoal – mãos e partículas de secreções.

 

Elas sempre começam com alguma coriza, tosse ou espirro e febre? 

Dra. Maura: Os quadros respiratórios de via aérea alta se iniciam desta maneira na maioria das vezes. A febre é frequente em quadros infecciosos e não está presente em quadros alérgicos. Coriza, tosse e espirro não ocorrem nas otites.

 

Tem como cuidar da criança em casa (tratamentos e cuidados caseiros, nada de automedicação)? 

Dra. Maura: Há cuidados gerais, como boa alimentação, lavar as mãos com água e sabão, além de lavagem nasal com solução salina que devem ser feitos de maneira rotineira para prevenção. A lavagem nasal pode ser intensificada no início dos sintomas dos quadros de via aérea alta para alivio sintomático.

 

Por que a automedicação pode ser perigosa? 

Dra. Maura: O uso de medicações sem prescrição médica pode: causar efeitos colaterais ao uso da mesma; mascarar sintomas da infecção atual; medicamento pode ser usado sem necessidade (por não ser indicado no quadro).

 

Quando é necessária a visita ao pediatra? 

Dra. Maura: O pediatra deve ser visitado de rotina para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e nos episódios de doenças agudas.

 

Existe alguma faixa etária em que essas doenças podem ser mais preocupantes? Qual e por quê? Como agir nesses casos? 

Dra. Maura: Crianças abaixo de 2 meses devem ser avaliadas de imediato. No geral, quanto menor a criança maior a potencial gravidade da infecção. Nestes casos um médico deve ser consultado.

 

Existe alguma idade em que é mais comum que as crianças fiquem doentes? Por quê? 

Dra. Maura: Teoricamente, crianças entre 2 e 4 anos apresentam de 8 a 11 episódios de infecção viral ao ano. Isto decorre da imaturidade do sistema imunológico associado ao início de atividades sociais (escola etc). Atualmente, o ingresso precoce nas escolas facilitou o aumento da frequência destas infecções.

 

Verdade que crianças com alguma doença crônica ou alergia (como rinite ou asma) estão mais suscetíveis às doenças? 

Dra. Maura: A presença de alergia ou doença crônica causa uma redução nas defesas do sistema respiratório. Isto facilita a entrada de um agente infeccioso.

 

É possível passar a temporada sem pegar nenhuma das doenças? Como? 

Dra. Maura: SIM! Devem-se manter as vacinas em dia, alimentação saudável com aporte de legumes e frutas in natura, realizar o repouso com horas de sono adequadas, prática de exercícios físicos. Além disso, evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e realizar lavagem nasal ao menos duas vezes ao dia.

 

A vacina faz toda a diferença, mas nem todas as famílias têm seguido à risca as vacinações das crianças. Qual a sua recomendação? 

Dra. Maura: A recomendação é vacinar-se. Em todas as faixas etárias há vacinas que devem ser recebidas: crianças, adolescentes, adultos e idosos. Sugiro atenção ao calendário vacinal dos postos de saúde. As vacinas são disponibilizadas gratuitamente no Brasil e são seguras. Quem se vacina ajuda a sua própria saúde (evitando infecções) e a do próximo (ao diminuir a transmissão de doenças). Casos de câncer, hepatite etc. ou gravidez devem ser avaliados individualmente. Nas crianças, atenção à idade: cada vacina tem indicação em uma determinada faixa etária.

 

Quais as suas dicas de modo geral para fugir das doenças de outono, inverno? 

Dra. Maura: Manter as vacinas em dia, alimentação saudável com aporte de legumes e frutas in natura, realizar o repouso com horas de sono adequadas, prática de exercícios físicos. Além disso, evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência e realizar lavagem nasal ao menos duas vezes ao dia.

 

Dra. Maura Neves – Otorrinolaringologista, Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP, Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP, Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP, Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF, Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP


Junho Vermelho: especialista tira 10 dúvidas sobre a doação de sangue

Foto: Vince/ Pixabay  
Ato salva vidas e, por isso, é preciso estimular constantemente a participação da sociedade


Mês de promoção da doação de sangue, o “Junho Vermelho” foi instituído pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2004 para homenagear pessoas que ajudam a salvar vidas e, ainda, conscientizar sobre a necessidade constante de se fomentar este ato. Todo o sangue doado a hemocentros é destinado a hospitais e utilizado em cirurgias que salvam milhões de pessoas anualmente. Um único procedimento, conforme dados do Ministério da Saúde (MS), pode consumir de duas a seis bolsas de sangue e os períodos mais críticos são os meses de férias, como julho (que se aproxima), dezembro e janeiro, que também contemplam as festividades. É nestas épocas que o consumo dos hemocentros aumenta, uma vez que mais pessoas pegam a estrada e, assim, infelizmente, geram acidentes, o que implica em maior assistência a situações de emergência. 

José Francisco Marques, hematologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), lembra que o clima frio também contribui para inibir os doadores a saírem de casa. “A campanha é fundamental para conscientizar sobre a necessidade e a importância dessas doações para salvar outras vidas, que, inclusive, podem incluir algum familiar ou amigo próximo”, destaca. 

