Ato salva vidas e, por isso, é preciso
estimular constantemente a participação da sociedadeFoto: Vince/ Pixabay
Mês de promoção da doação de sangue, o “Junho Vermelho” foi instituído pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2004 para homenagear pessoas que ajudam a salvar vidas e, ainda, conscientizar sobre a necessidade constante de se fomentar este ato. Todo o sangue doado a hemocentros é destinado a hospitais e utilizado em cirurgias que salvam milhões de pessoas anualmente. Um único procedimento, conforme dados do Ministério da Saúde (MS), pode consumir de duas a seis bolsas de sangue e os períodos mais críticos são os meses de férias, como julho (que se aproxima), dezembro e janeiro, que também contemplam as festividades. É nestas épocas que o consumo dos hemocentros aumenta, uma vez que mais pessoas pegam a estrada e, assim, infelizmente, geram acidentes, o que implica em maior assistência a situações de emergência.
José Francisco Marques, hematologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), lembra que o clima frio também contribui para inibir os doadores a saírem de casa. “A campanha é fundamental para conscientizar sobre a necessidade e a importância dessas doações para salvar outras vidas, que, inclusive, podem incluir algum familiar ou amigo próximo”, destaca.
Como muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre a doação, o
especialista aborda algumas informações necessárias para quem deseja se tornar
um doador periódico:
- Idade - A idade mínima para ser um doador é 16 anos. Quem ainda
não completou 18 precisa de autorização dos pais ou responsáveis; a idade
máxima é de 69 anos;
- De quanto em quanto tempo doar - Homens podem fazer doações a cada dois meses, no total de
quatro doações por ano. Mulheres podem doar a cada três meses, por conta
das regras menstruais, no total de três doações anuais. Mulheres gestantes
não podem doar sangue;
- Peso e alimentação – Para doar sangue é preciso ter, no mínimo, 50 quilos e estar
bem alimentado, mas tendo-se evitado comidas gordurosas no período que
antecede a doação de sangue;
- Sono em dia – É necessário ter dormido pelo menos seis das 24 horas
anteriores;
- Tipo sanguíneo – Todo o tipo sanguíneo é bem-vindo e não há problema caso o
doador não saiba o próprio, pois o processo classifica nos quatro tipos
existentes: A, B, AB e O; o Fator Rh determina se é positivo ou negativo.
Essas informações são essenciais para que as bolsas sejam destinadas de
forma correta ao paciente que irá recebe-las;
- Quantidade – Cada bolsa de sangue tem 400ml e pode beneficiar até
quatro pacientes, dependendo da necessidade, como hemácias para anemia,
plasma, crioprecipitado e plaquetas para hemorragias;
- Qualidade – O sangue passa por um rigoroso processo de qualidade,
necessário para classificar e descartar doenças transmissíveis por
transfusão, incluindo testes como sífilis, hepatites B e C, HIV, chagas,
sorologias e alguns testes moleculares. Isso garante a segurança do doador
e do receptor;
- Tatuagem – A pessoa que tem tatuagem pode doar sangue, desde que a
tatuagem tenha sido feita há pelo menos um ano;
- Uso de medicamentos – Tudo depende do tipo de medicamento administrado; como
existem muitas possibilidades de tratamento, essa questão pode ser
avaliada na triagem, antes de o sangue ser colhido;
- Onde é possível doar? – Basta comparecer aos hemocentros de sua cidade com documento
de identificação com foto, como Carteira de Identidade, Carteira Nacional
de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de
Estrangeiro, Certificado de Reservista ou Carteira Profissional emitida
por classe. Também são aceitos os documentos digitais com fotos.
ONDE DOAR EM CAMPINAS:
Hemocentro da Unicamp
Rua Carlos Chagas, 480 – Cidade Universitária
De segunda a sábado, das 7h30 às 15h (inclusive feriados)
Telefone: 0800-722-8432
Hospital Mário Gatti
Avenida Prefeito Faria Lima, 340 – Parque Itália
De segunda a sábado, das 7h30 às 15h (inclusive feriados)
Telefone: (19) 3272-5501
Vera Cruz Hospital
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