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sexta-feira, 10 de maio de 2024

Núcleo de Criação do Pequeno Ato faz desfile de Carnaval em novo espetáculo imersivo

Crédito Pedro Garcia de Moura

Núcleo de Criação do Pequeno Ato celebra uma década premiada de trabalho com o público jovem, e foi buscar nas origens do Carnaval e nos desafios da emergência climática a inspiração para a criação do novo espetáculo Carnaval Futuro.  

Partindo de pesquisas sobre a história do Carnaval, desde as procissões religiosas até a repressão do samba, o grupo de artistas, sob a direção de Pedro Granato, mergulha nas raízes culturais para projetar o futuro. A peça estreia temporada de 7 a 23 de maio, no Centro Cultural São Paulo, com sessões terças, quartas e quintas-feiras, às 21h. 

 

Com dramaturgia inédita de Ana Herman, criada em colaboração com o elenco, o espetáculo tem formato de um desfile Carnavalesco, com carros alegóricos, alas e plateia disposta em corredor. Inspirado pelas lições do passado, como a revolução comportamental após a gripe espanhola que contou com uma explosão de eventos de massa até as recentes proibições do Carnaval de rua em 2022 com a pandemia, o grupo traz para a avenida a discussão atual de bilionários como Elon Musk que investem em viagens espaciais, mas apoiam políticos autoritários que negam o aquecimento global. 

 

A montagem reúne uma equipe diversa. A luz é assinada por Benedito Beatriz de trabalhos marcantes com a Coletiva (“Quando Quebra Queima” e “Erupção”), a produção musical é da Maia Caos (que fez “Distrito T” e “Terra Brasilis Top Trans Pindorâmica” com direção de Ymoira Micall, vencedor do prêmio Mix Brasil), o figurino de Jota Silva e Kyra Reis, da Cia Sacana, a coreografia é de Gabriela Gonzales que participou do Núcleo de Criação do Pequeno Ato em “Caso Cabaré Privê”, vencedor do Prêmio APCA. O cenário, que trará um carro alegórico é de Diego Dac, parceiro de Granato em diversos trabalhos como “Veraneio” e “Corpo Intruso”.

 

A narrativa se passa em um futuro de crise climática, em que um casal de escolhidos da elite parte para uma viagem espacial e força a população a trabalhar em busca dessa terra prometida para poucos. “Inspirados pelo afro-futurismo e o conceito de futuro ancestral, criamos novas experiências, exploramos formas de aproximar a essência imersiva e popular do Carnaval à linguagem teatral”, conta Granato. 

 

O núcleo conseguiu o apoio da escola de samba Vai-Vai que doou fantasias e materiais do seu último desfile, criado pelo carnavalesco Sidney França - que em 2024 comanda o desfile da tradicional escola paulistana e da Mangueira, no Rio. “Estamos promovendo o encontro estético de alegorias de Brecht às alegorias de Joãozinho 30 e tantos mestres do nosso Carnaval”, explica Granato.

 

As imagens de divulgação foram geradas pelo fotógrafo Pedro Garcia de Moura a partir de fotos dos atores e inteligência artificial. “Suas criações imagéticas para a página Carnavais Artificiais, com inteligência artificial, foram disparadoras para a criação do espetáculo e nos levam a novos caminhos, onde o futuro é uma reinvenção da ancestralidade”, conta Granato.

 

O Carnaval, em sua forma e conteúdo, fala intimamente sobre quem somos. “Ao focar no Carnaval, sabemos que ganhamos uma plateia apaixonada, de especialistas, porque todos temos essa vivência, que virou parte de nossa identidade. E no Carnaval as alegorias são diretas e sem limites, é uma riqueza cultural muito pouco explorada em nossa cena”, completa Granato.

 

Uma década de experimentação e novas plateias

Desde 2013 o Pequeno Ato é um teatro e centro de criação mantido de maneira independente, com uma programação ininterrupta visando o contato com novos públicos e o teatro jovem, abrindo espaço para novos dramaturgos e diretores. O grupo investiga o teatro imersivo e a formação de plateia. Os espetáculos do Núcleo são criados por jovens, falando de jovens e para o público jovem.