Como muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre a doação, o especialista aborda algumas informações necessárias para quem deseja se tornar um doador periódico:

 

  1. Idade - A idade mínima para ser um doador é 16 anos. Quem ainda não completou 18 precisa de autorização dos pais ou responsáveis; a idade máxima é de 69 anos;
     
  2. De quanto em quanto tempo doar - Homens podem fazer doações a cada dois meses, no total de quatro doações por ano. Mulheres podem doar a cada três meses, por conta das regras menstruais, no total de três doações anuais. Mulheres gestantes não podem doar sangue;
     
  3. Peso e alimentação – Para doar sangue é preciso ter, no mínimo, 50 quilos e estar bem alimentado, mas tendo-se evitado comidas gordurosas no período que antecede a doação de sangue;
     
  4. Sono em dia – É necessário ter dormido pelo menos seis das 24 horas anteriores;
     
  5. Tipo sanguíneo – Todo o tipo sanguíneo é bem-vindo e não há problema caso o doador não saiba o próprio, pois o processo classifica nos quatro tipos existentes: A, B, AB e O; o Fator Rh determina se é positivo ou negativo. Essas informações são essenciais para que as bolsas sejam destinadas de forma correta ao paciente que irá recebe-las;
     
  6. Quantidade – Cada bolsa de sangue tem 400ml e pode beneficiar até quatro pacientes, dependendo da necessidade, como hemácias para anemia, plasma, crioprecipitado e plaquetas para hemorragias;
     
  7. Qualidade – O sangue passa por um rigoroso processo de qualidade, necessário para classificar e descartar doenças transmissíveis por transfusão, incluindo testes como sífilis, hepatites B e C, HIV, chagas, sorologias e alguns testes moleculares. Isso garante a segurança do doador e do receptor;
     
  8. Tatuagem – A pessoa que tem tatuagem pode doar sangue, desde que a tatuagem tenha sido feita há pelo menos um ano;
     
  9. Uso de medicamentos – Tudo depende do tipo de medicamento administrado; como existem muitas possibilidades de tratamento, essa questão pode ser avaliada na triagem, antes de o sangue ser colhido;
     
  10. Onde é possível doar? – Basta comparecer aos hemocentros de sua cidade com documento de identificação com foto, como Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista ou Carteira Profissional emitida por classe. Também são aceitos os documentos digitais com fotos.

 

ONDE DOAR EM CAMPINAS:

Hemocentro da Unicamp

Rua Carlos Chagas, 480 – Cidade Universitária

De segunda a sábado, das 7h30 às 15h (inclusive feriados)

Telefone: 0800-722-8432

 

Hospital Mário Gatti

Avenida Prefeito Faria Lima, 340 – Parque Itália

De segunda a sábado, das 7h30 às 15h (inclusive feriados)

Telefone: (19) 3272-5501

 

Vera Cruz Hospital


H.Olhos de São Paulo registra aumento no número de pacientes com diagnóstico de conjuntivite

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Doença exige cuidados específicos e, dependendo da causa, pode ser facilmente transmitida a outras pessoas


Olhos vermelhos e que coçam, sensação de areia e lacrimejamento são alguns dos sintomas de conjuntivite, doença caracterizada pela inflamação da conjuntiva, membrana que reveste a parte externa do globo ocular (o branco dos olhos). Quem faz o alerta é o H.Olhos - Hospital de Olhos de São Paulo, da Rede Vision One, que registrou crescimento dos casos nos últimos meses. 

O oftalmologista especialista em córneas, Dr. Pedro Antonio Nogueira Filho, chefe do Pronto-Socorro do H.Olhos, diz que dos 6.180 pacientes atendidos nas unidades da capital e do ABC Paulista durante o mês de abril, 844 estavam com conjuntivite. Foram 177 casos a mais que em março, um crescimento de cerca de 26%, sendo que em fevereiro a doença ocular foi diagnosticada em 647 pacientes. 

A baixa umidade do ar, o frio e a aglomeração de pessoas em ambientes fechados são alguns dos fatores que contribuem para o avanço dos casos de conjuntivite nos meses de outono. Mas os surtos da doença podem ocorrer em qualquer período do ano e afetar pessoas de todas as idades.  

"A conjuntivite pode ser do tipo alérgica, que afeta principalmente quem tem propensão a alergias e não é contagiosa, ou se apresentar nas formas viral e bacteriana, que são facilmente transmissíveis. Por isso, é fundamental lavar sempre as mãos antes de tocar os olhos e não compartilhar maquiagens, toalhas, fronhas ou outros utensílios de uso pessoal," explica o médico.  

Outro cuidado é não coçar os olhos, pois há risco de machucar a região e espalhar secreções. Dependendo da causa, a conjuntivite pode durar de uma semana a 20 dias e, sem os cuidados adequados, pode causar lesões e deixar os olhos mais suscetíveis a novas infecções. Nos casos mais graves, o paciente pode sentir a visão turva e muita sensibilidade à luz.    

