Mais segurança
ou melhor custo-benefício? Mais conforto ou apenas o mínimo necessário? Esses e
tantos outros dilemas costumam martelar na cabeça de quem está em vias de
realizar um procedimento cirúrgico, mas ainda não se decidiu pelo lugar onde
será atendido. Na dúvida, muitas pessoas optam pelo mais em conta. Uma escolha
que pode até ser a mais adequada, mas que também faz aumentar os riscos ao
paciente.
“Apesar das
semelhanças, escolher o melhor hospital não é exatamente o mesmo que escolher
um hotel ao planejar uma viagem”, compara o Dr. Felipe Villaça, cirurgião
plástico da FVG Cirurgia Plástica e diretor técnico do Hospital São Rafael. “Um
hotel razoável pode manter as expectativas elevadas em relação a um passeio
turístico. Mas, quando se trata de saúde, há alguns riscos que só os hospitais
de excelência podem estar preparados para superar”, argumenta.
Por isso,
ele defende que a seleção do local onde realizar a cirurgia seja baseada em
diversos fatores, como atendimento, infraestrutura, formação e experiência da
equipe multidisciplinar e adoção de tecnologias de ponta. Todos esses fatores,
enfatiza, são essenciais para “medir” a qualificação de um local de saúde, mas
reconhece que a espinha dorsal começa pelos profissionais.
“Não há
grandes hospitais sem grandes profissionais, como também não há grandes
profissionais sem equipamentos de ponta. Por isso, um centro de excelência em
saúde funciona como uma cadeia positiva, um círculo virtuoso, que passa por
todos aqueles fatores: desde a estrutura física do hospital, passando pelo
atendimento e, claro, colocando o paciente sob as mãos de quem é capaz de
proporcionar o máximo de segurança”, esclarece Felipe Villaça.
Ele realça
que os equipamentos também devem ser de última geração, já que isso pode
potencializar a recuperação e o atendimento dispensados ao paciente. Um
segredo, segundo o médico e diretor técnico do Hospital São Rafael, é
informar-se mais a fundo sobre os locais que melhor podem oferecer o
atendimento esperado.
“O caminho é
sempre buscar hospitais que são referência no tratamento desejado. Ser
referência significa estar no topo ou próximo dele em relação a todos os
demais. Um hospital que é referência tem tudo para oferecer o que há de melhor.
Mesmo que isso custe mais do que uma instituição ‘mais ou menos’. Mas será que
isso será suficiente para livrar o paciente de todos os riscos? Minha
recomendação é para que não apostem nisso”, aponta.
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