 

O primeiro espetáculo Fortes Batidas (2013), ambientado em uma balada, cruzava a vida de jovens com a participação do público. Junto com 11 Selvagens (2017) e Distopia Brasil (2019), fez parte de uma trilogia que debateu os ânimos inflamados na política recente brasileira.

 

Com o isolamento gerado pelo coronavírus, a imersão presencial não foi mais possível, então a pesquisa avançou para a tecnologia. O Núcleo se aprofundou na gamificação das narrativas, com histórias que se ramificam e se modificam de acordo com a intervenção do público. Assim surgiu Caso Cabaré Privê (2020), em que o público assistia online e podia interagir interrogando os participantes para descobrir como morreu um político de extrema direita e até mesmo decidia o que fazer com as informações descobertas. O Pequeno Ato também fez investidas diretas no espaço público com a montagem de rua de O Beijo no Asfalto (2017). 

 

As possibilidades de interação com o público aprofundaram ainda mais em Descontrole Público (2021). Nesse trabalho, a plateia virtual literalmente conduzia através de fones e câmeras os personagens em uma primeira festa após a vacina. Os comandos dados geraram novosdesenlaces para a história, e uma experiência única no cruzamento entre gamificação e dramaturgia. 

 

Fechando a nova trilogia com foco na gamificação, Vingança Voyeur (2023), surgiu como sexto espetáculo do grupo, já com a retomada de experiências presenciais sem perder os avanços tecnológicos explorados pelo Núcleo. Utilizando-se de fones, o público acompanha em espaços de convivência da cidade o plano de um grupo de mulheres que se vingam de uma situação de estupro. Mesclando recursos tecnológicos e de teatro imersivo a fim de investigar novas formas de se relacionar com temas como machismo, sexualidade e a busca feminina por respostas à impunidade, o espetáculo fez avançar a pesquisa do Núcleo de Criação e celebrou a volta aos palcos após a pandemia em 2023.

 

Ficha técnica:

Núcleo de Criação do Pequeno Ato. Direção e concepção: Pedro Granato. Dramaturgia: Ana Herman. Espetáculo criado em processo colaborativo Atores criadores: Anna Talebi. Bruna Araújo, Daay Galvão, Dan Elias, Diego Leo, Fellipe Tavares, Joana Langeani, Jota Silva, Leo Braga e Matheus Almeida. Coreografia e Assistente de direção: Gabriela Gonzalez. Cenografia e Adereços: Diego Dac. Sonoplastia: Maia Caos. Iluminação: Benedito Beatriz. Figurino: Jota Silva e Kyra Reis. Assistente de cenografia: Luana Miyamoto. Estagiária de direção: Gabriela Lang. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Fotos de divulgação: Pedro Garcia Moura. Produção executiva: Carolina Henriques e Rommaní Carvalho. Direção de produção: Jessica Rodrigues. 

Apoio: Escola de Samba Vai-Vai. Realização: Pequeno Ato e Jessica Rodrigues Produções

 


Serviço:


Espetáculo Carnaval Futuro 

Estreia dia 7 de maio, terça-feira, às 21h.

Temporada: De 7 a 23 de maio – Terça a quinta, às 21h

Recomendação etária: 16 anos

Duração: 60 minutos

Centro Cultural São Paulo (CCSP) – Sala Ademar Guerra

Rua Vergueiro, 1000, Paraíso – Metro Vergueiro

Ingressos: Gratuitos 

A retirada de ingressos é liberada uma semana antes do dia do evento.

Funcionamento da bilheteria presencial: Terça a sábado, 13h às 22h.Domingo e feriados, das 12h às 21h.

 

Museu Casa de Portinari tem atividades especiais para o Dia das Mães em Brodowski; confira programação

Feira de artesanato e formação para professores também são destaques dos próximos dias

 

O Museu Casa de Portinari promove o projeto “Domingo com Arte” com uma programação especial para o Dia das Mães em Brodowski (SP). A instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo também traz a tradicional feira de artesanato e um curso de formação para professores que acontece a partir de quarta-feira (15). Confira, abaixo, a agenda completa para os próximos dias.