A doença ocular não tem um tratamento específico e é importante só utilizar colírios ou medicamentos se houver indicação do especialista, para que o quadro não se agrave. "Ao perceber qualquer sinal da doença é fundamental buscar a ajuda de um oftalmologista e seguir corretamente as orientações, para evitar a evolução da conjuntivite e prevenir o contágio", recomenda o Dr.Pedro Antonio Nogueira Filho.


Especialistas apontam as principais causas da infertilidade em homens e mulheres

 Entenda as perspectivas do novo contexto da fertilidade em homens e mulheres 

 

A fertilidade tem ganhado relevância nos últimos tempos, principalmente considerando-se a intensa mudança de valores e opções de vida de homens e mulheres nos últimos tempos. Nesse contexto, Natalia Barros, nutricionista e Mestre em Ciências pela UNIFESP, e a Dra. Paula Fettback, Ginecologista especialista em Reprodução Humana pela Febrasgo, fornecem insights valiosos sobre o tema, trazendo à tona questões que envolvem tanto a fertilidade feminina quanto masculina, assim como os impactos do estilo de vida moderno nesse contexto. 

No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que a infertilidade afeta a vida de aproximadamente 1 em cada 6 casais no mundo. "Esse cenário alarmante nos leva a refletir sobre os múltiplos fatores que contribuem para esse problema de saúde pública, tais como desequilíbrios hormonais, fatores genéticos, estilo de vida inadequado e o adiamento da gravidez", avalia a Natalia. 

Num olhar amplo, é importante compreender que a infertilidade não é exclusivamente uma questão feminina. "A infertilidade deve sempre ser considerada um diagnóstico do casal, ao contrário do que muitos imaginam, as taxas de infertilidade masculina e feminina são similares", alerta a Dra. Paula. 

No caso das mulheres, como aponta a médica, o fator idade é especialmente crucial, já que a qualidade e quantidade de óvulos diminui significativamente após os 35 anos, tornando a concepção mais desafiadora. "Nesse caso, exames como a dosagem do hormônio antimülleriano e o ultrassom transvaginal podem fornecer informações importantes sobre a reserva ovariana e orientar planos de preservação da fertilidade para mulheres que desejam adiar a maternidade", orienta ela. 

Além dos aspectos médicos, a nutrição desempenha um papel fundamental na promoção da fertilidade. "Estratégias nutricionais adequadas, incluindo uma dieta balanceada rica em nutrientes e antioxidantes, podem contribuir para a preparação do corpo para a gestação, seja de forma natural ou por meio de tratamentos de reprodução assistida", informa a nutricionista Natalia. 

De forma geral, o entendimento do novo contexto da fertilidade requer uma abordagem sistêmica, que leve em consideração tanto os aspectos médicos quanto os comportamentais, concordam as especialistas, que listam abaixo os fatores de maior efeito na fertilidade de homens e mulheres na atualidade.

 

Principais fatores que afetam a fertilidade feminina: 

  • Idade (em função da diminuição do número de óvulos após os 35 anos);
  • Distúrbios hormonais;
  • Endometriose;
  • Ovários policísticos;
  • Problemas nas tubas uterinas;
  • Estilo de Vida (tabagismo, consumo excessivo de álcool, dietas inadequadas e sedentarismo);
  • Genética.

 

Principais fatores que afetam a fertilidade masculina: 

  • Idade (o envelhecimento masculino também pode afetar a qualidade e quantidade de espermatozoides);
  • Desequilíbrios Hormonais;
  • Varicocele (Veias dilatadas no escroto, que podem afetar a produção e qualidade dos espermatozoides);
  • Infecções;
  • Obesidade;
  • Estilo de vida;
  • Genética.


Para quem quer aprofundar…

A Dra. Paula Beatriz Fettback e o Dr. Alfonso Massaguer acabam de lançar o livro A Espera, na intenção de gerar um conteúdo acessível a qualquer pessoa interessada em aprofundar o entendimento sobre reprodução humana, planejamento familiar e infertilidade. A obra inclui explicações, casos clínicos e uma linguagem que facilita uma boa compreensão geral e específica do assunto.

Mais informações: Link



NATALIA BARROS - Nutricionista - Centro Universitário São Camilo. Mestre em Ciências Aplicadas. Departamento de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Fundou a primeira Pós-graduação em Saúde da Mulher e Reprodução Humana do Brasil. Aprimoramento em Nutrição Humana e Metabolismo Stanford University. Extensão em Saúde da Mulher AGE Educação em Saúde. Extensão em Comportamento Alimentar Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-HCUSP)



Dra. Paula Fettback - CRM 117477 SP - CRM 33084 PR. Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2004). Atua em Ginecologia e Obstetrícia com ênfase em Reprodução Humana. Doutora em Ciências Médicas pela Disciplina de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM - 2016) Médica da Clínica MAE São Paulo – SP. Título de Especialista em Reprodução Assistida Certificada pela Febrasgo (2020)


Doenças respiratórias e outros males têm maior ocorrência no outono e inverno

Médicos falam sobre cuidados nessa estação sobretudo para crianças e idosos 



Concentração de poeira e pólen em suspensão no ar, variação da umidade do ar e mudança brusca de temperatura. Esses e outros aspectos característicos do outono causam as doenças típicas dessa estação, ainda mais agora, ocasião em que as temperaturas começam a cair.

Gripe, doenças respiratórias e processos alérgicos diversos são comuns nessa época. Médicos alertam para a prevenção e cuidados que podem ser tomados no outono.

Normalmente idosos e crianças são mais acometidos pelas chamadas doenças de outono.

Para o público infantil é recomendada especial atenção. “Durante o outono, na pediatria, as doenças mais comuns são gripes, resfriados, crises de asma, bronquiolite e pneumonia. Elas acontecem, pois, nessa época a umidade relativa do ar diminui.

Para prevenir essas doenças, é importante manter as vacinações em dia, evitar lugares fechados e aglomerados, higienizar as mãos e lavar as narinas com soro fisiológico regularmente”, afirma Dra. Fernanda Santoro Santos, pediatra do Centro Médico Pastore (RJ).

A médica destaca que os responsáveis devem estar atentos aos sintomas. “Quando a criança apresentar algum sintoma respiratório, é importante os pais se comunicarem com o pediatra assistente, para que sejam orientados de forma adequada e ficarem atentos aos sinais de alarme, como febre há mais de 72h, esforço respiratório e sonolência, nesses casos, devem se encaminhar ao serviço de emergência”, reforça Dra. Fernanda.

Quanto aos idosos vale alertar que esses também costumam ser acometidos pelas doenças sazonais, “como as doenças respiratórias, gripes, principalmente influenza/pneumonias, pneumocócicas. Há também o vírus sincicial respiratório do adulto. A melhor medida preventiva é a vacinação anual da gripe, que muda de acordo com as cepas previstas para o ano. Também tem a Vacinação antipneumocócica” , alerta Dra. Karina Azambuja, geriatra do Centro Médico Pastore.

Seja qual for o público é sempre recomendado estar com check up médico em dia e cuidar também de prevenção, caso já tenha histórico de doenças respiratórias, por exemplo.

 

Além da contracepção, a pílula também previne doenças

Os anticoncepcionais atuam na diminuição dos sintomas de tensão pré-menstrual (TPM), na redução do fluxo e das cólicas menstruais e até reduzem o risco de câncer de endométrio e de ovário

 

Além do controle da natalidade, os anticoncepcionais atuam na diminuição dos sintomas de tensão pré-menstrual (TPM), na redução do fluxo e das cólicas menstruais e até reduzem o risco de câncer de endométrio e de ovário. Certas pílulas ajudam a diminuir a oleosidade da pele e do cabelo, o que pode contribuir para a autoestima da mulher. O assunto foi abordado na 17ª jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), durante palestra do ginecologista e obstetra da Universidade de São Paulo (USP), Edson Ferreira, que traz reflexões importantes sobre o uso de contraceptivos hormonais. 

O tema de autoestima e influências externas teve destaque na palestra, à medida que explora outras interferências como estresse, depressão e ansiedade na vida da mulher, que não estão ligadas ao uso da pílula. O mesmo pode acontecer em relação ao peso. “No caso do ganho de peso, por exemplo, o impacto que a pílula anticoncepcional pode causar é muito pequeno. Fatores sociais, como falta de exercícios físicos e uma dieta não balanceada, além do próprio avançar da idade, têm uma contribuição muito maior para essa mudança do que a ingestão de contraceptivos hormonais”, alerta o médico. 

O especialista ressalta que é primordial que as mulheres conheçam o medicamento e a si próprias para tomar decisões conscientes e inteligentes sobre o uso da pílula. “É importante tomar essa decisão junto ao seu médico”, diz. “Mas é importante lembrar que a pílula anticoncepcional é uma conquista feminina que, além de reduzir gestações não planejadas, traz mais qualidade de vida e ainda ajuda na prevenção de doenças.” 

Ferreira completa dizendo que, “na medicina, muitas vezes, discutimos muito mais os riscos do que os benefícios, mas o importante é tomar a decisão de utilizar a pílula de maneira consciente e bem orientada pelo seu médico”.

 

Libbs


Queda entre idosos são comuns: aprenda cinco passos para evitar

Freepik

À medida que envelhecemos, incidentes como quedas podem se tornar frequentes causando lesões graves e muitas vezes irreversíveis. Isso acontece devido a diminuição de mobilidade, perda de equilíbrio, fraqueza muscular e ausência de atividades físicas. Segundo dados do SUS (Sistema Único de Saúde), nos últimos dez anos dobrou o número de atendimentos por queda de idosos no país. Em 2022 foram 33.544 resultando em 9.592 mortes, uma média de 26 óbitos por dia. Para Eduardo Loureiro, enfermeiro e franqueado da Padrão Enfermagem, é preciso avaliar o ambiente que o idoso vive e prevenir. “Uma queda simples pode trazer danos permanentes, mas se moldar a casa que esse idoso vive pensando nas suas principais necessidades e independência, é possível evitar que tombos virem rotina”, comenta.