 

Domingo com Arte especial: Dia das Mães 

No Dia das Mães, em 12 de maio, o Museu Casa de Portinari realiza uma edição especial do seu projeto “Domingo com Arte”. A atividade abre espaço para que os artistas de Brodowski e região, em suas múltiplas linguagens, possam apresentar suas produções. 

Para a edição de maio, a instituição apresenta uma performance da artista Anna Ferreira como estátua viva. Inspirada pela história de amor, luta e resistência feminina, a homenagem às mães será feita por meio de uma releitura corporal de "Dona Domingas Portinari”, uma mulher à frente de seu tempo, que com ternura e garra lutou em prol da sua e de inúmeras outras famílias. 

Dona Domingas é sinônimo de força e sua história serve de inspiração para outras mulheres.

 

Data: 12 de maio (domingo)

Horário: das 10h às 13h

Entrada gratuita

Informações: (16) 3664-4284

 

Domingo com Arte Virtual 

O Domingo com Arte Virtual de maio é com o artista plástico Diani. Desenhista, pintor e escultor, o artista aprimorou seu talento com diversos cursos de formação em ateliês de mestres como Stephaneck e Dutra de Oliveira, Erhart, Tirso, Mishima e Eurico Rezende.  

Participou do Sabart (Salão de Belas Artes de Ribeirão), além de ter sido premiado em diversos salões de belas artes, tais como o de Indaiatuba e o de Vinhedo. Atualmente, Diani é professor de artes no Atelier Diani e A Casa do Beija Flor, ambos na cidade de Batatais (SP). O artista é um dos mais tradicionais participantes da "Exposição Coletiva de Artes Plásticas" promovida pelo Museu Casa de Portinari, tendo participado de inúmeras edições durante as celebrações da Semana de Portinari.

 

Data: 12 de maio (domingo)

Horário: às 14h

Local: mídias sociais

Instagram: @museucadeportinari

Facebook: /museucasadeportinari

 

Feira de Artesanato 

A tradicional feira de artesanato na esplanada do Museu Casa de Portinari acontece aos sábados e domingos. Grupos de artesãos locais apresentam suas produções e técnicas em trabalhos manuais expostos para o público na maior parte do dia. A atividade gera renda, incentiva o empreendedorismo, contribui para a inclusão social e promoção da cidadania. 

Datas: 11 e 12 de maio (sábado e domingo)

Horário: das 10h às 16h

Gratuito

 

Curso de formação para professores 

O Museu Casa de Portinari, por meio do seu Núcleo de Educação, promove um curso de capacitação para professores com o tema “Museus e Sustentabilidade”. A formação visa possibilitar a construção de conhecimentos cognitivos, afetivos, sensíveis, críticos e socializar habilidades que dizem respeito à educação não formal em museus em torno da sustentabilidade. 

São dois encontros onde os profissionais da educação poderão levar, discutir e compilar ideias em torno do tema com os educadores do museu, com a oportunidade de trabalhar os assuntos com seus alunos. Uma ótima oportunidade de formação continuada. 

Data: 15 e 16 de maio (quarta e quinta-feira)

Horário: das 8h às 12h e das 13h às 20h

Informações: (16) 3664-4284

 

Palestra “A Educação em Museus para Público PCD” 

Palestra com a neuropsicóloga Bruna Almeida, que traz orientações sobre o relacionamento interpessoal e educacional com público PCD (pessoas com deficiência) em museus. É uma ótima oportunidade para educadores e interessados no tema desenvolver novos olhares para as atividades educativas e culturais nessas instituições. 

Data: 15 de maio (quarta-feira)

Horário: 9h

Gratuito

Informações: (16) 3664-4284

 

Outras atividades do Museu Casa de Portinari nos próximos dias 

Exposição “Contando a História com Objetos”

Datas: 14 de maio a 16 de junho, no Galpão das Artes

 

Família no Museu – Atividades Intergeracionais

Data: 18 e 19 de maio, das 10h às 16h.

 

Atividade Educativa: “Descubra Onde É”

Data: 14 a 19 de maio, às 10h e às 15h.

 

Visita Educativa: “A importância da Conservação e Preservação da Edificação e dos Objetos Museológicos”

Data: 14 a 17 de maio, às 10h e às 15h.

 

Apresentação do Documentário “Portinari 120 anos: A Evolução de um Artista”

Data: 14 a 19 de maio, das 9h às 17h.

 

Museu Casa de Portinari

Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 9h às 18h; às quartas-feiras, o horário é estendido até às 20h.

Entrada: gratuita

Endereço: Praça Candido Portinari, nº 298 – Centro, em Brodowski (SP).

Informações: (16) 3664-4284

YouTube: /casadeportinari

Instagram: @museucadeportinari

Facebook: /museucasadeportinari

 

Conheça a programação especial do SESI Lab para a 22ª Semana Nacional de Museus

 Público poderá participar de oficinas, mesas redondas e atividades educacionais. A entrada será gratuita e visitantes podem entrar até uma hora antes do fechamento do museu


Pelo segundo ano consecutivo, o SESI Lab integra o circuito oficial da 22ª Semana Nacional de Museus, entre os dias 14 e 19 de maio, com o tema anual "Museus, Educação e Pesquisa". Além das galerias de longa duração com mais de 100 aparatos interativos, a programação inclui ativações educacionais, mostra de protótipos, oficinas e mesa-redonda. A entrada no museu 100% interativo, localizado no Setor Cultural Sul (SCS), será gratuita.

 

Mesmo sem cobrança, é necessário retirar ingressos na plataforma Sympla ou na bilheteria do museu. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9h às 18h; aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h. A entrada é permitida até uma hora antes do fechamento do museu.

 

O tema escolhido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) para 2024 apresenta reflexão sobre a atuação dos museus como impulsionadores de educação e pesquisa. No Brasil, a Política Nacional de Educação Museal promove a diversidade de programas educativos, que, quando oferecidos nos museus, estimulam o interesse e a curiosidade e fomentam a formação integral.

 

“Ter mais uma vez o SESI Lab na Semana Nacional de Museus é uma demonstração do potencial inspirador de centros de ciência e tecnologia para a construção de futuro”, destaca a superintendente de Cultura do Serviço Social da Indústria (SESI), Cláudia Ramalho.

 

A programação completa está disponível no Instagram e no site do SESI Lab, mas confira, abaixo, os destaques:

 

- De terça (14) a domingo (19): Ativações educacionais nas galerias expositivas 

Horário: fluxo contínuo durante funcionamento do museu

Atividades de mediação educacional, realizadas pela equipe de educação do SESI Lab, na Estação Descoberta, carrinhos móveis nas galerias e aparatos expositivos. 

Faixa etária: livre 

Local: galerias expositivas e varanda do primeiro piso 

 

- Sábado (18) e domingo (19): Mostra de protótipos e oficinas educativas 

Horário: 12h30 às 15h30 (18 de maio) / 14h às 17h (19 de maio) 

Mostra dos materiais didáticos e ações educativas desenvolvidas pela equipe de educação do SESI Lab. 

Faixa etária: livre 

Local: hall de entrada

 

- Sábado (18): Mesa-redonda “Museus, educação e pesquisa” 

Horário: 11h às 12h30 

Faixa etária: livre 

Público- alvo: pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, professores e interessados em geral. 

Local: Experimento Lab 

 

O que é a Semana Nacional do Museus?

 

A Semana Nacional de Museus é uma das ações da Política Nacional de Museus do Ibram, construída e proposta de forma articulada com o setor museal brasileiro, e que tem como propósito mobilizar os museus de todo o país a partir de um esforço de convergência de suas programações em torno de um mesmo tema.