O enfermeiro listou também algumas ações que podem facilitar no dia a dia, e evitar que acidentes graves aconteçam. São eles:

  • Avaliar qual o grau de independência desse idoso. Ele pode ficar sozinho? Caso não seja 100% autossuficiente, em acordo com os familiares opte pela presença de um cuidador ou enfermeiro, esse profissional além de uma companhia constante poderá supervisionar a rotina diária do seu ente.
  • Pisos escorregadios são verdadeiros inimigos da terceira idade, se não for possível substituir, invista em proteção antiderrapante.
  • Evite o uso de tapetes, essas peças podem causar quedas pela sua elevação.
  • Corrimão e barras de apoio são essenciais, além de permitir a locomoção dos idosos, transmite segurança .
  • Trocar a escada por rampas proporciona deslocamento seguro e assim como uma boa iluminação.

Caso um idoso caia, o profissional ressalta, que é importante entender o momento e a gravidade para prestar o socorro adequado. “Alguns sinais como sangramento, dores intensas, perda de consciência, imobilidade, entre outros, já são um alerta que é preciso acionar o serviço emergência móvel ou SAMU através do telefone 192. Essas condições requerem avaliação médica” alerta. 

As quedas são um desafio, e após uma intercorrência é possível que sejam desenvolvidas questões como medo, receio de voltar a andar, limitação das atividades físicas, depressão, entre outros. “É importante que a família esteja atenta a esses sinais de fragilidade e procure respaldo profissional”, finaliza.


Padrão Enfermagem


Mapeamento cerebral pode auxiliar no diagnóstico de doenças neurológicas

 Exame em conjunto com o neurofeedback pode resultar ainda na otimização de respostas a tratamentos

 

Realizar um diagnóstico preciso é fundamental para que os médicos possam identificar corretamente o que está afetando a saúde do paciente e assim estabelecer a melhor conduta para tratá-lo. No caso das funções neurológicas, a eletroencefalografia quantitativa (qEEG) desempenha um papel crucial no diagnóstico e tratamento de uma série de doenças e distúrbios cerebrais. 

Como explica o especialista e diretor da BrainEstar, professor Faria Pires, o qEEG é uma extensão da análise da interpretação visual da eletroencefalografia, podendo ajudar e até aumentar a compreensão da função cerebral. “O EEG quantitativo (qEEG) é a análise do EEG digitalizado conhecido como ‘mapeamento cerebral’. Esse exame é utilizado para avaliar a atividade elétrica cerebral e assim detectar alterações do sistema nervoso central e diagnosticar, por exemplo, doenças e distúrbios cerebrais. Em conjunto com a avaliação clínica tradicional o qEEG permite um diagnóstico mais preciso, o que facilita o planejamento de tratamentos mais direcionados e eficazes”, esclarece Pires. 

Segundo a neurologista da BrainEstar, Drª Emily Pires, a realização do exame em conjunto com a técnica do neurofeedback, pode auxiliar também no tratamento de doenças e de qualquer outro transtorno neurológico.

“O Neurofeedback é um treinamento baseado na regulação da atividade elétrica do cérebro. Ele é livre de medicamentos e intervenções invasivas e tem como objetivo otimizar o funcionamento cerebral por meio da neuromodulação. Essa técnica pode ser utilizada como um complemento de terapias convencionais e tratamentos medicamentosos, oferecendo benefícios notáveis e podendo resultar na redução da necessidade de medicação e até na otimização de respostas a tratamentos”, explica a neurocientista, acrescentando que suas aplicações são versáteis e pode auxiliar profissionais de saúde e educação em diversas áreas. 

“O neurofeedback tem comprovação científica e eficiência comprovada por pesquisadores de diversos países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá. Além disso, as associações de pediatria americana e britânica recomendam esta técnica como opção não medicamentosa. Na Brainestar, estamos dedicados a contribuir para o campo da saúde por meio de tecnologias avançadas no campo da neurociência, oferecendo um suporte valioso e colaborando com profissionais de saúde para que alcancem resultados importantes para seus pacientes”, finaliza Emily. 



BrainEstar
www.brainestar.com.br

 

Paciente deve priorizar hospitais de excelência, alerta médico‌


Mais segurança ou melhor custo-benefício? Mais conforto ou apenas o mínimo necessário? Esses e tantos outros dilemas costumam martelar na cabeça de quem está em vias de realizar um procedimento cirúrgico, mas ainda não se decidiu pelo lugar onde será atendido. Na dúvida, muitas pessoas optam pelo mais em conta. Uma escolha que pode até ser a mais adequada, mas que também faz aumentar os riscos ao paciente.

“Apesar das semelhanças, escolher o melhor hospital não é exatamente o mesmo que escolher um hotel ao planejar uma viagem”, compara o Dr. Felipe Villaça, cirurgião plástico da FVG Cirurgia Plástica e diretor técnico do Hospital São Rafael. “Um hotel razoável pode manter as expectativas elevadas em relação a um passeio turístico. Mas, quando se trata de saúde, há alguns riscos que só os hospitais de excelência podem estar preparados para superar”, argumenta.

Por isso, ele defende que a seleção do local onde realizar a cirurgia seja baseada em diversos fatores, como atendimento, infraestrutura, formação e experiência da equipe multidisciplinar e adoção de tecnologias de ponta. Todos esses fatores, enfatiza, são essenciais para “medir” a qualificação de um local de saúde, mas reconhece que a espinha dorsal começa pelos profissionais.