 

Além do SESI Lab, museu em formato inédito no país, mais de 1 mil museus e instituições culturais e educativas em todo o Brasil participam desta edição da temporada de eventos para celebrar o Dia Internacional dos Museus (18 de maio).

 

Experimentação, interatividade, ludicidade e inovação

 

A abertura do SESI Lab converteu o icônico prédio projetado por Oscar Niemeyer em um reduto de arte, ciência, tecnologia e educação para todas as idades. O espaço é uma iniciativa do SESI, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), e promove a conexão entre ações artísticas, científicas e tecnológicas, em colaboração com a indústria e a sociedade. Desde a inauguração, em novembro de 2022, mais de 330 mil pessoas já visitaram o espaço.

 

Os 8 mil metros quadrados de área construída são dedicados a espaços expositivos, criativos e maker, salas interdisciplinares, um painel de LED com 84 metros quadrados, café e loja conceito. A área externa conta com 33 mil metros quadrados de área verde revitalizada em parceria com o governo do Distrito Federal, com espécies nativas do Cerrado, instalações interativas e anfiteatro externo para shows, eventos e outras atividades culturais. O resultado é um complexo multiuso com experiências sensoriais e educativas a partir de um processo lúdico, divertido, estimulante, participativo, coletivo e democrático.

 

SESI Lab: arte, cultura, ciência e tecnologia 

Onde fica: Setor Cultural Sul - Brasília, DF.

Pontos de referência: Antigo edifício Touring Club, em frente ao Conic Brasília e ao lado da Plataforma Superior da Rodoviária do Plano Piloto.

Horário de atendimento: de terça a sexta-feira, das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h. Todo primeiro domingo do mês com entrada franca

Reserve seu ingresso em www.sesilab.com.br

“Maio Fotografia no MIS 2024” traz exposição inédita de Sebastião Salgado e mais seis mostras fotográficas

Museu retoma programa anual dedicado exclusivamente ao universo da fotografia. Público confere, a partir de 10 de maio, sete mostras individuais – de artistas renomados e novos talentos –, permeadas pelo fio condutor do fotojornalismo, linha curatorial desta edição


Em 2024, o Museu da Imagem e do Som (instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo) volta a dedicar um espaço na agenda de programação para exposições exclusivamente de fotografia, com obras de artistas nacionais e internacionais, já consagrados e novos talentos, com o Maio Fotografia no MIS. A programação se completa com lançamentos de livros, mostras paralelas, conversas com artistas, cursos e diversas atividades relacionadas ao mundo da fotografia inseridas na agenda do Museu. 

 

Com curadoria do diretor-geral do MIS, André Sturm, integram esta edição séries individuais de: Sebastião Salgado, aclamado fotógrafo brasileiro, numa série jamais vista sobre a Revolução dos Cravos em Portugal, 50 anos atrás; Thereza Eugênia, fotógrafa baiana que registrou de forma íntima o convívio de artistas brasileiros no Rio de Janeiro das décadas de 1960 a 1980; Sergio Poroger, que traz um resgate, esteticamente belo e ao mesmo tempo triste e necessário, dos cinemas de rua do Brasil e do mundo; Gabriel Chaim, experiente fotojornalista paraense, que cobriu diversas guerras, em registro do seus últimos dez anos na linha de frente da missão de registrar, em imagens, esses horrores e reunir as fotografias em exposição inédita e lançamento de livro; e Bruno Mathias, fotógrafo selecionado pelo programa Nova Fotografia do MIS, com uma produção que nos remete à fantasia de paisagens tradicionais. Além dos fotógrafos mencionados, a exposição conta com uma seleção da Coleção Allan Porter, trazendo imagens icônicas da memória coletiva do séc. XX e uma curadoria especial na coleção do próprio Acervo MIS, com quatro fotógrafas engajadas e com diferentes perspectivas por trás das lentes.

 

“Após 12 anos de sua estreia e de sete edições realizadas, retomamos o projeto Maio Fotografia no MIS em sua essência: uma verdadeira ocupação fotográfica por todo o Museu, contemplando desde novos talentos até grandes nomes nacionais e internacionais do meio”, afirma André Sturm, diretor-geral do MIS e curador geral da exposição.

  

Confira, a seguir, todas as exposições presentes no Maio Fotografia no MIS 2024:

 

 “50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal” | Sebastião Salgado

O renomado fotógrafo Sebastião Salgado apresenta uma série inédita, com curadoria do jornalista Leão Serva. A partir de registros feitos por Sebastião na déc. de 1970 em Lisboa, na cobertura da Revolução dos Cravos a exposição exibe fortes imagens enquanto o fotógrafo era membro da Agência Magnum. As mais de 50 fotografias ficaram guardadas pelos últimos 50 anos e vem à público pela primeira vez no aniversário de um dos maiores marcos da história de Portugal e da democracia na Europa.

 

                                Mostra inédita “50 anos da Revolução dos cravos em Portugal”, de Sebastião Salgado
                             Portugal (1975)
                     Crédito: © Sebastião Salgado

“10 anos de guerras sem fim” | Gabriel Chaim


O trabalho do premiado fotógrafo e cinegrafista paraense Gabriel Chaim, que há uma década se dedica a documentar guerras e crises humanitárias no Oriente Médio, na Europa e na África, ganha sua primeira retrospectiva. Em maio, o lançamento do livro “Gabriel Chaim: 10 anos de guerras sem fim”, da editora Vento Leste, e a abertura da exposição homônima, no projeto Maio Fotografia no MIS, trazem ao público um conjunto de imagens que sintetizam a trajetória e as visões do fotógrafo de conflitos recentes ou em curso na Síria, no Iêmen, na Líbia, na Armênia, no Iraque e na Ucrânia. Com curadoria do jornalista Fernando Costa Netto, livro e exposição ressaltam a perspectiva única que as imagens de Chaim oferecem sobre o conturbado panorama internacional desse início de século, além de reafirmar sua relevância como documento histórico, já reconhecida no cenário internacional. 

No dia 22 de maio, o fotógrafo realiza o lançamento de seu livro, seguido por bate-papo, no Auditório MIS, com entrada gratuita.


Havi Zarai, Iraque, West Mosul (2017) | crédito: Gabriel Chaim

 

“Encontros” | Thereza Eugênia

A baiana Thereza Eugênia frequentava as rodas culturais mais ativas no Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 1980. Sua amizade com o produtor musical Guilherme Araújo e diversos artistas lhe permitiram, a princípio como um hobby, fotografar as estrelas em momentos dos mais variados. A exposição “Encontros” retrata figuras muito conhecidas do grande público em situações comuns do dia a dia. Nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Gal Costa, Gilberto Gil, Fafá de Belém, Djavan, Gonzaguinha, Zezé Motta, Roberto Carlos estão na exposição através do sensível olhar de Thereza Eugênia.  

Chico Buarque e Gal Costa (Rio de Janeiro, 1976)
Crédito: Thereza Eugênia

“Mulheres na frente e por trás das câmeras” | Acervo MIS


O Museu da Imagem e do Som tem o acervo com a maior quantidade de itens entre todos os museus da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, somando mais de 250 mil; somente a coleção fotográfica conta com aproximadamente 140 mil exemplares, com imagens produzidas desde o século 19 até o ano de 2023, e continua em constante atualização com novas incorporações.


Desse vasto mosaico de imagens realizadas não só em períodos, mas em suportes diferentes e com temas mais diversificados ainda, a exposição destaca quatro nomes: a inglesa radicada no Brasil Maureen Bisilliat, a cubana Maria Eugenia Haya (Marucha), a paulistana Lucila Wroblewski e a sérvia radicada no Brasil Gordana Manić. Elas oferecem um sucinto panorama da representação feminina na coleção. São mulheres que nos dão uma perspectiva multigeracional e multiétnica da plural produção fotográfica da década de 1960 até o final da primeira década dos anos 2000.