“Não há grandes hospitais sem grandes profissionais, como também não há grandes profissionais sem equipamentos de ponta. Por isso, um centro de excelência em saúde funciona como uma cadeia positiva, um círculo virtuoso, que passa por todos aqueles fatores: desde a estrutura física do hospital, passando pelo atendimento e, claro, colocando o paciente sob as mãos de quem é capaz de proporcionar o máximo de segurança”, esclarece Felipe Villaça.

Ele realça que os equipamentos também devem ser de última geração, já que isso pode potencializar a recuperação e o atendimento dispensados ao paciente. Um segredo, segundo o médico e diretor técnico do Hospital São Rafael, é informar-se mais a fundo sobre os locais que melhor podem oferecer o atendimento esperado.

“O caminho é sempre buscar hospitais que são referência no tratamento desejado. Ser referência significa estar no topo ou próximo dele em relação a todos os demais. Um hospital que é referência tem tudo para oferecer o que há de melhor. Mesmo que isso custe mais do que uma instituição ‘mais ou menos’. Mas será que isso será suficiente para livrar o paciente de todos os riscos? Minha recomendação é para que não apostem nisso”, aponta.

 

Pesquisa inédita revela que latino-americanos desconhecem as principais doenças da retina

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66% afirmam não conhecer a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e 76% dizem desconhecer a retinopatia diabética, que pode causar o Edema Macular Diabético (EMD), principal causa da perda de visão em pessoas com diabetes


Estudo realizado pelo Ipec, a pedido da farmacêutica multinacional alemã Bayer, ouviu 8 mil pessoas no Brasil, Colômbia, Argentina e México para entender o conhecimento da população sobre doenças de retina, diabetes e outras doenças crônicas. 

Estima-se que cerca de 10% da população mundial terá DMRI, sendo essa a principal causa da cegueira irreversível após os 50 anos. “Para termos uma ideia, apenas no Brasil estamos falando de cerca de 3 milhões de pessoas¹. Em 2040, serão 288 milhões de pessoas no mundo². Importante destacar que com o aumento da expectativa de vida da população, esse número tende a aumentar consideravelmente”, afirma Diego Bueno, gerente médico da área de Oftalmologia da Bayer. Em relação ao diabetes, dados da Federação Internacional de Diabetes mostram que a expectativa é que até 2040 mais de 642 milhões de pessoas tenham a doença. A condição pode ser assintomática e traz consigo uma série de consequências, entre elas a retinopatia diabética, uma complicação ocular causada pelo diabetes tipo 1 e tipo 2. A progressão da doença pode ocasionar o EMD, que atinge 7,5% a 11%, sendo a principal causa de perda de visão nesses pacientes. “Nesse caso, estamos falando potencialmente de 35 milhões³ de pessoas apenas nesses quatro países da América Latina, o que é alarmante e deve receber a devida atenção e cuidado, afinal estamos falando da perda de um sentido que traz impactos relevantes na qualidade de vida”, reforça Diego. 

A falta de conhecimento sobre os problemas de retina revela uma grande preocupação, tendo em vista que 57% das pessoas entrevistadas consideram que a falta de controle do diabetes é uma das principais causas de cegueira, e 51% entendem que a perda da visão é causada por infecção nos olhos. “Certamente as infecções nos olhos requerem um cuidado especial, mas estar entre as causas mais associadas à cegueira demostra a falta de conhecimento da população sobre a saúde ocular. A DMRI e o EMD, provenientes respectivamente do envelhecimento e da complicação do diabetes, juntamente com doenças como glaucoma e catarata, estão na lista das principais causas de cegueira evitável no mundo”, ressalta o gerente médico da Bayer. 

A conscientização sobre os fatores de risco e diagnóstico precoce são as melhores formas de prevenir tanto o EMD quanto a DMRI, já que o tratamento tem como objetivo desacelerar a sua progressão para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida. Entre os participantes da pesquisa que afirmam ter diabetes, por exemplo, somente 44% foram orientados a procurar um oftalmologista para cuidar da saúde ocular. 

E quando diagnosticado o diabetes, o tratamento dessas condições ainda enfrenta obstáculos. A pesquisa mostra que algumas das barreiras para a realização do tratamento adequado ligadas a frequência necessária de ida a um hospital/clínica (20%), deslocamento até uma clínica ou hospital (16%), além do abandono ao tratamento após melhora significativa já nas primeiras aplicações (9%). Outro dado relevante apontado pela pesquisa é que 41% dos entrevistados se sentiriam mais motivados a aderir ou continuar um tratamento médico se houvesse maior intervalo entre as consultas4.

“Tenho pacientes que se deslocam 600km, pegam voos, para estarem na clínica a cada 4 ou 6 semanas, e às vezes fazem isso por anos. É uma jornada longa, o que muitas vezes dificulta a adesão do paciente ao tratamento, e quando isso ocorre há um impacto negativo. Uma opção de tratamento com intervalo maior entre as aplicações é uma grande mudança. Essa conquista vai diminuir o fardo do paciente e seus familiares, vai permitir maior adesão ao tratamento, com a mesma segurança e eficácia. Em última análise, há ganho na qualidade de vida desses pacientes”, afirma Dr. Frederico Braga, médico oftalmologista especialista em retina.
 