Fazendo bigoudis (década de 1960) 
 Crédito: Maureen Bisilliat

 

“Como a história foi contada” | Coleção Allan Porter

Adentrando a “Era de Ouro” do fotojornalismo (que contempla o período que cerca as Guerras Mundiais), esta exposição exibe dezenas de imagens da “Coleção Allan Porter”, cedidas ao MIS por Wulf Rössler. O fotojornalista Allan Porter, falecido em 2022, resguardou aproximadamente três mil negativos, cromos, ampliações em papel fotográfico e papel japonês de diversos fotógrafos que tiveram seus trabalhos publicados durante os 15 anos em que ele esteve à frente da cultuada Revista Camera (1966 – 1981). Para o Maio Fotografia no MIS 2024, foram selecionadas mais de 60 fotografias de momentos históricos ao redor do mundo dentro desse recorte temporal, muitas delas ganhadoras do aclamado prêmio Pulitzer.


Batalha de Iwo Jima (1945), em foto ganhadora do prêmio Pulitzer
 crédito: Joe Rosenthal


“Infravermelho, uma realidade oculta” | Bruno Matthas | Nova Fotografia

O público do MIS passará a enxergar com outros olhos paisagens ora cotidianas da cidade e estado de São Paulo. Por meio do uso da tecnologia infravermelho aplicada a fotografias, o artista Bruno Mathias passa a revelar um universo onírico e por vezes distópico.


A exposição é a segunda mostra de 2024 do projeto Nova Fotografia do MIS, que seleciona novos talentos da fotografia nacional por meio de convocatória anual.

 

Rio Tietê, na cidade de Suzano/SP 
 crédito: Bruno Mathias

“Uma rua chamada cinema” | Sergio Poroger

Nesta exposição, com curadoria de João Kulcsár, somos convidados por Sergio Poroger a embarcar em uma jornada imagética pelo universo do cinema de rua, onde cada esquina nos conduz a novas aventuras, revela alguns segredos e nos transporta para o fascinante universo paralelo da sétima arte. Em cada clique, o fotógrafo revela sua paixão e reverência pela sétima arte. Suas fotografias retratam não apenas os espaços físicos, mas também as pessoas que trabalham incansavelmente nos bastidores para que um filme ganhe vida numa sala de cinema, desde os bilheteiros até os projetistas, passando pelos vendedores de pipoca. É, portanto, uma homenagem não apenas à arte do cinema, mas também aos profissionais que tornam possível essa mágica. 


Cinema Iluzjon (Kino Iluzjon) –- Varsóvia, Polônia (2023) 
crédito: Sergio Poroger

Programação paralela

Além das exposições, o mês de maio está recheado de outras atividades voltadas ao mundo da fotografia – todas com entrada gratuita.

– 11/5: lançamento do livro “Thereza Eugênia: Portraits 1970-1980” (2ª eição, Editora Motriz);

– 18/5: abertura exposição de Claudio Edinger + Bate-papo e lançamento de livro do fotógrafo;

– 22/5: bate-papo com Gabriel Chaim e lançamento do livro “10 anos de guerras sem fim” (Editora Vento Leste)

 

Cursos

Durante todo o ano, o MIS promove cursos em diversas áreas do conhecimento – e fotografia não poderia estar de fora, seja ela digital, seja analógica. No site oficial do Museu, você confere a lista completa de opções disponíveis: mis-sp.org.br/cursos

 

 

XP apresenta a exposição Maio Fotografia no MIS 2024.

A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A mostra conta com patrocínio das empresas Sabesp, Suzano e Enseada, apoio das empresas Ségur States e NaNaYa e apoio cultural da Folha de S.Paulo e JC Decaux. O MIS tem patrocínio institucional das empresas Livelo, B3, John Deere, NTT Data, TozziniFreire Advogados e Grupo Comolatti e apoio institucional das empresas Vivo, Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Lenovo. O apoio operacional é da Telium, Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, illycaffè e Sorvetes Los Los.