Sobre o tratamento

Há 10 anos um dos tratamentos mais indicados para a DMRI e o EMD é o aflibercepte 2 mg. Globalmente, já foram aplicadas mais de 70 milhões de doses desse medicamento, que trata doenças que podem comprometer de maneira significativa a qualidade de vida dos pacientes e levar à cegueira se não tratadas a tempo. O medicamento tem o potencial de impedir a progressão das doenças, evitando assim a perda da visão nesses pacientes.

Recentemente o FDA (Food and Drug Administration, sigla em inglês) nos Estados Unidos, aprovou o aflibercepte 8mg, que também já foi aprovado pela Anvisa no Brasil e pelo órgão regulatório na Argentina. A nova opção garante maior comodidade aos pacientes diminuindo a frequência e o intervalo entre as aplicações. Estudos em EMD mostram que quase 88% dos pacientes que receberam aflibercepte 8mg a cada 16 semanas ou mais seguiram nesse intervalo por dois anos, e aproximadamente um terço desses pacientes finalizou o estudo com somente duas aplicações por ano5.

A nova opção de tratamento representa uma evolução para os pacientes, ao bloquear de forma mais eficaz uma proteína chamada VEGF, que contribui para o crescimento anormal dos vasos sanguíneos nos olhos, o tratamento proporciona maior controle da doença. Isso reduz a necessidade de consultas frequentes, proporcionando um maior intervalo entre as aplicações.

 

Sobre a pesquisa

Realizada pelo instituto de pesquisa Ipec, a pesquisa ouviu 2.000 pessoas da população internauta de cada país (Brasil, México, Colômbia e Argentina), sendo 300 com diabetes de cada país; homens e mulheres, com faixa etária a partir dos 16 anos de todas as classes sociais. Para amostra total, a margem de erro é de 2 pontos percentuais com nível de confiança de 95% e para amostra de diabéticos, a margem de erro é de 6pp com nível de confiança de 95%. A data de campo da pesquisa no Brasil é abril de 2024, sendo que Argentina, Colômbia e México é entre abril e maio do mesmo ano. 



Bayer



Referências

¹Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Condições de saúde ocular no Brasil. Disponível em: Link.

²Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde - CONITEC. Disponível em:

Link

³Argentina: Ministério da Saúde da República da Argentina. Disponível em: bancos.salud.gob.ar/sites/default/files/2023-01/Newsletter Diciembre 2022.pdf

Brasil: Ministério da Saúde. Disponível em: Link

Colômbia: No Dia Mundial do Diabetes: MinSalud promove práticas de estilo de vida saudável.

México: Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição. Disponível em: Link

4Pesquisas avaliaram um medicamento administrado uma vez por mês em um consultório médico, passando a ser administrado a cada seis meses.

5 Do DV. AAO 2023. 3–6 November 2023. San Francisco, US.


Nova Perspectiva sobre Superdotação: Neurodivergência Evolutiva


Em um novo estudo que promete redefinir o entendimento sobre superdotação, o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, renomado membro de sociedades de alto QI e presidente da ISI Society — a sociedade de alto QI mais restrita do mundo —, propõe uma abordagem revolucionária para entender as mentes mais brilhantes. Segundo ele, a superdotação não deve ser vista apenas como um traço de excepcionalidade isolado, mas sim como uma "neurodivergência evolutiva", um conceito que ele detalha em seu recente estudo.

"A superdotação é frequentemente mal interpretada. Não é uma simples vantagem intelectual; é uma forma complexa de neurodivergência que evoluiu para oferecer vantagens adaptativas em ambientes desafiadores", explica Dr. Abreu.

Diferentemente das neurodivergências tradicionalmente associadas a transtornos como o autismo, TDAH e dislexia, que podem apresentar desafios significativos, a neurodivergência evolutiva descrita por Dr. Abreu destaca-se por promover capacidades cognitivas e emocionais superiores. Este novo entendimento não só enaltece as características únicas dos superdotados, mas também separa claramente a superdotação de possíveis conotações negativas associadas a disfunções.

O estudo de Dr. Abreu, que é também um recente eleito membro da Sigma Xi, sociedade científica que conta com mais de 200 laureados com prêmios Nobel, baseia-se em uma extensa revisão bibliográfica e observações neurobiológicas. "Nossas análises mostram que o cérebro de indivíduos superdotados possui uma ativação e conectividade superiores em áreas cruciais como o córtex pré-frontal, responsável por funções executivas avançadas, planejamento e controle emocional", diz ele.

Além de oferecer um novo olhar sobre as capacidades intelectuais e emocionais, o conceito de neurodivergência evolutiva visa também influenciar positivamente as estratégias de educação e integração social dos superdotados. "É essencial que os sistemas educacionais e a sociedade reconheçam essas capacidades como vantagens evolutivas e não como anomalias a serem corrigidas", defende Dr. Abreu.