 

Sobre o Clube MIS 

O Clube MIS é o programa de sócios do Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Sendo membro, você possui acesso livre a todas as exposições do MIS e do MIS Experience, desconto nos Cursos MIS e benefícios em mais de 40 instituições parceiras, incluindo museus, teatros, cinemas, casas de show e muito mais! Conheça: clubemis.com.br 

 

SERVIÇO

Maio fotografia no MIS 2024

Museu da Imagem e do Som – MIS 

Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo| (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br

Data: a partir de 10 de maio

Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia); grátis às terças-feiras e, na terceira quarta-feira do mês, graças a uma parceria com a B3, a entrada também é franca.

Classificação indicativa: 10 anos 

 

Rimon Guimarães lança exposição inédita no Museu Oscar Niemeyer (MON)

A mostra individual é um ateliê aberto ao público com interações diretas com os visitantes; a programação faz parte de uma série especial do MAC Paraná


Na quarta-feira (8), o multiartista curitibano Rimon Guimarães assumiu o espaço dedicado a "situações artísticas" no Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC/PR), em uma mostra que fica em cartaz até o final do mês de maio. O projeto “A Sala Aberta” avança para sua segunda etapa e traz uma exposição individual inédita do artista, em um ateliê aberto ao público e com interações diretas com os visitantes. O MAC Paraná, localizado dentro do Museu Oscar Niemeyer (MON), promove a iniciativa na Sala 9. 

Ao longo do mês de maio, Rimon Guimarães assume a programação com a proposta de ocupação intitulada "Adaptabilidade", que inclui atividades educativas e a exibição de suas obras no espaço expositivo. Durante sua ocupação, o artista oferece aos visitantes uma visão dos seus processos criativos do artista.

“É ser uma exposição viva. Trago o meu ateliê para dentro da exposição. Interagindo com o público e conversando sobre arte”, explica Rimon. Ele ressalta que os visitantes tem a oportunidade de presenciar e se engajar em uma variedade de intervenções artísticas e atividades, promovidas tanto por ele quanto pelos setores de Pesquisa e Educativo do MAC Paraná.


A segunda fase da Sala Aberta, "Adaptabilidade", liderada por Rimon, representa um marco importante para o Museu, enfatizando o compromisso da instituição com a inovação artística e a interação com a comunidade. “A ocupação remete ao processo de um artista que tem a maior parte da sua produção voltada para arte de rua, trazendo isso para dentro do Museu e convidando o público a olhar para os processos de adaptabilidade que essa experiência convida”, explica Joanes Barauna, diretora artística do MAC Paraná e uma das curadoras do projeto. 

SALA ABERTA – O mais recente projeto oferece um espaço dinâmico para "situações artísticas", caracterizado pela constante transformação e engajamento dos visitantes nos processos de produção, pesquisa e educação. “A cada semana o espaço se movimenta em uma direção não pré-estabelecida e sim na direção do que surge da relação com a sala”, completa Joanes. Em cada fase, artistas ou coletivos têm a oportunidade de criar e apresentar seus trabalhos na Sala Aberta. Durante o mês de abril, o Coletivo Brutas propôs uma reflexão sobre o ciclo de vida dos projetos artísticos. Após Rimon Guimarães, o artista paulistano Nicholas Steinmetz assume a programação em junho.

RIMON GUIMARÃES – Curitibano, artista multidisciplinar e autodidata, Rimon iniciou sua jornada artística com lambe-lambes e colagens. Expandido seu repertório para incluir pintura, desenho, gravura, fotografia, vídeo, instalações, performances e áudio, ele é conhecido por seus murais coloridos, com trabalhos em mais de 27 países. Suas obras, que exploram temas de urbanização, acessibilidade e mídias contemporâneas, promovem reflexões sobre o ambiente urbano e a democratização do acesso à arte.

A exposição fica em cartaz até o final de maio, com visitação de terça a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos para visitar o museu custam R$ 30 (inteiro) e R$ 15 (meia). Menores de 12 anos e maiores de 60 anos não pagam ingresso. Já nas quartas, o acesso ao MON é gratuito para todos.

Para mais informações, acesse os perfis oficiais do museu e do artista no Instagram: @museuoscarniemeyer e @rimonguimaraes.  

 

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