Este novo paradigma pode contribuir significativamente para a desestigmatização da neurodivergência e para a valorização da diversidade cognitiva e emocional. "A superdotação, vista sob essa nova luz, pode ser uma chave para resolver problemas complexos e liderar inovações em diversas áreas do conhecimento e da atividade humana", conclui Dr. Abreu.

A redefinição proposta pelo Dr. Fabiano de Abreu promete abrir novos caminhos para o entendimento e apoio às mentes mais capacitadas do nosso tempo, destacando-as não apenas como excepcionais, mas essenciais para o avanço e adaptação da sociedade em um mundo cada vez mais complexo.

 

8 cuidados essenciais para proteger a saúde em dias frios

Frente fria derrubou as temperaturas em vários estados brasileiros; veja como se proteger

 

Após ondas de calor persistentes, as temperaturas caíram em vários estados brasileiros. Segundo a meteorologia, a frente fria atingiu, principalmente, a região centro-sul do país, mas também teve efeitos significativos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e sul de Mato Grosso. Diante das quedas das temperaturas, é preciso ficar atento aos cuidados com a saúde para evitar doenças.

É comum associarmos o aumento de problemas respiratórios ao tempo frio, e o médico Dr. Helder Almada, profissional da área de clínica médica do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, explica o que de fato acontece nesta época do ano. “As baixas temperaturas, por si só, não causam diretamente doenças respiratórias, mas podem criar um ambiente propício para a propagação de vírus respiratórios. No inverno, as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados para evitar o frio e isso pode facilitar a transmissão destes vírus
de uma pessoa para outra, especialmente em espaços lotados e mal ventilados”, destaca.

 

O que o frio pode causar no corpo?

 

  1. O ar é mais seco durante o inverno e especialmente em ambientes internos aquecidos. A baixa umidade pode ressecar as membranas mucosas do nariz e da garganta, tornando-as mais suscetíveis a infecções virais.
  2. O frio intenso pode diminuir a resposta imunológica do corpo, tornando-o mais suscetível a infecções virais. Além disso, as mudanças bruscas de temperatura entre ambientes internos aquecidos e externos frios podem colocar uma pressão adicional sobre o sistema imunológico.
  3. Durante o inverno, as pessoas tendem a passar menos tempo ao ar livre e, consequentemente, têm menos exposição à luz solar, importante para a produção de vitamina D, que desempenha um papel crucial na função imunológica. A deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de infecções respiratórias.

 

Cuidados essenciais com a saúde no frio:

 

1. Manter-se aquecido

Segundo o médico, “agasalhar-se no frio não é apenas uma questão de conforto, mas também é essencial para proteger a saúde e prevenir uma série de problemas relacionados ao clima frio”. Quando nos vestimos com roupas quentes, nos protegemos contra a hipotermia, que ocorre quando o corpo perde calor mais rapidamente do que pode produzir, enfraquecendo o sistema imunológico.

Por isso, são tão importantes as campanhas do agasalho, que arrecadam roupas para aquecer e proteger pessoas em situação de vulnerabilidade. Todos podem ajudar, e para quem tem roupas de frio para doar, o Cartão de TODOS está destinando todas as doações recebidas em sua campanha do agasalho para as famílias atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. No site, é possível  conferir a unidade mais próxima para levar a contribuição. 

 

2. Hidratação adequada

Apesar de não sentirmos tanta sede quanto no verão, o médico reforça que a ingestão de água durante esse períodos frios permanece crucial. “Nós não perdemos água somente na transpiração, que é mais comum no calor, mas também por meio da respiração e da urina. A falta de ingestão adequada de água pode levar a sintomas de desidratação como dores de cabeça, fadiga, tonturas, dentre outros”, reforça Almada.

 

3. Alimentação saudável

Consuma uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras para fornecer ao corpo os nutrientes necessários para manter um sistema imunológico forte e ainda ajudar na hidratação. “Você pode consumir líquidos na forma de chás quentes, sopas e alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, para ajudar a manter um bom equilíbrio hídrico no corpo”, afirma o médico.

 

4. Prática de boa higiene

Mesmo que queira evitar a água fria, lave as mãos regularmente com água e sabão e evite tocar o rosto, especialmente o nariz, a boca e os olhos, para reduzir o risco de contrair infecções respiratórias.

 

5. Vacinação contra gripe

Certifique-se de estar atualizado com a vacinação contra a gripe, pois a doença é mais comum durante os meses frios.

 

6. Exercício físico regular

Mantenha-se ativo com exercícios físicos regulares, mesmo que seja apenas uma caminhada rápida ou uma sessão de exercícios em casa. O exercício ajuda a fortalecer o sistema imunológico e a melhorar o humor.

 

7. Cuidado com a pele

Hidrate a pele regularmente com loções ou cremes para evitar o ressecamento e proteger contra rachaduras. Segundo Almada, “o ar frio e seco pode ressecar a pele, causando desconforto e até mesmo problemas como irritações cutâneas”.

8. Evitar ambientes fechados e lotados

Tente evitar ficar por longos períodos em locais fechados e mal ventilados, onde a transmissão de vírus respiratórios pode ser mais fácil.

 

Cartão de TODOS

 

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